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Herança Digital

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27/05/2021
Aluna: Rafaela Maria Boniatti
Herança Digital: o que precisamos realmente saber – Marcelle Blanche Farias
Herança digital é todo patrimônio composto pelos bem digitas que podem ser deixados pelo individuo, como por exemplo, moedas digitais. Pode ter um valor afetivo ou econômico envolvido. Parte do pressuposto de o que vai acontecer com todo o patrimônio que é deixado na internet depois da morte do usuário. 
Antigamente se alguém queria alguma coisa, deveria ser proprietário daquela coisa, hoje em dia, o pertencimento está mudando e a tendencia é mudar cada vez mais. Mudou-se de uma economia de proprietário para uma economia de usuários. 
Os bens digitais, segundo a doutrina, se classificam em três diferentes esferas: Patrimoniais (suscetíveis de valoração econômica. Ex.: criptomoedas); Existenciais (relativos à identidade e personalidade do usuário, sendo insuscetível de valoração financeira. Ex.: WhatsApp); Híbridos (tidos como pessoais a princípio, porém, com monetização agregada. Ex.: contas no YouTube).
Herança digital começou a ser debatida com mais profundidade recentemente no Brasil. É um tema que tem revolucionado as relações jurídicas. Em relações as redes sociais, no Facebook é possível sua exclusão da conta ou a escolha de um contato herdeiro. O contato poderá gerenciar publicações já postadas, mas não realizar novas publicações nem terá acesso às mensagens. Já no Instagram, a conta pode ser deletada ou transformada em memorial, mediante denúncia por outro usuário. No Twitter, não há possibilidade de transformar em memorial, apenas a exclusão da conta e download do histórico da mesma. No Linked In, também não pode ser transformado em memorial. 
Uma vez que você insere alguma coisa online, não dá pra saber sua extensão. As redes sociais são lugares de postar memoriais boas, as pessoas não querem ser esquecidas. A herança digital envolve herança e luto, para que as pessoas que estão distantes tenham o ciclo do luto pelo meio digital. A internet eterniza as coisas.
Destinação dos bens digitais após o falecimento: 3 correntes: Transmissão total, transmissão parcial e a corrente que defende não transmitir nada. Esta última, é uma das maiores, defende que o direito é personalíssimo, o que você faz é somente pra você. Há correntes que equiparam entrar no perfil de uma pessoa falecida, com vilipêndio de cadáver.
O Regulamento Geral sobre a proteção de dados (GDPR) exclui o tratamento de dados dos falecidos, porém de modo expresso, à execução de tratamento para fins arquivísticos e históricos. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não traz previsão sobre o tema. 
De acordo com o jurista Stefano Rodotá, “Tornando-se entidades desencarnadas, as pessoas têm sempre mais a necessidade de uma tutela do seu ‘corpo eletrônico’”.

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