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Compreender a anatomia macro e microscópica do aparelho. O papel do sistema reprodutor, diferente dos demais sistemas, parece “adormecido” até a puberdade. Apesar da diferença entre os órgãos genitais masculinos e femininos, eles são “complementares” na fecundação humana. No geral, os órgãos sexuais, ou genitais, são divididos em órgãos primários e acessórios. Os órgãos sexuais primários, ou gônadas, são: Os testículos Os ovários Além de produzirem gametas, as gônadas secretam hormônios sexuais, funcionando, portanto, como glândulas endócrinas. Os hormônios são moléculas mensageiras que percorrem a corrente sanguínea para sinalizar várias respostas fisiológicas em determinados órgãos-alvo. Os hormônios sexuais desempenham papeis vitais no desenvolvimento, manutenção e função de todos os órgãos sexuais. Outros hormônios, secretam pela hipófise, na base do cérebro, também influenciam as funções reprodutoras. Dessa forma, todos os outros órgãos sexuais (em ambos os sexos) são órgão sexuais acessórios, incluindo as glândulas internas e os ductos que nutrem os gametas e os transportam para fora do corpo e os genitais externos. Os sistemas genitais masculino e feminino têm algumas semelhanças básicas e algumas diferenças específicas. Os dois sistemas se assemelham em: 1) A maioria dos órgãos genitais de ambos os sexos se desenvolve a partir de tecidos embrionários semelhantes e, portanto, homólogos; 2) Ambos os sistemas têm gônadas que produzem gametas e hormônios sexuais; 3) Ambos os sistemas apresentam desenvolvimento latente de órgãos genitais que amadurecem e se tornam funcionantes, durante a puberdade, em consequência da influência dos hormônios sexuais secretados pelas gônadas. As gônadas produzem as células sexuais/gametas, espermatozoides nos homens ( ) e o óvulo nas mulheres ( ), que se fundem e formam um ovo fertilizado. / As diferenças entre os sistemas genitais feminino e masculino estão baseados nas funções específicas de cada um na reprodução sexual e nos eventos cíclicos (característicos da mulher): 1) Órgãos genitais de um homem sexualmente maduro e saudável produzem continuamente gametas masculinos, ou espermatozoides, e os transferem para a mulher durante o coito; 2) Um não produz produz espermatozoide até a puberdade (em torno dos 13 anos), mas a partir de então é capaz de produzir espermatozoides viáveis ao longo de sua vida se ele permanecer saudável; 3) Os óvulos/gametas de uma mulher estão completamente formados (mas não totalmente maduros) durante o desenvolvimento fetal dos ovários; 4) Os óvulos geralmente são emitidos/ovulados, um de cada vez e, um padrão cíclico ao longo do período reprodutor da mulher, que se estende da puberdade à menopausa; 5) Menstruação é a eliminação mensal de material sanguinolento (sangue e tecido sólido) do útero ao término de cada ciclo menstrual; 6) Menopausa é o período marcado pelo término da ovulação da menstruação; 7) O período reprodutor nas mulheres geralmente se estende desde em torno dos 12 anos de idade até em torno dos 50 anos de idade; 8) O padrão cíclico reprodutivo de ovulação e duração do período fértil são determinados pelos hormônios. Antes da diferenciação, os tecidos embrionários são considerados bipotenciais porque não podem ser morfologicamente identificados como masculino ou feminino. OBS: A gônada bipotencial tem um córtex externo e uma medula interna. Sob a influência do sinal de desenvolvimento, a medula irá se desenvolver formando um testículo. Na ausência desse sinal, o córtex irá se diferenciar em tecido ovariano. O sexo de um embrião na fase inicial do desenvolvimento é difícil de ser determinado porque as estruturas não começam a se diferenciar até a sétima semana de desenvolvimento. O que faz com que alguns zigotos se tornem homens e outros se tornem mulheres? A determinação do sexo depende da presença ou ausência da região determinando do sexo do cromossomo Y, ou gene SRV. Na ausência do gene SRY e seus produtos, a gônada se desenvolverá formando ovários. Na presença de um gene SRY funcional, a gônada bipotencial se desenvolverá originando os testículos. Sabe-se que até a 6ª semana de vida intrauterina não há diferenciação da genitália, sendo assim, possuem dois pares de ductos: 1) Ducto de Muller; 2) Ducto de Wolf. Assim, (detalhes nos resumos do SG feminino e masculino), a proteína SRY que faz com que as célula de Sertoli testiculares secretem uma glicoproteína denominada hormônio antimulleriano (AMH, substância inibidora mulleriana) que degenera o ducto feminino (ducto de Muller) e desenvolve o ducto masculino, também conhecido com ducto de Wolf. Tal ducto forma estruturas como o epidídimo, canal deferente, vesículas seminais e o ducto ejaculatório. paramesonéfrico/ (crista gonadal) /mesonéfrico (metanefro) Estágio sexualmente indiferenciado 5ª semana Nos homens e nas mulheres, as gônadas começam a se desenvolver durante a quinta semana como massas de mesoderma intermediário chamadas cristas gonadais, que se formam protuberâncias na parede dorsal do abdome na região lombar, imediatamente medial ao mesonefro (rim embrionário). Os ductos mesonéfricos/de Wolff, os futuros ductos masculinos, desenvolvem-se medialmente aos ductos paramesonéfricos/de Muller, os futuros ductos femininos. Ambos os conjuntos de ductos abrem-se na cloaca (futura bexiga e uretra). Nesse momento, diz-se que o embrião se encontra no estágio sexualmente indiferenciado, pois a crista gonadal e os ductos são estruturalmente idênticos em ambos os sexos. 6ª semana Na sexta semana, as células germinativas primordiais migram para elas a partir do saco vitelino e semeiam o desenvolvimento das gônadas com células germinativas destinadas a se transformar em espermatogônias masculinas ou ovogônias femininas. Após a migração dessas células germinativas, as cristas gonadais diferenciam-se em testículos ou ovários, com base na presença ou ausência de um sinal indutor masculino, a proteína SRY, proveniente do epitélio que reveste a crista. Assim como as gônadas, os genitais externos desenvolve-se a partir de estruturas idênticas em ambos os sexos. Durante o estágio sexualmente indiferenciado, os embriões masculinos e femininos possuem uma pequena projeção, chamada tubérculo genital, em sua superfície perineal externa. O seio urogenital da cloaca (futuras uretra e bexiga) situa-se profundamente ao tubérculo, e o sulco uretral, que serve como abertura externa do seio urogenital, segue entre o tubérculo genital e o ânus. O sulco uretral é flanqueado pelas pregas uretrais/genitais e pelas intumescências labioescrotais. 8ª semana Durante a oitava semana, o genital externo começa a se desenvolver rapidamente. Nos homens, o tubérculo genital aumenta, formando a maior parte do pênis (a glande e os corpos eréteis), e as pregas uretrais fundem-se na linha mediana, formando a uretra peninana. As duas intumescências labioescrotais também unem na linha mediana para formar o escroto. Nas mulheres, o tubérculo genital torna-se o clítoris, as pregas uretrais não fundidas se transformam nos lábios menores, e as intumescências labioescrotais não fundidas se transformam nos lábios maiores. O sulco uretral persiste nas mulheres como vestíbulo da vagina. Referências: JUNQUEIRA, L C U; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12. Ed. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2013. SILVERTHORN, DU. Fisiologia Humana. Uma Abordagem Integrada. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6.ed. Barueri: Manole, 2003. MARIEB, Elaine N.; HOEHN, Katia. Anatomia e fisiologia. Artmed Editora, 2009.
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