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Mecanismos do Parto O que é mecanismo de parto? Conjunto de movimentos e fenômenos ativos, e principalmente passivos, do FETO durante sua passagem pelo canal de parto. ● Contrações uterinas: força motriz do trabalho de parto para que o feto seja impulsionado a passar pela pelve até alcançar a vulva e desprender-se. ……………………...Relações útero fetais……………………… ATITUDE Consiste na relação das diversas partes fetais entre si. A atitude fetal depende da disposição dos membros e da coluna vertebral. ● Na maioria das vezes o feto apresenta atitude de �exão generalizada durante toda a gestação e parto. ● A coluna vertebral se curva ligeiramente, produzindo uma concavidade voltada para a face anterior do concepto; enquanto os MM se apresentam �exionados e anteriorizados. ○ Aspecto ovóide; com extremidades representadas por um polo cefálico e outro pélvico. ○ Situações anômalas: extensão da coluna com de�exão do polo cefálico - apresentações de�etidas de 1º, 2º e 3º graus. ○ Ausência persistente de �exão de todos os MM é anormal! Pode signi�car sofrimento fetal grave por perda de tônus muscular. SITUAÇÃO Consiste na relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Da origem as três possibilidades de situação fetal: longitudinal, transversa e oblíqua. APRESENTAÇÃO É a região fetal que ocupa a área do estreito superior e nela se vai insinuar. > Para que exista apresentação: é necessário que o volume da região fetal seja capaz de encontrar obstáculo na sua passagem pelo canal pelvigenital; portanto, não existe apresentação antes do sexto mês ou quando a parte fetal é um membro, visto que os respectivos diâmetros são muito inferiores aos da bacia. ● Situação fetal longitudinal: apresentação cefálica ou pélvica, dependendo do polo fetal que ocupa a região inferior do útero. ● Situações transversas: apresentações córmicas (de ombro) onde o dorso fetal se apresenta anterior ou posteriormente; ou apresentações dorsais superior e inferior, em que o dorso fetal se apresenta superior ou inferiormente. MUITO RARAS!! > Gestações a termo: situação longitudinal é muito mais frequente que as transversas e oblíquas. Mecanismos do Parto Teoria da acomodação de Pajot: todo sólido de superfícies arredondadas e lisas, contido em outro sólido que apresente alternativas de contração e resolução, procura acomodar-se a forma e as dimensões deste. ● Isso ocorre com o feto ao �m da gravidez, quando coincide seu maior eixo com o maior eixo uterino e ao acomodar o polo pélvico e os MMII �etidos no fundo do útero, de maior volume e capacidade; e o polo cefálico no segmento inferior (menores em dimensões). > Procidência ou prolapso: parte fetal menor se antepõe a apresentação durante o trabalho de parto, ocupando a vagina ou a vulva. > Apresentação composta: pequena parte fetal desce ao lado e junto de um dos polos fetais. > Apresentação cefálica �etida ou de occipício: atitude �siológica da cabeça fetal pressupõe que ela esteja �exionada, com o mento aconchegado ao esterno. > Apresentação cefálica de�etida (em extensão): afastamentos do mento em relação ao esterno; ● Grau 1: surge no centro da área do estreito superior, como referência fetal (bregma). ● Grau 2: surge a glabela como ponto de referência fetal (fronte). ● Grau 3: mento surge como ponto de referência (face). > Apresentações pélvicas: atitude �siológica do polo pélvico pressupõe as coxas �etidas e aconchegadas ao abdome, e as pernas �etidas junto às coxas (completa). ● Modo nádegas: MMII apresentam-se estirados e rebatidos de encontro à parede ventral do feto. ● Modo de joelhos e de pé: são partes pequenas fetais, não capazes de comprimir o colo uterino durante o trabalho de parto; por isso são considerados procidências. Mecanismos do Parto POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÃO De�nição de posição fetal (escola alemã): relação do dorso fetal com o lado materno. - Posição fetal esquerda (primeira posição) - Posição fetal direita (segunda posição); > Finalidade da posição: buscar a melhor localização para ausculta cardíaca fetal durante o trabalho de parto - ipsilateral a seu dorso, na maioria das vezes. ● Posição cefálica de�etida grau 3: BCFs audíveis na face anterior do tronco do concepto. > SIGLA DE APRESENTAÇÃO, POSIÇÃO E VARIEDADE DE POSIÇÕES FETAIS: Mecanismos do Parto I. Ponto de referência da apresentação fetal: O (occipício), B (bregma), N (naso), M (mento), S (sacro), A (acrômio). II. Lado materno para onde está voltado o ponto de referência fetal (posição): D (direita), E (esquerda); posições esquerdas são mais frequentes. III. Variedade da posição, conforme o feto esteja voltado para o ponto de referência ósseo da bacia materna: A (anterior) - eminência íliopectinea, T (transversa) - extremidade do diâmetro transverso, P (púbis ou posterior) - sinostose sacroiliaca ou púbis; S (sacro) - materno. > Para avaliação fetal durante o trabalho de parto: realiza-se toque vaginal procurando identi�car a variedade de posição, tendo por base a relação entre pontos de reparo maternos e fetais. ● Pontos de reparo: acidentes ósseos reais; ● Pontos de referência: convenções para nomear pontos de reparo. ○ Fontanela lambdoide (em forma de "Y") ○ Fontanela bregmática (em forma de losango) para determinar corretamente a variedade de posição. ○ Possuem relação com a variedade de posição, auxiliando a reconhecê-la na prática clínica: • Sutura sagital: cefálicas �etidas. • Sutura sagitometópica: cefálicas de�etidas de 12 grau ou bregmáticas. • Sutura metópica: cefálicas de�etidas de 22 grau ou de fronte. • Linha facial: cefálicas de�etidas de grau 3 ou de face. • Sulco interglúteo: pélvicas ………...APRESENTAÇÃO CEFÁLICA FLETIDA…………. Em termos gerais, divide-se o mecanismo de parto em seis tempos. ● Essa divisão tem apenas �ns didáticos, uma vez que esses tempos do mecanismo de parto se sobrepõem continuamente, con�gurando um movimento harmônico de espira, segundo Briquet. I. INSINUAÇÃO Mecanismos do Parto Passagem do maior diâmetro da parte apresentada, 90° a linha de orientação fetal, pelo estreito superior da bacia materna. ● Apresentações cefálicas: o diâmetro de insinuação corresponde ao biparietal e nas apresentações pélvicas, ao bitrocantérico. ● Na maioria das mulheres, quando a parte fetal apresentada está insinuada, signi�ca que o ponto de referência ósseo fetal está no nível das espinhas isquiáticas maternas (plano 0 de De Lee ou terceiro plano de Hodge) ou muito próximo dele. ● Ocorrência de insinuação indica que o estreito superior é adequado para a passagem do feto; > Insinuação nas apresentações cefálicas �etidas varia conforme o tipo de bacia. ● 60% gestantes: O feto orienta-se de forma a direcionar a sutura sagital no diâmetro transverso da bacia. ● 18,5%: direciona a sutura sagital no primeiro oblíquo (articulação sacroiliaca direita a eminência iliopectínea direita); ● 16%: no segundo oblíquo (articulação sacroiliaca direita a eminência iliopectínea direita); ● 5,5%: no diâmetro anteroposterior. > Posições esquerdas mais frequentes que as direitas (⅔ das ocorrências em cada uma das variedades de posições). > NO INÍCIO: cabeça fetal mostra-se em atitude indiferente ou semi�etida, oferecendo o diâmetro occipitofrontal (12 cm) à passagem pelo estreito superior da bacia. ● Sucedendo-se as contrações e sendo impelido de encontro ao estreito superior, exagera-se a �exão e ocorre a substituição por diâmetros menores: suboccipitofrontal ( 10,5 cm) e suboccipitobregmático (9,5 cm). > O mecanismo de �exão cefálica é resultante da pressão axial do feto. ● A articulação da cabeça com a coluna vertebral representa uma alavanca de braços desiguais: de um lado, o occipício (bra ço menor); do outro, a fronte (braço maior). ● Pressiona do o fulcro dessa alavanca, pela contração uterina de cima para baixo, e havendo uma contrapressão representada pela resistência da parede pélvica ou do assoalho pélvico, ocorre a �exão. > Em primigestas, a insinuação geralmente ocorre 15 dias antes do parto; em multíparas,pode ocorrer a qualquer momento (desde antes do início do trabalho de parto até após a dilatação completa do colo uterino). Mecanismos do Parto ● Ausência de insinuação em nulíparas: requer exame cuidadoso para descartar desproporção cefalopelvica, apresentação anômala ou algo que possa estar bloqueando o canal de parto (tumores, placenta). Assinclitismo e Sinclitismo Considerando que a articulação entre a cabeça e a coluna vertebral do feto é bastante móvel, o polo cefálico assume movimentos de �exão anteroposterior e movimentos de �exão lateral. ● Durante o processo de insinuação, um dos ossos parietais atravessará o estreito superior da pelve antes do outro, aproximando a sutura sagital de um dos ossos do eixo anteroposterior da bacia materna (púbis ou sacro). ● Dessa forma, quando a sutura sagital se aproxima da pube e o parietal posterior desce até ultrapassar o pro montório matemo, diz-se que há assinclitismo posterior. ○ Ao contrário, quando a sutura sagital está mais próxima ao sacro, mais baixo está o parietal anterior: assinclitismo anterior. ● Durante o trabalho de par to, existe um momento em que o parietal insinuado ul trapassa o ponto de referência da bacia óssea e, com o aumento da área abaixo do estreito superior, é possível mover lateralmente o polo cefálico. Isso traz a sutura sa gital à mesma distância entre o púbis e o promontório, e a cabeça �ca em sinclitismo. JOVENS PRIMÍPARAS: A cabeça fetal mostra-se mais em assinclitismo posterior, uma vez que as contrações uterinas e a contenção da prensa abdominal levam o corpo do feto em direção posterior. ● Com a progressão fetal, mudanças sucessivas de assinclitismo posterior a anterior vão facilitando a descida, permitindo à cabeça tomar vantagem nas áreas mais amplas da cavidade pélvica. MULTÍPARAS: Sobretudo em portadoras de musculatura abdominal �ácida, o útero permanece em anteversão acentuada e ocorre assinclitismo anterior, tão logo se inicie a insinuação. > Moderados graus de assinclitismo, via de regra, são normais durante o trabalho de parto vaginal. ● Em situações de desproporção cefalopélvica, em especial nas ba cias platipeloides, o assinclitismo é acentuado, manten do-se por todo o período de descida, o que pode impedir a rotação interna e, assim, causar o que se denomina distócia de rotação. ● O assinclitismo posterior é também de nominado "obliquidade de Litzmann" ; e o anterior, "obli quidade de Nãegele". CAVALGAMENTO DOS OSSOS DO CRÂNIO FETAL: fenômeno que reduz as dimensões do polo cefálico, posto que o maciço frontal e o occipital se locam por baixo dos parietais. ● A borda interna de um dos parietais se sobrepõe à outra. ● O cavalgamento é mais acentuado nas cabeças com menor grau de ossi�cação e maior grau de de�exão, com exceção das de apresentações de face. Mecanismos do Parto ● Devido à grande capacidade plástica da cabeça fetal, esse mecanismo toma possível como que bipartir o polo cefálico em duas metades para, então, imprimi-las em direção ao canal de par to (teoria de Sellheim). II. DESCIDA: segundo tempo do mecanismo de parto. É o momento de�nido pela passagem do polo cefálico (ou da apresentação fetal em geral) do estreito superior para o estreito inferior da pelve materna. ● LEMBRE! Enquanto a descida está ocorrendo, a insinuação pode não ter ocorrido ainda e a rotação interna está acontecendo concomitantemente. ● Como esse movimento é harmônico e complexo, acredita-se que a divisão desse tempo facilita o entendimento. ● Na prática clínica, usa-se o esquema de De Lee, com os planos ditos em centímetros, a partir das espinhas isquiáticas. > CANAL DE PARTO: não é um cilindro regular, possuindo uma curvatura em sua porção mais inferior. - O feto tem que atravessar esse canal de modo a adaptar-se ao cilindro contingente, cujo eixo possui forma de "J". - Para isso, ocorrem movimentos de �exão (anteroposterior e lateral, para reduzir os diâmetros), rotação e mecanismos de cavalgamento ósseo. > Em primíparas, ainda que a insinuação possa ocorrer antes do desencadeamento do trabalho de parto, a descida pode não ocorrer até a cervicodilatação se completar. > Em multíparas, a descida usualmente começa com a insinuação. > Contribuem para a descida: contração uterina, contração dos músculos abdominais, pressão do líquido amniótico e ex tensão do ovoide fetal, que se transforma em cilindro. Mecanismos do Parto III. ROTAÇÃO INTERNA O objetivo da rotação interna é coincidir o diâmetro anteroposterior do polo cefálico com o maior diâmetro da bacia materna. ● Os diâmetros com maiores proporções variam, dependendo do estreito em que se encontra a cabeça fetal. ● Assim, o estreito superior apresenta maior dimensão no sentido transverso; ● no estreito médio, o sentido anteroposterior é maior ou eles têm iguais proporções; ● no estreito inferior, o anteroposterior é maior. > Durante a descida do feto, ocorre movimento de rotação para locar o polo cefálico sob o púbis. ● Descreve-se assim um movimento de espira. ● A linha de orientação(sutura sagital) �ca orientada na direção do maior diâmetro do estreito inferior (anteroposterior) ao terminar a descida. > A rotação normalmente traz o ponto de referência fe tal para a frente, junto ao púbis, o que é denominado ro tação anterior (ou púbica). ● Quando, excepcionalmente, o feto roda para trás, diz-se que ocorreu rotação posterior (ou sacra). > O grau de rotação varia conforme a variedade de posição. ● Nas apresentações cefálicas �etidas, o occipí cio é o ponto de referência que irá percorrer a distância de um arco de circunferência, necessária para sua locação no subpúbis. Mecanismos do Parto •45º nas anteriores (occipitoesquerda anterior e occipito direita anterior). • 90º nas transversas (occipitoesquerda transversa e occipito direita transversa). • 135º nas posteriores (occipitoesquerda posterior e oc cipito direita posterior). > Durante a rotação, o dorso fetal mantém-se a 45º da linha de orientação cefálica. Por essa razão, observa-se rotação do diâmetro biacromial de 90º nas variedades pos teriores e 45º nas transversas. > As teorias que explicam a rotação interna invocam o princípio de mecânica segundo o qual: um cilindro com zonas de �exibilidade desiguais (feto), deslizando dentro de outro cilindro encurvado (canal pelvigenital), executa movimento de rotação em torno de seu eixo longitudinal, para adaptar-se à curvatura do continente (eixo pélvico). > No mecanismo de parto das apresentações cefálicas �etidas observa-se que a �exão da cabeça fetal é maior no sen tido anteroposterior, enquanto a coluna vertebral apresenta maior �exibilidade no sentido lateral (teoria de Sellheim). ● A conformação da bacia, sobretudo a forma do estreito inferior, o papel da chanfradura anterior da sín�se púbica (arco subpúbico), a constituição da musculatura do períneo e a contração dos músculos levantadores do ânus, explicam por que a rotação interna direciona o ponto de referência fetal para a frente. ● A importância da integridade dos músculos perineais pode ser comprovada pela maior incidência de variedades e rotações posteriores em multíparas. > A rotação interna é essencial para que ocorra ultimação do parto, exceto quando o feto é muito pequeno. ● Em aprox. 2/3 das mulheres, a rotação interna completa-se no tempo que a cabeça chega ao assoalho pélvico e, em aprox. 1/4, é completada pouco depois, podendo não ocorrer em 5% das vezes. > Principais fatores que impedem que essa rotação ocorra: - contrações de baixa intensidade - ausência de �exão cefálica - fetos grandes. A analgesia peridural pode predispor às rotações incompletas, por diminuir a força da musculatura abdominal e relaxar a musculatura pélvica. IV. DESPRENDIMENTO CEFÁLICO O desprendimento cefálico ocorre com a descida �nal da cabeça fetal em posição occipitopúbica, até que seja possível a locação do suboccipício no subpúbis materno. ● Como o polo cefálico está em �exão, é necessário que ocorra movimento de de�exão ou extensão da cabeça para ocorrer exteriorizaçãodo maciço frontal. ● O diâmetro suboccipitobregmático (9,5 cm) ocupa o diâmetro antero posterior do estreito inferior e a fronte do feto rechaça o cóccix, aumentando esse diâmetro de 9 para 11 cm, o que se denomina retropulsão coccígea. ● A região que se �xa ao subpúbis como ponto de apoio para o movimento de expulsão, também chamada hipomódio, é o suboccipício, que se localiza 7 cm abaixo da fontanela lambdoide. Mecanismos do Parto > Por meio de duas forças antagônicas (contração uterina e resistência perineal), o feto é impulsionado para baixo e para fora do canal de parto. ● Ao vencer tal resistência, a cabeça fetal desfere movimento abrupto de extensão, externando os diâmetros anteroposteriores do polo cefálico na sequência: suboccipitobregmático (9,5 cm), suboccipitofrontal {10,5 cm) e suboccipitomentoniano (9,5 cm). ● Ocorre, portanto, a exteriorização do bregma, da fronte, do nariz e do mento do feto, sucessivamente. > Nas rotações posteriores, em que o occipício se alinha com o sacro materno, a extensão a ser vencida pelo occipício é a parede posterior da pelve, que mede 10 a 15 cm, muito maior quando comparada à parede anterior (púbis), que mede 4 a 5 cm. ● O diâmetro cefálico que solicita e comprime a fenda vulvar é o suboccipito frontal, que mede 10,5 cm. ● Por esse motivo, o desprendimento cefálico em posição occipitossacra é lento, por vezes necessitando de auxílio instrumental com fórcipe. ○ Nesses casos, a �exão cefálica acentua-se para que haja desprendimento do occipício com posterior de�exão do polo cefálico na direção do dorso materno, o que resulta no desprendimento do maciço frontofacial. ● O hipomódio é o ângulo anterior do bregma e, por vezes, é impossível distinguir tal mecanismo com o desprendimento cefálico das apresentações de�etidas de grau 1. V. ROTAÇÃO EXTERNA A rotação externa da cabeça fetal, também denominada movimento de restituição, leva o occipício a voltar-se para o lado materno que ocupava no interior do canal de par to. ● A sutura sagital apresenta-se em sentido transversal ao da fenda vulvar ao �m desse tempo. ● Nessa ocasião, as espáduas, que se insinuaram no diâmetro oblíquo oposto ao da cabeça fetal, rodam, trazendo o diâmetro biacromial para o diâmetro anteroposterior do estreito inferior. > Esse movimento que ocorre com os ombros se deve, aparentemente, aos mesmos fatores que determinam a rotação interna da cabeça. VI. DESPRENDIMENTO DO OVOIDE CÓRMICO O desprendimento do ovoide córmico caracteriza-se pela exteriorização das cinturas escapular e pélvica do feto. ● São mecanismos associados porque um se segue ao outro, diferentemente de quando se considera o polo cefálico em relação às espáduas, em que o mecanismo é bem dissociado por ser a região cervical do feto dotada de grande �exibilidade. > Após a rotação das espáduas, o ombro anterior �xa -se no subpúbis, apresentando a inserção braquial do deltóide como ponto de apoio, e desprende-se por movimento de abaixamento. ● Desprende-se então o ombro posterior por movimento de elevação e, em Mecanismos do Parto seguida, completa-se a expulsão da cintura escapular. > Posteriormente ao desprendimento dos ombros, o resto do ovoide é prontamente expelido, não apresentando maior resistência. ● Pode-se auxiliá-lo, se necessário, com in�exão lateral (em sentido ventral) e abaixamento e elevação dos quadris anterior e posterior. ● Anormalidades de rotação e �exão do polo cefálico resultarão em apresentações cefálicas posteriores e de�etidas, respectivamente.
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