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Distúrbios da Proliferação e Diferenciação Celular Quando a célula está na sua fisiologia normal = homeostasia. Quando essa célula sofre um estresse que vai além dessa faixa de variação de homeostasia = adaptação celular. Adaptação celular = a célula atinge um novo estado de equilíbrio após passar por mudanças, permitindo que a célula consiga sobreviver Se esse estímulo de estresse for muito grave (além do quanto a célula consegue se adaptar) ela sofre lesão celular. Se a lesão for leve/transitória = lesão reversível (a célula consegue voltar ao estado de homeostase); se a lesão é intensa/progressiva → lesão irreversível → morte celular. A célula normal fica limitada, em suas funções e estrutura, a uma faixa de variação muito estreita devido seu estado de metabolismo, diferenciação e especialização; por restrições pelas células vizinhas e disponibilidade de substratos metabólicos. Importantes para que a célula consiga se adaptar ou não = capacidade proliferativa e seu estado de diferenciação. Proliferação = multiplicação celular. Diferenciação = especialização morfológica e funcional das células. Exemplo: se diferenciar em células musculares, epiteliais, sanguíneas etc. ➢ Quanto mais uma célula se prolifera, menos ela é diferenciada (pois o foco dela é se multiplicar). ➢ A medida que a célula se diferencia, quanto mais diferenciada, menor capacidade de proliferação. Pois sua fisiologia vai estar comprometida com a função (de acordo com o que ela é). Exemplo: neurônio, muito especializado, mas não se prolifera. Potencial replicativo dos tecidos influencia nas adaptações celulares❗ Adaptações celulares = são respostas estruturais e funcionais reversíveis às alterações fisiológicas ou a alguns estímulos patológicos, alcançando um novo estado de equilíbrio. As células podem se adaptar quanto ao: ● Número de células → Hiperplasia. ● Alterações no tamanho (aumentar) → Hipertrofia. ● Alterações no tamanho (diminuir) → Atrofia ou hipotrofia. ● Mudanças no tipo ou estrutura das células → Metaplasia. Hipertrofia É um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão. É o resultado do aumento de produção das proteínas celulares. ❖ Hipertrofia fisiológica: como por exemplo no aumento do útero durante a gravidez. ❖ Hipertrofia patológica → A partir de estresses causados por doenças. Exemplo: aumento do miocárdio em uma obstrução. Hiperplasia É um aumento do número de células em um órgão ou tecido, resultando geralmente em aumento da massa de um órgão ou tecido. ❖ Hiperplasia fisiológica: hormonais → aumento da mama feminina na puberdade; compensatória → capacidade regenerativa do figado quando retira parte do figado, ele se prolifera e regenera. ❖ Hiperplasia patológica: por estímulos agressores. Como na doença psoríase. Hipotrofia Redução do tamanho de um órgão ou tecido que resulta da diminuição do tamanho e do número de células. ❖ Atrofia fisiológica: como na redução do útero após o parto. ❖ Atrofia patológica: como na atrofia por perda de inervação, desuso (há redução do músculo), diminuição do suprimento sanguíneo (como na atrofia senil); nutrição inadequada (redução de nutrientes → as células se adaptam, consomem menos metabólicos e reduzem o tamanho para ficar vivas → magreza); e por perda de estimulação endócrina. Resumindo as principais causas da hipotrofia: ↓ metabolismo, ↓ síntese proteica e apoptose. Metaplasia É uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo celular. Como isso ocorre❓ As células troncos adultas residentes em um tecido sofrem uma reprogramação genética, onde elas vão passar a produzir outros tipos de genes/proteínas, quando elas se diferenciarem, será em um tipo celular com fenótipo diferente. ★ Reprogramação de células- tronco! Exemplo: quando há um estresse por fumo, gera um estímulo e as células troncos residentes se diferenciam como células escamosas, isso promove um aumento da barreira desse epitélio. Displasia Alteração na proliferação e diferenciação. Caracterizada por várias alterações celulares que incluem a perda da uniformidade das células individuais, assim como a perda de sua orientação arquitetônica. ➢ A célula sofreu uma alteração a ponto daquela área virar um solo fértil para neoplasias/tumores (se o estímulo continuar). Efeitos: ● Pleomorfismo (várias formas diferentes da células); ● Núcleo hipercromático (coloração muito escura, por expressão genica muito grande); ● Tamanho do núcleo e citoplasma alterado; ● Mitoses em áreas anormais; ● Arquitetura tecidual desordenada. Referência: ● Bogliolo, Patologia, 7ª edição, 2006. ● Anotações de aula. ● Imagem I: autoria - criado no Lucidhart. Esse material te ajudou? curte, comente e salve em uma lista para ver mais tarde. Quer ver mais materiais de patologia? escaneie o código abaixo:
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