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São duas enfermidades, causadas pelo mesmo cestódeo, a tênia (solitária). Dentro do gênero Taenia, destacados a Taenia solium e a Taenia saginata CONSIDERAÇÕES GERAIS Essa patologia encontra-se presente em 18 países da América do Sul, com cerca de 350000 infectados. O aumento de casos nas regiões Sul e Sudeste estão relacionados com os hábitos alimentares. No período de 1980 – 1989 foram registrados 937 óbitos. HOSPEDEIROS Definitivo: forma adulta da T. solium e T. saginata – Seres humanos. Intermediário: Suinos e bovinos. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Teníase: Com cerca de três meses já é possível encontrar o verme adulto no ID. Cisticercose humana: O período varia de 15 dias até um ano. PERÍODO DE TRANSMISSÃO Ovo de tênia viáveis: Dura meses no meio ambiente. MANIFESTAÇÃO CLÍNICA Bovinos e suínos em fase aguda: não há manifestação clínica reconhecível. Suínos com infecções intensas: Paralisia de língua, enterite ou enteroperitonite, dificuldade na apreensão dos alimentos ou na mastigação, transtornos locomotores e cerebrais. DIAGNÓSTICO · Observação do paciente (histórico) · Presença de proglotides nas fezes · Exames coproparasitológicos · Sorologia: fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação. · Imagem: RX, tomografia, e ressonância magnética de cisticercos calcificados. · Biópsia: identificação microscópica da larva. CICLO BIOLÓGICO VIGILÂNCIA EM SAÚDE Não é de notificação obrigatória Articulação entre Vigilância Sanitária e Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente – medidas sanitárias preventivas. MEDIDAS DE PROFILAXIA · Trabalho educativo da população: escolas e comunidades (princípios básicos de higiene pessoal e conhecimento dos principais meios de contaminação e infecção. · Bloqueio do foco do complexo teníase/cisticercose: foco – unidade habitacional com pelo menos: indivíduos contaminados com sorologia positiva para cisticercose + um indivíduo com teníase + um indivíduo eliminando proglotides + um indivíduo com sintomas neurológicos suspeitos de cisticercose + animais com cisticercose (suína/bovina) + outros núcleos familiares que tenham tido contato de risco de contaminação. Os indivíduos deverão receber tratamento com medicamento específico. · Fiscalização da carne: Reduzir a comercialização ou o consumo de carne contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre medidas de aproveitamento da carcaça (salga, congelamento, graxaria, conforme a intensidade da infecção). · Fiscalização de produtos de origem vegetal: Irrigação de hortas e pomares com água de rios e córregos, que recebam esgoto ou outras fontes de águas contaminadas, deve ser coibida através de rigorosa fiscalização, evitando a comercialização ou o uso de vegetais contaminados por ovos de taenia. · Cuidados na suinocultura: Evitar o acesso do suíno às fezes humanas e à água e alimentos contaminados com material fecal (cisticercose suína) · Isolamento: Indivíduos com cisticercose ou portadores de teníase, não há necessidade de isolamento. Em casos de teníase recomenda-se medidas para evitar a sua propagação (tratamento específico, higiene adequada).
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