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TIPOLOGIAS E GÊNEROS TEXTUAIS JURÍDICOS DISCURSO ● Na linguagem Cotidiana, é uma mensagem. Um ato verbal e oral de se dirigir a um público, com o objetivo de comunicar algo, mas também de persuadir. ● A filosofia considera o discurso como sendo um sistema social de pensamento ou de ideias. ● Cada universo de discurso jurídico possui suas regras, suas peculiaridades, sua estrutura, seu sentido peculiar, de modo que se deve ter em conta a especificidade da cada um no momento da construção de dizeres teóricos sobre a interpretação TEXTO ● É um conjunto de palavras e frases encadeadas que permitem interpretação e transmitem uma mensagem ● Pode ser escrito ou oral ● Para ser texto, precisa ser percebida pelo receptor ou seja, precisa ter coerência e coesão TIPOLOGIA TEXTUAL ● É a forma como o texto se apresenta ● Trata-se da natureza linguística do texto ➞ A narração, descrição, dissertação e argumentação jurídica ● A diferença entre gênero e tipos textuais é importante para o profissional do Direito, posto que deve orientá-lo na produção de suas peças processuais, para que possa redigir seus documentos com competência e segurança. GÊNEROS TEXTUAIS ● São “ações tipificadas” produzidas em resposta a situações sociais recorrentes. Nasce de uma necessidade social. ● Têm padrões sócio-comunicativos definidos por sua estrutura, objetivos comunicacionais, estética e forças discursivas que o envolvem em sua produção ● Utilizada para produção de peças processuais: ➞ Petição Inicial: é o meio pelo qual se pleiteia direitos perante a Justiça. É o instrumento utilizado pelo advogado para obter uma decisão judicial de acordo com o interesse do cliente. ➞ Procuração: é o ato pelo qual alguém (outorgado) recebe de outro (“outorgante”) poderes (mandato) para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses (“poderes”). É uma autorização para que determinada(s) pessoa(s) atuem em seu nome ➞ Mandado: ato escrito, emanado de autoridade pública, judicial ou administrativa, em virtude do qual deve ser cumprida a diligência ou a medida, que ali se ordena ou se determina (mandado de busca) ➞ Mandato: É quando alguém tem autorização para praticar determinadas ações em função de outros..É usado em termos políticos para designar os poderes que são conferidos e que representará os cidadãos durante um período. TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA ● Toda narrativa é a exposição de fatos (reais ou fictícios) que se passam em determinado lugar e com certa duração, em atmosfera carregada de elementos circunstanciais ● Narrativa dos fatos ➞ conteúdo meramente informativo ➞ Vão determinar as normas jurídicas aplicáveis ➞ Precede sempre à articulação das teses jurídicas ( a argumentação jurídica) ● Descrição no texto jurídico ➞ Busca os elementos e pormenores que “pintem o quadro”, segundo a versão que valorize seu lado ➞ Dados descritivos do réu têm a função de criar uma imagem do acusado como a de um mau elemento à sociedade, que deve ser punido ➞ “Este é o acusado. Trata-se de um elemento perigoso, mesquinho, mentiroso, cruel, de caráter violento...” ● Dissertação na redação jurídica ➞ De todos os gêneros redacionais, o mais complexo, pois exige do redator um posicionamento diante de determinado assunto, quer expressando sua opinião, quer postulando uma tese. ➞ Busca expor uma ideia, podendo ser: ➞ Dissertação expositiva: É a discussão de uma ideia, de um assunto. A intenção do redator é a de expor um assunto, comentando-o. É bem elaborada quando se discute um assunto com profundidade, de forma clara, estando as ideias “amarradas” a um tópico frasal (uma introdução) que apresente, com segurança, a ideia central. ➞ Dissertação Argumentativa: o redator usa técnicas de persuasão com o objetivo de convencer o leitor a partilhar de sua opinião ou mudar de ponto de vista. Toda ideia só tem força persuasiva se as razões que a fundamentam estiverem claras e bem sustentadas. ● A argumentação ➞ É preciso saber, antes de começar, aonde você quer chegar. ➞ Se o caso for simples, deixe suas conclusões para o final. Se for complexo, antecipe-as, resumindo o caso já na introdução. ➞ Evite linguagem agressiva. Não tente melhorar a sua argumentação distorcendo, ou ridicularizando o argumento da parte contrária ➞ Devem haver conexões claras entre a premissa e a conclusão
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