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PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS ……….…………………Introdução………………………………... Um dos traços mais característicos do desenvolvimento embrionário humano é a relação íntima entre o embrião e a mãe. > O óvulo fertilizado traz pouco com ele, exceto material genético. Para sobreviver e crescer durante a vida intra-uterina: ● o embrião deve manter uma relação essencialmente parasitária com o corpo da mãe para adquirir oxigênio e nutrientes e eliminar desperdícios. ● evitar a rejeição como um corpo estranho pelo sistema imunitário do seu hospedeiro materno. > Estes requisitos são satisfeitos pela placenta e pelas membranas extraembrionárias que rodeiam o embrião e servem de interface entre o embrião e a mãe. > Os tecidos que compõem a interface fetal-materna (placenta e córion) são derivados do trofoblasto, que se separa da massa celular interna e rodeia os precursores celulares do embrião. > Outros tecidos extraembrionários são derivados da massa celular interna. Estes incluem: 1. Âmnio (ectodérmico), que forma um cápsula protetora cheio de líquido à volta do embrião. 2. Saco vitelínico (endodérmico), que em embriões de mamíferos já não serve uma função nutritiva primária. 3. Alantoide (endodérmico), que está associado à remoção de resíduos embrionários; 4. Parte da mesoderme extra-embrionária, que forma o grosso do cordão umbilical, o tecido conjuntivo de suporte das membranas extra-embrionárias, e os vasos sanguíneos que as irrigam. …….…………...TECIDOS EXTRA EMBRIONÁRIOS………………….. ÂMNIO Por volta da 4ªs, enquanto o embrião inicial sofre uma dobra cefalocaudal e lateral, a membrana amniótica envolve o corpo do embrião como um balão cheio de líquido , permitindo assim que o embrião seja suspenso num ambiente líquido durante a gravidez. ● O líquido amniótico serve de tampão contra lesões mecânicas do feto; além disso, acomoda o crescimento, permite movimentos fetais normais, e protege o feto de aderências. > A �na membrana amniótica transparente consiste numa única camada de células ectodérmicas extra-embrionárias revestidas por uma camada não vascularizada de mesoderme extra-embrionária. ● Entre estas duas camadas encontra-se uma LB. > Com o ritmo de crescimento fetal, a cavidade amniótica expande-se constantemente até que o seu conteúdo PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS líquido atinja um máximo de quase 1 L nas semanas 33 a 34 de gravidez. > Em muitos aspectos, o líquido amniótico pode ser visto como um transudato diluído do plasma materno, mas as origens e a troca dinâmica do líquido amniótico são complexas e não completamente compreendidas. FASES NA PRODUÇÃO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO Primeira fase - Abrange as primeiras 20 semanas de gravidez, durante as quais a composição do líquido amniótico é bastante semelhante à dos �uidos fetais. ● Durante este período, a pele do feto é desqueratinizada, e há provas de que os �uidos e eletrólitos são capazes de se difundir livremente através do ectoderma embrionário da pele. ● A própria membrana amniótica secreta �uido, e os componentes do soro materno passam através da membrana amniótica. Segunda fase - Após a semana 20, quando a epiderme fetal começa a queratinizar, ocorrem alterações na fonte do líquido amniótico. ● Durante o período fetal, os principais contribuintes à formação do líquido amniótico são a urina fetal e as secreções pulmonares, com a urina a representando quase ¾ do volume total. ● O período �nal da gestação até o termo é marcado por uma elevada produção de urina fetal - até 25% do peso corporal total (~ 1000 mL) por dia. > Existe um equilíbrio relativo entre a entrada e a saída de líquido amniótico para manter um estado de homeostase. ● A deglutição fetal é responsável por uma porcentagem considerável da remoção de líquido. ● Outro mecanismo importante, para remoção, parece ser a absorção pela membrana amniótica, que é responsável por mais de metade da quantidade de líquido removido e pode ser ajustada para compensar quantidades excessivas ou de�cientes de líquido amniótico. ● Outras fontes de entrada ou saída de �uidos são de quantidades quase insigni�cantes. > No terceiro trimestre de gravidez, o �uido amniótico gira completamente a cada 3 horas e, a prazo, a taxa de troca de �uido pode aproximar-se dos 500 mL/h. ● Embora grande parte do líquido amniótico seja trocado através da membrana amniótica, a deglutição fetal é um mecanismo importante no �nal da gravidez, com aproximadamente 20 mL/h de líquido engolido pelo feto. ● O líquido amniótico engolido acaba por entrar na corrente sanguínea fetal após absorção através da parede do intestino. A água ingerida pode deixar a circulação fetal através da placenta. PROPRIEDADES E USOS MÉDICOS DA MEMBRANA AMNIÓTICA > Tradicionalmente, a membrana amniótica é descartada juntamente com a placenta e outros tecidos extraembrionários após o nascimento da criança. > Estudos recentes encontraram usos médicos de importância para as membranas amnióticas. ● Devido às propriedades anti-in�amatórias e anti angiogênicas do âmnio, foram usadas folhas de âmnio para cobrir uma variedade de feridas ou PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS superfícies queimadas, especialmente em cirurgia oftálmica. ● O âmnio, o líquido amniótico e outros tecidos placentários provaram ser uma fonte importante de células-tronco, que têm a capacidade de se diferenciarem em tipos celulares de cada uma das três camadas germinativas. SACO VITELÍNICO O saco vitelino, que é revestido por endoderme extraembrionário, forma-se ventral ao embrião de duas camadas quando o âmnio aparece dorsal ao disco embrionário. ● Ao contrário das aves e dos répteis, o saco vitelino dos mamíferos é pequeno e desprovido de vitelo. FUNÇÃO DO SACO VITELÍNICO EM HUMANOS > Vestígio: sua f unção original é ser a principal fonte de nutrição. > Nos humanos, o saco vitelino permanece vital para o embrião devido a outras funções que se lhe associaram. ● Algumas evidências indicam que antes da circulação placentária ser estabelecida, nutrientes como o ácido fólico e as vitaminas A, B12, e E são concentrados no saco vitelino e absorvidos por endocitose. ○ Como esta forma de nutrição histiotró�ca ocorre durante o tempo da neurulação, pode desempenhar um papel na prevenção de defeitos do tubo neural. > Quando aparece pela primeira vez, o saco vitelino apresenta-se sob a forma de uma hemi-esfera delimitada na região equatorial pela parede dorsal do intestino primitivo. ● Enquanto o embrião cresce e sofre dobramento lateralmente e curvatura ao longo do eixo craniocaudal, a ligação entre o saco vitelino e o intestino em formação torna-se atenuada na forma de estreitamento progressivo ligado a um saco vitelino mais esférico na sua extremidade distal. ● Em semanas sucessivas, o estreitamento do vitelo torna-se mais longo e atenuado à medida que é incorporado no corpo do cordão umbilical. > O próprio saco vitelino aproxima-se da placa coriônica da placenta. O endoderma do saco vitelino é forrado no exterior por uma mesoderme extra-embrionária bem vascularizada. (Mesoderma esplâncnico). ● As células encontradas em cada uma destas camadas contribuem com componentes vitais para o corpo do embrião. DURANTE A 3ª SEMANA > As células germinativas primordiais, que surgem na mesoderme extra-embrionária perto da base do alantóide, tornam-se reconhecíveis no revestimento do saco vitelino. ● Logo estas células migram para a parede do intestino e para o mesentério dorsal enquanto se dirigem para as gônadas, onde se diferenciam em oogônias ou espermatogônias. > Grupos de células mesodérmicas extraembrionárias na parede do saco vitelino migram, diferenciam-se e acumulam-se em ilhotas sanguíneas (hemangioblastos); os hemangioblastos centrais se diferenciam em células precursoras hematopoiéticas, e os periféricos em angioblastos (vasculogênese). ● A hematopoiese extraembrionária continua no saco vitelino até aproximadamente à 6ª semana, quando a atividade hematogênica se transfere para sítios intraembrionários, especialmente o fígado.PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS > O saco vitelino demonstrou recentemente ser o local de origem de uma linhagem de células linfóides que dá origem a microglia no cérebro, células de Langerhans em vários tipos de epitélios, e populações de macrófagos teciduais. ● Anteriormente, estas células eram consideradas como descendentes de uma população de células tronco residentes na medula óssea. ● Algumas destas células precursoras migram do saco vitelino para o fígado quando se inicia a hematopoiese hepática. > Enquanto o intestino tubular se forma, o local de �xação do pedúnculo do vitelo torna-se menos proeminente, até que por 6 semanas tenha efetivamente perdido o contacto com o intestino. ● Uma pequena porcentagem de adultos, os vestígios do tubo vitelino persistem como um cordão �broso ou uma bolsa do intestino delgado conhecida como divertículo de Meckel. ● O próprio saco vitelino pode persistir durante grande parte da gravidez, mas não é conhecido por ter uma função especí�ca no período fetal. As porções proximais dos vasos sanguíneos do saco vitelino (o arco circulatório vitelino) persistem como vasos que abastecem a região do meio do intestino. CONDIÇÕES RELACIONADAS AO LÍQUIDO AMNIÓTICO A quantidade normal de líquido amniótico a termo é de 500 a 1000 mL. Uma quantidade excessiva (>2000 mL) é característica de hidrâmnios. ● Esta condição está frequentemente associada a gravidezes múltiplas e atresia esofágica ou anencefalia (anomalia congênita caracterizada por defeitos graves da cabeça e muitas vezes incapacidade de engolir). > Tais evidências apoiam o importante papel da deglutição fetal no equilíbrio geral da troca de líquido amniótico. > Pouco líquido amniótico (<500 mL) é caractererizado oligo-hidrâmnio. ● Esta condição está frequentemente associada à agenesia renal bilateral (ausência de rins) e aponta para o papel da excreção urinária fetal na dinâmica do líquido amniótico. ● Os oligohidrâmnios também podem ser uma consequência da ruptura prematura da membrana amniótica, que ocorre em aproximadamente 10% das gravidezes. > Há muitos componentes, tanto fetal quanto materno, no líquido amniótico; mais de 200 proteínas de origem materna e fetal foram detectadas no líquido amniótico. > Com os instrumentos analíticos disponíveis, muito pode ser aprendido sobre o estado do feto através do exame da composição do líquido amniótico (amniocentese). ● A amniocentese envolve a remoção de uma pequena quantidade de líquido amniótico através da inserção de uma agulha através do abdómen da mãe e na cavidade amniótica. ● Geralmente não é realizada até a 13ª/14ªs, devido à pequena quantidade de líquido amniótico nos embriões iniciais. > O líquido amniótico tem propriedades bacteriostáticas, que podem ser responsáveis pela baixa incidência de infecções após a realização da amniocentese. ● As células fetais presentes no líquido amniótico podem ser cultivadas e examinadas para vários defeitos cromossômicos e metabólicos. ○ Técnicas recentes permitem agora o exame dos cromossomos nas células imediatamente obtidas, em vez de ter de esperar até 2 a 3 semanas para que as células amnióticas cultivadas proliferem de modo a serem adequadas para análise genética. ● Além da detecção de defeitos cromossômicos (por exemplo, trissomias), é possível determinar o sexo dos feto através da análise cromossômica directa. > Muitas células do líquido amniótico demonstraram possuir propriedades de células tronco. Resta saber se as células tronco amnióticas são capazes de se diferenciar numa grande variedade de tipos de células maduras como as células tronco embrionárias. > Uma alta concentração de α-fetoproteína (uma proteína do sistema nervoso central) no líquido amniótico é uma forte indicação de um defeito do tubo neural. > A maturidade fetal pode ser avaliada determinando a concentração de creatinina ou a relação PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS lecitina/es�ngomielina (que re�ete a maturidade dos pulmões). > A gravidade da eritroblastose fetal (doença de Rh) também pode ser avaliada através do exame do líquido amniótico. ………………………....ALANTOIDE………………………………… O alantoide surge como um vestígio/afunilamento ventral endodérmico do interior do intestino. ● No embrião humano, é apenas um vestígio da grande estrutura semelhante a um saco que é utilizada pelos embriões de muitos mamíferos, aves e répteis como um importante órgão respiratório e repositório de resíduos urinários. > Semelhante ao saco vitelino, o alantoide num humano retém apenas uma função secundária, neste caso a respiração. ● Nos humanos, esta função é servida pelos vasos sanguíneos que se diferenciam da parede mesodérmica do alantóide. ○ Estes vasos formam o arco circulatório umbilical, constituído pelas artérias e veias que abastecem a placenta. > O alantoide propriamente dito, que consiste em pouco mais do que um cordão de células endodérmicas, está embutido no cordão umbilical. > Mais tarde no desenvolvimento, a parte proximal do alantoide (chamada úraco) é contínua com a bexiga urinária em formação. ● Após o nascimento, transforma-se num denso cordão �broso (ligamento umbilical mediano), que vai desde a bexiga urinária até à região umbilical. ……………………..Córion e placenta……………………………. A formação do complexo placentário representa um esforço de cooperação entre os tecidos extraembrionários do embrião e os tecidos endometriais da mãe. > Após a implantação estar completa, o trofoblasto original que rodeia o embrião foi submetido à diferenciação em duas camadas: o citotrofoblasto interno e o sinciciotrofoblasto externo. ● As lacunas no trofoblasto em expansão preenchem-se com capilares maternos, e as células do tecido conjuntivo do endométrio sofreram a decidualização (células endometriais diferenciadas, com armazenamento de glicogênio e lipídios) em resposta à invasão trofoblástica. FORMAÇÃO DAS VILOSIDADES CORIÓNICAS No início da implantação do embrião, os tecidos trofoblásticos não têm características morfológicas consistentes: período do embrião pré viloso. > Final da 2ªs: as projeções citotrofoblásticas (chamadas de vilosidades primárias) começam a tomar forma. > Pouco tempo depois, um núcleo mesenquimal aparece dentro de uma vilosidade em expansão, momento em que é propriamente chamado vilosidade secundária. ● Ao redor do núcleo mesenquimal da vilosidade secundária encontra-se uma camada completa de células citotrofoblásticas, e fora desta encontra-se o sinciciotrofoblasto. > Final da 3ªs embrionária: Por de�nição, a vilosidade secundária torna-se uma vilosidade terciária quando os vasos sanguíneos penetram no seu núcleo mesenquimatoso e ramos recém-formados. > Ao longo da gravidez, a camada externa de sinciciotrofoblasto deve expandir-se para acomodar o tamanho crescente tanto do feto como da placenta. ● Isto é realizado por divisões assimétricas das células citotrofoblásticas. ● No início da gravidez, uma sólida camada contínua de células citotrofoblásticas é altamente ativa mitoticamente. ○ Quando uma célula citotrofoblástica se divide, uma célula �lha é incorporada no sinciciotrofoblasto, e a outra permanece no seio do citotrofoblasto. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS > No �nal da 10ª semana: a lâmina uniforme de citotrofoblasto “quebra-se”, �cando com espaços entre grupos de células. ● Embora esta camada pareça descontinuada, as células dentro dela produzem longos processos citoplasmáticos que através de junções intercelulares ligam as células. ● Depois de uma célula citotrofoblástica ter sido incorporada no sinciciotrofoblasto, o seu núcleo permanece transcricionalmente ativo e produz uma série de produtos celulares. ○ Em aprox. 3 semanas, estes núcleos envelhecem e tornam-se condensados formando pequenos agregados chamados nós sinciciais. ○ Estes são lançados na circulação materna em torno da placenta e são transportados para os pulmões maternos, onde são eliminados pelos macrófagos pulmonares. > Embora as vilosidades individuais sofram uma rami�cação considerável, amaioria delas mantém o mesmo plano estrutural básico durante toda a gravidez. ● Enquanto as vilosidades da placenta estão a estabelecer-se, os genes contendo a homeobox, Msx2 e Dlx4 (distalless-4), são expressos perto da interface entre o trofoblasto e o mesênquima extra-embrionário subjacente. ○ Estes fatores de transcrição são frequentemente vistos em sítios de interações epitélio-mesenquimais. ● O factor de transcrição Gem-1, que promove uma saída do ciclo celular, é expresso em pontos de rami�cação sobre as vilosidades. ○ As células citotrofoblásticas de ambos os lados da região de expressão da Gem-1 continuam a proliferar. ○ Estas células formam a base celular de novos botões de vilosidades. > A porção terminal de uma vilosidade continua a ser trofoblástica, com uma massa sólida de citotrofoblastos (coluna) e uma camada relativamente �na de sinciciotrofoblastos sobre esta. > A vilosidade é banhada em sangue materno. ● Um desenvolvimento adicional da ponta da vilosidade ocorre quando, sob a in�uência do ambiente hipóxico local, a coluna citotrofoblástica se expande distalmente e penetra a camada sinciciotrofoblasto. ● Estas células citotrofoblásticas apoiam-se diretamente sobre as células maternas decíduas e espalham-se sobre elas para formar uma camada celular completa conhecida como concha citotrofoblástica, que envolve o complexo embrionário. > As vilosidades que emitem as extensões citotrofoblásticas são conhecidas como vilosidades de ancoragem porque representam os verdadeiros pontos de ligação entre o complexo embrionário e os tecidos maternos. > É importante compreender as relações gerais dos vários tecidos embrionários e maternais nesta fase de desenvolvimento. ● O embrião, ligado pelo pedúnculo do corpo, ou cordão umbilical, está efetivamente suspenso na cavidade coriônica. CAVIDADE CORIÔNICA A cavidade coriônica é delimitada pela placa coriônica, que consiste em mesoderma extra-embrionário revestido com trofoblasto. ● As vilosidades coriônicas estendem-se para fora da placa coriônica, e a sua cobertura trofoblástica é contínua com a da placa coriônica. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS > As vilosidades e a superfície exterior da placa coriônica são banhadas por um mar de troca contínua de sangue materno. ● Devido a isto, a placenta humana é designada como o tipo hemocorial. > É conveniente comparar a estrutura básica de um complexo de vilosidades com o sistema radicular de uma planta. - A vilosidade de ancoragem é equivalente à raiz central; - por meio das colunas de células citotrofoblásticas, prende o complexo de vilosidades ao revestimento exterior do citotrofoblasto. - os ramos soltos das vilosidades �utuantes movem-se livremente no sangue materno que preenche o espaço entre a placa coriônica e a concha exterior do citotrofoblasto. > Todas as superfícies das vilosidades, placa coriônica e concha citotrofoblástica que estão em contacto com o sangue materno são revestidas com uma camada contínua de sinciciotrofoblasto. ESTABELECIMENTO DA CIRCULAÇÃO UTEROPLACENTÁRIA Meio para levar nutrientes e oxigênio e remover resíduos do embrião. > Isto é realizado pela erosão das paredes das artérias espiraladas do útero e a sua modi�cação para que, à medida que o embrião cresce, estas artérias possam fornecer um �uxo crescente de sangue a baixa pressão para banhar a superfície sinciciotrofoblástica da placenta. > A camada citotrofoblástica invasiva especializada, migrando para fora das vilosidades de ancoragem, invadem as artérias espiraladas (mas não as veias) e causam grandes modi�cações das suas paredes ao secretarem uma matriz extracelular especializada e ao deslocarem muitos dos elementos celulares das artérias espirais. ● Como resultado, as artérias tornam-se mais largas, mas o sangue que sai das suas extremidades abertas sai a uma pressão muito mais baixa do que a pressão arterial normal. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA E SEU AMBIENTE > Durante os primeiros 2 meses de gravidez, as células citotrofoblásticas que invadem as artérias em espiral formam essencialmente tampões que restringem o �uxo de sangue dos vasos. ● O primeiro �uido materno que banha o trofoblasto embrionário não é altamente celular, e a pressão de oxigênio é baixa. ○ Como resultado, durante o primeiro trimestre as artérias espirais fornecem relativamente pouco sangue para o lado materno da placenta. > Tal contexto, cria um ambiente hipóxico para o embrião em desenvolvimento e um ambiente em que grande parte da nutrição que suporta o crescimento embrionário provém de secreções das glândulas uterinas que banham a superfície externa da placenta. ● No início da gestação, os baixos níveis de oxigênio e glicose são importantes para o desenvolvimento do embrião. ○ Durante este período, a placenta cresce mais rapidamente do que o embrião. > Dentro do ambiente de baixo oxigênio da placenta primitiva, o factor de crescimento endotelial vascular (VEGF) é dominante, e promove a angiogênese dentro da placenta. ● Ao longo deste período, os eritrócitos fetais contêm hemoglobina embrionária, que é adaptada para ligar o oxigênio sob baixa pressão. > A partir das 9 a 10 semanas, o sangue materno começa a �uir através dos espaços intervillosos da placenta, e o ambiente como um todo durante os dois últimos trimestres da gravidez muda para um mais altamente oxigenado e mais rico em glicose. ● O aumento dos níveis de oxigénio diminui o VEGF, e através destas e de outras in�uências, o feto cresce agora mais rapidamente do que a placenta. ● A hipóxia estimula as células citotrofoblásticas a entrarem em mitose. Esta pode ser uma das condições ambientais subjacentes ao rápido crescimento do citotrofoblasto durante o período embrionário inicial. > Após 12 semanas, quando o sangue materno no espaço placentário contém um grande número de eritrócitos e é mais altamente oxigenado, os eritrócitos fetais, através de um reajuste de isoforma, começam a produzir hemoglobina fetal, que requer uma maior pressão de oxigênio para ligar-se de modo e�caz o oxigênio. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS ● O sangue materno, que deixa as artérias em espiral livremente, percorre ao longo dos espaços intervilosos e banha as superfícies das vilosidades. > O sangue materno é recolhido pelas extremidades abertas das veias uterinas, que também penetram a casca do citotrofoblasto. RELAÇÕES ENTRE OS TECIDOS CORIÔNICOS E A DECÍDUA ENDOMETRIAL Durante a implantação do embrião, as células do estroma do endométrio sofrem uma transformação marcante chamada reação decidual. ● Após as células do estroma incharem como resultado da acumulação de glicogênio e lipídios no seu citoplasma, são conhecidas como células decíduas. > A reação decidual espalha-se pelas células do estroma nas camadas super�ciais do endométrio. As decíduas maternas recebem nomes topográ�cos com base na sua localização em relação ao embrião: ● A decídua que reveste o embrião e a sua vesícula coriônica é a decídua capsular. ● A decídua que se encontra entre a vesícula coriônica e a parede uterina é a decídua basal. ○ Com o crescimento contínuo do embrião, a decídua basal é incorporada no componente materno da placenta de�nitiva. ● A decídua restante, que consiste no tecido endometrial decidualizado nos lados do útero não ocupados pelo embrião, é a decídua parietalis. > Na embriologia humana, o córion é de�nido como a camada constituída pelo trofoblasto e a mesoderme extra-embrionária subjacente. ● O cório forma uma cobertura completa (vesícula coriónica) que envolve o embrião, o âmnio, a bolsa vitelina, e o pedúnculo do corpo. > Durante o período inicial após a implantação, as vilosidades primária e secundária projetam-se quase uniformemente de toda a superfície exterior da vesícula coriónica. ● A formação das vilosidades terciárias é, contudo, assimétrica. ● A invasão do núcleo citotrofoblástico das vilosidades primárias por mesênquima e vasos sanguíneos embrionários ocorre preferencialmente nas vilosidades primárias localizadas mais próximasda decídua basal. > Enquanto as vilosidades primárias continuam a crescer e a rami�car-se, as vilosidades localizadas no lado oposto (o pólo abembrionário ou vegetativo) da vesícula coriónica não conseguem manter-se e eventualmente se atro�am, enquanto o complexo embrionário em crescimento se expande para cavidade uterina. > A região que contém �orescendo as vilosidades coriônicas, que acaba por se tornar a placenta, é o chorion frondosum. O resto do córion, que acaba por se tornar liso, é o chorion laeve. ● Um mecanismo sugerido para a formação do chorion laeve é baseado no stress oxidativo. ○ O ambiente embrionário inicial normal é aproximadamente equivalente a 3% de oxigênio VS. o nível de oxigênio atmosférico normal 21%. ● As artérias espiraladas na região do futuro "chorion laeve" não são tão bem vedadas por tampões citotrofoblásticos como as que se encontram debaixo da área da futura placenta. ○ Esta situação leva a um aumento local da concentração de oxigênio causando a degeneração do sinciciotrofoblasto que cobre as vilosidades e a regressão da circulação PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS capilar dentro delas como resultado do stress oxidativo. > O crescimento completo da vesícula coriónica, com o seu abaulamento no lúmen uterino, empurra a decídua capsular progressivamente para mais longe dos vasos sanguíneos endometriais. ● No �nal do primeiro trimestre, a decídua capsular sofre uma atro�a evidente. ● No mês seguinte, porções da decídua capsular atro�ada começam a desaparecer e deixam o chorion laeve em contato direto com a decídua parietal no lado oposto do útero. > Na metade da gravidez (apx. 20ªs), a decídua capsular f undiu-se com os tecidos da decídua parietal, assim destruindo a cavidade uterina original. ● Enquanto o chorion laeve e decídua capsularis estão a sofrer uma atro�a progressiva, a placenta toma forma na sua forma de�nitiva e atua como o principal local de troca entre a mãe e o embrião. FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA PLACENTA MADURA Enquanto a distinção entre o chorion frondosum e o cho- rion laeve se torna mais proeminente, os limites da placenta podem ser de�nidos. > A placenta consiste em: 1. um componente fetal 2. um componente materno. Componente fetal - é a parte da vesícula coriónica representada pelo córion frondoso. ● Consiste na parede do córion, chamada placa coriônica, e nas vilosidades coriônicas que surgem dessa região. Componente materno - é representado pela decídua basal, a qual externamente é recoberta pela concha derivada do citotrofoblasto fetal. > O espaço entre o componente fetal e o componente materno da placenta é ocupado pelo sangue materno que se encontra livremente em redor. > De acordo com a sua função principal de troca entre o sistema circulatório fetal e materno, a estrutura total da placenta é organizada de modo a proporcionar uma área de superfície muito grande (>10 m2) para essa troca. Estrutura da Placenta Madura A placenta madura tem forma de disco, 3 cm de espessura, e aprox. 20 cm de diâmetro. ❖ Uma placenta típica pesa aproximadamente 500 g. ❖ O lado fetal da placenta é brilhante por causa da membrana amniótica anexa. ➢ Do lado fetal, a �xação do cordão umbilical à placa coriônica e aos PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS grandes ramos placentários da artéria umbilical e veias que irradiam a partir dela são evidentes. ❖ O lado materno da placenta é opaco e subdivide-se em até 35 lóbulos. ❖ Os sulcos entre os lóbulos são ocultos por septos placentários, que surgem da decídua basal e se estendem até à placa basal. ➢ Dentro de um lóbulo placentário estão os vários cotilédones, cada um dos quais consiste de uma vilosidade do tronco principal e todos os seus ramos. ➢ O espaço interviloso em cada lóbulo representa um compartimento quase isolado da circulação materna até à placenta. CORDÃO UMBILICAL O pedúnculo de base originalmente largo do corpo alonga-se e torna-se mais estreito à medida que a gravidez avança. > O cordão umbilical torna-se o conduto para os vasos umbilicais, que atravessam o seu comprimento entre o feto e a placenta. ● Os vasos umbilicais são incorporados num tecido conjuntivo mucóide que é frequentemente chamado de geléia de Wharton. ● Contido dentro do mesênquima do cordão umbilical está uma população de células tronco que, devido à sua acessibilidade, fazem delas uma fonte popular de células tronco para utilização em medicina regenerativa. > O cordão umbilical, que geralmente atinge um comprimento de 50 a 60 cm no �nal da gravidez, é tipicamente torcido muitas vezes. ● A torção pode ser vista através de um exame rigoroso dos vasos sanguíneos do cordão umbilical. ● Em aprox. 1% das gravidezes a termo, os verdadeiros nós ocorrem no cordão umbilical. Se apertarem como resultado de movimentos fetais, podem causar anóxia e até mesmo a morte fetal. > Ocasionalmente, um cordão umbilical contém duas veias umbilicais se a veia umbilical direita não for submetida à sua degeneração normal. ● Aproximadamente 0,5% dos cordões umbilicais maduros contêm apenas uma artéria umbilical. ○ Esta condição está associada a uma incidência de 15% a 20% de defeitos cardiovasculares associados no feto. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA Tanto o feto como a mãe contribuem para a circulação da madura. > Metade do volume da placenta humana é ocupada por vasos sanguíneos. A circulação fetal está contida no sistema de vasos umbilicais e placentários: > O sangue fetal chega à placenta através das duas artérias umbilicais, que se rami�cam ao longo da placa coriônica. ● Ramos menores destas artérias entram nas vilosidades coriónicas e subdividem-se em redes capilares nos ramos terminais das vilosidades coriónicas, onde ocorre a troca de materiais com o sangue materno. > A partir dos leitos dos capilares vilosos, os vasos sanguíneos consolidam-se em ramos venosos sucessivamente maiores. ● Estes refazem o seu caminho através da placa coriônica para a grande veia umbilical única e para o feto. Em contraste com a circulação fetal, que está totalmente contida dentro dos vasos sanguíneos, o fornecimento de sangue materno à placenta é um lago de �uxo livre que não é limitado pelas paredes dos vasos. > Como resultado das atividades invasivas do trofoblasto, cerca de 80 a 100 artérias espiraladas do endométrio abrem-se diretamente para os espaços intervilosos e banham as vilosidades em aproximadamente 150 mL de sangue materno, que é trocado 3 a 4 vezes por minuto. ● O sangue materno entra no espaço interviloso sob pressão reduzida devido aos tampões citotrofoblásticos que ocluem parcialmente os lúmens das artérias espirais. ● No entanto, a pressão sanguínea materna é su�ciente para forçar o sangue arterial materno oxigenado para as bases das vilosidades da placa coriônica. > A pressão geral do sangue materno da placenta é aprox. 10 mm Hg no útero relaxado. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS ● Da placa coriônica, o sangue passa por cima das vilosidades terminais enquanto retorna às vias de escoamento venoso localizadas na placa decídua (materna) da placenta. > Um �uxo adequado de sangue materno para a placenta é vital para o crescimento e desenvolvimento do feto. E um fornecimento reduzido de sangue materno leva a um feto pequeno. > Nas vilosidades terminais (�utuantes), os capilares fetais estão localizados junto à superfície trofoblástica para facilitar a troca entre o sangue fetal e materno. A barreira placentária madura É formada pelo sinciciotrofoblasto, a sua lâmina basal, a lâmina basal do capilar fetal, e o endotélio capilar. > Muitas vezes as duas lâminas basais parecem ser unidas. > Em embriões mais jovens, uma camada de citotrofoblasto está presente na barreira placentária, mas por volta de 4 meses a camada de citotrofoblasto começa a romper-se, e por 5 meses, desaparece essencialmente. Estrutura da Vilosidade Coriônica Madura As vilosidades coriônicas maduras constituem uma massa complexa de ramos aparentemente entrelaçados. > O núcleo de uma vilosidade consiste em vasos sanguíneose mesênquima que é semelhante em composição ao mesênquima do cordão umbilical. ● Espalhadas entre as células mesenquimais estão grandes células Hofbauer, que funcionam como macrófagos fetais. ● O núcleo da vilosidade é coberto por uma camada contínua de sinciciotrofoblasto, com um número mínimo de células citotrofoblásticas por baixo. ● A superfície do sinciciotrofoblasto é coberta por imensos números de microvilosidades (>1 bi/cm2 a termo), que aumentam grandemente a área total da superfície placentária. ○ O tamanho e a densidade dos microvilos não são constantes; mudam com o aumento da idade da placenta e as diferentes condições ambientais. ○ Em condições de má nutrição materna ou transporte de oxigênio, as microvilosidades aumentam em proeminência. ○ A má adaptação das microvilosidades a condições adversas pode levar a recém-nascidos com baixo peso à nascença. > A superfície trofoblástica não é homogénea; parece estar organizada em territórios. Entre os muitos componentes funcionais da superfície microvilosa estão: (1) numerosos sistemas de transporte de substâncias que vão desde íons a macromoléculas; (2) receptores hormonais e de factores de crescimento; (3) enzimas; (4) numerosas proteínas com funções mal compreendidas. A superfície placentária é de�ciente ou carente de grandes antígenos de histocompatibilidade, cuja ausência desempenha presumivelmente um papel na proteção contra a rejeição imunitária materna do feto e das membranas fetais. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS De acordo com o seu papel ativo na síntese e no transporte, o sinciciotrofoblasto é bem fornecido com uma alta densidade e uma grande variedade de organelas subcelulares. ………………..FISIOLOGIA PLACENTÁRIA……………………….. O transporte de substâncias entre a placenta e o sangue materno que a banha é facilitado pela grande superfície da placenta, que se expande de 5 m2 a 28 semanas para quase 11 m2 a termo. > 5% a 10% da superfície da placenta humana possui áreas onde a barreira entre o sangue fetal e materno é extremamente �na, medindo apenas alguns micrômetros. ● Estas áreas, chamadas placas epiteliais, são adaptações morfológicas para facilitar a difusão de substâncias entre a circulação fetal e materna. > A transferência de substâncias ocorre nos dois sentidos através da placenta. ● A maior parte das substâncias transferidas da mãe para o feto consiste em oxigênio e nutrientes. ● A placenta representa os meios para a eliminação �nal de CO2 e outros resíduos fetais na circulação maternal. Os gases, principalmente oxigênio da mãe e CO2 fetal, atravessam facilmente a barreira placentária por difusão. > A placenta é também permeável ao CO e a muitos anestésicos inalatórios. Os anestésicos inalatórios podem interferir na transição do recém-nascido para a função independente (por exemplo, a respiração) se estes agentes forem utilizados durante o parto. > Outras substâncias: água e eletrólitos são prontamente transferidos através da placenta. ● As taxas de transferência são modi�cadas pela pressão coloidosmótica no caso da água e a função dos canais iónicos no caso dos electrólitos. > Os resíduos fetais (por exemplo, ureia, creatinina, bilirrubina) são rapidamente transferidos através da placenta da circulação fetal para o sangue materno que banha as vilosidades, por difusão simples. > É altamente permeável a certos nutrientes como a glicose, que é a principal fonte de energia para o feto; e menos permeável à frutose e aos dissacáridos comuns de vários tipos. > Os aac são transportados através da placenta através da ação de receptores especí�cos. Também há um certo grau de transferência de ácidos graxos livres maternos. > As vitaminas, especialmente hidrossolúveis, são transferidas da circulação materna para a fetal. > Hormônios protéicos são, em geral, mal transportados através da placenta, embora os sintomas da diabetes gestacional possam ser reduzidos durante a gravidez �nal devido à insulina produzida pelo feto. ● O hormônio da tireóide materna tem acesso lento ao feto. > Algumas proteínas são transferidas muito lentamente através da placenta, principalmente através da pinocitose. IMPORTANTE! > Transferência de anticorpos maternos, principalmente da classe da imunoglobulina G (IgG) por transcitose. ● Devido ao seu sistema imunitário imaturo, o feto produz apenas pequenas quantidades de anticorpos. ● Início na 12ª semana e aumento progressivo ao longo do tempo, com a maior taxa de transferência de anticorpos - após 34 semanas. Bebês prematuros não recebem níveis totalmente protetores de anticorpos maternos. A transferência de anticorpos da mãe fornece imunidade passiva do recém-nascido a certas doenças infantis comuns (varíola, difteria e sarampo). > Transferência de transferrina materna para o feto. Importante para que o feto tenha transporte ideal de ferro no organismo. ● A superfície placentária contém receptores especí�cos para esta proteína. ● O ferro é aparentemente dissociado do seu portador de transferrina na superfície da placenta depois é ativamente transportado para os tecidos do feto. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS SÍNTESE E SECREÇÃO HORMONAL PLACENTÁRIA A placenta, especi�camente o sinciciotrofoblasto, é um órgão endócrino importante durante grande parte da gravidez. Produz uma grande variedade de hormônios proteicos e esteróides: 1. Gonadotropina coriônica humana (HCG): responsável pela manutenção do corpo lúteo e pela sua produção de progesterona e estrogénios. A produção de HCG atinge picos aproximadamente na 8ª- 14ªs de gestação e depois decresce gradualmente. > No �nal do primeiro trimestre, a placenta produz progesterona e estrogénios su�cientes para que a gravidez possa ser mantida mesmo que o corpus luteum seja removido cirurgicamente. ● Pode sintetizar independentemente a progesterona dos precursores do acetato ou do colesterol, mas não contém o aparelho enzimático completo para a síntese de estrogénios. ● Para que o estrogênio seja sintetizado, a placenta deve funcionar em sintonia com a glândula adrenal fetal e possivelmente com o fígado; estas estruturas possuem as enzimas que a placenta não possui. 2. Somatotro�na coriônica, por vezes chamada lactogênio humano da placenta. Similar em estrutura ao GH, in�uencia o crescimento, a lactação, e o metabolismo de lípidos e hidratos de carbono. 3. Tireotropina coriônica e corticotropina coriónica: pequenas quantidades; > Quando secretadas na corrente sanguínea materna, alguns hormônios placentários estimulam alterações no metabolismo e na função cardiovascular da mãe. ● Estas alterações asseguram que os tipos e quantidades apropriadas de nutrientes e substratos de tal espécie cheguem à placenta para serem transportados para o feto. > Exemplo de um hormônio placentário que in�uencia a mãe é a GH da placenta humana. Esta hormônio, difere por 13 aminoácidos da GH da hipó�se, é produzido pela sinciciotrofoblasto. ● não é detectável no soro fetal. ● parece in�uenciar o crescimento da placenta de uma forma parácrina. ● Uma das principais f unções é a regulação dos níveis de glicose no sangue materno para que o feto esteja assegurado de um fornecimento adequado de nutrientes. ○ A secreção é estimulada pelos baixos níveis de glicose materna. ○ O aumento dos níveis hormonais estimula então a gliconeogênese no fígado materno e outros órgãos, aumentando assim o fornecimento de glicose disponível para uso fetal. IMUNOLOGIA PLACENTÁRIA O que protege a placenta da rejeição pelo sistema imunológico da mãe? O sinciciotrofoblasto das vilosidades coriônicas, embora exposto às células imunológicas maternas nos sinusóides sanguíneos, não possui antígenos de histocompatibilidade principal (MHC) e assim não evoca respostas de rejeição. > Contudo, as células trofoblásticas extravilosas (EVT), que invadem a decídua uterina e a sua vasculatura (artérias espiraladas), expressam antígenos MHC classe I. PLACENTAÇÃO E MEMBRANAS EXTRA EMBRIONÁRIAS ● Esses antígenos incluem o HLA-G, que, sendo não polimór�co(classe Ib), é pobremente reconhecido pelos linfócitos T como um aloantígeno, bem como o HLA-C, que, sendo polimór�co (classe Ia), é reconhecido pelas células T. ● Além de evitar as células T, as células EVT podem também proteger a elas mesmas do ataque potencial dos linfócitos natural killer (NK). > A rejeição imune de tecidos estranhos normalmente ocorre pela ativação de linfócitos citotóxicos, mas as respostas imunes humorais também são possíveis. > Devido a rupturas na barreira placentária, são frequentemente encontrados glóbulos vermelhos e brancos fetais circulando no sangue materno. (Além disso, as células maternas podem colonizar o feto.) Essas células devem ser capazes de sensibilizar o sistema imunológico da mãe. SEGUNDA POSSIBILIDADE ● Sistema imunológico da mãe seja de alguma forma paralisado durante a gravidez, de modo que não reaja aos antígenos fetais aos quais está exposto. ● No entanto, a mãe é capaz de desenvolver uma resposta imunológica a infecções ou enxertos de tecido estranho. TERCEIRA POSSIBILIDADE ● As barreiras deciduais locais evitem o reconhecimento imunológico do feto pela mãe ou o alcance de células imunológicas competentes da mãe para o feto. ● Há evidências de uma barreira imune decidual funcional, mas em um número signi�cativo de casos essa barreira é conhecida por ser violada por trauma ou doença. QUARTA POSSIBILIDADE ● moléculas formadas na superfície placentária fetal sejam capazes de inativar localmente as células T ou outras células imunológicas que poderiam rejeitar o embrião, ou que paralisem a resposta imunológica celular local.
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