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Indicadores em Saúde

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Indicador de Saúde 
Podemos definir Indicadores de Saúde como 
instrumentos utilizados para medir uma realidade, 
como parâmetro norteador, instrumento de 
gerenciamento, avaliação e planejamento das ações 
na saúde, de modo a permitir mudanças nos 
processos e resultados. 
O indicador é importante para nos conduzir ao 
resultado final das ações propostas em um 
planejamento estratégico. 
São usados para quantificar a saúde e permitir 
comparações na população. 
 
De acordo ao capítulo 3 “Caderno de Saúde da 
Família, Conceitos e Ferramentas da Epidemiologia” 
de Rodrigues e colaboradores, os indicadores devem 
refletir com fidedignidade, o panorama da saúde 
populacional. Além disso, é interessante observar 
que, apesar desses indicadores serem chamados 
indicadores de saúde, muitos deles medem 
ocorrência de doenças, mortes, gravidade de 
doenças, o que denota, às vezes, medir doença do 
que medir saúde. 
 
 
 
OBS: Indicador de saúde é se atentar a qualidade 
de vida com as mensurações da saúde, 
demografia, alimentação e trabalho. 
 
 
 
Em 1996 o Ministério da Saúde se juntou com a 
OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) para 
criação da Rede Interagencial de Informações para a 
Saúde (RIPSA). Além de informações sociais e 
econômicas. 
 
 
A RIPSA congrega instituições responsáveis por 
informação em saúde no Brasil, com o objetivo de 
produzir subsídios para políticas públicas de saúde. 
Além disso, a RIPSA tem o propósito de promover a 
disponibilidade adequada e oportuna de dados 
básicos, indicadores e análises sobre as condições de 
saúde e suas tendências, visando aperfeiçoar a 
capacidade de formulação, gestão e avaliação de 
políticas e ações públicas pertinentes. 
 
Indicadores podem ser: 
1. Absolutos; 
Úteis para administrar recursos nos serviços 
de saúde. 
2. Relativos. 
Permitem comparações e levantamento de 
prioridades. 
 
Atributos de qualidade do indicador 
 
 Precisão do sistema de informação; 
 Validade; 
 Confiabilidade; 
 Mensurabilidade; 
 Relevância epidemiológica; 
 Custo efetividade. 
 
 
 
 
 
É difícil “calcular” a saúde, por isso é 
muito mais fácil calcular a não saúde, 
a presença da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logo... 
1. Validade 
 Capacidade de mensurar o que se pretende. 
 
2. Confiabilidade 
 Reproduzir resultados iguais, independente 
das condições em que se é aplicado. 
 
3. Sensibilidade 
 Mensurar as alterações do fenômeno 
estudado ao longo do tempo; especificidade 
para medir apenas o fenômeno de estudo. 
 
4. Mensurabilidade 
 Baseada em dados de fácil obtenção. 
 
5. Relevância 
 Deve atender às prioridades de saúde. 
 
6. Custo-efetividade 
 Há justificativa de tempo e recurso com base 
nos resultados obtidos com o uso do 
indicador. 
(RIPSA, 2002) 
 
 
 
 
 
 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reuniu na 
década de 1950 um comitê que pudesse propor 
um método capaz de definir e avaliar o nível de 
vida de uma população. 
 
Porém, chegou-se à conclusão de que seria 
impossível construir um único índice. Foi sugerido 
então que cada um dos 12 itens propostos deveria 
ser avaliado separadamente. 
 
1.Saúde, incluindo condições demográficas; 
2. Alimentos e nutrição; 
3. Educação, incluindo alfabetização e ensino 
técnico; 
4. Condições de trabalho; 
5. Situação de emprego; 
6. Consumo e economia gerais; 
7. Transporte; 
8. Moradia, incluindo saneamento 
e instalações domésticas; 
9. Vestuário; 
10. Recreação; 
11. Segurança social; 
12. Liberdade humana. 
 
 
 
 
Podemos refletir a respeito dos instrumentos de 
coleta de dados, uma vez que a “alimentação” 
correta destes vai impactar o resultado obtido ao 
final do processo. 
 
Quanto mais simples e compreensível for o 
instrumento de coleta, melhor será essa captação 
e seu resultado final. 
 
Não podemos nos esquecer de monitorar a 
qualidade dos indicadores, uma vez que a 
confiança do usuário é proporcional à segurança 
de que a informação reflete uma realidade, e não 
mera percepção não fundamentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
= 
 
 
 
 
 
 
 
Alguns indicadores... 
Morbidade 
De acordo com Rodrigues, é um termo genérico 
para designar o conjunto de casos de uma dada 
doença ou soma de agravos à saúde que 
atingem um grupo de indivíduos. Para fazer essas 
mensurações, utilizam-se principalmente as 
medidas de incidência e prevalência. 
 
Incidência 
 Frequência com que surgem novos casos 
de uma determinada doença em um 
intervalo de tempo. 
 As taxas tendem a variar conforme: 
o número de episódios da doença 
analisada; 
o número de pessoas que tiverem um 
episódio de uma doença; 
o tempo para diagnosticá-la; 
o duração da investigação. 
 
OBS: a constante é uma potência com base 10 
(100, 1.000, 100.000), pela qual se multiplica o 
resultado para torna-lo mais fácil de interpretar, ou 
seja, para se ter um número inteiro. 
 
OBS: os casos novos, ou incidentes, são aqueles 
que não estavam doentes no início do período de 
observação (tempo analisado), mas que 
adoeceram no decorrer desse período. 
 
Prevalência 
 É a proporção de indivíduos de uma 
população que é acometida por uma 
determinada doença ou agravo em um 
determinado momento; 
 Engloba tanto os casos novos que 
ocorreram no período quanto os casos 
pré-existentes; 
 Considerada uma medida estática; 
 
 É útil para: 
o Na análise da demanda por 
assistência à saúde; 
o No planejamento de ações e 
administração de serviços de 
saúde. 
OBS: é importante frisar que as taxas de 
prevalência apresentarão comportamento 
diferente quando estiverem tratando de doenças 
crônicas. 
 
OBS: No geral, haverá variações nessas taxas, por 
exemplo, a depender do tempo necessário para 
que o doente se cure, devendo haver cautela 
também na análise das condições que não se têm 
cura. 
 
 
Além disso, influenciam as taxas de prevalência: 
 novos episódios de uma doença; 
 óbitos; 
 mudança de localização (doentes que 
migram e emigram para um determinado 
local). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mortalidade 
Determinado de forma genérica pelo número de 
óbitos dividido pela população exposta (total da 
população em questão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: taxas elevadas de mortalidade infantil 
podem refletir condições de baixo 
desenvolvimento socioeconômico, precária 
insfraestrutura ambiental, bem como o acesso e a 
qualidade dos recursos disponíveis para atenção 
à saúde materna e da população infantil. 
 
444 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais indicadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O uso dos indicadores demográficos nos permite 
conhecer as características de uma determinada 
população e sua evolução ao longo do tempo no 
território. São indicadores: 
1. População; 
2. Razão entre os sexos; 
3. Crescimento populacional; 
4. Taxa de fecundidade; 
5. Taxa bruta de natalidade; 
6. Mortalidade proporcional por idade em menores 
de um ano; 
7. Esperança de vida ao nascer; 
8. Índice de envelhecimento. 
 
De acordo à Organização Pan-Americana de Saúde, 
existem vários critérios para selecionar os 
indicadores, dependendo da finalidade e do público-
alvo. 
 
 
 
Diante disso, sabe-se que esse de acordo ao 
Rouquayrol, o conceito de indicador faz referência à 
índices elaborados pela sociedade e selecionado 
pelo observador com o objetivo de auxiliar na 
tomada de decisões com relação a situação de saúde 
de um indivíduo ou de uma população. Serão usados 
como parâmetros: 
 sensibilidade (capacidade de detectar o 
fenômeno analisado), 
 especificidade (capacidade de detectar 
somente o fenômeno analisado), 
 mensurabilidade (disponibilidade dos dados 
para mensurar o indicador), 
 validade (capacidade de mensuraro que se 
pretende), 
 relevância (capacidade de proporcionar 
informações adequada e uteis para nortear a 
tomada de decisões), 
 custo-efetividade (se vale o investimento de 
custo e tempo), dentre outros. 
 
Em síntese 
O indicador deve ser validado e avaliado a sua 
confiabilidade. Para isso, são utilizados alguns 
atributos para avaliar esse grau de validade, são eles 
a sensibilidade e a especificidade que juntos podem 
ser usados por exemplo, como parâmetros 
fundamentais para a definição de um teste 
diagnóstico como imunoensaios. 
Ainda nesse exemplo, a especificidade será a 
capacidade de um teste detectar os negativos entre 
os não doentes, assim, quanto maior em um teste, 
maior a capacidade de o teste positivo indicar a 
doença, assim vai diminuir a probabilidade do teste 
ser falso positivo. 
Já a sensibilidade representará a capacidade de um 
teste detectar os positivos entre os doentes 
examinados assim, quanto maior a sensibilidade 
maior a capacidade de o teste negativo afastar uma 
doença, pois este diminui a probabilidade de o teste 
ser falso negativo. Assim, foi evidenciando um dos 
possíveis usos práticos dos indicadores. 
De forma a sintetizar, os indicadores de saúde são 
fundamentais para as ações em saúde, visto que são 
usados para obtenção de dados epidemiológicos de 
uma sociedade, de forma a tentar reverter situações 
de risco como evidenciado pelo UNASUS. 
Assim, são usados com indicadores a taxa de 
natalidade, mortalidade, fecundidade, fertilidade, 
entre outros. Ainda de acordo ao DATASUS, que tais 
parâmetros apresentam grande importância no 
trabalho das equipes EFS/NASF, por exemplo, com o 
intuito de planejar e orientar diversos tipos de ações 
em saúde. 
 
 
 
Indicadores Demográficos e Socioeconômicos 
 
 
 
 
Referências: 
ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol epidemiologia & saúde. 
7. ed. Rio de Janeiro: MedBook, 2013 
OPAS, 2020. Indicadores de Saúde: Elementos Conceituais e Práticos (Capítulo 1). Disponível em: 
<https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14401:health-
indicators-conceptual-and-operational-considerations-section-1&Itemid=0&limitstart=4&lang=pt> 
Acesso em: 27 de Mar de 2020. 
DATASUS, 2014. Disponível em:<https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/1207?mode=full> 
Acesso em: 27 de Mar de 2020.

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