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Resumo NP1 e NP2 - Psicopatologia

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Paciente refratário: não obedece à terapêutica, nenhum
medicamento parece remitir os sintomas, não faz efeito. 
Uma proposta terapêutica não pode se limitar a psicoterapia
e a medicação.
A Psiquiatria só foi reconhecida como ciência no século XIX,
tomando lugar de justificativas como demonologia e
feitiçaria, enquanto que o surgimento da psicofarmacologia
em 1950 marca uma nova etapa no tratamento de doenças
mentais. Os primeiros psicofármacos tinham efeitos
colaterais devastadores.
PDS: projeto terapêutico singular - no intervalo das sessões
e consultas, fazer algum tipo de terapia ocupacional,
fazendo com que o paciente não viva apenas em função da
doença (como bordado, academia, etc).
Um único sintoma aparece em diversos quadros, ele por si só
não diz nada. É importante colher a história, pois uma única
informação não basta para estabelecer a hipótese
diagnóstica (HD).
Alucinação: percepção sem objeto (só ele sente, percebe) -
vendo um livro que não existe;
Delírio: crença que só a pessoa tem - eu sou um livro; 
Ilusão: atribuir ao objeto uma característica fantástica -
vendo um livro (que de fato está lá) mas o livro está falando.
Esquizofrenia F-20
Psicose: afecção psíquica grave. A esquizofrenia é o mais
comum dos transtornos psicóticos.
Sintomas positivos: sintomas em que o paciente apresenta
alguma produção, como alucinações (pois ele vê, escuta,
etc), delírios (tem uma crença falsa em algo), pensamento
desorganizado (modo de pensar incomum), distúrbios do
movimento (agitação psicomotora, tiques);
Sintomas negativos: são mais difíceis de tratar, como a
redução do afeto - embotamento afetivo (tom de voz baixo,
ausência de expressão facial), redução de prazer da vida
cotidiana, dificuldade de iniciar ou manter atividades
(desiste, não conclui), isolado, negligente com seu
autocuidado.
Sintomas comuns
Introdução de conceitos
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
01
- Delírios (persecutório do tipo paranóide - a comida está
envenenada, querem me matar, todos têm inveja de mim,
querem tomar o meu lugar); delírio de grandeza (eu sou
dono da cidade, eu sou jogador do Barcelona); delírio
religioso/místico (eu sou Deus, eu converso com os anjos);
delírio de referência (é tudo eu, estão falando de mim, estão
rindo porque estou com uma meia furada, eu sou mais
importante), delírio de ciúmes (acha que está send traído). 
O subtipo mais comum, caracterizado por:
- Sintomas positivos;
- Delírios paranóides (principal), acompanhado por
alucinações auditivas;
- Sintomas paranóides mais comuns: delírios de perseguição,
referência, ascendência importante, missão especial,
ciúmes, vozes alucinatórias que ameaçam, alucinações
auditivas sem conteúdo verbal (assovios, risos).
Esquizofrenia
paranóide F-20.0
- Vozes alucinatórias que comentam o comportamento do
paciente ou discutem entre elas sobre o paciente (a voz
pode ser de comando ou apenas falarem, em que o paciente
é um ouvinte sem poder interagir com elas);
- Delírios persistentes (há sintomas que se manifestam
apenas em alguns episódios e depois remitem, mas há outros
que não); 
- Alucinações persistentes; 
- Discurso incoerente, irrelevante ou neologismos (palavras
inventadas); 
- Comportamento catatônico (negativismo, excitação,
estupor);
- Sintomas negativos (retraimento social, perda de
interesse, falta de objetivos).
Esquizofrenia
hebefrênica F-20.1
Pode ser conhecida também por esquizofrenia
desorganizada, caracterizada por:
- Afeto superficial e inadequado acompanhado por risos
imotivados (igual a Hebe), caretas, brincadeiras, queixas
hipocondríacas;
- Pensamento desorganizado e discurso incoerente; 
- Comportamento pueril (infantilizado);
- Tendência a permanecer solitário; 
- Tendência a ter um prognóstico pouco favorável devido ao
rápido desenvolvimento de sintomas negativos,
especialmente embotamento afetivo e perda da volição
(vontade).
Esquizofrenia
catatônica F-20.2
- Estupor ou mutismo (imóvel ou sem falar), por vezes uma
excitação motora sem motivo; 
- Perturbações psicomotoras proeminentes; 
- O paciente pode permanecer por horas na mesma posição,
como estátua;
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
02
- Negativismo (resistência aparentemente imotivada a todas
as instruções ou tentativas de ser movido, ou movimento em
direção oposta). 
- Postura inadequada (bizarra);
Esquizofrenia
indiferenciada F-20.3
Apresenta condições que contemplam a esquizofrenia de
modo geral, mas não se encaixa em nenhum subtipo, ou em
mais de um, mas sem predominância de um conjunto de
características diagnósticas específico. Não tem os critérios
para ser caracterizada como paranóide, catatônica,
hebefrênica, residual ou depressão pós-esquizofrênica.
É um episódio depressivo que surge após uma doença
esquizofrênica (F20, nos últimos 12 meses) e que pode ser
prolongado. Alguns sintomas dela podem aparecer ainda,
mas não dominam o quadro, e podem ser positivos ou
negativos (mais comum). O risco de suicídio é maior. Os
sintomas depressivos são proeminentes e devem preencher
pelo menos os critérios para um episódio depressivo (F32) e
ter sido presentes por no mínomo duas semanas. Se não
apresentar sintomas esquizofrênicos, um episódio
depressivo deve ser diagnosticado (F32).
Depressão pós-
esquizofrênica F-20.4
os critérios diagnósticos para esquizofrenia. É preciso
constatar um período de pelo menos um ano com a
intensidade e a frequência dos sintomas floridos (delírios e
alucinações), mínimas ou reduzidas. Ausência de demência,
problemas cerebrais orgânicos e depressão crônica.
É o estágio mais tardio da doença, caracterizado por
sintomas negativos (retardo psicomotor, hipoatividade,
afeto embotado,) de longa duração, mas não
necessariamente irreversíveis. Significa que houve uma
progressão na doença, portanto se torna um estágio crônico
no desenvolvimento do transtorno. Evidência anterior de
pelo menos um episódio psicótico bem definido satisfazendo
Esquizofrenia 
residual F20.5
Esquizofrenia 
simples F20.6
É um subtipo incomum e menos obviamente psicótico do que
o paranóide, hebefrênico e catatônico, em que delírios e
alucinações não são evidentes. Os sintomas negativos
característicos do subtipo residual se desenvolvem sem que
sejam precedidos por sintomas marcadamente psicóticos.
Um diagnóstico confiável é muito difícil, e depende do
desenvolvimento lentamente progressivo dos sintomas
negativos característicos da esquizofrenia residual. Não há
nenhuma história de alucinações, delírios ou outras
manifestações de um episódio psicótico anterior. Há uma
perda de interesse marcante, inatividade e retraimento
social.
Outra
esquizofrenia F20.8
literatura.
Quadros esquizofrênicos que não têm aceitação uniforme na
Esquizofrenia, não
especificada F20.9
Sem descrição no CID-10.
O conceito de normalidade
em Psicopatologia
Normalidade ideal
É utópica, em que o indivíduo seria sadio e mais evoluído, se
adaptando às normas morais e políticas de determinada
sociedade.
É a ausência de sinais e sintomas de doenças.
Normalidade como
ausência de doença
Normalidade estatística
O normal passa a ser aquilo o que aparece com mais
frequência (mas nem tudo o que é frequente é saudável, e
nem tudo o que é raro é patológico).
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a saúde é
entendida como completo bem-estar físico, mental e social,
e não simplesmente como ausência de doença. Mas se fosse
simples assim, poucas pessoas seriam consideradas
saudáveis.
Normalidade como
bem-estar
Leva em consideração as estruturações ao longo do tempo
(mudanças, crises), inseridos aqui os aspectos dinâmicos do
desenvolvimento psicossocial.
Normalidade como
processo
Normalidade subjetiva
Refere-se à percepção subjetiva do próprio indivíduo em
relação a seu estado de saúde.Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
Aqui se encaixam três graus de gravidade que têm em
comum: humor elevado, aumento na quantidade e velocidade
da atividade física e mental, e as três subdivisões devem ser
consideradas quando houver apenas um episódio de mania.
Se houve algum episódio afetivo prévio ou posterior
(depressivo, maníaco ou hipo-maníaco), então o transtorno
deve ser posto na classificação de Transtorno Afetivo
Bipolar F31. 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
03
Transtornos afetivos
do humor
Episódio maníaco F.30
Grau mais leve de mania;
Sem alucinações ou delírios;
Elevação leve e persistente do humor por pelo menos
vários dias contínuos;
Aumento de: energia, atividade, sentimentos de bem-
estar, eficiência física e mental; sociabilidade,
loquacidade, energia sexual;
Familiaridade excessiva;
Diminuição da necessidade de sono.
*Mas não numa extensão que leve a uma perturbação grave
do trabalho ou resulte em rejeição social.
Humor desproporcionalmente elevado;
Aumento de energia que resulta em hiperatividade,
pressão para falar e diminuição da necessidade de
sono;
Autoestima inflada e ideias grandiosas livremente
expressas;
A pessoa pode se envolver em situações extravagantes
e não práticas (gastar muito dinheiro, se tornar
agressiva ou amorosa em contextos inadequados);
Em alguns episódios maníacos, o humor é mais irritável
e desconfiado do que exaltado;
Ataque comum entre 15 e 30 anos, mas pode ocorrer
em qualquer idade.
Quadro apresenta uma forma mais grave de mania;
A autoestima elevada e ideias grandiosas podem evoluir
para delírios, e a irritabilidade e desconfiança para
delírios de perseguição;
Em casos graves, delírios grandiosos ou religiosos de
identidade ou papéis podem se destacar, e fuga de
ideias e pressão para falar podem tornar a pessoa
incompreensível;
A atividade física e excitação graves e continuadas
podem resultar em agressão ou violência, e a
autonegligência em perigosos estados de desidratação.
Caracterizado por episódios repetidos (dois ou mais) em que
o humor e os níveis de atividade da pessoa estão muito
perturbados, ora com elevação do humor e aumento de
energia e atividade (mania ou hipomania), ora com
rebaixamento do humor e diminuição de energia e atividade
(depressão).
Transtorno afetivo
bipolar F31
O episódio atual deve preencher os critérios de mania
sem sintomas psicóticos F30.1;
Deve ter ocorrido pelo menos um outro episódio afetivo
no passado (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou
misto).
O episódio atual deve preencher os critérios de mania
com sintomas psicóticos F30.2;
Deve ter ocorrido pelo menos um outro episódio afetivo
no passado (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou
misto).
O episódio atual deve preencher os critérios de um
episódio depressivo de gravidade leve F32.0 ou
moderada F32.1
Deve ter ocorrido pelo menos um outro episódio afetivo
no passado (hipomaníaco, maníaco ou misto).
O episódio atual deve preencher os critérios de um
episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos
F32.2;
Deve ter ocorrido pelo menos um outro episódio afetivo
no passado (hipomaníaco, maníaco ou misto).
O episódio atual deve preencher os critérios de um
episódio depressivo grave com sintomas psicóticos
F32.3;
Deve ter ocorrido pelo menos um outro episódio afetivo
no passado (hipomaníaco, maníaco ou misto).
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
Usualmente a pessoa sofre de humor deprimido, perda de
interesse e prazer, e energia reduza, o que leva ao aumento
da fatigabilidade e diminuição da atividade.
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
04
Episódio depressivo F.32 Transtorno depressivo
recorrente F33
Diminuição da concentração, atenção, autoestima,
autoconfiança e apetite;
Ideias de culpa e inutilidade mesmo nos episódios
leves;
Visão pessimista do futuro;
Ideias ou ações autolesivos ou suicídio;
Sono perturbado.
O humor deprimido, perda de interesse e prazer, aumento
da fatigabilidade são os sintomas mais típicos de depressão.
Nenhum dos sintomas deve se manifestar em grau intenso. A
duração do episódio completo é de cerca de duas semanas.
A pessoa em episódio depressivo leve está normalmente
angustiada pelos sintomas e tem alguma dificuldade em
continuar com o trabalho do dia a dia e atividades sociais,
mas provavelmente não irá parar suas funções
completamente.
Vários sintomas presentes em grau marcante;
Duração mínima do episódio completo é de cerca de
duas semanas;
Dificuldade considerável em continuar com atividades
sociais, laborativas ou domésticas.
Angústia ou agitação considerável, a menos que retardo
seja um aspecto marcante;
Provavelmente aparecem perda de autoestima ou
sentimentos de inutilidade ou culpa;
Suicídio é um perigo marcante;
A síndrome somática estará quase sempre presente.
Satisfaz os critérios de um episódio grave sem sintomas
psicóticos F32.2, mas também inclui delírios,
alucinações ou estupor depressivo;
Delírios que envolvem ideias de pecado, pobreza ou
desastres iminentes, em que a própria pessoa é
responsável;
Alucinações auditivas ou olfativas de vozes
difamatórias ou acusativas, ou de sujeira apodrecida ou
carne em decomposição;
Retardo psicomotor grave pode evoluir para estupor.
Caracterizado por episódios depressivos (F32.0, F32.1,
F32.2 ou F32.3) repetidos, sem qualquer história de
episódios independentes de elevação do humor e
hiperatividade que preencham os critérios para mania;
Se após um episódio depressivo houver breves
episódios de elevação do humor e hiperatividade leves,
que preenchem critérios de hipomania, ainda assim se
encaixa nessa categoria de transtorno depressivo
recorrente.
Uma depressão crônica de humor, mas que não
preenche atualmente os critérios para transtorno
depressivo recorrente;
Os pacientes, usualmente, têm períodos de dias ou
semanas em que descrevem a si mesmos como estando
bem, mas na maior parte do tempo (com frequência de
meses) se sentem cansados e deprimidos;
Tudo é um esforço e nada é desfrutável;
São capazes de lidar com as exigências básicas do dia a
dia, mas se preocupam, se queixam, dormem mal e se
sentem inadequados.
Distimia F34.1
Transtorno afetivo do humor
não especificado F39
Para ser usado somente como um último recurso,
quando nenhum outro termo pode ser usado.
Transtornos de
personalidade
Sofreu muitas mudanças na terminologia, o que se
popularizou entre os profissionais de saúde foi psicopatia,
mas é um tempo impreciso, porque ora se refere à psicopatia
com personalidade sociopática, ora aos transtornos de
personalidade em geral. Estrutura de personalidade não
muda, o que muda é a dinâmica de personalidade.
Transtorno de
personalidade paranóide
F60.0
Sensibilidade a contratempos;
Tendência a guardar rancor; 
Desconfiança e tendência invasiva de distorcer
experiências; 
Senso de direitos pessoais obstinado; 
Suspeitas recorrentes; 
Tendência a autovalorização; 
Preocupação com explicações conspiratórias; 
Senso percepção e juízo de realidade inalterados; 
Não apresenta sintomas psicóticos como na
esquizofrenia.
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
05
Transtorno de
personalidade esquizóide
F60.1
Poucas atividades geram prazer; 
Frieza emocional, embotamento; 
Capacidade limitada de expressar sentimentos; 
Indiferença aparente a elogios e críticas;
Pouco interesse em atividades sexuais; 
Preferência por atividades solitárias; 
Falta de amigos íntimos.
Transtorno de
personalidade antissocial
F60.2
Insensível aos sentimentos alheios;
Irresponsabilidade e desrespeito por regras e normas; 
Incapacidade de manter relacionamentos; 
Baixa tolerância à frustração; 
Incapacidade de experimentar culpa - medo da
punição;
Tendência a culpar os outros.
Transtorno de personalidade
emocionalmenteinstável F60.3
Instabilidade emocional;
Sentimentos crônicos de vazio;
Relacionamentos pessoais intensos e instáveis; 
Esforço excessivo para evitar o abandono;
Ameaças de suicídio ou atos de autolesão.
Transtorno de personalidade
emocionalmente instável tipo
Borderline F60.31 
O mais comum; 
Baixo limiar à frustração; 
Esforço excessivo para evitar o abandono; 
Relacionamentos pessoais intensos e instáveis; 
Perturbação da identidade; 
Impulsividade em pelo menos duas áreas
autodestrutivas (sexo com desconhecidos, gastos
exagerados, etc); 
Comportamento suicida ou de automutilação; 
Instabilidade emocional intensa; 
Sentimento crônico de vazio; 
Raiva intensa e inapropriada e dificuldade em controlá-
la; 
Ideias de perseguição ou episódios dissociativos
decorrentes de situações difíceis e estresse.
Transtorno de
personalidade histriônica
F30.4
Teatralidade e dramatização; 
Sugestionabilidade;
Afetividade superficial;
Busca excitação contínua e ser o centro das atenções;
Comportamento sexualmente sedutor, inadequado e
provocativo;
Preocupação exdcessiva com atratividade física.
Transtorno de
personalidade ansiosa (de
evitação) F60.6
Sentimentos de tensão e apreensão;
Acredita ser incapaz e inferior aos outros e se preocupa
em ser criticado ou rejeitado;
Tem restrições no estilo de vida devido à necessidade
de segurança física ou psíquica;
Evita atividades sociais principalmente por medo de
críticas, desaprovação ou rejeição.
Transtorno de
personalidade dependente
F60.7
Subordinação das próprias necessidades e desejos
àqueles de quem é dependente;
Dificuldade para tomar decisões, pede para que outros
tomem por si;
Sentimento de desamparo por medo de ficar sozinho;
Relutância em fazer as coisas;
Medo do abandono.
Exame psíquico
Geralmente os conteúdos dos sintomas estão relacionados
aos temas centrais da existência humana, tais como a
sobrevivência e a segurança, a sexualidade, os temores
básicos (morte, doença, miséria, etc.), religiosidade, etc
O exame psíquico ou exame do estado mental atual é feito
no contexto de avaliação clínica global do paciente. É um
processo coberto pela semiologia, ou seja, estudo dos
sintomas e sinais da doença. Os signos e sinais mais
importantes para a psicopatologia são os sinais
comportamentais objetivos, verificáveis pela observação
direta do paciente, e os sintomas, isto é, as vivências
subjetivas relatadas pelos pacientes, suas queixas, aquilo
que o indivíduo experimenta e, de alguma forma, comunica a
alguém.
Em geral, são focados dois aspectos básicos na semiologia: a
forma dos sintomas, isto é, sua estrutura básica,
relativamente semelhante nos diversos pacientes
(alucinação, delírio, labilidade afetiva, etc), e seu conteúdo,
ou seja, aquilo que preenche a alteração estrutural
(conteúdo de culpa, religioso, de perseguição, etc) .
"Não existem funções psíquicas
isoladas e alterações psicopatológicas
compartimentalizadas desta ou daquela
função. É sempre a pessoa, na sua
totalidade, que adoece".
Funções psíquicas avaliadas
Aspecto geral: verificar aspectos do cuidado pessoal do
paciente, higiene, trajes, postura geral, mímica, atitude
global durante a entrevista (atitude calma, hostil,
desconfiada, assustada, apática, desinibida, indiferente,
etc.). 
Alterações: obnubilação, torpor, sopor, coma, estado
dissociativo (desequilíbrio psicológico, havendo alterações
na consciência, memória, identidade, emoção, percepção do
ambiente, controle dos movimentos e comportamento),
transe (espécie de sono acordado, mas com a presença de
atividade motora automática e estereotipada, com a
suspensão parcial dos movimentos voluntários), estado
hipnótico. Verificar se há algum rebaixamento do nível de
consciência (torpor ou obnubilação da consciência). 
Nível de consciência
Estado normal: vigil ou desperto
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
Memória imediata, recente e remota; memória de fixação
(que implica percepção, registro e fixação) e memória de
evocação. Amnésias orgânicas (menos seletivas
psicologicamente, mais prejudicados os mecanismos de
fixação do que de evocação), amnésias psicogênicas (mais
seletivas psicologicamente, mais conteúdos autobiográficos).
Pacientes com quadros demenciais devem sempre, por
definição, apresentar algum grau de dificuldade mnêmica.
Memória
Verificar a orientação alopsíquica (quanto ao tempo e
quanto ao espaço) e a autopsíquica (quanto a si mesmo). Os
pacientes com desorientação temporal ou temporoespacial
apresentam frequentemente quadros de delirium (delirium =
estado de confusão mental ou síndrome orgânico cerebral
aguda (delirium é latim para "estar fora de si") é uma
síndrome orgânica caracterizada por um rápido deterioro na
atenção, consciência e cognição. O início é rápido variando
de algumas horas até poucos dias. Geralmente o paciente em
delirium apresenta sonolência diurna e agitação noturna. A
desorientação geralmente está associada à diminuição do
nível de consciência, a condições de apatia intensa, a
quadros demenciais ou de desorganização mental grave.
Questionar o paciente quanto ao tempo – dia da semana, do
mês, mês do ano, ano; quanto ao espaço – cidade em que
estamos, bairro, distância da residência ao hospital; e
autopsíquica – nome, quem é o pai e a mãe, profissão,
amigos, etc.
Orientação
Normoprosexia (funcionamento normal), hipoprosexia
(diminuição global da atenção e concentração). Capacidade
de concentração e manutenção da atenção sobre
determinado objeto (tenacidade) e capacidade de mudar de
forma flexível de objeto para objeto (vigilância). Verificar se
há diminuição global da atenção e dificuldade de
concentração. Distraibilidade e diminuição da capacidade de
fixar a atenção são típicos da síndrome maníaca
(hipotenacidade e hipervigilância). 
Atenção
Ilusão (percepção deformada de um objeto real), alucinação
(percepção sem a presença de objeto estimulante, estímulo
percebido como vindo de fora do corpo, de forma nítida e
corpórea). As ilusões e alucinações visuais são mais
frequentemente de etiologia orgânica, enquanto as auditivas
estão mais associadas às psicoses funcionais (esquizofrenia,
mania e depressão psicóticas).
Sensopercepção
Verificar o curso (velocidade e modo de fluir), a forma
(estrutura do pensamento e o conteúdo [temas principais]),
se o pensamento está lentificado (síndromes depressivas,
delirium, demências) ou acelerado (síndromes maníacas), se
o pensamento está desorganizado, incoerente ou de difícil
compreensão (fuga de ideias, descarrilhamento,
desagregação, pensamento confusional, etc.).
Pensamento
Alterações orgânicas da linguagem: afasias, alexias,
agrafias. Nas afasias de expressão, há diminuição da
fluência verbal e frequentes erros gramaticais, sendo a
compreensão preservada. Nas afasias de compreensão, há
fluência normal ou aumentada, a fala é incompreensível e o
paciente não entende o que lhe dizem. Alterações
psiquiátricas da linguagem: inibição da linguagem, mutismo,
loquacidade (aumento do fluxo sem incoerência), logorréia
(aumento do fluxo com incoerência), perseverações verbais,
ecolalia (repete mecanicamente palavras ou frases),
mussitação (movimento dos lábios com emissão de sons
inarticulados), neologismos. 
Linguagem
Identificar se o juízo falso é ideia prevalente por
importância afetiva, crença cultural ou verdadeiro delírio.
Descrever as características do delírio: simples – um tema
único, ou complexo – vários temas entrelaçados;
sistematizado – organizado, ou não sistematizado. Verificar
o grau de convicção, a extensão do delírio (em relação às
várias esferas da vida), a incompatibilidade com a realidade,
a pressão (para agir) e a resposta afetiva do paciente ao seu
delírio. 
Juízo de realidade
Estado de humor basal, emoções e sentimentos
predominantes. Descrever o humor (depressivo, eufórico,
irritado, exaltado, pueril, ansioso, apático). Verificar se o
paciente tem fobias simples (de pequenos animais,objetos
cortantes, etc.), fobias sociais (falar em público, falar com
pessoas “mais importantes”, ir a festas, etc.), ou agorafobia
(fobia de conglomerações, supermercados, estádios,
congestionamentos, etc.). Verificar se o paciente já teve
crises de pânico.
Afetividade
Processo volitivo: fase de intenção ou propósito,
deliberação, decisão e execução. Verificar se o paciente
realiza atos volitivos normais ou apresenta atos impulsivos
(“curto circuito” do ato volitivo). Verificar se há redução da
vontade (hipobulia = diminuição ou abulia = incapacidade).
Diferenciar os atos impulsivos (descontrole, faltam as fases
de deliberação e a decisão) dos atos ou rituais compulsivos
(“obrigação” de realizar o ato). Observar se há negativismo
(recusa automática em interagir com as pessoas, com o
ambiente). 
Volição
Lentificação ou aceleração, estereotipias (ações repetitivas
ou ritualísticas vindas do movimento, postura ou fala),
maneirismos (gesticulação artificial, exagerada ou
ritualística de movimentos corporais), ecopraxias (repetição
involuntária ou imitação dos movimentos de outras
pessoas). Pode haver agitação psicomotora, estupor (falta
de resposta em que a pessoa somente pode ser despertada
com estímulo físico vigoroso).
Psicomotricidade
06
Verificar se há retardo mental leve ou “limítrofe” (pode
estudar até 6ª ou 7ª série, pode ser independente, mas tem
problemas com leitura e escrita, dificuldades com conceitos
abstratos); retardo mental moderado: consegue estudar
apenas até 1ª ou 2ª série e consegue realizar, no máximo,
tarefas práticas simples estruturadas.
Inteligência
Gabriela Gomes da Silva | Psicologia | 7º período | @psicomgabi
 
Há direitos autorais sobre este material, portanto é proibida a sua distribuição em qualquer meio de comunicação.
 
Descrever a personalidade ao longo da vida. Lembrar que a
personalidade caracteriza-se por ser estável, duradoura e
corresponde ao modo de ser do indivíduo após a
adolescência, nas suas relações interpessoais e nas formas
de reagir ao ambiente. Os traços e alterações devem estar
presentes mesmo fora dos episódios psiquiátricos.
Personalidade
**Também nas psicoses.
Funções mais afetadas nos transtornos psico-orgânicos: consciência,
atenção*, orientação, memória, inteligência, linguagem** 
Funções mais afetadas nos transtornos do humor, neuróticos e da
personalidade: afetividade, volição, psicomotricidade, personalidade 
Funções mais afetadas nos transtornos psicóticos: sensopercepção,
pensamento, vivência do tempo e do espaço, juízo de realidade, vivência
do eu 
*Também nos quadros do humor (mania, principalmente). 
Em pacientes com quadro paranóide: vivencia seu espaço
interior como invadido por aspectos ameaçadores, perigosos
e hostis do mundo. O espaço exterior é, em princípio,
invasivo, fonte de perigos e ameaças. No caso do indivíduo
com agorafobia, o espaço exterior é percebido como
sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
Vivencia do tempo e espaço
Em pacientes com esquizofrenia: fragmentação, que se
verifica pela alteração da percepção do fluir do tempo, bem
como por vivências anormais, como déjà vu (estranha
sensação que faz com que ele sinta que já presenciara ou
estivera naquela mesma específica situação em que se
encontra agora pela primeira vez) e déjà vecu (já vivido) e
estranhamento do tempo passado e futuro, relacionados a
delírios e alucinações.
Em pacientes em estado maníaco: vivência espacial
caracterizada por um espaço extremamente dilatado e
amplo, que invade o das outras pessoas. O paciente
desconhece as fronteiras espaciais e vive como se todo o
espaço exterior fosse seu.
Em pacientes com quadro depressivo: o espaço exterior pode
ser vivenciado como muito encolhido, contraído, escuro e
pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros
O entrevistador
Ao final, o exame psíquico deve ser redigido com linguagem
clara, simples, precisa e compreensível.
O entrevistador deve descrever as impressões subjetivas e
os sentimentos despertados em si pelo paciente e seus
familiares, se o paciente é crítico em relação aos seus
sintomas e se ele identifica-os como algo anormal ou
patológico. Também avaliar se há desejo de ser ajudado ou
se o paciente rejeita o profissional de saúde mental.
Organização Mundial da Saúde. Classificação de Transtornos
Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições
Clínicas e Diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais. 3. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. 
Referências
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