Buscar

Gasometria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

• O exame de gasometria é um dos mais 
importantes. 
• Através dele, se obtém resultados como o pH 
sanguíneo, o equilíbrio de íons positivos e 
negativos, as pressões dos gases O2 e CO2, a 
saturação do oxigênio (muito importante para 
o COVID-19), o comportamento do corpo e por 
fim, reações como causas e consequências 
(sintomas). 
• É realizada uma coletada sanguínea. Essa 
amostra é levada para um equipamento 
específico. 
• Quando o profissional de saúde consegue 
interpretar esse exame, ele consegue 
diagnosticar o paciente e começar o 
tratamento mais antecipadamente. 
• O tratamento mais antecipado é de suma 
importância na manutenção da vida desse 
paciente. Variações significativas no pH 
sanguíneo desse paciente, caso não forem 
corrigidas, podem desencadear um óbito. 
• Deve se utilizar seringas especiais pré-
heparinizadas. O anticoagulante deve ser 
liofilizado, evitando a diluição da amostra. 
• Após a coleta, tampar a seringa e 
homogeneizar a amostra para evitar coágulos. 
• Deve-se verificar a existência de bolhas e, caso 
houver, retirá-las afim de não comprometer os 
valores de pO2. 
• Antes de colocar a amostra no analisador, deve 
se homogeneizar novamente para evitar 
segmentação da amostra. 
• Tem que se evitar a formação de coágulos 
constantemente. 
• A pressão elevada de CO2 desencadeia a 
ativação de quimiorreceptores da medula 
oblonga o que provoca uma hiperventilação 
(hipercapnia). 
• Quando a pressão de O2 está abaixo do 
normal, receptores nos corpos carotídeos no 
arco aórtico provocam também uma 
hiperventilação. 
• Na acidose respiratória há um aumento da 
pressão de CO2, fazendo com que o rim 
retenha bicarbonato, compensando. 
• Na alcalose respiratória, há diminuição do 
pCO2 elevando a relação bicarbonato/CO2 e o 
rim elimina o bicarbonato. 
• ↓pH → ↑ respiração → ↑ CO2 expirado 
(HCO3- + H+ → H2CO3 → CO2 + H2O). 
• ↑ pH → ↓ respiração → ↓ CO2 expirado 
(HCO3- + H+ → H2CO3 → CO2 + H2O). 
• Alcalose metabólica (↑[HCO3]): ↓ potássio 
sérico (hipocalemia), perda excessiva de H+ 
pelo estômago (vômitos intensos), 
administração de doses excessivas de 
bicarbonato. 
• Alcalose respiratória (↓pCO2 → ↓H2CO3): 
ansiedade, febre, gestação, hiperventilação. 
• Acidose respiratória (↑pCO2 → ↑ H2CO3): ↑ 
pCO2 resultante da ↓ ventilação (asma, 
doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC). 
• Acidose metabólica (↓[HCO3]): ↑ de ácidos 
não voláteis (cetoacidose diabética, choque 
com ↑ de ácido láctico, doença renal que ↓ 
excreção de ácidos) ou ↑ perda de 
bicarbonato (↓ absorção renal, diarreia grave, 
drenagem cirúrgica após cirurgia intestinal). 
• A acidose causa vasoconstrição pulmonar 
(diminui o fluxo sanguíneo pulmonar) e 
hipercapnia (causa dilatação de veias 
cerebrais), já a alcalose desencadeia respostas 
contrárias. 
GASOMETRIA GASOMETRIA 
 
GASOMETRIA 
 
 
 
➢ 
• Metabólicas: ocorre em consequência do 
aumento da quantidade de ácidos fixos, não 
voláteis, no sangue, como o ácido lático, 
corpos cetônicos ou outros. O pH do sangue se 
reduz, devido ao acúmulo de íons hidrogênio 
livres; não há interferência respiratória na 
produção do distúrbio. 
• Respiratória: ocorre em consequência da 
redução da eliminação do dióxido de carbono 
nos alvéolos pulmonares. A retenção do CO2 
no sangue que atravessa os capilares 
pulmonares, produz aumento da quantidade 
de ácido carbônico no sangue, com 
consequente redução do pH, caracterizando a 
acidose de origem respiratória. 
➢ 
• Metabólica: ocorre em consequência do 
aumento da quantidade de bases no sangue, 
como o íon bicarbonato. O pH do sangue se 
eleva, devido à redução de íons hidrogênio 
livres; não há interferência respiratória na 
produção do distúrbio 
• Respiratória: ocorre em consequência do 
aumento da eliminação de dióxido de carbono 
nos alvéolos pulmonares. A eliminação 
excessiva do CO2 do sangue que atravessa os 
capilares pulmonares, produz redução da 
quantidade de ácido carbônico no sangue, com 
consequente elevação do pH, caracterizando a 
alcalose de origem respiratória. 
• Após coletada a amostra e já com os resultados 
obtidos, agora é necessário comprara os 
resultados do paciente com os valores de 
referência. 
 
• É muito mais comum ser utilizado sangue 
arterial. Porém sempre fique atento a qual 
sangue foi utilizado. 
• Os valores são bem simples e os resultados 
indicam possíveis baixos ou altos. 
• O pH sanguíneo abaixo de 7.35, tem-se uma 
acidose. Acima de 7.45, há uma alcalose. 
• A pCO2 indica problemas respiratórios. Acima 
de 45 tem-se uma acidose respiratória. Abaixo, 
há uma alcalose respiratória. 
• O tCO2 mede problemas metabólicos. Abaixo 
de 22 tem-se uma acidose metabólica. Acima, 
há uma alcalose metabólica. 
• Excesso de CO2 primário devido à eliminação 
debilitada desse gás pelos pulmões. 
• Diminuição de pH. 
➢ 
• Depressão do SNC associada a lesão cerebral. 
• Agentes farmacológicos: narcóticos, sedativos 
ou anestesia. 
• Função respiratória debilitada devido à 
bloqueios neuromusculares, lesão da medula 
espinhal superior, e doenças neuromusculares. 
• Problemas pulmonares como atelectasia, 
pneumonia, pneumotórax, edema pulmonar, 
derrame pleural ou obstrução brônquica. 
• Embolia pulmonar. 
• Obstrução de vias aéreas baixas ou altas. 
• Lesão ou deformidade torácica. 
➢ 
• Rápida: Mediada por centros respiratórios 
centrais no cérebro. 
• Rápida: Ventilação regulada e influenciada por 
quimiorreceptores para pCO2, pO2 e pH no 
tronco cerebral. 
• Rápida: Aumento da profundidade e 
frequência respiratória para eliminar CO2. 
• Lenta: Transferência celular para aumentar o 
bicarbonato no plasma (minutos ou horas). 
• Lenta: Bicarbonato produzido pela 
transferência celular não é significante. 
• Lenta: Compensação renal ocorre de 3 a 5 dias. 
• Lenta: Compensação renal inclui excreção de 
ácido carbônico e aumento de reabsorção de 
bicarbonato. 
• Lenta: Compensação renal rende mais 
bicarbonato. 
 
 
➢ 
• Pulmonares: dispneia, desconforto 
respiratório, respiração superficial. 
• Neurológicos: dor de cabeça, letargia, 
confusão, agitação, visão turva, tremores, 
delirium, coma. 
• Cardiovasculares: taquicardia, arritmias, 
hipertensão e hipertensão pulmonar. 
➢ 
• Ventilação mecânica. 
• Fármacos: relaxantes musculares, 
broncodilatadores, esteroides, analgésicos. 
• Intervenção cirúrgica: drenos, traqueostomia. 
• Renovação pulmonar: fisioterapia respiratória. 
• É utilizado o ânion gap através da subtração 
dos íons positivos e negativos: ([Na+] + [K+]) - 
([Cl-] + [HCO3 -]). 
• Caso no exame coletado na máquina não 
venha o resultado dessa subtração, o 
profissional deve fazer para diagnosticar 
corretamente. 
• Valores normais: 8-16mmol/l. 
• Valores maiores que 16, pode indicar alguns 
tipos de acidose metabólica. 
➢ 
• Ânion Gap elevado: acidose lática, baixo débito 
cardíaco, exercício excessivo, trauma grave, 
infecção, cetoacidose, falência renal crônica, 
intoxicação de acido orgânico, metanol e fome. 
• Ânion Gap normal: diarreia de longa data 
(perda de bicarbonato), diarreia excessiva, 
acidose tubular renal, cloreto de amônio, 
acetazolamida (diamox), álcool isopropílico. 
➢ 
• Neurológico: dor de cabeça, confusão, 
agitação, letargia, estupor, coma e diminuição 
de visão. 
• Cardiovascular: arritmias, hipotensão, 
diminuição da resposta de catecolamina, dor 
torácica, palpitações, rendilhado, frio e 
sudorese. 
• Pulmonar: respiração Kussmaul: associada a 
cetoacidose diabética (CAD). 
• Gastrointestinal: náusea e vômito. 
 
• Aumento de frequência respiratória levando à 
perda excessiva de CO2 e aumento de pH. 
➢ 
• Respostas psicológicas, como ansiedade, 
histeria, estresse e medo. 
• Sistema nervoso central: acidente vascular 
cerebral, meningite, hemorragia 
subaracnóidea. 
• Aumento da demanda metabólica: febre, 
sepse, gravidez etireotoxicose. 
• A exposição à altitude elevada: baixa pressão 
atmosférica de oxigênio estimula o aumento 
da ventilação. 
• Ventilação mecânica excessiva. 
• Dor. 
➢ 
• Neurológico: tontura, formigamento, 
confusão, dificuldade de concentração, visão 
turva. 
• Cardiovascular: arritmia, palpitações, 
sudorese, aumento de fluxo pulmonar. 
• Misto: boca seca, espasmos tetânicos em 
braços e pernas. 
➢ ória:
• Mediada por centros respiratórios centrais no 
cérebro. 
• Ventilação regulada e influenciada por 
quimiorreceptores de pCO2, pO2 e pH no 
tronco cerebral. 
• Diminuir a profundidade e frequência 
respiratória para retenção de CO2. 
• Aumentar reabsorção de íons de hidrogénio. 
• Aumentar a excreção de bicarbonato pelos 
rins. 
➢ 
• Ventilação mecânica. 
• Fármacos: medicamentos ansiolíticos, 
narcóticos. 
• Ganho primário em bicarbonato ou perda de 
íon H+ resultando em tCO2 e pH elevados. 
• Aumenta pH→aumenta tCO2 (em resposta). 
➢ 
 
 
• Perda de íons de hidrogênio, muitas vezes 
através de dois mecanismos principais: 
vômitos ou pelos rins. 
• Severos vômitos resultam em perda de ácido 
clorídrico (HCl). 
• Perda de HCl por sonda nasogástrica. 
• Alcalose por Contração: comum com uso de 
diuréticos • concentração de bicarbonato 
aumentada e excreção de íons H+ nos túbulos 
distais dos rins; aumenta o pH. 
• Hipocalemia e hiponatremia por vômitos ou 
diuréticos • Ductos coletores dos rins, que 
normalmente retêm os íons de hidrogênio, 
retém sódio (Na+) e potássio (K+). 
➢ 
• Tratar a causa. 
• Medicamentos: cloreto de amônio e 
acetazolamida. 
• Alterar terapia diurética. 
• Um menino de 4 meses de idade com 
Síndrome de Down voltou da sala de cirurgia 
após o reparo de DSAVT. Ele esteve na UTI por 
3 horas em pós-operatório. Abaixo estão 
alguns dados: Cardiovascular: FC 180, PA 
52/28, PVC 4. O paciente está frio e rendilhado. 
Tempo de enchimento capilar é de 4 segundos. 
O sangramento foi moderado desde a chegada 
do CC (aproximadamente 2 ml/kg/h). O 
hematócrito de chegada foi 35. A dopamina 
está em 3 mcg/kg/min. A produção de urina 
está em declínio. Respiratório: Ventilação por 
pressão. PIP-25, PEEP-4, FR 16, FiO2 0,40. 
Ausculta pouco alterada, mas no geral com boa 
expansão. SatO2 100%. CO2 30 no END TIDAL. 
Neurológico: Paciente está bem sedado com 
infusão de morfina. Pupilas mióticas. 
Fontanelas macias. Sem respirações 
espontâneas. GI: sonda nasogástrica 
conectada à baixa sucção. Sem ruídos 
hidroaéreos. Gasometria arterial: pH 7,21 / 
pO2 85 / pCO2 38 / tCO2 14 / SatO2 100%. 
R: Acidose metabólica. 
 
• Uma garota de 4 meses chegou à UTI após um 
reparo de Tetralogia de Fallot. Ela acabou de 
chegar do CC. Abaixo estão os seguintes dados: 
Cardiovascular: FC 140, PA 65/35, PVC 9. O 
paciente está frio. Tempo de enchimento 
capilar é de 3 segundos. Paciente tem 
sangramento mínimo. Adrenalina a 0.02 
mcg/kg/min e Milrinone a 0.25 mcg/kg/min. 
Respiratório: Ventilação por pressão. PIP 25, 
PEEP 5, FR 16. O paciente tem medido volumes 
correntes de 13ml/kg. SatO2 100% em 0.40 
FiO2. Ausculta pulmonar limpa.  Neurológico: 
Paciente recebeu 20 mcg de fentanil e um 
relaxante muscular da anestesista na chegada 
à UTI. Pupilas mióticas. Foi prescrito infusão de 
baixa dose de fentanil.  GI: O paciente tem 
uma sonda nasogástrica em baixa sucção 
contínua. Abdômen está levemente 
distendido. Gasometria arterial: pH 7,54 / pO2 
101 / pCO2 30 / tCO2 22 / SatO2 100%. 
R: Alcalose respiratória. 
• Um menino de 10 anos com cardiomiopatia 
sofreu uma parada por fibrilação ventricular à 
caminho para a UTI cardio da sala de 
emergência. A equipe da UTI fez RCP por 22 
minutos até o retorno de um ritmo de perfusão 
e pulsos palpáveis. Ele foi imediatamente 
intubado. Um cateter venoso central e arterial 
foram colocados. Uma GA foi enviada ao 
laboratório pouco depois. A avaliação do 
paciente inclui: Cardiovascular: FR 122 
(Bloqueio AV de primeiro grau), PA 125/56, 
PVC 14. Paciente está frio ao toque. Os pulsos 
são palpáveis, mas fraco distalmente. Débito 
urinário adequado. Dopamina a 5 mcg/kg/min 
 
 
e adrenalina a 0,1 mcg/kg/min. Respiratório: 
VM por volume FR14 com um volume corrente 
fixada em 8 ml/kg. Ausculta: crepitações finas, 
diminuição na esquerda. Paciente tem um 
vazamento de ar audível. SatO2 94% em 60% 
FiO2. Neurológico: Não responde a estímulo 
doloroso. Pupilas isofotorreagentes. A equipe 
decidiu iniciar a hipotermia pós parada 
cardíaca para proteção neurológica. 
Gasometria arterial: pH 7,27 / pO2 76 / pCO2 
56 / tCO2 26 / SatO2 95%. 
R: Acidose respiratória. 
• Paciente de 3 semanas, sexo feminino, que 
nasceu com 35 semanas de gestação está se 
preparando para extubação após se recuperar 
de uma ligadura persistência do canal arterial 
e reparação estenose pilórica. Ela vem de uma 
intubação prolongada devido a edema 
pulmonar, mas respondeu bem à terapia 
diurética. Sua avaliação inclui: Cardiovascular: 
FR 155, PA 59/36. Quente e bem perfundido. 
Pulmonar: pressão de suporte. Raio X tórax de 
manhã, limpo. Ausculta limpa. Leve esforço 
respiratório, às vezes. SatO295% em 0.30 FiO2. 
Neurológico: Abre os olhos, olha em volta. 
Responde adequadamente à estimulação. 
Dorme normalmente por 2,5 a 3 horas entre 
alimentações nasogástricas em bolus. GI: 
Jejum nas últimas 6 horas para uma possível 
extubação. Fluidos intravenosos sendo 
infundidos. Os níveis de glicose mantiveram-se 
estáveis. Gasometria Arterial: pH 7,54 / pCO2 
45 / tCO2 34. 
R: Alcalose metabólica. 
 
 
 
 
• Gustavo Adryan Silva Saraiva – Medicina. 
• Aula ministrada pelo professor de bioquímica 
Rodolfo pela Faculdade Santa Maria. 
• NELSON, David L; COX Michael M. Princípios de 
Bioquímica de Lehninger. Edição 6. Artmed 
editora, 2014.

Outros materiais