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A vida do policial no Brasil está entreposta por situações de extremo estresse por diversos motivos que poderá desencadear desequilíbrio emocional entre outras doenças relacionadas saúde mental

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A vida do policial no Brasil está entreposta por situações de extremo estresse por diversos motivos que poderá desencadear desequilíbrio emocional entre outras doenças relacionadas saúde mental. Hoje, o assunto é pouco abordado por estudos, pois não há interesse por parte das instituições policiais ou até mesmo por vergonha de responder a verdade em pesquisas com o pensamento de “eu não preciso de ajuda’’ ou ” isso não vai dar em nada”. Pesquisas com uma amostragem pequena em batalhões isolados demonstra a falta de interesse até por parte do pesquisador, pois é um serviço trabalhoso.
	Em pesquisa realizada por Katya Luciane de Oliveira e Luana Minharo dos Santos, num batalhão de Polícia Militar do Estado de São Paulo, com a participação de 24 policiais militares, apresentou uma análise sobre a Saúde Mental dos policiais daquele batalhão:
“[...] participaram 24 policiais militares de dois Batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Para aqueles que consentiram na participação, foi aplicado individualmente uma escala com 30 questões, abordando assuntos relativos ao tema. Os resultados evidenciaram que os participantes (91,7%), sempre ou às vezes, percebiam-se estressados; uma parte (41,7%) relatou já ter agido impulsivamente em alguma ocorrência; 88,3%, sempre ou às vezes, se sentiam emocionalmente cansados após o dia de trabalho; 62,5% afirmaram que às vezes percebiam-se agressivos no trabalho; 20,8% já pensaram em suicídio e 8,3% nunca se sentiam realizados com a profissão. Sugere-se a necessidade de novos estudos. [...]”. Sociologias vol.12 no.25 Porto Alegre Sept./Dec. 2010. 
	Outro estudo realizado, por Maria Cecília de Souza Minayo, Simone Gonçalves de Assis e Raquel Vasconcellos Carvalhaes de Oliveira no Estado do Rio de Janeiro, escolheram policiais civis e militares sobre o aludido tema, relatando sobre condições de trabalho e atividades profissionais. Nesse estudo, realizado com 1.458 policiais civis e 1108 policiais militares, muitos relataram sofrer de enxaqueca, atividade física precária, dores no corpo, elevação de colesterol e maior frequência de sofrimento psíquico (SRQ-20). 
	Nessa pesquisa, enfatizaram a necessidade de mudanças nas dimensões individual e profissional e nos aspectos institucionais referentes às condições e organização do trabalho. Fica evidente que a síndrome de Burnout é o mais presente nos policiais, devido aos duros regulamentos, trabalho de alta periculosidade, escalas extras, escalas desumanas, cobranças extremas, entre outros problemas que acarretam na convivência familiar, prejudicando familiares também, tanto emocional como financeiramente. (LIPP; PEREIRA; SADIR, 2005; MINAYO; SOUZA, 2003; ROMANO, 1996).
	Dessa maneira, verificamos que o assunto não é explorado, fazendo uma amostragem pequena, não buscando outros problemas que podem desencadear o estresse emocional. Vimos que ainda há um certo preconceito sobre o tema, tanto por vergonha ou medo de superiores hierárquicos, os quais acabam praticando assedio moral. Esse conteúdo deve ser mais explorado por parte das instituições e pesquisadores, para assim, procurar uma solução juntamente ao Estado recorrendo a direitos específicos. 
Referencias Bibliográficas
Silveira NM, Vasconcellos SJL, Cruz LP, Kiles RF, Silva TP, Castilhos DG, Gauer GJC. Avaliaçao de burnout em uma amostra de policiais civis. Rev Psiq RS 2005; 27:159-163.  
        
2. Souza ER, Minayo MCS. Policial, risco como profissão: morbimortalidade vinculada ao trabalho. Cien Saude Colet 2005; 10(4):917-928.     
     
3. Aldé L. Ossos do ofício: processo de trabalho e percepções de saúde no Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro [dissertação]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz; 2003.     
     
4. Minayo MCS, Souza ER. Missão investigar: entre o ideal e a realidade de ser policial. Rio de Janeiro: Garamond; 2003.    
      
5. Bourguignon DR, Borges LH, Brasil APR, Fellipe EV, Milanezi EL, Cazarotto JL. Análise das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores da Polícia Civil no Espírito Santo. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional 1998; 24:95-113.   
       
6.https://doi.org/10.1590/S1517-45222010000300009.
7.http//www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-45222100000300009&script=sci_arttext.
8.https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232011000400019

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