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Direito Societário - Sociedade LTDA. Parecer com comentários críticos sobre a sociedade da empresa XPTO-05 LTDA.

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Prévia do material em texto

PARECER Nº 01. 
PARECER E COMENTÁRIOS CRÍTICOS 
SOBRE A ELABORAÇÃO 
DO CONTRATO SOCIAL DA EMPRESA 
XPTO-05 LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Órgão solicitante: Empresa XPTO-05 LTDA. 
Assunto: Emissão de parecer e comentários críticos sobre a elaboração do Contrato Social Empresa XPTO-
05 LTDA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado Por: 
Aluno: José Roberto Silva dos Santos (A55823706) 
Disciplina: Direito Societário – Sociedade LTDA. 
Turma: PGO 2021.1 – Turma 3. 
Módulos: 1, 2, 3 e 4. 
 
 
 
 
 
 3 
 
Ementa 
Os futuros sócios na empresa XPTO-05 LTDA., solicitaram parecer com análise sobre os 
principais requisitos legais para a constituição de uma Sociedade Limitada, de acordo com a legislação 
pertinente ao negócio jurídico por eles pretendido. Bem como realização de análise crítica e 
aconselhamento para a elaboração do Contrato Social do empreendimento em questão. Não 
apresentaram documentação para elaboração do parecer. 
Quanto à sociedade que visam constituir descreveram as seguintes caracteríticas: 
• Denominação: XPTO-05 LTDA.; 
• Objeto da sociedade: prestação de serviços de redação de textos; 
• Composição: um sócio pessoa jurídica e oito sócios pessoas naturais, sendo um deles menor 
de idade; 
• Prazo de duração da sociedade: indeterminado; 
• Capital: R$ 10.000,00 (dez mil reais); 
• Integralização do capital social: 12 parcelas, em um prazo de um ano – o sócio pessoa 
jurídica e o sócio menor desejam integralizar o capital social com bens; 
• Lucros: distribuição de forma desigual e 
• Administração: feita por uma pessoa jurídica. 
 
Importante salientar que os sócios não mencionaram nada a respeito da solução em caso de 
falecimento de sócio e da adoção de conselho fiscal ou de administração na sociedade. Eles também 
não abordaram a questão de inclusão de quotas preferenciais, a regra de fonte supletiva e as formas 
de cessão das quotas e exclusão de sócio minoritário. Além disso, demonstraram não saber nada a 
respeito do acordo de sócios nas sociedades limitadas. 
 
Com esse parecer o que se objetiva é informar sobre as regras legais para a melhor elaboração 
de um contrato social que abranja todas as necessidades dos sócios de acordo com as características 
da sociedade por eles apresentadas, bem como, orientá-los a observar eventuais ocorrências que 
possam surgir durante o funcionamento da sociedade, com vistas à sua proteção e manutenção. 
Para tanto, nos embasaremos nas legislações vigentes sobre a matéria, e nos ensinamentos da 
doutrina para analisarmos os temas da sociedade, descrevendo sua importância, e as principais 
obrigações e responsabilidades da organização e de seus integrantes como organismo social de 
participação no desenvolvimento econômico, além de que buscaremos descrever detalhadamente cada 
uma das características da sociedade, à luz da legislação vigente. 
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/321879/519872/pag/6_0_0.html?d2l_body_type=3&ou=321879
 
 
 
4 
 
 Na sequência, trataremos da análise das questões que embora não tenham sido questionadas 
pelos sócios, são de vital importantância para a regular manutenção da sociedade como: Entrada e 
saída de sócios as hipóteses e os requisitos legais; Adoção de Conselho Fiscal; Adoção de Conselho 
Administrativo; Inclusão de cotas preferenciais; Regras de cessão de cotas; Exclusão de sócios por justa 
causa; e acordo entre os sócios. 
Por fim, apresentaremos as conclusões a que chegarmos, sempre adotando uma postura 
prospectiva e de antecipação, para melhor antever os possíveis problemas e assim sugerir cláusulas 
que possam amenizar riscos futuros em caso de desentendimento entre sócios. 
Palavras-Chave: Sociedade Limitada. Contrato Social. Código Civil Brasileiro Lei 10.406/02. 
 
 
 
 
 
 5 
 
Relatório 
1. INTRODUÇÃO 
Sociedade é um negócio jurídico que objetiva constituir um sujeito de direito, distinto daqueles 
que o produziram, com patrimônio próprio, para atuar, observando o ordenamento jurídico como novo 
ente, criado para a realização e uma finalidade econômica específica. Em todas as sociedades, esta 
presente o elemento econômico, assim os sócios, resolvem reunir seus recursos para empreender em 
determinado mercado ou atividade com o objetivo de obterem retorno financeiro e partilharem os 
resultados. 
Nesse contexto, o Contrato Social é o elemento vital para a validade e viabilidade da Sociedade 
Limitada, “é o contrato social que rege a vida da sociedade limitada”, (Retto, Marcel. 2007, pg. 35), 
haja vista que é o local próprio para os sócios estabelecerem as disposições quanto a sua estruturação 
e onde ficam estampados os seus direitos e deveres. 
O objetivo do contrato é formalizar a sociedade limitada perante os órgãos governamentais, 
dando lhe legalidade para atuar num determinado mercado atendendo a uma demanda de produtos ou 
serviços, conforme seja seu objeto social, bem como garantindo lhe direitos como abertura de conta 
corrente jurídica, obtenção de empréstimos, emissão de notas fiscais entre outros. 
Tendo em vista a importância de que se reveste o contrato social, passaremos a elaboração do 
contrato social da empresa XPTO-05 LTDA, e para que fique didático e de fácil compreensão para todos 
os sócios, após cada cláusula, será aberto espaço para comentário e sugestões acerca do conteúdo da 
cláusula. 
 
2. CONTRATO SOCIAL DE SOCIEDADE LIMITADA - INSTRUMENTO 
PARTICULAR DE CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE XPTO-05 LTDA. 
Pelo presente instrumento particular: 
1. Amanda Amada, brasileira, casada, artesã, nascida em 01 de janeiro de 1981, 40 anos, 
portadora da Cédula de Identidade n°. 11.111.111-1 – SSP/SP., e inscrita no CPF/MF sob nº 
111.111.111.11, residente e domiciliada na rua Do Amor, Nº 01, CEP 11111-111, bairro Do Amor, São 
Paulo – SP; 
2. Beto Barbosa, brasileiro, casado, bancário, nascido em 02 de fevereiro de 1982, 39 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 22.222.222-2 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
 
 
 
6 
 
222.222.222.22, residente e domiciliado na rua Bamboleio, Nº 02, CEP 22222-222, bairro Bonito, São 
Paulo – SP; 
3. Carlos Cardoso, brasileiro, casado, comerciante, nascido em 03 de março de 1983, 38 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 33.333.333-3 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
333.333.333.33, residente e domiciliado na rua Cambalacho, Nº 03, CEP 33333-333, bairro Cantina 
Cara, São Paulo – SP; 
4. Daniel Dias, brasileiro, solteiro, comerciante, nascido em 04 de abril de 1984, 37 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 44.444.444-4 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
444.444.444.44, residente e domiciliado na rua Don Diego, Nº 04, CEP 44444-444, bairro Do Doador, 
São Paulo – SP; 
5. Elisa Esteves, brasileira, solteira, esteticista, nascida em 05 de maio de 1985, 36 anos, 
portadora da Cédula de Identidade n°. 55.555.555-5 – SSP/SP., e inscrita no CPF/MF sob nº 
555.555.555.55, residente e domiciliada na estrada Estreita, Nº 05, CEP 55555-555, bairro Emergente, 
São Paulo – SP; 
6. Fabiano Faveiro, brasileiro, solteiro, físico, nascido em 06 de junho de 1986, 35 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 66.666.666-6 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
666.666.666.66, residente e domiciliado na rua Do Flúor, Nº 06, CEP 66666-666, bairro Do Fósforo, São 
Paulo – SP; 
7. Gabriel Gomes, brasileiro, casado, geneticista, nascido em 07 de julho de 1987, 34 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 77.777.777-7 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
777.777.777.77, residente e domiciliado na rua Goiabeiras, Nº 07, CEP 77777-777, bairro da Goiaba, 
São Paulo – SP; 
8. Heleno Haia Filho, brasileiro, solteiro, estudante, nascido em 08 de agosto de 2004, 17 anos, 
portador da Cédula de Identidade n°. 88.888.888-8 – SSP/SP., e inscrito no CPF/MF sob nº 
888.888.888.88, residente e domiciliadona rua Honduras, Nº 08, CEP 88888-888, bairro Holístico, São 
Paulo – SP. Neste ato ASSISTIDO POR: Heleno Haia, brasileiro, Viúvo, historiador, nascido em 08 de 
agosto de 1970, 51 anos, portador da Cédula de Identidade n°. 12.356.678-9 – SSP/SP., e inscrito no 
CPF/MF sob nº 123.456.789.01 residente e domiciliado na rua Honduras, Nº 08, CEP 88888-888, bairro 
Holístico, São Paulo – SP, 
9. Iolanda Instrumentos LTDA., com sede na Rua Importante, Nº 9, empresa brasileira, com 
NIRE Nº 01-2-3456789-0, e CNPJ Nº 12.345.678/0001-90. Neste Ato REPRESENTADA POR: Iolanda 
Irina, brasileira, solteira, empresária, nascida em 09 de novembro de 1986, 33 anos, portadora da 
 
 
 
 
 7 
 
Cédula de Identidade n°. 99.999.999-9 – SSP/SP., e inscrita no CPF/MF sob nº 999.999.999.99, 
residente e domiciliada na rua Imaculada Inocência, Nº 09, CEP 99999-999, bairro Igualado, São Paulo 
– SP; 
Resolvem constituir uma sociedade empresária do tipo limitada que passa a girar nesta praça 
sob a denominação Super Amigos Redação de Textos Ltda., com inscrição estadual n. 111.111.111.111, 
fazendo-o nos termos da Lei Nº 10.406 de 10.01.2002, sob as cláusulas e condições seguintes. 
 
2. 1. Comentários sobre a qualificação. 
A qualificação é a área do contrato social reservada a identificar todos os sócios do 
empreendimento por meio da exposição de documentos e dados pessoais. A seção I, do capítulo IV, do 
Código Civil brasileiro, Lei Nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, trata sobre as disposições premilimares 
da sociedade limitada, em seu art. 1.054, alude que “o contrato mencionará, no que couber, as 
indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social”. Por sua vez, o art. 997, caput, informa que a 
sociedade será constituída por meio de contrato escrito, particular ou público, e que este, além das 
cláusulas estipuladas pelos sócios, mencionará: inciso I, “nome, nacionalidade, estado civil, profissão e 
residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, 
se jurídicas”. 
Conforme observamos da leitura do inc. I, do art, 997, CC/2002, os sócios podem ser pessoas 
físicas ou jurídicas. Há na sociedade XPTO-05 LTDA., um sócio pessoa jurídica, a empresa Ignácio 
Instrumentos LTDA., portanto importa informarmos que a qualificação da pessoa jurídica deve conter 
informações tais como: nome empresarial, endereço completo da sede, e se sediada no Brasil, NIRE 
(número de identificação do registro de empresas) ou número atribuído no Cartório de Registro Civil 
das Pessoas Jurídicas e o nº do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas); qualificação completa 
dos representantes da empresa no ato. Caso a Pessoa jurídica tenha sócio domiciliado no exterior, este 
deverá nomear procurador no Brasil, com poderes para receber citação. E no caso de o sócio ser 
respresentado por procurador deve constar do preâmbulo, após o nome e qualificação completa do 
sócio: REPRESENTADO POR SEU PROCURADOR, NOME E QUALIFICAÇÃO COMPLETA, juntado ao 
processo o respectivo instrumento de mandato. 
No rol dos sócios da empresa XPTO-05 LTDA., há também sócio menor de idade, portanto 
relativamente incapaz para os atos da vida civil, contudo este poderá legalmente fazer parte do 
empreendimento nas seguintes hipóteses: A) se emancipado constar da qualificação a forma da 
emancipação, arquivando, em separado, a prova da emancipação (art. 976, do CC/2002), feita antes o 
registro no Registro Público no caso de outorga pelos pais ou por sentença (art.9º, II, do CC/2002); B) 
 
 
 
8 
 
se não emancipado, deve ser assistido pelo pai, pela mãe ou tutor; devendo constar também do 
preâmbulo a expressão “ASSISTIDO POR”, e a qualificação completa do(s) assistente(s). 
Por fim, acentuamos a importância da qualificação pontuando que a sociedade limitada recebe 
personalidade jurídica com o arquivamento, do seu ato constitutivo no Registro Público de Empresas 
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais (art. 1150, CC/2002), nesse diapasão a Lei n. 1.800/96, dispôs 
em seu art. 53, III, alínea d, (com redação dada pelo Decreto nº 10.173, de 2019), que não podem ser 
arquivados os atos constitutivos que não contenham a qualificação completa dos sócios. De forma que 
a falta da devida qualificação poderia incidir na irregularidade da sociedade, acarretando por exemplo 
a responsabilização ilimitada dos sócios em caso de processo falimentar. 
 
 
3. CLÁUSULA PRIMEIRA – NOME EMPRESARIAL 
Cláusula 1ª. A sociedade girará sob a Denominação Social Super Amigos Redação de Textos 
Ltda., é uma Sociedade Limitada. 
3.1 Comentários à cláusula primeira – Do Nome Empresarial 
O Nome Empresarial é aquele que a sociedade usa para exercer suas atividades econômicas. 
No caso da sociedade limitada, poderá adotar duas formas: Firma ou Denominação Social (art. 1158, 
CC/2002). A Firma utiliza o nome ou sobrenome de um ou todos os sócios, que poderá ser abreviado 
ou não (art. 1158, § 1º). Não designa o objeto social da Sociedade. Via de regra é escolhido o nome 
do sócio majoritário acompanhado da sigla “& Cia” mais “Ltda.”. 
Já a denominação social designa sempre o objeto da sociedade (art. 1158, § 2º), acompanhado 
de uma palavra ou expressão de uso comum. Caso a sociedade tenha mais de uma atividade para 
compor a denominação social, deverá ser escolhida uma delas. Lembrando que a atividade fim da 
sociedade deverá estar presente na Denominação Social. 
O nome empresarial deve observar os princípios da veracidade e da novidade. Conforme 
Lecionam Márcio Guimarães e Juan Vazquez (GUIMARÃES e VAZQUEZ. 2021. pgs. 37 e 38): 
“O princípio da veracidade proíbe a adoção de nome que veicule informação falsa sobre a empresa, como o 
nome da figura do sócio ou titular (quando adotada a firma) ou a atividade constitutiva do seu objeto. Além 
disso, no caso de firma, exige que o nome empresarial seja alterado caso o sócio que dava nome à sociedade 
dela tenha se retirado... O princípio da novidade impede a adoção de nome igual ou semelhante ao de outro 
empresário. Dessa forma, objetiva proteger o empresário que criou um nome empresarial original. É a 
garantia de exclusividade do uso do nome empresarial que pode ser oposta contra terceiros”. 
 De forma que é dever observar o correto uso do nome empresarial, haja vista que seu uso 
invedido pode acarretar crime de concorrência desleal, e ser objeto de ação de nulidade de inscrição, a 
qualquer tempo, pelo empresário prejudicado. Além de que o art. 35, da Lei 8.934/94, em seu inciso V, 
 
 
 
 
 9 
 
comanda que “os atos de empresas mercantis com nome idêntico a outro já existente”, não poderam 
ser arquivados. 
Por fim, cabe salientar que é imprescindível o uso da expressão “LIMITADA” ou “LTDA.”, em 
função do que comanda o art. 1158, § 3º, do CC/2002: “a omissão da palavra "limitada" determina a 
responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a 
denominação da sociedade”. No caso em voga, aconselhamos aos sócios optarem pela denominação 
social para determinar o nome social do empreendimento. 
 
4. CLÁUSULA SEGUNDA – SEDE E FORO 
Cláusula 2ª. A sociedade terá sede e foro, para todos os efeitos legais, na Avenida da Amizade, 
Nº 100. CEP 12345-123, Jardim Amistoso, São Paulo - SP. 
Parágrafo único. Mediante deliberação dos sócios, a sociedade poderá abrir e fechar filiais, e 
escritórios, dentro ou fora do país. 
4.1 Comentários quanto à cláusula segunda – Da Sede e do Foro 
No tocante ao domicílio da sociedade é imprescindível que o contrato social informe o seu 
endereço completo, não apenas para cumprir os preceitos legais de validade do contrato, e do registro 
para o arquivamento, do seu ato constitutivo na junta comercial, mas também para que fique designado 
o local da Sede social (art. 75, IV, CC/2002) haja vista, que a sede define a competência territorial. 
No caso em tela acrescemos, o parágrafo único à cláusulasegunda, com vistas a preparar o 
contrato social para uma eventual necessidade futura, na hipótese que a empresa se solidifique e cresça, 
e os sócios tenham interesse em expandir os negócios. Dada essa hipótese, será importante aos 
administradores e demais sócios o comando legal dos §§ 1º e 2º, do mencionado art. 75, do CC/2002, 
que aduzem respectivamente, “tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, 
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados” (§ 1º), e “se a administração, 
ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às 
obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a 
que ela corresponder” (§ 2º). 
 
5. CLÁUSULA TERCEIRA – OBJETO SOCIAL 
Cláusula 3ª. O objeto social será a prestação de serviços de redação de textos. 
 
 
 
10 
 
 5.1 Comentários à clausula terceira – Do Objeto Social 
Para que o contrato social possa ser arquivado e a sociedade lograr obter personalidade jurídica, 
deve conter a declaração precisa e detalhada do objeto social (Lei n. 1.800/96, art. 53, III, alínea b). 
Sobre o tema Retto (2007, pg. 38), leciona que vem a “correta e minuciosa descrição da atividade a 
ser perseguida pela sociedade servir como freio aos desmandos da administração, sendo, inclusive, 
importante elemento de proteção da minoria”. Em complemento a isso, Borba (2021, pg. 72), ensina 
que “não se admitirá, contudo, que sejam exercidas atividades não compreendidas, de forma direta ou 
indireta, no objeto social. Os administradores que assim procederem ter-se-ão excedido e os seus atos 
serão passíveis de anulação”. 
Por fim, é importante salientar que a alteração do objeto social na sociedade limitada está 
sujeita a um rigor especial, posto que depende de três quartos do capital social (art. 1.076, I) e os 
sócios que discordarem da mudança têm direito de retirada. 
 
 
6. CLÁUSULA QUARTA – DURAÇÃO DA SOCIEDADE 
Cláusula 4ª. O prazo de duração da sociedade será por tempo indeterminado. 
 6.1 Comentários à cláusula quarta – Do prazo de duração da sociedade 
O contrato social deve fixar o prazo de duração da sociedade (CC/2002, art. 997, II). O prazo 
pode ser tanto determinado, com a fixação de um prazo preestabelecido, quanto, como no caso em 
voga indeterminado. A definição do prazo de duração tem influência, inclusive, nas hipóteses de 
dissolução parcial da sociedade pelo exercício do direito de retirada do sócio. No caso da sociedade 
XPTO-05 LTDA., por ter prazo de duração indeterminado, os sócios poderão se retirar da sociedade a 
qualquer momento sem ter que provar justo motivo, desde que notifique os demais sócios com no 
mínimo 60 (sessenta) dias de antecedência (CC/2002, art. 1.029 concomitantemente com art. 1.053, 
caput). Ficando ressalvado aos demais sócios o direito de optar pela dissolução da sociedade, nos trinta 
dias subseqüentes à notificação de retirada, (art. 1.029, parágrafo único). 
 
7. CLÁUSULA QUINTA - CAPITAL SOCIAL E COTAS 
Cláusula 5ª. O capital social será de R$ 10.000,00 (dez mil reais), divididos em 8.000 (oito mil) 
cotas simples, no valor nominal de R$ 1,00 (Hum real) cada, e 2.000 (duas mil) cotas preferenciais no 
valor de R$ 1,50 (hum real e cinquenta centavos) cada, a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas, 
consecutivas, de igual valor, em um prazo de 01 (hum) ano e distribuídas da seguinte forma: 
 
 
 
 
 11 
 
1. Amanda Amada subscreve neste ato a quantia de 1.000 (Hum mil) cotas preferenciais, 
totalizando o valor de R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais), a serem integralizadas em 12 (doze) 
parcelas consecutivas, no valor de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) cada, no prazo de 1 (hum) 
ano. 
2. Beto Barbosa subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando o 
valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
3. Carlos Cardoso subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando 
o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
4. Daniel Dias subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando o 
valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
5. Elisa Esteves subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando o 
valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
6. Fabiano Faveiro subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando 
o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
7. Gabriel Gomes subscreve neste ato a quantia de 1.000 (hum mil) cotas simples totalizando 
o valor de R$ 1.000,00 (Hum mil reais), a serem integralizadas em 12 (doze) parcelas consecutivas, no 
valor de R$ 83.34 (oitenta e três reais e trinta e quarto centavos) cada, no prazo de 1 (hum) ano. 
8. Heleno Haia Filho que com a anuência dos demais sócios, subscreve neste ato a quantia de 
1.000 (hum mil) cotas simples, totalizando o valor de (Hum mil reais), a serem integralizadas por meio 
de conferência de bens descritos a seguir: 
2 (dois) computadores desktop da marca LG, All in One, Quad Core, com 4GB de memória RAM 
e 500GB de capacidade do HD, integralizados pelo valor contábil de R$ 500,00 (quinhentos reais) cada. 
9. Ignácio Instrumentos LTDA. que com a anuência dos demais sócios, subscreve neste ato a 
quantia de 1.000 (Hum mil) cotas preferenciais, totalizando o valor de R$ 1.500,00 (Hum mil e 
quinhentos reais), a serem integralizadas por meio de conferência de bens descritos a seguir: 
 
 
 
12 
 
4 (quatro) mesas de escritório, com 2 (duas) gavetas, da marca maravilha móveis, 
integralizadas pelo valor contábil de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) cada. 
1 (hum) computador desktop da marca XYZ, All in One, Quad Core, com 4GB de memória RAM 
e 500GB de capacidade do HD, integralizado pelo valor contábil de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
1 (uma) impressora multifuncional, colorida, da marca XYZ, integralizada pelo valor contábil de 
R$ 500,00 (quinhentos reais). 
De modo que a composição do capital social é a seguinte: 
Sócio Cotas Tipo de Cota Valores 
Amanda Amada 1.000 Preferencial R$ 1.500,00 
Beto Barbosa 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Carlos Cardoso 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Daniel Dias 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Elisa Esteves 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Fabiano Faveiro 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Gabriel Gomes 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Heleno Haia Filho 1.000 Simples R$ 1.000,00 
Ignácio Instrumentos LTDA. 1.000 Preferencial R$ 1.500,00 
Total 10.000 R$ 10.000,00 
 
§ 1º. A quota é indivisível em relação à sociedade. Em caso de vir a pertencer a mais de um 
quotista, os direitos a ela inerentes serão exercidos pelo representante nomeado pelo condomínio. 
 § 2º. As cotas preferenciais garantem aos seus possuidores o direito de participação superior 
nos lucros e prioridade no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade. 
§ 3º. As cessões e transferências das quotas somente terão lugar em relação a terceiros 
estranhos ao quadro social, desde que o sócio ofertante respeite o direito de preferência dos sócios 
remanescentes, por meio de notificação com aviso de recebimento, porescrito e com prazo de 30 
(trinta) dias a partir do recebimento para resposta, indicando o preço, condições e forma de pagamento 
bem como o nome e dados pessoais do interessado. Caso todos os sócios remanescentes estejam 
interessados em exercer o direito de preferência, o farão na proporção das quotas já possuídas no 
capital social. 
§ 4º. O silêncio dos sócios remanescentes quanto à aquisição implicará na possibilidade de 
venda das quotas livremente. Se concretizada a cessão delas, deverá ser realizada a alteração contratual 
pertinente. 
 
 
 
 
 13 
 
§ 5º. Havendo morte de qualquer dos sócios serão liquidadas as quotas sociais, respeitando-se 
o estabelecido no § 2º desta cláusula, e pagas aos herdeiros na forma estabelecida na cláusula 11ª. 
 
 7.1 Comentários à cláusula quinta – Do capital social e das cotas 
 Em respeito ao comando do art. 997, incs. III e IV, o contrato social deve descrever o valor do 
capital social, expresso em moeda corrente, e compreender os bens a serem conferidos para sua 
integralização, suscetíveis de avaliação pecuniária, bem como a cota de cada sócio e o modo de realizá-
la. No ato de subscrição os sócios de sociedade limitada podem comprometer-se a integralizar o capital 
social subscrito mediante pagamento em dinheiro, cessão de créditos ou conferência de bens, sendo 
vedada a contribuição que consista em prestação de serviços (CC/2002, art. 1055, § 2º). 
No que concerne à sociedade XPTO-05 LTDA., temos integralização em dinheiro, de forma 
parcelada em 12 (doze) vezes de igual valor, e integralização por conferência de bens, assim que em 
relação à contribuição dos sócios realizada mediante a conferência de bens, destaca-se que não existe 
nas sociedades limitadas a obrigatoriedade de prévia avaliação por peritos ou empresa especializada 
dos bens conferidos pelos sócios, entretanto, pela exata estimação dos bens conferidos, respondem 
solidariamente todos os sócios até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade (CC/2002, 
art. 1.055, § 1º). 
A contribuição para a formação do capital social, na forma e no prazo estabelecidos no 
contrato, é uma das principais obrigações dos sócios, e aquele que deixar de cumpri-la, torna-se sócio 
remisso, podendo, conforme deliberação dos demais sócios, ser cobrado judicialmente pelo montante 
devido, ou ter a sua participação reduzida ao montante eventualmente integralizado, ou ainda ser 
expulso da sociedade (CC/2002, art. 1.004, parágrafo único e art. 1.058). 
As cotas podem ser iguais ou desiguais (CC/2.002, art. 1055, caput). Em função da solicitação 
dos sócios para que os lucros sejam distribuídos de forma desigual, orientamos que estabeleçam 
valores desiguais para cotas da sociedade XPTO-05, sendo as cotas simples fixadas em R$ 1,00 (hum 
real), cada, e as cotas preferenciais em R$ 1,50 (hum real e cinquenta centavos) cada. 
As cotas preferenciais atribuem aos seus titulares vantagens como: direito de participação 
superior nos lucros, prioridade no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade, e não 
podem sofrer privação do direito de voto. Cabe salientar que o direito de participação superior nos 
lucros do sócio possuidor de cota preferencial, não pode obstar a participação dos demais sócios dos 
lucros e das perdas. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10667830/artigo-1055-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10667795/par%C3%A1grafo-1-artigo-1055-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10671930/artigo-1004-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10671904/par%C3%A1grafo-1-artigo-1004-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10667526/artigo-1058-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
 
 
 
14 
 
As cotas são indivisíveis (CC/2.002, art. 1.056), assim que não pode haver sócio com fração 
de cotas. Só será permitido possuir fração de cotas no caso de transferêrencia, hipótese que os 
direitos inerentes a tal cota, somente poderão ser exercidos pelo condômino representante, ou pelo 
inventariante do espólio de sócio falecido (CC/2.002, art. 1.056, § 1º). Importa salientar que os 
condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestações necessárias à sua 
integralização (CC/2.002, art. 1.056, § 2º). 
No que se refere a cessão de quotas, é o ato pelo qual determinado sócio formaliza a 
transferência de suas quotas, total ou parcialmente, a quem já seja sócio, ou a terceiro não sócio. 
Além da subscrição, a cessão de quotas constitui outro instrumento que permite ao terceiro não sócio 
ingressar na sociedade. Por não haver previsão legal que assegure aos demais sócios o direito de 
preferência na aquisição das quotas a serem transferidas, este direito de preferência está 
devidamente expresso no contrato social da Super Amigos LTDA., a fim de que se evitem futuras 
dúvidas ou desentendimento entre os sócios. 
 
8. CLÁUSULA SEXTA - RESPONSABILIDADE LIMITADA 
Cláusula 6ª. Estando o capital social subscrito e totalmente integralizado a responsabilidade de 
cada sócio é restrita ao valor de suas cotas, conforme descrito na cláusula 5ª. 
§ 1º. Enquanto o capital social não estiver totalmente integralizado, todos respondem 
solidariamente por sua integralização e subsidiariamente, pelas obrigações sociais. 
8.1 Comentários a cláusula sexta - Da responsabilidade limitada 
Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas 
todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Guimarães e Vazquez (2021. Pg. 
64), lecionam que: 
“Funda-se tal regra no princípio da integridade do capital social, já que esse princípio é a garantia em primeiro 
plano dos credores. Desse modo, cada sócio, em regra, continua respondendo perante a sociedade apenas 
pela integralização das cotas subscritas. Todos os sócios, entretanto, respondem perante terceiros 
solidariamente, até o montante do valor do capital social total, enquanto este não estiver totalmente 
integralizado”. 
Significa dizer que em face a sociedade cada sócio é obrigado as próprias cotas, porém em 
relação a terceiros, todos os sócios respondem solidariamente pela integralização de todo o capital. 
Assim, se algum sócio não integralizar a sua cota, todos os demais responderão, de forma solidária e 
subsidiária, pela respectiva integralização. 
 
 
 
 
 
 15 
 
9. CLÁUSULA SÉTIMA – ADMINISTRAÇÃO E CONSELHO ADMINISTRATIVO 
Cláusula 7ª. A Administração da sociedade será exercida pela sócia Amanda Amada, 
representado-a ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente, podendo praticar todos os atos 
compreendidos no objeto social, sempre no interesse da sociedade, ficando vedado, entretanto, o uso 
do nome empresarial em negócios estranhos aos fins sociais, bem como onerar bens imóveis da 
sociedade, sem autorização dos outros sócios. 
§ 1º. Os atos praticados pelo administrador, no exercício regular da sua função, obrigam a 
sociedade, na forma da lei e do contrato. 
§ 2º. A investidura do cargo far-se-á por termo de posse, em ato separado e lavrado no livro 
de atas da administração. 
§ 3º. A administradora declara que não está incurso em nenhum dos crimes e impedimentos 
constantes do § 1º, do art. 1.011, da Lei Nº 10.406/2002, que vedam, ainda que temporariamente, 
o acesso a cargos públicos, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, 
peculato ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
de-fesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. 
§ 4º. Da administração pode participar administrador não sócio, desde que aprovado por 
unanimidade, se o capitalnão estiver integralizado, ou 2/3 (dois terços) dos sócios se o capital social 
estiver integralizado. O prazo de mandato durará até a reunião ordinária que tomar as contas do 
exercício da gestão, admitida a recondução, nos termos da lei. 
§ 5º. A destituição do administrador, neste contrato nomeado, apenas terá lugar se aprovada 
por sócios detentores de mais de 50% (cinqüenta por cento) do capital social. 
§ 6º. Fica estabelecido que a sociedade não terá conselho administrativo. 
9.1 Comentários a cláusula sétima – Da administração e do conselho 
administrativo 
Os sócios da empresa XPTO-05 LTDA., solicitaram que a administração da sociedade fosse feita 
por pessoa jurídica. De fato, não há no código civil, Lei Nº 10.406/2002, expressa vedação da pessoa 
jurídica como administrador de sociedade limitada, o art. 1.060 aduz apenas que a “sociedade limitada 
é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado”. Contudo 
deve se observar que embora a sociedade limitada apresente normas próprias, seus atos deverão ser 
regidos pelas normas da sociedade simples, conforme determina o art. 1.053. 
 
 
 
16 
 
Por sua volta o art. 997, inc. VI, informa que o contrato social da sociedade simples, mencionará 
“as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições”, deixando 
inequívoco o entendimento que a administração da sociedade simples apenas será exercida por pessoa 
natural, e por interpretação sistemática entendemos que a pessoa jurídica não pode administrar a 
sociedade limitada. 
 O art. 1.060, do CC/2002, determina que o administrador designado em ato separado investir-
se-á no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administração”, em complemento a esse 
comando o § 2º, do mesmo artigo, informa que nos dez dias seguintes ao da investidura, deve ser 
averbada sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, 
residência, com exibição de documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão. 
Nesse sentido Retto (2007, pg. 41), citando Carvalhosa (op. Cit. CARVALHOSA, Modesto. Comentários 
à Lei das Sociedades Anônimas. São Paulo, Saraiva, 1998. 3v), leciona: 
“Quisesse a Lei possibilitar a administração da limitada por pessoa ju-rídica, por certo 
teria exigido, ao lado, principalmente dos itens estado civil e residência, atributos 
relacionados às pessoas naturais, naturalmente o local da sede da pessoa jurídica. Não 
o tendo feito, conclui Carvalhosa que, perante o Código de 2002, as pessoas jurídicas 
não podem figurar como administradoras”. 
De modo que orientamos aos sócios indicarem pessoa natural para administrar a empresa, no 
contrato social denominamos a sócia, Amanda Amada como administradora, contudo trata-se apenas 
de sugestão, cabendo aos sócios a escolha definitiva. 
 Sobre as responsabilidades do administrador pontuamos que cabe a ele atuar com zelo no seu 
exercício observando todas as obrigações decorrentes do cargo, e na prática de atos de gestão, 
voltados ao funcionamento e à manutenção ordenada da estrutura societária, havendo permissão 
contratual para seu desempenho, contraindo obrigações e constituindo direitos, representando ativa 
e passivamente a sociedade perante terceiros (CC/2.002, art. 1.022). 
Dez dias após a investidura o administrador deverá requerer que sua nomeação seja averbada 
no registro competente para ser oponível contra todos. Esse requerimento deverá conter toda a sua 
qualificação, o ato, a data de nomeação e o prazo de sua gestão além de declaração de inexistência 
de impedimento para o exercício de administração da sociedade. 
O término do exercício da administração cessa pela destituição, ou o término do prazo fixado 
no contrato social (art, 1.063, CC/2.002), por se tratar de sócio administrador neste contrato 
nomeado, apenas terá lugar a destituição se aprovada por sócios detentores de mais de 50% 
(cinquenta por cento) do capital social (§ 1º, art.1.063). 
 
 
 
 
 17 
 
Quanto ao conselho administrativo, embora não haja previsão legal no código civil, pode ser 
adotado pela sociedade limitada, hipótese em que serão aplicadas as normas da lei das sociedades 
anônimas (art. 1.053, CC/2.002). Dada a estrutura da sociedade XPTO-05 LTDA., orientamos pela não 
instituição de conselho administrativo. 
 
10. CLÁUSULA OITAVA - CONSELHO FISCAL 
Cláusula 8ª. Fica estabelecido que a sociedade não terá conselho fiscal. 
 10.1 Comentários a cláusula oitava - Do conselho fiscal 
O conselho fiscal é um órgão optativo, podendo o contrato social adotá-lo ou não (art. 1.066). A 
função precípua desse órgão, tal como na sociedade anônima, é a fiscalização da atuação dos 
administradores, especialmente no que tange aos seus aspectos financeiros. Se a sociedade tiver 
conselho fiscal, a minoria, com pelo menos um quinto do capital, terá o direito de eleger um de seus 
membros. 
 
11. CLÁUSULA NONA - FONTE SUPLETIVA 
Cláusula 9ª. As disposições deste contrato social serão regidas pelas normas próprias aplicáveis 
as sociedades limitadas previstas no Código Civil (Lei Nº 10.406/2002), e a teor do art. 1.053, do Código 
Civil, supletivamente deverão ser regidos pelas normas da sociedade simples. Os casos omissos neste 
contrato serão resolvidos com observância dos preceitos do Código Civil (Lei nº 10.406/2002) e de 
outros dispositivos legais aplicáveis. 
 
12. CLÁUSULA DÉCIMA - DO EXERCÍCIO SOCIAL E DA DISTRIBUIÇÃO DO 
LUCRO 
Cláusula 10ª. O exercício social coincidirá com o ano civil. Ao término de cada exercício, o 
administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo à elaboração das 
demonstrações financeiras, cabendo aos sócios, na proporção de suas cotas os lucros ou perdas 
apurados. 
§ 1º. A aprovação das contas da administração será feita pelo voto da maioria de capital dos 
presentes na reunião. 
 
 
 
18 
 
§ 2º. Os sócios representantes da totalidade do capital social poderão deliberar pela 
distribuição de lucros desproporcionais às participações societárias de cada sócio na sociedade. 
12.1 Comentários a cláusula décima – Do exercício Social e da distribuição 
dos lucros 
As demonstrações financeiras da sociedade, deverão estar de acordo com os tributos brasileiros, 
bem como a correção monetária, para que sejam válidos. Em respeito ao comando do art. 1.076, III, 
do CC/2.002, a aprovação das contas da administração será feita pelo voto da maioria de capital dos 
presentes na assembléia. 
Os sócios não têm a obrigação de distribuir necessariamente os lucros proporcionalmente entre 
si de acordo com sua participação, pois não é vedado por dispositivo legal a distribuição desproporcional 
de lucros. A regra geral é que os lucros devem se pagos aos sócios de forma proporcional à participação 
de cada sócio na sociedade. No entanto, o contrato social pode estipular uma regra diferente, permitindo 
que a os lucros sejam pagos de forma desproporcional à participação de cada sócio. Essa prática tem 
muitas vantagens, como a de poder-se distribuir uma parte maior do lucro aos sócios minoritários, mas 
que desenvolvam um trabalho intenso o que exige um volume maior de horas mensais. Outra vantagem 
é a de que se pode recolher menos impostos, haja vista o dividendo ser isento da cobrança de imposto 
de renda. Importa observar que mesmo de comum acordo os sócios não podem criar uma regra que 
preveja a exclusão de um ou mais sócios de forma integral da partilha dos lucros ou prejuizos. 
 
13. CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - RETIRADA E ACORDO DE SÓCIOS 
Cláusula 11ª. O sócio que exercer o direito de retirada previsto no art. 1.077, da Lei Nº 
10.406/2002, deverá respeitar o prazo ali estabelecido e será reembolsado de acordo com a situação 
patrimonial da sociedade, apurada por meio de balanço especialmente levantado, e parcelado em, no 
mínimo, 12 (doze) vezes, caso as partes nãoresolvam pelo pagamento em período maior. A primeira 
parcela será paga 30 (trinta) dias após a elaboração do balanço especial e as demais nos mesmos 
dias dos meses subseqüentes. 
§ 1º. Os sócios podem, em comum acordo, convencionar a dissolução parcial da sociedade, 
desde que aprovado por unanimidade, em reunião própria para este objetivo, estando os demais sócios 
notificados com um prazo mínimo de 30 (trinta) dias. 
 13.1 Comentários a cláusula décima primeira - Da retirada e do acordo de 
sócios. 
 
 
 
 
 19 
 
O CC/2.002, em seu art. 1.077, prevê a possibilidade de o sócio dissidente retirar-se da sociedade 
quando houver modificação do contrato social, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por 
outra, para isso terá o prazo de 30 (trinta) dias subseqüentes, após a reunião. Nesta hipótese, o valor 
das cotas do sócio dissidente, deve ser considerada pelo ontante efetivamente realizado, e será 
liquidada, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, a ser verificada em 
balanço especialmente levantado. Em relação ao capital social este sofrerá a correspondente redução, 
exceto se os demais sócios decidirem adquirir o valor das cotas. 
O acordo de sócios pode ser realizado apenas nas sociedades limitadas por tempo indeterminado. 
A saída de sócio pode-se dar de forma consensual, com acordo entre as partes sobre o desligamento 
e o montante cabido ao sócio retirante a título de haveres. Nessa situação, a saída é contemplada 
em alteração contratual. 
 
14. CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DA EXCLUSÃO DO SÓCIO 
Cláusula 12ª. Caso o sócio esteja praticando ato que coloque em risco a continuidade da 
empresa, poderão os demais, desde que representem mais da metade do capital social, excluí-lo do 
quadro de sócios, pelo que os haveres serão pagos conforme dispõe a cláusula 11ª. 
§ 1º. A exclusão somente poderá ocorrer em reunião especialmente convocada para esse fim, 
ciente o sócio a ser excluído em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício de eventual 
direito de defesa. 
§ 2º. No caso de exclusão, impedimento e interdição do sócio, a sociedade não se dissolverá, 
cabendo aos sócios remanescentes a decisão a respeito da liquidação da quota ou da sucessão do sócio. 
 15.1 Comentários a cláusula décima segunda – Da exclusão do sócio 
Os sócios de sociedade limitada podem ser excluídos por deliberação dos demais sócios que 
representem mais da metade do capital social, se tiver praticado atos graves que venham a 
comprometer os interesses do empreendimento, é o que prevê o art. 1.085, do CC/2.002. Além dessa 
hipótese há as hipóteses do art. 1.030, que embora se destinem a regulamentar a sociedade simples, 
são utilizadas supletivamente para as limitadas. É evidente que para regular exclusão, esta deve estar 
prevista no contrato social, ocorrer em reunião especialmente convocada para este objetivo e 
principalmente que o sócio acusado seja notificado em tempo hábil, para que possa se defender. De 
fato os sócios têm que ter em mente que deve-se ter presente a ocorrência da justa causa, e que a 
decisão de exclusão poderá em qualquer hipótese ser revisada judicialmente. 
 
 
 
20 
 
15. CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - DO FORO DE ELEIÇÃO 
Cláusula 13ª. Fica eleito o foro Central da Comarca de São Paulo para qualquer ação fundada 
neste contrato, com exclusão expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja. 
 
16. CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA - ELEIÇÃO DE FORO DE MEDIAÇÃO E 
ARBITRAGEM 
Cláusula 14ª. As controvérsias originadas com o presente contrato, sua execução ou liquidação, 
serão resolvidas por Conciliação, Mediação e/ou Arbitragem, de forma definitiva, nos termos do que 
dispõe o regulamento da Câmara de Mediação e Arbitragem do IASP (CMA-IASP), entidade eleita pelas 
partes para administrar a conciliação, mediação e/ou o procedimento arbitral, por um ou mais 
conciliadores, mediadores ou árbitros nomeados conforme o disposto no referido regulamento. A 
conciliação, mediação e/ou arbitragem terá como sede a Câmara de Mediação e Arbitragem do IASP, 
situada na av. da Pacificação, Nº 123, jardim Conciliado, São Paulo – SP., podendo esta indicar qualquer 
outra área de sua abrangência regional. 
 
E, por estarem assim justos e contratados, assinam o presente instrumento em 01 (uma) Via. 
 
São Paulo, 26 de maio de 2021. 
(assinaturas dos sócios e testemunhas) 
 
 
 
 
 
 21 
 
Considerações finais 
17. CONCLUSÃO 
 
 
A sociedade limitada é a espécie de sociedade empresária mais popular no Brasil por dois 
motivos: não é burocrática e oferece maior proteção ao patrimônio pessoal dos sócios. De forma que é 
um importante agente de desenvolvimento social e econômico, na medida em que permite e contribui 
para o aumento dos postos de trabalhos e a distribuição de recursos financeiros, não apenas entre seus 
sócios, mas de maneira ampla com a sociedade na qual está inserida. 
Por esse motivo, iniciativas como a dos sócios da empresa XPTO-05 LTDA., devem ser 
motivadas e receber todo suporte necessário para que se desenvolvam e possam se consolidar. 
Com este objetivo em mente tratamos de elucidar, por meio deste parecer, todas as dúvidas 
apresentadas pelos sócios, e indo além, apresentar-lhes outras informações importantes para o 
desenvolvimento do empreendimento e que futuramente possam ajudá-los nas soluções de possíveis 
conflitos. 
Assim, além das informações demandadas, aqui poderão encontrar instruções sobre: solução 
em caso de falecimento de sócio; adoção de conselho fiscal; conselho de administração na sociedade; 
informações sobre quotas preferenciais; regra de fonte supletiva; formas de cessão das quotas; 
exclusão de sócio e acordo de sócios. 
Esperamos que este documento seja útil para nortear a sociedade em sua jornada e desejamos 
sorte. 
 
 
 
https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/321879/519872/pag/6_0_0.html?d2l_body_type=3&ou=321879
 
 
 
22 
 
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DECRETO LEI Nº 8.934, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994. Dispõe sobre o Registro Público de Empresas 
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SOUZA GUIMARÃES, Márcio; VAZQUEZ, Juan. Apostila de Direito Societário – Sociedade Limitada. Rio 
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https://www.jucespciesp.com.br/index.php/documentacao/roteiro-para-registro-de-empresas/31-servicos/servicos-especiais/76-elaboracao-de-contrato-social
https://www.jucespciesp.com.br/index.php/documentacao/roteiro-para-registro-de-empresas/31-servicos/servicos-especiais/76-elaboracao-de-contrato-social
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520442166/cfi/4!/4/4@0.00:12.1

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