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Procedimentos básicos na Urgência e Emergência

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Procedimentos básicos 
 na Urgência e 
 Emergência - MELINNA 
 GOMES CARDOSO 
 FERRO
 LAVADO PERITONEAL
 Indicações
 Instabilidade hemodinâmica em trauma 
 abdominal contuso;
 Trauma abdominal penetrante sem indicações 
 para laparotomia imediata.
 Contraindicações
 Operações abdominais; Obesidade mórbida 
 Cirrose avançada; Coagulopatia preexistente.
 Técnica
 1. Assepsia e antisepsia. 
 2. Anestesia local.
 3. Incisão inferior à cicatriz umbilical.
 4. Dissecção até o encontro da aponeurose. 5. 
 Incisão da aponeurose na linha média. 
 6. Dissecção.
 7. Pinçamento do peritônio. 
 8. Sutura em bolsa no peritônio. 
 9. Abertura do peritônio e introdução de 
 cateter de diálise peritoneal na cavidade 
 abdominal. 
 10. Tentativa de aspiração de sangue.
 11. Se não houve a aspiração de sangue, 
 infundir 1000 ml de soro fisiológico aquecido 
 no adulto ou 10 ml por quilo na criança. 
 12. Drenagem do líquido infundido.
 13. Material ao laboratório para análise.
 Complicações
 Hemorragia; Peritonite; Ferimento da bexiga; 
 Lesão de outras estruturas abdominais; 
 Infecção da ferida. 
 PARACENTESE
 Indicações
 Diagnósticas: Ascite a esclarecer, deterioração 
 clínica
 Terapêuticas: Alívio de sintomas compressivos;
 Ascite resistente ao tratamento clínico 
 otimizado.
 Contraindicações
 Distúrbios de coagulação
 Obstrução intestinal
 Infecção no local da punção
 Cirurgias abdominais prévias
 Massas intrabdominais grandes
 Técnica
 1. Material, paramentação, antissepsia. 
 2. Marcar o local de punção no QIE do abdome, 
 entre a crista ilíaca anterossuperior e a cicatriz 
 umbilical.
 3. Anestesia de pele e peritônio. 
 4. Puncionar a 45º ou 90°.
 5. Drenagem do líquido.
 Complicações
 CATETERIZAÇÃO VENOSA
 Indicações
 Quando não é possível o periférico
 Medicações vasoconstritoras, hiperosmolares 
 ou risco de flebite
 Nutrição parenteral Hemodiálise
 Monitorização hemodinâmica ou marca-passo 
 transvenoso
 Contraindicações
 Coagulopatia é a principal 
 Minimizada com a técnica guiada por USG
 Técnica
 Sítio mais utilizado é a jugular interna direita
 1. Posicionamento
 2. Anestesia
 3. Punção até refluxo de sangue.
 4. Desconectar seringa e introduzir fio-guia 
 através do lúmen da agulha
 5. Retirar a agulha
 6. Introduzir o dilatador pelo fio-guia e depois 
 retirar
 7. Colocar o cateter através do fio-guia, 
 enquanto retira o fio
 8. Checar refluxo de sangue;
 9. Fixação do cateter à pele.
 10.Limpeza local e curativo
 Complicações
 Precoces
 Sangramento, hematoma, punção arterial, 
 pneumotórax, hemotórax, arritmias, introdução 
 completa do fio guia no vaso.
 
 Tardias
 Infecção da corrente sanguínea; trombose 
 venosa, embolia pulmonar e 
 perfuração miocárdica.
 Cuidados
 Exame de imagem
 Higiene
 Troca do curativo e sinais de infeccção
 TRAQUEOSTOMIA
 Indicações
 Obstrução de via aérea; edema de via aérea; 
 ventilação mecânica em IOT prolongadas; 
 higiene pulmonar; debilidade na musculatura 
 respiratória; 
 Processos inflamatórios da via aérea superior; 
 tumores volumosos em via aérea superior; 
 traumatismos craniomaxilofaciais e 
 laringotraqueais; anomalias congênitas; 
 Paralisias bilaterais de pregas vocais; estenoses 
 laringotraqueais; corpos estranhos laríngeos; 
 ingestão e aspiração de agentes químicos 
 cáusticos ou ácidos.
 Contraindicações Alteração da hemostasia
 Técnica 
 1. Posição do paciente; 
 2. Reparos anatômicos; 
 3. Anestesia local e geral;
 4. Incisão da pele; 
 5. Dissecção da musculatura; 
 6. Encontrar o istmo da tireoide e traqueia;
 7. Cânula endotraqueal; 
 8. Hemostasia e fechamento da incisão; 
 9. Curativo com gaze nas laterais e fixação. 
 Complicações Mais comuns:
 Hemorragia observada no pós-operatório 
 imediato;
 Obstrução da cânula por secreção;
 Deslocamento da cânula.
 PUNÇÃO PLEURAL
 Indicações
 Diagnóstica Derrame pleural sem diagnóstico etiológico
 Terapêutica
 Alívio sintomático de dispneia, tosse e dor 
 torácica ou derrames de origem cardíaca, 
 renal, neoplásica, ao aguardar o ajuste 
 terapêutico da doença de base.
 Contraindicações Relativas
 Lesões de pele; Ventilação mecânica e 
 Distúrbios de coagulação.
 Técnica
 1. Materiais;
 2. Posição do paciente/ antissepsia; 
 3. Anestesia; 
 4. Introdução da agulha e punção do líquido. 
 5. Para diagnóstico, 10 ml de líquido para 
 laboratório. Para terapia, drenagem do líquido. 
 Complicações
 Pneumotórax/ hemotórax; Tosse; Dor; Reflexo 
 vasovagal; 
 Infecção local, edema de reexpansão e 
 lacerações hepáticas ou esplênicas. 
 DRENAGEM PLEURAL
 Indicações
 1. Trauma torácico
 2. Empiema pleural
 3. Pneumotórax espontâneo. 
 4. Quilotórax
 5. Hemotórax não traumático
 6. Derrame pleural neoplásico
 7. Pós-operatório (abertura pleural)
 Contraindicações
 1. Distúrbios de Coagulação
 2. Paciente em uso de anticoagulante
 3. Presença de bolha pulmonar volumosa
 4. Aderência pleural
 5. Hepatopatia 
 6. Lesão diafragmática
 Técnica
 1. Determinar o local da drenagem.
 2. Preparação.
 3. Anestesia.
 4. Incisão transversa.
 5. Perfurar a pleura parietal com a ponta de 
 uma pinça hemostática e introduzir o dedo 
 enluvado.
 6. Introduzir o dreno no espaço pleural.
 7. Observar o embaçamento do tubo torácico e 
 conectar o dreno a um sistema de selo d'água.
 8. Fixar o dreno no local com fio de sutura.
 9. Curativo.
 10. Radiografia do tórax.
 11. Gasometria arterial e/ou conectar um 
 monitor de oximetria de pulso.
 Complicações
 1. Laceração ou perfuração de órgãos;
 2. Contaminação da pleura; 
 3. Lesão de nervo, artéria ou veia intercostal.
 4. Colocação do dreno em posição incorreta.
 5. Obstrução ou torção do dreno.
 6. Pneumotórax persistente.
 7. Enfisema subcutâneo
 8. Recidiva do pneumotórax após remoção do 
 dreno. 
 9. Pulmão que não se expande devido à 
 obstrução brônquica; 
 10. Reação alérgica ou anafilática.
 PERICARDIOCENTESE
 Indicações
 1. Coleta de líquido para pesquisa diagnóstica 
 2. Punção de alívio em casos de 
 tamponamento cardíaco 
 3. Derrame pericárdico > 20 mm na diástole 
 4. Drenagem prolongada em casos de derrame 
 de repetição 
 5. Injeção local de medicamentos como 
 antibióticos e quimioterápicos 
 6. Suspeita de pericardite purulenta ou 
 tuberculosa
 7. Suspeita de etiologia bacteriana ou 
 neoplásica. 
 Contraindicações
 1. Dissecção aórtica aguda
 2. Hemopericárdio por trauma torácico
 3. Coagulopatia não corrigida
 4. Derrame pericárdico loculado ou ausência 
 de derrame em região anterior
 Técnica
 1. Posicionar o paciente, paramentação e 
 antissepsia. 
 2. Sedativo (se necessário) e anestesia. 
 3. Monitorização cardíaca e fornecer oxigênio 
 suplementar. 
 4. Introduzir a agulha no 5º EICE, sobre a 
 margem superior da costela para evitar atingir 
 o feixe NV. 
 5. Entrar aspirando lentamente a seringa e com 
 a visualização direta pela USG.
 6. Retorno do líquido pericárdico até 
 reestabelecer a normalidade hemodinâmica do 
 paciente.
 7. Se for necessária drenagem contínua, um 
 cateter pode ser inserido através da técnica de 
 Seldinger. 
 8. Monitorizar o paciente por 24h e solicitar RX 
 de tórax.
 9. Enviar o líquido aspirado para análise
 Complicações
 • Pneumotórax;
 • Lesão do miocárdio;
 • Lesão de vasos;
 • Embolia gasosa;
 • Arritmias;
 • Novo hemopericárdio;
 • Infecção;
 • Aspiração de sangue ventricular em vez de 
 pericárdico;
 • Punção de grandes vasos com piora do 
 tamponamento pericárdico;
 • Punção do esôfago com subsequente 
 mediastinite;
 • Punção do peritônio com subsequente 
 peritonite ou aspiração falso-positiva;
 • Morte.
 FASCIOTOMIA 
 DESCOMPRESSIVA
 Indicações
 Contraindicações
 Técnica
 Complicações
 COLETA DE GASOMETRIA
 Indicações
 Contraindicações
 Técnica
 Complicações
 1. Doenças arteriais isquêmicas; 2. Doenças 
 venosas;
 Nenhuma em específico 
 Libertação dos compartimentos a partir de 
 incisões
 Atrofia muscular; 
 Perda de força;
 3. Lesões ortopédicas;4. Lesões de partes 
 moles
 As feridas não devem ser fechadas, mas sim 
 deixadas em aberto e revestidas de forma 
 estéril.
 Deformidades articulares; 
 Alteração da sensibilidade.
 Pacientes graves e internados na UTI.
 Para medir o pH no sangue. 
 Cetoacidose Diabética.
 Pacientes sob suporte ventilatório;
 Intraoperatório;
 Doenças Renais.
 Doença arterial periférica grave; 
 Uso de anticoagulantes; 
 Problemas de sangramento; 
 Alergias. 
 Vasoespasmo;
 Hematoma periarterial;
 Hemorragia;
 Trombose;
 Infecções;
 Comprometimento nervoso.
 Locais: 
 Repouso de 20 minutos antes da coleta; 
 Teste de Allen; 
 Estender o braço do paciente e hiperestender o 
 punho; 
 Limpar o local da punção;
 Introduzir a agulha de punção, inserindo em 
 ângulo de 30-45º;
 Coletar no mínimo 1ml;
 Retirar a agulha e comprimir imediatamente.
 A. Braquial; A. radial; A. femoral. 
 Melinna Gomes Cardoso Ferro, 8º período (turma 
 B) de Medicina do Centro Universitário CESMAC

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