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PESSOA NATURAL - DIREITO CIVIL

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1. Capacidade 
↳ de direito/de gozo: capacidade que todas as pessoas têm para ser 
sujeito de direitos e deveres (art. 1º, CC) 
↳ de fato/de exercício: capacidade de exercer, por si só, os atos da vida 
civil 
 
1.1 Incapacidade (art. 3º e 4º) 

- São os menores de 16 anos (impúberes), que devem ser 
representados na prática dos atos da vida civil. 
- Não existem maiores de idades que sejam absolutamente incapazes. 
- Trata-se de critério etário que independe de ação específica. 
- Podem praticar atos de menor complexidade, desde que demonstrem 
discernimento bastante para tanto. 
 

- menores entre 16 e 18 anos (púberes): pode praticar atos civis mais 
complexos, sem assistência, por determinação legal. 
Ex: casar, fazer testamento, ser testemunha, reconhecer filho... 
↳ EMANCIPAÇÃO (art. 5º, p.u): antecipação dos efeitos da maioridade 
* continua sendo menor, mas CAPAZ para efeitos civis. 
* é IRREVOGÁVEL, salvo no caso de casamento nulo ou anulável 
 
 
 
 
 voluntária: por concessão dos pais; escritura 
pública; 16 anos completos; independente de 
homologação judicial. 
 judicial: sentença do juiz 
 legal: - matrimonial 
- exercício de emprego público efetivo 
- colação em ensino superior 
- estabelecimento civil ou comercial 
- relação de emprego com economia própria 
 
- ébrios habituais e viciados em tóxicos: há necessidade de uma ação 
de interdição relativa, com laudo médico, apontando a sentença quais 
os atos que a pessoa pode praticar. 
 
- pessoas que, por causa transitória ou definitiva, não puderem exprimir 
sua vontade: (ex: coma profundo, Alzheimer) 
* surdo-mudo é capaz, assim como o cego e o senil. 
 
- pródigos: aquele que dilapida de forma imoderada seu patrimônio, o 
que pode reduzi-lo à penúria. (ex: viciado em jogo) 
* art. 1782, CC: a sua interdição só diz respeito a atos de disposição 
direta de bens (ex: vender, doar, hipotecar, transigir) 
* o pródigo pode se casar livremente? SIM, desde que com regime 
de bens de comunhão parcial. 
* há necessidade de assistência para fazer pacto antenupcial? A 
corrente majoritária entende que SIM. 
* pode fazer testamento? SIM, pois é ato de disposição post-
mortem. 
 
- pessoas com deficiência: em regra, são plenamente capazes, diante 
das alterações feitas pela Lei 13.146/15 
 
 
* atos existenciais familiares: sempre haverá capacidade PLENA (ex: 
casar, adotar, praticar atos reprodutivos) 
* atos patrimoniais: tomada de decisão apoiada passa a ser a regra – 
procedimento judicial em que a própria pessoa com deficiência, por 
sua iniciativa, indica apoiadores para auxiliá-la no ato. Somente em 
casos excepcionais caberá ação de restrição para atos patrimoniais 
(curatela). 
 
- ausentes: não são absolutamente incapazes pelo CC/2002 
- indígenas: não são relativamente incapazes pelo CC/2002. Sua 
situação é regulada por lei especial. 
2. personalidade 
É a aptidão genérica que toda pessoa tem para que possa titularizar 
relações jurídicas e reclamar a proteção dedicada aos direitos da 
personalidade. 
 
2.1 Início da personalidade (art. 2º) 
 

O nascituro não é pessoa, pois a personalidade começa com o 
nascimento com vida. 

A personalidade se inicia na concepção, porém está condicionada ao 
nascimento com vida (direito eventual/condição suspensiva). 

A personalidade se inicia com a concepção. – posição da doutrina 
contemporânea e do STJ. 
. 
 
 
* Enunciado n. 1, CFJ: “a 
proteção que o Código 
defere ao nascituro 
alcança o natimorto no 
que concerne aos direitos 
da personalidade, tais 
como: nome, imagem e 
sepultura.” 
 
 
 
3. direitos da personalidade 
- são direitos inerentes à pessoa humana e sua dignidade 
- a pessoa jurídica tem direitos da personalidade por equiparação legal 
(art. 52, CC). Pode sofrer dano moral (em relação à honra objetiva) 
- danos morais: são lesões aos direitos da personalidade 
↳ honra subjetiva: autoestima 
objetiva: reputação 
 
 direitos da personalidade no CC/2002 (arts. 11 a 21): 
* vida 
* integridade físico-psíquica 
* nome 
* honra 
* imagem 
* intimidade/vida privada/segredo 
 classificação tripartida 
 Integridade física: vida, corpo vivo, corpo morto... 
 Integridade moral: nome, honra, imagem, intimidade... 
 Integridade intelectual: criações, invenções, direitos autorais... 
 
- trata-se de rol exemplificativo 
- existem direitos da personalidade previstos na CF/88 como direitos 
fundamentais (ex: liberdade de expressão) 
- existem direitos da personalidade que sequer estão escritos (ex: 
direito ao esquecimento) 
- em caso de colisão: ponderação 
 
* todos os direitos da 
personalidade são 
direitos fundamentais, 
mas nem todo direito 
fundamental é direito 
da personalidade. 
 
 
* todos os direitos da 
personalidade são 
direitos fundamentais, 
mas nem todo direito 
fundamental é direito da 
personalidade. 
 
 
- dir da personalidade: 
civil 
- dir. fundamental: 
constitucional 
- direitos humanos: 
internacional 
 
 
 
 

 em regra, são intransmissíveis, irrenunciáveis e indisponíveis 
 existe uma parcela que é transmissível, renunciável e disponível: 
aspectos patrimoniais (exploração econômica) 
 o exercício dos direitos pode sofrer limitação voluntária, desde que 
não seja permanente e geral (ex: é nulo o contrato de uso vitalício de 
imagem) 
 

 nas medidas de tutela específica para prevenção, são irrelevantes 
dolo/culpa e dano (ex: fixação de multa diária) 
 o uso indevido de imagem com fins econômicos ou comerciais gera 
danos morais presumidos 
 parágrafo único: reconhece direitos da personalidade do morto. A 
legitimidade é dos lesados indiretos (dano em ricochete) 
↳ cônjuge/companheiro 
ascendentes 
descendentes 
colaterais até 4º grau* 
* direito à imagem do morto: colateral NÃO 
tem legitimidade (art. 20, p.u) 

 direito ao corpo vivo/disposições do corpo em vida 
 são vedadas as disposições que geram perda permanente da 
integridade física ou que contrariam os bons costumes, salvo por 
exigência médica (cirurgia de transgenitalização) 
↳ é possível a alteração do nome e sexo no 
registro civil mesmo sem cirurgia prévia (STJ) 
 
 

 direito ao corpo morto 
 só são possíveis para fins científicos ou de transplante 
 princípio do consenso afirmativo: há necessidade de um SIM 
(documento) – revogável a qualquer tempo 
 a doutrina majoritária entende que prevalece a vontade do doador. A 
vontade dos familiares somente será levada em conta no caso de 
silêncio do doador. 
 

 princípios da beneficência e da não-maleficência 
 a vontade do paciente será sempre considerada? NÃO. 
 a redação do art. 15 não pode afastar o direito à vida 
 em caso de motivação religiosa, a motivação majoritária é pela 
prevalência da vida 

 todos os elementos do nome estão protegidos 
 o art. 19 também protege o pseudônimo 
 o desprezo público, no art. 17, é irrelevante. Não se pode utilizar nome 
alheio em publicidade sem sua autorização (aplica-se a SÚM. 403 STJ 
também com relação ao nome) 
 também constitui lesão a publicidade que não mencione o nome, 
mas divulgue, sem autorização, qualidades inerentes a determinada 
pessoa, sendo possível identificá-la 
 o nome é, em regra, imutável. Excepcionalmente, justifica-se sua 
alteração 

 
 
 retrato (fisionomia) e atributo (repercussão social) 
 em regra, a utilização da imagem alheia depende de autorização de 
seu titular 
 exceções: se a pessoa ou o fato interessar à administração da justiça 
(ex: solução de crimes) ou à ordem pública 
 a interpretação desse dispositivo não pode levar à censura prévia. 
Deve ser ponderado com a liberdade de imprensa e o direito à 
informação 
 Enunciado n. 279 prevê alguns critérios de ponderação (já foi 
adotada pelo STF quanto a biografias não autorizadas): 
 Notoriedade do retratado e dos fatos 
 Características da utilização da imagem 
 Veracidade dos fatos 
 Privilegiar medidas que não restrinjam a informação
 não é absoluta! 
 
4. Morte da pessoa natural 
- gera o fim da personalidade jurídica 
- exceção: direitos da personalidade do morto 
↳
- com corpo presente 
- morte cerebral 
- é feito atestado de óbito com laudo médico (é dispensável, se não 
houver, e duas pessoas qualificadas tiverem presenciado) 
 
↳
- sem corpo presente 
 
 
- a presunção é relativa 
 
* SEM declaração de ausência (art. 7º) 
 
I.. desaparecimento do corpo da pessoa, sendo extremamente provável 
sua morte, pois estava em perigo de vida; 
II. pessoa envolvida em campanha militar ou feita prisioneira, não 
encontrada até 2 anos após o término da guerra; 
* há processo judicial: esgotadas as buscas, a sentença fixa a data 
provável da morte. 
 
* COM declaração de ausência 
 
- local incerto e não sabido: desapareceu sem deixar notícias 
- é considerado morto (não é incapaz) 
- procedimento com 3 fases (arts. 22 a 39) 
 
 
 
 
 
 ª
 
- desaparecendo a pessoa, poderão os interessados ou o MP propor 
ação específica para dar início à fase de curadoria dos bens do 
ausente, em que será nomeado curador para guardar seus bens. 
 
 
* curador legítimo: cônjuge não separado judicialmente ou de fato há 
mais de 2 anos 
↳ pais 
↳ descendentes 
↳ curador dativo 
 
 ª
- 1 ano após a arrecadação de bens e nomeação de curador, ou 3 anos, 
se o ausente deixou representante, poderão os interessados requerer a 
abertura da sucessão provisória (ou o MP, não havendo interessados) 
* interessados: 
↳ cônjuge não separado judicialmente 
↳ herdeiros legítimos ou testamentários 
↳ legatários 
↳ credores de obrigações vencidas e não pagas 
* a sentença que determinar a abertura da sucessão provisória 
produzirá efeitos 180 dias após sua publicação. Logo após o trânsito em 
julgado é possível a abertura de testamento ou inventário para a 
partilha de bens. 
* antes mesmo da partilha, poderá o juiz determinar que os bens 
móveis sujeitos a deterioração ou extravio sejam convertidos em 
imóveis ou títulos garantidos pela União 
* os herdeiros deverão prestar garantias da restituição dos bens, 
mediante penhores ou hipotecas. Cônjuge, ascendente e descendente 
não precisam! Aquele que não puder prestar essa garantia será excluído 
* os imóveis são inalienáveis, salvo por determinação do juiz para evitar 
a ruína 
 
 
* os sucessores provisórios representarão o ausente ativa e 
passivamente, respondendo pelas ações pendentes e futuras e pelas 
dívidas 
* o descendente, ascendente e cônjuge terão direito a todos os frutos 
e rendimentos dos seus bens. Os demais sucessores deverão capitalizar 
metade e prestar contas ao juiz anualmente 
* se o ausente aparecer, perderá ele o direito quanto aos frutos e 
rendimentos. Os herdeiros perderão o direito quanto aos bens 
* o excluído, justificando a falta de meios, poderá requerer metade dos 
rendimentos do quinhão que lhe tocaria 
* provada a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, 
nessa data, aberta a sucessão 
 
 ª
- 10 anos depois do trânsito em julgado da sentença que determinou a 
abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a 
definitiva 
- também pode-se requerer se o ausente tiver mais de 80 anos e 
estiver desaparecido há pelo menos 5 
- se o ausente regressar nos 10 anos seguintes, terá direito aos bens 
no estado em que se encontrem. Se não regressar, os bens serão 
definitivamente dos herdeiros 
- não havendo interessados, os bens serão considerados vagos, 
passando ao domínio do Estado 
 
↳
- presunção relativa quanto ao momento da morte (art. 8º) 
- se duas ou mais pessoas falecerem na mesma ocasião, não sendo 
possível verificar quem morreu primeiro, haverá presunção que 
faleceram ao mesmo tempo

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