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- tutela provisória de urgência: art. 5º, XXXV, CF - tutela provisória de evidência: art. 5º, LXXVIII, CF - arts. 303 e 304 - é satisfativa, pois, em virtude da urgência, o juiz está autorizado a provisoriamente antecipar o bem da vida que se objetiva, de forma que há uma correspondência total ou parcial daquilo que se pretende obter ao final. - sempre terá o periculum in mora - o pedido pode ser incidental, quando realizado no bojo do pedido principal; ou antecedente, realizado antes do pedido principal. - o processo começa de trás pra frente: há o pedido, execução, defesa e decisão. - ex: indivíduo que precisa de determinado medicamento para sobreviver; MP pretende cessar atividade poluidora. - arts. 305 a 310 - também é provisional e de urgência, mas a diferença é que a cautelar conserva o bem, o direito ou a pessoa para que, no futuro, em eventual execução, possa haver efetividade da decisão a ser proferida. - sempre terá o periculum in mora - o pedido pode ser incidental, quando realizado no bojo do pedido principal; ou antecedente, realizado antes do pedido principal. - a tutela antecipada satisfaz para garantir; a tutela cautelar garante para satisfazer. - ex: mulher vítima de agressão ingressa com ação de separação de corpos, no intuito de conservar sua vida para poder ser parte em ação de divórcio; cautelar de arresto, em que o credor, para evitar que o devedor dilapide seu patrimônio, solicita o bloqueio de bens. - art. 311 e procedimentos especiais - não possui urgência (periculum in mora), é baseada na evidência, na clareza do direito da parte. - é satisfativa, pois permite a tutela imediata do próprio direito material que se pretende. - só pode ser realizado de forma incidental, não existindo tutela de evidência antecedente. - ex: “A” possuj cem casas locaias, com exceção ie uma que utiliza como iepósjto, senio esta últjma jnvaijia. “A” jngressa com ação comprovando o esbulho dentro do período de 1 ano e 1 dia, motivo pelo qual terá direito à concessão de tutela provisória da posse (não há urgência, mas há evidência). - o CPC/15 pôs fim às cautelares em espécie (típicas), de modo que as tutelas provisórias sempre se fundamentam no poder geral de cautela do juiz (arts. 300 e 301) - exceções: ↳ art. 77, VI e §7º: prática por meio da qual a parte realiza inovação artificial no processo (como alteração do local da perícia/local dos fatos), com o intuito de fraudar a verdade. ↳ art. 381, I: produção antecipada de prova cautelar, tendo em vista o risco de dano ou de difícil reparação. - é característica de todas as tutelas provisórias, exatamente por serem fundadas na probabilidade. - com a análise sumária, há mais celeridade e menos segurança. - por inexistir urgência na tutela de evidência, que só será concedida havendo evidências suficientes do direito de autor, a doutrina entende que nela há maior grau de probabilidade quando comparada com a tutela de urgência. - quanto à existência de distinção de grau de probabilidade entre tutela provisória de urgência cautelar e tutela antecipada, a maioria da doutrina entende que não há diferença. - é característica das tutelas provisórias de urgência (cautelar e antecipada), não se aplicando à tutela de evidência. - na tutela de urgência, o art. 300 estabelece como requisito a presença de perigo de dano ao direito. - na tutela cautelar, há a necessidade de risco ao resultado útil do processo. - justamente em razão da sumariedade da cognição, a tutela provisória é dotada de reversibilidade, precariedade, revogabilidade e mutabilidade, conforme arts. 296 e 300, §3º. - a reversibilidade é a regra, e não precisa ser, necessariamente, in natura, podendo ser em pecúnia. Trata-se io chamaio “perjculum jn mora jnverso”, pojs o perjgo é com relação ao réu. - contudo, em situações extremas e excepcionais, é possível que o juiz defira a tutela provisória mesmo quando verificada a irreversibilidade, com fundamento na teoria do mal menor. - em razão da reversibilidade, a decisão que concede a tutela provisória de urgência ou de evidência não faz coisa julgada material (art. 310). - exceções: ↳ reconhecimento de decadência ↳ reconhecimento de prescrição - o art. 305 estabelece a possibilidade de fungibilidade entre as tutelas provisórias de urgência. Desta forma, se a parte ingressa com pedido de tutela cautelar, sendo caso de tutela antecipada, o juiz deve converter o pedido. Também se aplica à conversão de tutela antecipada em cautelar. - não se aplica à tutela de evidência. - o art. 302 se aplica tanto às tutelas provisórias de urgência quanto às tutelas de evidência. - em caso de tutela provisória concedida indevidamente, há a responsabilização civil daquele que a teve deferida em seu favor, pelos prejuízos sofridos pelo réu. - de acordo com o art. 1.012, §1º, V, a sentença que revoga, confirma ou concede a tutela provisória não é dotada de efeito suspensivo, ou seja, terá eficácia independentemente de eventual recurso. - se a tutela provisória for objeto de decisão interlocutória, o recurso cabível será o agravo de instrumento (art. 1.015, I) - se for objeto de sentença, o recurso cabível será a apelação sem efeito suspensivo. Entretanto, conforme o §3º e §4º do 1.012, é possível que no recurso de apelação se realize pedido de efeito suspensivo. - o recurso cabível contra decisão do relator que concede ou indefere a tutela provisória é o agravo interno (art. 1.021) - é permitida com algumas ressalvas: - é possível a tutela de urgência cautelar e antecipada e a tutela de evidência, desde que não em caráter antecedente, ante ao princípio da informalidade, que impede a bipartição dos autos, e por não ser cabível agravo de instrumento nos Juizados. - é possível, nos termos do art. 1.059, exceto nos seguintes temas: ↳ compensação em matéria tributária; ↳ desembaraço de mercadoria de procedência estrangeira; ↳ equiparação de servidor público; ↳ concessão de aumento ou vantagem funcional a servidor público. - o STF já reconheceu que, em abstrato, são constitucionais as normas que limitam o alcance do poder geral de cautela do juiz contra a Fazenda Pública, contudo, nada impede que, na análise do caso concreto, o juiz reconheça a inconstitucionalidade da limitação ante a importância do bem da vida para o autor. - a maioria da doutrina e jurisprudência entende que essas limitações não se aplicam à tutela de evidência, ante a altíssima probabilidade do direito do autor. - o pedido de tutela antecedente geralmente é realizado em razão de urgência extrema ou mesmo por estratégia processual. - de acordo com o art. 303, a inicial do pedido de tutela antecipada antecedente será sumarizada e dependerá de 6 requisitos: o autor deve indicar que pretende se valer do benefício da tutela antecipada antecedente; requerimento da tutela antecipada e indicação do pedido da tutela final; exposição da lide principal, do pedido que será formulado após a apreciação do pedido da tutela antecipada antecedente; o direito que se busca realizar, ou seja, o fumus boni iuris, a probabilidade do direito; o perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo (periculum in mora); o valor da causa e recolhimento das custas que deve considerar o pedido final. - recebido o pedido de tutela antecipada antecedente, o juiz pode deferir total ou parcialmente ou indeferi-lo. - deferido o pedido, de acordo com o §1º do art. 303, o autor terá prazo de 15 dias ou mais para realizar aditamento: tem por objetivo transformar o pedido da tutela antecipada antecedente em ação principal. - indeferido o pedido, de acordo com o §6º do art. 303, o autor possui prazo de 5 dias para realizar a emenda da inicial. ↳ posição minoritária: essa emenda visa trazer novos elementos e convencer o juiz de ser cabível seu deferimento.↳ posição majoritária: visa transformar o pedido de tutela antecipada antecedente em ação principal. * Obs: o art. 304 prevê a estabilização da tutela caso o requerido não recorra da decisão. O STJ já decidiu que os prazos do §1º do art. 303 e do art. 304 não são simultâneos: o prazo para aditamento depende de intimação específica do autor após se verificar a não ocorrência da estabilização da tutela (quando não há interposição de agravo de instrumento). - haverá extinção do processo sem julgamento de mérito, eventualmente tornando sem efeito a liminar deferida. - de acordo com os §1º e §3º do art. 304, caso o réu concorde (não recorra) com o pedido de tutela antecipada antecedente, haverá a estabilização dos efeitos da tutela, ocasião em que o juiz extinguirá o processo e os efeitos desta decisão durarão até sua reforma, invalidade ou revisão. - tutela antecipada incidental: não se aplica, pois o art. 304 não prevê; - tutela cautelar antecedente e cautelar incidental: não se aplica, pois não é previsto e por ser a tutela cautelar meramente conservativa, e não satisfativa do direito; - tutela de evidência: não se aplica; - tutela antecipada antecedente parcial: 1ª posição: entende pela não estabilização, vez que ainda resta direito de discussão do mérito com relação à parte indeferida; 2ª posição: entende que a inexistência de vedação legal permite a estabilização da decisão, de forma que o autor deveria aditar a inicial apenas em relação à parte não concedida. 1. realização do pedido de tutela antecipada antecedente; 2. inexistência de recurso contra a decisão que concedeu a tutela. - no STJ, existem duas interpretações distintas sobre a interpretação do termo “recurso”: 1ª posição: “recurso” não foj utjljzaio em sentjio técnjco, bastanio que o réu, de qualquer modo, demonstre não concordar com a tutela. 2ª posição: “recurso” é utjljzaio na sua acepção técnjca. - com a estabilização da tutela, há a extinção dos autos (há divergência se seria com resolução de mérito ou sem) Enunciado 18 enfam - os §2º e §4º do art. 304 possibilitam a qualquer das partes ofertar pedido de revisão, reforma ou invalidação da tutela antecedente antecipada mediante ação própria, dirigida ao juízo da causa que concedeu a medida. - não existe limite temático, sendo inaplicável o art. 966 que trata da ação rescisória. - é possível a concessão de tutela antecipada realizada no pedido de revisão, reforma ou invalidação. - 2 anos, contados da intimação da sentença que julga extinto o processo. - após o prazo de 2 anos, é possível a interposição de ação rescisória? Faz coisa julgada? 1ª posição: nega a possibilidade de ação rescisória por ser inconstitucional o prazo de 2 anos, ante a impossibilidade de coisa julgada de decisão concedida em sede de cognição sumária. 2ª posição: há coisa julgada após o prazo de 2 anos, sendo possível a ação rescisória. 3ª posição (majoritária): não há coisa julgada, mas sim uma estabilização, pois inexiste o efeito positivo da coisa julgada, motivo pelo qual qualquer juiz poderia decidir de forma contrária. Não se admite, portanto, ação rescisória. - de acordo com o art. 405, o pedido de tutela cautelar antecedente possui 4 requisitos: pedido de tutela cautelar antecedente; demonstração do fumus boni iuris e do periculum in mora; indicação do pedido principal; valor da causa (que corresponde ao valor do pedido principal). I. COM liminar (contraditório após pleito principal): sendo deferida a liminar de tutela cautelar antecedente, a parte autora terá 30 dias para aditar a inicial, ocasião em que será realizado o contraditório das partes, citando o réu. É possível interposição de recurso contra a decisão que defere a cautelar. II. SEM liminar: indeferida a liminar, observa-se o procedimento previsto nos arts. 306 e 307: haverá citação do réu para apresentação de contestação em 5 dias, sendo possível a produção de provas e, ao final, será proferida decisão pelo juiz que poderá conceder o pedido inicial de tutela cautelar ou não. - concedida a cautelar antecedente, em sede de liminar ou após instrução, de acordo com os arts. 308 e 309, deverá o autor formular o pedido principal em 30 dias úteis nos próprios autos, sem novas custas, sob pena de extinção do procedimento preparatório e reconhecimento da ineficácia da decisão que concedeu a tutela cautelar. - o prazo de 30 dias úteis possui como termo inicial a efetivação da tutela concedida. ↳ exceções: 1) em matéria de direito de família; 2) cautelares não constritivas (que não causam prejuízo àquele contra quem foi concedida). - só pode ser realizada de forma incidental, inadmitindo o pedido de tutela antecedente, motivo pelo qual sua inicial é completa, nos termos do art. 319. 1. procedimentos especiais; 2. art. 311: contempla 4 hipóteses: I. abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do réu (tutela de evidência de sanção); II. prova documental do fato alegado seguida de tese em IRDR ou súmula vinculante. Essa hipótese merece interpretação extensiva, autorizando a concessão de tutela de evidência em todas as hipóteses do art. 927, que trata de precedentes qualificados; III. tutela de evidência em favor do depositante, caso o depositário se recuse a entregar o objeto do contrato de depósito; IV. prova documental do fato e defesa frágil que não gere dúvida razoável. - de acordo com o p.u do art. 311, e art 9º do CPC, só é possível a concessão de liminar nas hipóteses dos incisos II e III.
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