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Placenta e membranas extra embrionárias

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PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
……….…………………Introdução………………………………...
Um dos traços mais característicos do desenvolvimento
embrionário humano é a relação íntima entre o embrião
e a mãe.
> O óvulo fertilizado traz pouco com ele, exceto material
genético. Para sobreviver e crescer durante a vida
intra-uterina:
● o embrião deve manter uma relação
essencialmente parasitária com o corpo da mãe
para adquirir oxigênio e nutrientes e eliminar
desperdícios.
● evitar a rejeição como um corpo estranho pelo
sistema imunitário do seu hospedeiro materno.
> Estes requisitos são satisfeitos pela placenta e pelas
membranas extraembrionárias que rodeiam o embrião e
servem de interface entre o embrião e a mãe.
> Os tecidos que compõem a interface fetal-materna
(placenta e córion) são derivados do trofoblasto, que se
separa da massa celular interna e rodeia os precursores
celulares do embrião.
> Outros tecidos extraembrionários são derivados da
massa celular interna. Estes incluem:
1. Âmnio (ectodérmico), que forma um cápsula
protetora cheio de líquido à volta do embrião.
2. Saco vitelínico (endodérmico), que em embriões
de mamíferos já não serve uma função nutritiva
primária.
3. Alantoide (endodérmico), que está associado à
remoção de resíduos embrionários;
4. Parte da mesoderme extra-embrionária, que
forma o grosso do cordão umbilical, o tecido
conjuntivo de suporte das membranas
extra-embrionárias, e os vasos sanguíneos que
as irrigam.
…….…………...TECIDOS EXTRA EMBRIONÁRIOS…………………..
ÂMNIO
Por volta da 4ªs, enquanto o embrião inicial sofre uma dobra
cefalocaudal e lateral, a membrana amniótica envolve o
corpo do embrião como um balão cheio de líquido ,
permitindo assim que o embrião seja suspenso num
ambiente líquido durante a gravidez.
● O líquido amniótico serve de tampão contra lesões
mecânicas do feto; além disso, acomoda o
crescimento, permite movimentos fetais normais,
e protege o feto de aderências.
> A �na membrana amniótica transparente consiste
numa única camada de células ectodérmicas
extra-embrionárias revestidas por uma camada não
vascularizada de mesoderme extra-embrionária.
● Entre estas duas camadas encontra-se uma LB.
> Com o ritmo de crescimento fetal, a cavidade amniótica
expande-se constantemente até que o seu conteúdo
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
líquido atinja um máximo de quase 1 L nas semanas 33 a 34
de gravidez.
> Em muitos aspectos, o líquido amniótico pode ser visto
como um transudato diluído do plasma materno, mas as
origens e a troca dinâmica do líquido amniótico são
complexas e não completamente compreendidas.
FASES NA PRODUÇÃO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO
Primeira fase - Abrange as primeiras 20 semanas de gravidez,
durante as quais a composição do líquido amniótico é
bastante semelhante à dos �uidos fetais.
● Durante este período, a pele do feto é
desqueratinizada, e há provas de que os �uidos e
eletrólitos são capazes de se difundir livremente
através do ectoderma embrionário da pele.
● A própria membrana amniótica secreta �uido, e os
componentes do soro materno passam através da
membrana amniótica.
Segunda fase - Após a semana 20, quando a epiderme fetal
começa a queratinizar, ocorrem alterações na fonte do
líquido amniótico.
● Durante o período fetal, os principais
contribuintes à formação do líquido amniótico
são a urina fetal e as secreções pulmonares, com a
urina a representando quase ¾ do volume total.
● O período �nal da gestação até o termo é marcado
por uma elevada produção de urina fetal - até 25%
do peso corporal total (~ 1000 mL) por dia.
> Existe um equilíbrio relativo entre a entrada e a saída de
líquido amniótico para manter um estado de homeostase.
● A deglutição fetal é responsável por uma
porcentagem considerável da remoção de líquido.
● Outro mecanismo importante, para remoção,
parece ser a absorção pela membrana amniótica,
que é responsável por mais de metade da
quantidade de líquido removido e pode ser
ajustada para compensar quantidades excessivas
ou de�cientes de líquido amniótico.
● Outras fontes de entrada ou saída de �uidos são de
quantidades quase insigni�cantes.
> No terceiro trimestre de gravidez, o �uido amniótico
gira completamente a cada 3 horas e, a prazo, a taxa de troca
de �uido pode aproximar-se dos 500 mL/h.
● Embora grande parte do líquido amniótico seja
trocado através da membrana amniótica, a
deglutição fetal é um mecanismo importante no
�nal da gravidez, com aproximadamente 20 mL/h
de líquido engolido pelo feto.
● O líquido amniótico engolido acaba por entrar na
corrente sanguínea fetal após absorção através da
parede do intestino. A água ingerida pode deixar a
circulação fetal através da placenta.
PROPRIEDADES E USOS MÉDICOS DA
MEMBRANA AMNIÓTICA
> Tradicionalmente, a membrana amniótica é descartada
juntamente com a placenta e outros tecidos
extraembrionários após o nascimento da criança.
> Estudos recentes encontraram usos médicos de
importância para as membranas amnióticas.
● Devido às propriedades anti-in�amatórias e anti
angiogênicas do âmnio, foram usadas folhas de
âmnio para cobrir uma variedade de feridas ou
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
superfícies queimadas, especialmente em
cirurgia oftálmica.
● O âmnio, o líquido amniótico e outros tecidos
placentários provaram ser uma fonte importante
de células-tronco, que têm a capacidade de se
diferenciarem em tipos celulares de cada uma das
três camadas germinativas.
SACO VITELÍNICO
O saco vitelino, que é revestido por endoderme
extraembrionário, forma-se ventral ao embrião de duas
camadas quando o âmnio aparece dorsal ao disco
embrionário.
● Ao contrário das aves e dos répteis, o saco
vitelino dos mamíferos é pequeno e
desprovido de vitelo.
FUNÇÃO DO SACO VITELÍNICO EM HUMANOS
> Vestígio: sua f unção original é ser a principal fonte de
nutrição.
> Nos humanos, o saco vitelino permanece vital para o
embrião devido a outras funções que se lhe associaram.
● Algumas evidências indicam que antes da
circulação placentária ser estabelecida, nutrientes
como o ácido fólico e as vitaminas A, B12, e E são
concentrados no saco vitelino e absorvidos por
endocitose.
○ Como esta forma de nutrição
histiotró�ca ocorre durante o tempo da
neurulação, pode desempenhar um
papel na prevenção de defeitos do tubo
neural.
> Quando aparece pela primeira vez, o saco vitelino
apresenta-se sob a forma de uma hemi-esfera delimitada
na região equatorial pela parede dorsal do intestino
primitivo.
● Enquanto o embrião cresce e sofre dobramento
lateralmente e curvatura ao longo do eixo
craniocaudal, a ligação entre o saco vitelino e o
intestino em formação torna-se atenuada na forma
de estreitamento progressivo ligado a um saco
vitelino mais esférico na sua extremidade distal.
● Em semanas sucessivas, o estreitamento do vitelo
torna-se mais longo e atenuado à medida que é
incorporado no corpo do cordão umbilical.
> O próprio saco vitelino aproxima-se da placa coriônica da
placenta. O endoderma do saco vitelino é forrado no exterior
por uma mesoderme extra-embrionária bem vascularizada.
(Mesoderma esplâncnico).
● As células encontradas em cada uma destas
camadas contribuem com componentes vitais
para o corpo do embrião.
DURANTE A 3ª SEMANA
> As células germinativas primordiais, que surgem na
mesoderme extra-embrionária perto da base do alantóide,
tornam-se reconhecíveis no revestimento do saco vitelino.
● Logo estas células migram para a parede do
intestino e para o mesentério dorsal enquanto se
dirigem para as gônadas, onde se diferenciam em
oogônias ou espermatogônias.
> Grupos de células mesodérmicas extraembrionárias na
parede do saco vitelino migram, diferenciam-se e
acumulam-se em ilhotas sanguíneas (hemangioblastos); os
hemangioblastos centrais se diferenciam em células
precursoras hematopoiéticas, e os periféricos em angioblastos
(vasculogênese).
● A hematopoiese extraembrionária continua no
saco vitelino até aproximadamente à 6ª semana,
quando a atividade hematogênica se transfere para
sítios intraembrionários, especialmente o fígado.PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
> O saco vitelino demonstrou recentemente ser o local de
origem de uma linhagem de células linfóides que dá
origem a microglia no cérebro, células de Langerhans em
vários tipos de epitélios, e populações de macrófagos
teciduais.
● Anteriormente, estas células eram consideradas
como descendentes de uma população de células
tronco residentes na medula óssea.
● Algumas destas células precursoras migram do
saco vitelino para o fígado quando se inicia a
hematopoiese hepática.
> Enquanto o intestino tubular se forma, o local de �xação
do pedúnculo do vitelo torna-se menos proeminente, até
que por 6 semanas tenha efetivamente perdido o contacto
com o intestino.
● Uma pequena porcentagem de adultos, os
vestígios do tubo vitelino persistem como um
cordão �broso ou uma bolsa do intestino
delgado conhecida como divertículo de
Meckel.
● O próprio saco vitelino pode persistir durante
grande parte da gravidez, mas não é conhecido por
ter uma função especí�ca no período fetal.
As porções proximais dos vasos sanguíneos do saco vitelino
(o arco circulatório vitelino) persistem como vasos que
abastecem a região do meio do intestino.
CONDIÇÕES RELACIONADAS AO LÍQUIDO
AMNIÓTICO
A quantidade normal de líquido amniótico a termo é de 500
a 1000 mL. Uma quantidade excessiva (>2000 mL) é
característica de hidrâmnios.
● Esta condição está frequentemente associada a
gravidezes múltiplas e atresia esofágica ou
anencefalia (anomalia congênita caracterizada por
defeitos graves da cabeça e muitas vezes
incapacidade de engolir).
> Tais evidências apoiam o importante papel da deglutição
fetal no equilíbrio geral da troca de líquido amniótico.
> Pouco líquido amniótico (<500 mL) é caractererizado
oligo-hidrâmnio.
● Esta condição está frequentemente associada à
agenesia renal bilateral (ausência de rins) e aponta
para o papel da excreção urinária fetal na dinâmica
do líquido amniótico.
● Os oligohidrâmnios também podem ser uma
consequência da ruptura prematura da membrana
amniótica, que ocorre em aproximadamente 10%
das gravidezes.
> Há muitos componentes, tanto fetal quanto materno, no
líquido amniótico; mais de 200 proteínas de origem materna
e fetal foram detectadas no líquido amniótico.
> Com os instrumentos analíticos disponíveis, muito pode
ser aprendido sobre o estado do feto através do exame da
composição do líquido amniótico (amniocentese).
● A amniocentese envolve a remoção de uma
pequena quantidade de líquido amniótico através
da inserção de uma agulha através do abdómen da
mãe e na cavidade amniótica.
● Geralmente não é realizada até a 13ª/14ªs, devido
à pequena quantidade de líquido amniótico nos
embriões iniciais.
> O líquido amniótico tem propriedades bacteriostáticas,
que podem ser responsáveis pela baixa incidência de
infecções após a realização da amniocentese.
● As células fetais presentes no líquido amniótico
podem ser cultivadas e examinadas para vários
defeitos cromossômicos e metabólicos.
○ Técnicas recentes permitem agora o
exame dos cromossomos nas células
imediatamente obtidas, em vez de ter de
esperar até 2 a 3 semanas para que as
células amnióticas cultivadas proliferem
de modo a serem adequadas para
análise genética.
● Além da detecção de defeitos cromossômicos (por
exemplo, trissomias), é possível determinar o
sexo dos feto através da análise cromossômica
directa.
> Muitas células do líquido amniótico demonstraram
possuir propriedades de células tronco. Resta saber se as
células tronco amnióticas são capazes de se diferenciar numa
grande variedade de tipos de células maduras como as células
tronco embrionárias.
> Uma alta concentração de α-fetoproteína (uma
proteína do sistema nervoso central) no líquido amniótico é
uma forte indicação de um defeito do tubo neural.
> A maturidade fetal pode ser avaliada determinando a
concentração de creatinina ou a relação
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
lecitina/es�ngomielina (que re�ete a maturidade dos
pulmões).
> A gravidade da eritroblastose fetal (doença de Rh) também
pode ser avaliada através do exame do líquido amniótico.
………………………....ALANTOIDE…………………………………
O alantoide surge como um vestígio/afunilamento ventral
endodérmico do interior do intestino.
● No embrião humano, é apenas um vestígio da
grande estrutura semelhante a um saco que é
utilizada pelos embriões de muitos mamíferos,
aves e répteis como um importante órgão
respiratório e repositório de resíduos urinários.
> Semelhante ao saco vitelino, o alantoide num humano
retém apenas uma função secundária, neste caso a
respiração.
● Nos humanos, esta função é servida pelos vasos
sanguíneos que se diferenciam da parede
mesodérmica do alantóide.
○ Estes vasos formam o arco circulatório
umbilical, constituído pelas artérias e
veias que abastecem a placenta.
> O alantoide propriamente dito, que consiste em pouco
mais do que um cordão de células endodérmicas, está
embutido no cordão umbilical.
> Mais tarde no desenvolvimento, a parte proximal do
alantoide (chamada úraco) é contínua com a bexiga urinária
em formação.
● Após o nascimento, transforma-se num denso
cordão �broso (ligamento umbilical mediano),
que vai desde a bexiga urinária até à região
umbilical.
……………………..Córion e placenta…………………………….
A formação do complexo placentário representa um esforço
de cooperação entre os tecidos extraembrionários do
embrião e os tecidos endometriais da mãe.
> Após a implantação estar completa, o trofoblasto original
que rodeia o embrião foi submetido à diferenciação em
duas camadas: o citotrofoblasto interno e o
sinciciotrofoblasto externo.
● As lacunas no trofoblasto em expansão
preenchem-se com capilares maternos, e as células
do tecido conjuntivo do endométrio sofreram a
decidualização (células endometriais diferenciadas,
com armazenamento de glicogênio e lipídios) em
resposta à invasão trofoblástica.
FORMAÇÃO DAS VILOSIDADES CORIÓNICAS
No início da implantação do embrião, os tecidos
trofoblásticos não têm características morfológicas
consistentes: período do embrião pré viloso.
> Final da 2ªs: as projeções citotrofoblásticas (chamadas de
vilosidades primárias) começam a tomar forma.
> Pouco tempo depois, um núcleo mesenquimal aparece
dentro de uma vilosidade em expansão, momento em que
é propriamente chamado vilosidade secundária.
● Ao redor do núcleo mesenquimal da vilosidade
secundária encontra-se uma camada completa de
células citotrofoblásticas, e fora desta encontra-se
o sinciciotrofoblasto.
> Final da 3ªs embrionária: Por de�nição, a vilosidade
secundária torna-se uma vilosidade terciária quando os
vasos sanguíneos penetram no seu núcleo mesenquimatoso e
ramos recém-formados.
> Ao longo da gravidez, a camada externa de
sinciciotrofoblasto deve expandir-se para acomodar o
tamanho crescente tanto do feto como da placenta.
● Isto é realizado por divisões assimétricas das
células citotrofoblásticas.
● No início da gravidez, uma sólida camada
contínua de células citotrofoblásticas é altamente
ativa mitoticamente.
○ Quando uma célula citotrofoblástica se
divide, uma célula �lha é incorporada
no sinciciotrofoblasto, e a outra
permanece no seio do citotrofoblasto.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
> No �nal da 10ª semana: a lâmina uniforme de
citotrofoblasto “quebra-se”, �cando com espaços entre
grupos de células.
● Embora esta camada pareça descontinuada, as
células dentro dela produzem longos processos
citoplasmáticos que através de junções
intercelulares ligam as células.
● Depois de uma célula citotrofoblástica ter sido
incorporada no sinciciotrofoblasto, o seu núcleo
permanece transcricionalmente ativo e produz
uma série de produtos celulares.
○ Em aprox. 3 semanas, estes núcleos
envelhecem e tornam-se condensados
formando pequenos agregados
chamados nós sinciciais.
○ Estes são lançados na circulação
materna em torno da placenta e são
transportados para os pulmões
maternos, onde são eliminados pelos
macrófagos pulmonares.
> Embora as vilosidades individuais sofram uma
rami�cação considerável, amaioria delas mantém
o mesmo plano estrutural básico durante toda a
gravidez.
● Enquanto as vilosidades da placenta
estão a estabelecer-se, os genes
contendo a homeobox, Msx2 e Dlx4
(distalless-4), são expressos perto da
interface entre o trofoblasto e o
mesênquima extra-embrionário
subjacente.
○ Estes fatores de transcrição
são frequentemente vistos
em sítios de interações
epitélio-mesenquimais.
● O factor de transcrição Gem-1, que
promove uma saída do ciclo celular, é
expresso em pontos de rami�cação
sobre as vilosidades.
○ As células citotrofoblásticas
de ambos os lados da região
de expressão da Gem-1
continuam a proliferar.
○ Estas células formam a base
celular de novos botões de
vilosidades.
> A porção terminal de uma vilosidade continua a ser
trofoblástica, com uma massa sólida de citotrofoblastos
(coluna) e uma camada relativamente �na de
sinciciotrofoblastos sobre esta.
> A vilosidade é banhada em sangue materno.
● Um desenvolvimento adicional da ponta da
vilosidade ocorre quando, sob a in�uência do
ambiente hipóxico local, a coluna
citotrofoblástica se expande distalmente e penetra
a camada sinciciotrofoblasto.
● Estas células citotrofoblásticas apoiam-se
diretamente sobre as células maternas decíduas e
espalham-se sobre elas para formar uma camada
celular completa conhecida como concha
citotrofoblástica, que envolve o complexo
embrionário.
> As vilosidades que emitem as extensões
citotrofoblásticas são conhecidas como vilosidades de
ancoragem porque representam os verdadeiros pontos de
ligação entre o complexo embrionário e os tecidos
maternos.
> É importante compreender as relações gerais dos vários
tecidos embrionários e maternais nesta fase de
desenvolvimento.
● O embrião, ligado pelo pedúnculo do corpo, ou
cordão umbilical, está efetivamente suspenso na
cavidade coriônica.
CAVIDADE CORIÔNICA
A cavidade coriônica é delimitada pela placa coriônica,
que consiste em mesoderma extra-embrionário revestido
com trofoblasto.
● As vilosidades coriônicas estendem-se para fora da
placa coriônica, e a sua cobertura trofoblástica é
contínua com a da placa coriônica.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
> As vilosidades e a superfície exterior da placa coriônica são
banhadas por um mar de troca contínua de sangue materno.
● Devido a isto, a placenta humana é designada
como o tipo hemocorial.
> É conveniente comparar a estrutura básica de um
complexo de vilosidades com o sistema radicular de uma
planta.
- A vilosidade de ancoragem é equivalente à raiz
central;
- por meio das colunas de células citotrofoblásticas,
prende o complexo de vilosidades ao revestimento
exterior do citotrofoblasto.
- os ramos soltos das vilosidades �utuantes
movem-se livremente no sangue materno que
preenche o espaço entre a placa coriônica e a
concha exterior do citotrofoblasto.
> Todas as superfícies das vilosidades, placa coriônica e
concha citotrofoblástica que estão em contacto com o
sangue materno são revestidas com uma camada contínua de
sinciciotrofoblasto.
ESTABELECIMENTO DA CIRCULAÇÃO
UTEROPLACENTÁRIA
Meio para levar nutrientes e oxigênio e remover resíduos do
embrião.
> Isto é realizado pela erosão das paredes das artérias
espiraladas do útero e a sua modi�cação para que, à medida
que o embrião cresce, estas artérias possam fornecer um �uxo
crescente de sangue a baixa pressão para banhar a superfície
sinciciotrofoblástica da placenta.
> A camada citotrofoblástica invasiva especializada,
migrando para fora das vilosidades de ancoragem, invadem
as artérias espiraladas (mas não as veias) e causam grandes
modi�cações das suas paredes ao secretarem uma matriz
extracelular especializada e ao deslocarem muitos dos
elementos celulares das artérias espirais.
● Como resultado, as artérias tornam-se mais largas,
mas o sangue que sai das suas extremidades abertas
sai a uma pressão muito mais baixa do que a
pressão arterial normal.
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA E SEU AMBIENTE
> Durante os primeiros 2 meses de gravidez, as células
citotrofoblásticas que invadem as artérias em espiral
formam essencialmente tampões que restringem o �uxo
de sangue dos vasos.
● O primeiro �uido materno que banha o
trofoblasto embrionário não é altamente celular, e
a pressão de oxigênio é baixa.
○ Como resultado, durante o primeiro
trimestre as artérias espirais
fornecem relativamente pouco
sangue para o lado materno da
placenta.
> Tal contexto, cria um ambiente hipóxico para o
embrião em desenvolvimento e um ambiente em que
grande parte da nutrição que suporta o crescimento
embrionário provém de secreções das glândulas
uterinas que banham a superfície externa da placenta.
● No início da gestação, os baixos níveis de oxigênio
e glicose são importantes para o desenvolvimento
do embrião.
○ Durante este período, a placenta cresce
mais rapidamente do que o embrião.
> Dentro do ambiente de baixo oxigênio da placenta
primitiva, o factor de crescimento endotelial vascular
(VEGF) é dominante, e promove a angiogênese dentro da
placenta.
● Ao longo deste período, os eritrócitos fetais
contêm hemoglobina embrionária, que é
adaptada para ligar o oxigênio sob baixa pressão.
> A partir das 9 a 10 semanas, o sangue materno começa a
�uir através dos espaços intervillosos da placenta, e o
ambiente como um todo durante os dois últimos
trimestres da gravidez muda para um mais altamente
oxigenado e mais rico em glicose.
● O aumento dos níveis de oxigénio diminui o
VEGF, e através destas e de outras in�uências, o
feto cresce agora mais rapidamente do que a
placenta.
● A hipóxia estimula as células citotrofoblásticas a
entrarem em mitose. Esta pode ser uma das
condições ambientais subjacentes ao rápido
crescimento do citotrofoblasto durante o período
embrionário inicial.
> Após 12 semanas, quando o sangue materno no espaço
placentário contém um grande número de eritrócitos e é
mais altamente oxigenado, os eritrócitos fetais, através de
um reajuste de isoforma, começam a produzir
hemoglobina fetal, que requer uma maior pressão de
oxigênio para ligar-se de modo e�caz o oxigênio.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
● O sangue materno, que deixa as artérias em espiral
livremente, percorre ao longo dos espaços
intervilosos e banha as superfícies das vilosidades.
> O sangue materno é recolhido pelas extremidades abertas
das veias uterinas, que também penetram a casca do
citotrofoblasto.
RELAÇÕES ENTRE OS TECIDOS CORIÔNICOS E
A DECÍDUA ENDOMETRIAL
Durante a implantação do embrião, as células do estroma do
endométrio sofrem uma transformação marcante chamada
reação decidual.
● Após as células do estroma incharem como
resultado da acumulação de glicogênio e lipídios
no seu citoplasma, são conhecidas como células
decíduas.
> A reação decidual espalha-se pelas células do estroma nas
camadas super�ciais do endométrio. As decíduas
maternas recebem nomes topográ�cos com base na sua
localização em relação ao embrião:
● A decídua que reveste o embrião e a sua vesícula
coriônica é a decídua capsular.
● A decídua que se encontra entre a vesícula
coriônica e a parede uterina é a decídua basal.
○ Com o crescimento contínuo do
embrião, a decídua basal é incorporada
no componente materno da placenta
de�nitiva.
● A decídua restante, que consiste no tecido
endometrial decidualizado nos lados do útero não
ocupados pelo embrião, é a decídua parietalis.
> Na embriologia humana, o córion é de�nido como a
camada constituída pelo trofoblasto e a mesoderme
extra-embrionária subjacente.
● O cório forma uma cobertura completa (vesícula
coriónica) que envolve o embrião, o âmnio, a bolsa
vitelina, e o pedúnculo do corpo.
> Durante o período inicial após a implantação, as
vilosidades primária e secundária projetam-se quase
uniformemente de toda a superfície exterior da vesícula
coriónica.
● A formação das vilosidades terciárias é, contudo,
assimétrica.
● A invasão do núcleo citotrofoblástico das
vilosidades primárias por mesênquima e vasos
sanguíneos embrionários ocorre
preferencialmente nas vilosidades primárias
localizadas mais próximasda decídua basal.
> Enquanto as vilosidades primárias continuam a crescer e a
rami�car-se, as vilosidades localizadas no lado oposto (o
pólo abembrionário ou vegetativo) da vesícula coriónica
não conseguem manter-se e eventualmente se atro�am,
enquanto o complexo embrionário em crescimento se
expande para cavidade uterina.
> A região que contém �orescendo as vilosidades coriônicas,
que acaba por se tornar a placenta, é o chorion frondosum.
O resto do córion, que acaba por se tornar liso, é o chorion
laeve.
● Um mecanismo sugerido para a formação do
chorion laeve é baseado no stress oxidativo.
○ O ambiente embrionário inicial normal
é aproximadamente equivalente a 3% de
oxigênio VS. o nível de oxigênio
atmosférico normal 21%.
● As artérias espiraladas na região do futuro
"chorion laeve" não são tão bem vedadas por
tampões citotrofoblásticos como as que se
encontram debaixo da área da futura placenta.
○ Esta situação leva a um aumento local
da concentração de oxigênio
causando a degeneração do
sinciciotrofoblasto que cobre as
vilosidades e a regressão da circulação
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
capilar dentro delas como resultado do
stress oxidativo.
> O crescimento completo da vesícula coriónica, com o seu
abaulamento no lúmen uterino, empurra a decídua capsular
progressivamente para mais longe dos vasos sanguíneos
endometriais.
● No �nal do primeiro trimestre, a decídua
capsular sofre uma atro�a evidente.
● No mês seguinte, porções da decídua capsular
atro�ada começam a desaparecer e deixam o
chorion laeve em contato direto com a
decídua parietal no lado oposto do útero.
> Na metade da gravidez (apx. 20ªs), a decídua capsular
f undiu-se com os tecidos da decídua parietal, assim
destruindo a cavidade uterina original.
● Enquanto o chorion laeve e decídua capsularis
estão a sofrer uma atro�a progressiva, a placenta
toma forma na sua forma de�nitiva e atua como o
principal local de troca entre a mãe e o embrião.
FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA PLACENTA
MADURA
Enquanto a distinção entre o chorion frondosum e o cho-
rion laeve se torna mais proeminente, os limites da placenta
podem ser de�nidos.
> A placenta consiste em:
1. um componente fetal
2. um componente materno.
Componente fetal - é a parte da vesícula coriónica
representada pelo córion frondoso.
● Consiste na parede do córion, chamada placa
coriônica, e nas vilosidades coriônicas que
surgem dessa região.
Componente materno - é representado pela decídua basal, a
qual externamente é recoberta pela concha derivada do
citotrofoblasto fetal.
> O espaço entre o componente fetal e o componente
materno da placenta é ocupado pelo sangue materno que
se encontra livremente em redor.
> De acordo com a sua função principal de troca entre o
sistema circulatório fetal e materno, a estrutura total da
placenta é organizada de modo a proporcionar uma área de
superfície muito grande (>10 m2) para essa troca.
Estrutura da Placenta Madura
A placenta madura tem forma de disco, 3 cm de espessura,
e aprox. 20 cm de diâmetro.
❖ Uma placenta típica pesa aproximadamente 500 g.
❖ O lado fetal da placenta é brilhante por causa da
membrana amniótica anexa.
➢ Do lado fetal, a �xação do cordão
umbilical à placa coriônica e aos
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
grandes ramos placentários da artéria
umbilical e veias que irradiam a partir
dela são evidentes.
❖ O lado materno da placenta é opaco e subdivide-se
em até 35 lóbulos.
❖ Os sulcos entre os lóbulos são ocultos por
septos placentários, que surgem da decídua basal
e se estendem até à placa basal.
➢ Dentro de um lóbulo placentário estão
os vários cotilédones, cada um dos
quais consiste de uma vilosidade do
tronco principal e todos os seus ramos.
➢ O espaço interviloso em cada lóbulo
representa um compartimento quase
isolado da circulação materna até à
placenta.
CORDÃO UMBILICAL
O pedúnculo de base originalmente largo do corpo alonga-se
e torna-se mais estreito à medida que a gravidez avança.
> O cordão umbilical torna-se o conduto para os vasos
umbilicais, que atravessam o seu comprimento entre o
feto e a placenta.
● Os vasos umbilicais são incorporados num tecido
conjuntivo mucóide que é frequentemente
chamado de geléia de Wharton.
● Contido dentro do mesênquima do cordão
umbilical está uma população de células tronco
que, devido à sua acessibilidade, fazem delas uma
fonte popular de células tronco para utilização em
medicina regenerativa.
> O cordão umbilical, que geralmente atinge um
comprimento de 50 a 60 cm no �nal da gravidez, é
tipicamente torcido muitas vezes.
● A torção pode ser vista através de um exame
rigoroso dos vasos sanguíneos do cordão
umbilical.
● Em aprox. 1% das gravidezes a termo, os
verdadeiros nós ocorrem no cordão umbilical. Se
apertarem como resultado de movimentos fetais,
podem causar anóxia e até mesmo a morte fetal.
> Ocasionalmente, um cordão umbilical contém duas veias
umbilicais se a veia umbilical direita não for submetida à sua
degeneração normal.
● Aproximadamente 0,5% dos cordões umbilicais
maduros contêm apenas uma artéria umbilical.
○ Esta condição está associada a uma
incidência de 15% a 20% de defeitos
cardiovasculares associados no feto.
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA
Tanto o feto como a mãe contribuem para a circulação da
madura.
> Metade do volume da placenta humana é ocupada por
vasos sanguíneos.
A circulação fetal está contida no sistema de vasos
umbilicais e placentários:
> O sangue fetal chega à placenta através das duas artérias
umbilicais, que se rami�cam ao longo da placa coriônica.
● Ramos menores destas artérias entram nas
vilosidades coriónicas e subdividem-se em redes
capilares nos ramos terminais das vilosidades
coriónicas, onde ocorre a troca de materiais com
o sangue materno.
> A partir dos leitos dos capilares vilosos, os vasos sanguíneos
consolidam-se em ramos venosos sucessivamente maiores.
● Estes refazem o seu caminho através da placa
coriônica para a grande veia umbilical única e para
o feto.
Em contraste com a circulação fetal, que está totalmente
contida dentro dos vasos sanguíneos, o fornecimento de
sangue materno à placenta é um lago de �uxo livre que
não é limitado pelas paredes dos vasos.
> Como resultado das atividades invasivas do trofoblasto,
cerca de 80 a 100 artérias espiraladas do endométrio
abrem-se diretamente para os espaços intervilosos e
banham as vilosidades em aproximadamente 150 mL de
sangue materno, que é trocado 3 a 4 vezes por minuto.
● O sangue materno entra no espaço interviloso sob
pressão reduzida devido aos tampões
citotrofoblásticos que ocluem parcialmente os
lúmens das artérias espirais.
● No entanto, a pressão sanguínea materna é
su�ciente para forçar o sangue arterial materno
oxigenado para as bases das vilosidades da placa
coriônica.
> A pressão geral do sangue materno da placenta é aprox. 10
mm Hg no útero relaxado.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
● Da placa coriônica, o sangue passa por cima das
vilosidades terminais enquanto retorna às vias de
escoamento venoso localizadas na placa decídua
(materna) da placenta.
> Um �uxo adequado de sangue materno para a placenta é
vital para o crescimento e desenvolvimento do feto. E um
fornecimento reduzido de sangue materno leva a um feto
pequeno.
> Nas vilosidades terminais (�utuantes), os capilares
fetais estão localizados junto à superfície trofoblástica para
facilitar a troca entre o sangue fetal e materno.
A barreira placentária madura
É formada pelo sinciciotrofoblasto, a sua lâmina basal, a
lâmina basal do capilar fetal, e o endotélio capilar.
> Muitas vezes as duas lâminas basais parecem ser unidas.
> Em embriões mais jovens, uma camada de citotrofoblasto
está presente na barreira placentária, mas por volta de 4
meses a camada de citotrofoblasto começa a romper-se, e por
5 meses, desaparece essencialmente.
Estrutura da Vilosidade Coriônica Madura
As vilosidades coriônicas maduras constituem uma massa
complexa de ramos aparentemente entrelaçados.
> O núcleo de uma vilosidade consiste em vasos sanguíneose
mesênquima que é semelhante em composição ao
mesênquima do cordão umbilical.
● Espalhadas entre as células mesenquimais estão
grandes células Hofbauer, que funcionam como
macrófagos fetais.
● O núcleo da vilosidade é coberto por uma camada
contínua de sinciciotrofoblasto, com um número
mínimo de células citotrofoblásticas por baixo.
● A superfície do sinciciotrofoblasto é coberta
por imensos números de microvilosidades (>1
bi/cm2 a termo), que aumentam grandemente a
área total da superfície placentária.
○ O tamanho e a densidade dos
microvilos não são constantes;
mudam com o aumento da idade da
placenta e as diferentes condições
ambientais.
○ Em condições de má nutrição materna
ou transporte de oxigênio, as
microvilosidades aumentam em
proeminência.
○ A má adaptação das microvilosidades a
condições adversas pode levar a
recém-nascidos com baixo peso à
nascença.
> A superfície trofoblástica não é homogénea; parece
estar organizada em territórios. Entre os muitos
componentes funcionais da superfície microvilosa estão:
(1) numerosos sistemas de transporte de substâncias que vão
desde íons a macromoléculas;
(2) receptores hormonais e de factores de crescimento;
(3) enzimas;
(4) numerosas proteínas com funções mal compreendidas.
A superfície placentária é de�ciente ou carente de grandes
antígenos de histocompatibilidade, cuja ausência
desempenha presumivelmente um papel na proteção contra
a rejeição imunitária materna do feto e das membranas fetais.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
De acordo com o seu papel ativo na síntese e no transporte, o
sinciciotrofoblasto é bem fornecido com uma alta densidade
e uma grande variedade de organelas subcelulares.
………………..FISIOLOGIA PLACENTÁRIA………………………..
O transporte de substâncias entre a placenta e o sangue
materno que a banha é facilitado pela grande superfície
da placenta, que se expande de 5 m2 a 28 semanas para
quase 11 m2 a termo.
> 5% a 10% da superfície da placenta humana possui áreas
onde a barreira entre o sangue fetal e materno é
extremamente �na, medindo apenas alguns micrômetros.
● Estas áreas, chamadas placas epiteliais, são
adaptações morfológicas para facilitar a difusão de
substâncias entre a circulação fetal e materna.
> A transferência de substâncias ocorre nos dois sentidos
através da placenta.
● A maior parte das substâncias transferidas da mãe
para o feto consiste em oxigênio e nutrientes.
● A placenta representa os meios para a eliminação
�nal de CO2 e outros resíduos fetais na circulação
maternal.
Os gases, principalmente oxigênio da mãe e CO2 fetal,
atravessam facilmente a barreira placentária por difusão.
> A placenta é também permeável ao CO e a muitos
anestésicos inalatórios. Os anestésicos inalatórios podem
interferir na transição do recém-nascido para a função
independente (por exemplo, a respiração) se estes agentes
forem utilizados durante o parto.
> Outras substâncias: água e eletrólitos são prontamente
transferidos através da placenta.
● As taxas de transferência são modi�cadas pela
pressão coloidosmótica no caso da água e a função
dos canais iónicos no caso dos electrólitos.
> Os resíduos fetais (por exemplo, ureia, creatinina,
bilirrubina) são rapidamente transferidos através da placenta
da circulação fetal para o sangue materno que banha as
vilosidades, por difusão simples.
> É altamente permeável a certos nutrientes como a glicose,
que é a principal fonte de energia para o feto; e menos
permeável à frutose e aos dissacáridos comuns de vários
tipos.
> Os aac são transportados através da placenta através da
ação de receptores especí�cos. Também há um certo grau de
transferência de ácidos graxos livres maternos.
> As vitaminas, especialmente hidrossolúveis, são
transferidas da circulação materna para a fetal.
> Hormônios protéicos são, em geral, mal transportados
através da placenta, embora os sintomas da diabetes
gestacional possam ser reduzidos durante a gravidez �nal
devido à insulina produzida pelo feto.
● O hormônio da tireóide materna tem acesso lento
ao feto.
> Algumas proteínas são transferidas muito lentamente
através da placenta, principalmente através da pinocitose.
IMPORTANTE!
> Transferência de anticorpos maternos, principalmente da
classe da imunoglobulina G (IgG) por transcitose.
● Devido ao seu sistema imunitário imaturo, o feto
produz apenas pequenas quantidades de
anticorpos.
● Início na 12ª semana e aumento progressivo ao
longo do tempo, com a maior taxa de
transferência de anticorpos - após 34 semanas.
Bebês prematuros não recebem níveis totalmente protetores
de anticorpos maternos. A transferência de anticorpos da
mãe fornece imunidade passiva do recém-nascido a
certas doenças infantis comuns (varíola, difteria e sarampo).
> Transferência de transferrina materna para o feto.
Importante para que o feto tenha transporte ideal de ferro
no organismo.
● A superfície placentária contém receptores
especí�cos para esta proteína.
● O ferro é aparentemente dissociado do seu
portador de transferrina na superfície da placenta
depois é ativamente transportado para os tecidos
do feto.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
SÍNTESE E SECREÇÃO HORMONAL
PLACENTÁRIA
A placenta, especi�camente o sinciciotrofoblasto, é um
órgão endócrino importante durante grande parte da
gravidez. Produz uma grande variedade de hormônios
proteicos e esteróides:
1. Gonadotropina coriônica humana (HCG):
responsável pela manutenção do corpo lúteo e
pela sua produção de progesterona e
estrogénios.
A produção de HCG atinge picos aproximadamente na 8ª-
14ªs de gestação e depois decresce gradualmente.
> No �nal do primeiro trimestre, a placenta produz
progesterona e estrogénios su�cientes para que a gravidez
possa ser mantida mesmo que o corpus luteum seja
removido cirurgicamente.
● Pode sintetizar independentemente a
progesterona dos precursores do acetato ou do
colesterol, mas não contém o aparelho enzimático
completo para a síntese de estrogénios.
● Para que o estrogênio seja sintetizado, a placenta
deve funcionar em sintonia com a glândula
adrenal fetal e possivelmente com o fígado; estas
estruturas possuem as enzimas que a placenta não
possui.
2. Somatotro�na coriônica, por vezes chamada
lactogênio humano da placenta.
Similar em estrutura ao GH, in�uencia o crescimento, a
lactação, e o metabolismo de lípidos e hidratos de carbono.
3. Tireotropina coriônica e corticotropina coriónica:
pequenas quantidades;
> Quando secretadas na corrente sanguínea materna, alguns
hormônios placentários estimulam alterações no
metabolismo e na função cardiovascular da mãe.
● Estas alterações asseguram que os tipos e
quantidades apropriadas de nutrientes e
substratos de tal espécie cheguem à placenta para
serem transportados para o feto.
> Exemplo de um hormônio placentário que in�uencia a
mãe é a GH da placenta humana. Esta hormônio, difere por
13 aminoácidos da GH da hipó�se, é produzido pela
sinciciotrofoblasto.
● não é detectável no soro fetal.
● parece in�uenciar o crescimento da placenta de
uma forma parácrina.
● Uma das principais f unções é a regulação dos
níveis de glicose no sangue materno para que o
feto esteja assegurado de um fornecimento
adequado de nutrientes.
○ A secreção é estimulada pelos baixos
níveis de glicose materna.
○ O aumento dos níveis hormonais
estimula então a gliconeogênese no
fígado materno e outros órgãos,
aumentando assim o fornecimento de
glicose disponível para uso fetal.
IMUNOLOGIA PLACENTÁRIA
O que protege a placenta da rejeição pelo sistema
imunológico da mãe?
O sinciciotrofoblasto das vilosidades coriônicas, embora
exposto às células imunológicas maternas nos sinusóides
sanguíneos, não possui antígenos de
histocompatibilidade principal (MHC) e assim não
evoca respostas de rejeição.
> Contudo, as células trofoblásticas extravilosas (EVT),
que invadem a decídua uterina e a sua vasculatura (artérias
espiraladas), expressam antígenos MHC classe I.
PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS
● Esses antígenos incluem o HLA-G, que, sendo
não polimór�co(classe Ib), é pobremente
reconhecido pelos linfócitos T como um
aloantígeno, bem como o HLA-C, que, sendo
polimór�co (classe Ia), é reconhecido pelas
células T.
● Além de evitar as células T, as células EVT podem
também proteger a elas mesmas do ataque
potencial dos linfócitos natural killer (NK).
> A rejeição imune de tecidos estranhos normalmente ocorre
pela ativação de linfócitos citotóxicos, mas as respostas
imunes humorais também são possíveis.
> Devido a rupturas na barreira placentária, são
frequentemente encontrados glóbulos vermelhos e brancos
fetais circulando no sangue materno. (Além disso, as células
maternas podem colonizar o feto.) Essas células devem ser
capazes de sensibilizar o sistema imunológico da mãe.
SEGUNDA POSSIBILIDADE
● Sistema imunológico da mãe seja de alguma
forma paralisado durante a gravidez, de modo que
não reaja aos antígenos fetais aos quais está
exposto.
● No entanto, a mãe é capaz de desenvolver uma
resposta imunológica a infecções ou
enxertos de tecido estranho.
TERCEIRA POSSIBILIDADE
● As barreiras deciduais locais evitem o
reconhecimento imunológico do feto pela mãe ou
o alcance de células imunológicas competentes da
mãe para o feto.
● Há evidências de uma barreira imune decidual
funcional, mas em um número signi�cativo de
casos essa barreira é conhecida por ser violada por
trauma ou doença.
QUARTA POSSIBILIDADE
● moléculas formadas na superfície placentária fetal
sejam capazes de inativar localmente as células T
ou outras células imunológicas que poderiam
rejeitar o embrião, ou que paralisem a resposta
imunológica celular local.

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