Prévia do material em texto
Guia de Estudo Volume 1 ANO 6º Arlene Azulay Caliri Christiane Soares Mourão Vasconcelos Dheyza Carvalho de Mendonça Felipe Agenor de Oliveira Cantalice Ivair Nascimento Taveira Jefferson Lima de Oliveira Josino da Silva Malagueta Jucimara de Souza Brito Lúcia Regina Silva dos Santos Luis Cláudio Peres Batista Regina Ferreira da Costa Rilner Moreira da Conceição Risonilde Clementino de Araújo Sheila Cristia Rodrigues Barbosa Virgílio José de Nazaré Guedes GUIA DE ESTUDOS - 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL VOLUME 1 EDITORA MANAUS 2020 2 Governador do Estado do Amazonas Wilson Miranda Lima Secretário de Estado de Educação e Desporto Luis Fabian Pereira Barbosa Secretária Executiva Adjunta de Gestão Rosalina Moraes Lobo Secretário Executivo Adjunto Pedagógico Raimundo de Jesus Teixeira Barradas Secretária Executiva Adjunta da Capital Arlete Ferreira Mendonça Secretária Executiva Adjunta do Interior Ana Maria de Araújo Freitas Coordenadora do PADEAM Maria Josepha Penella Pêgas Chaves Departamento de Políticas e Programas Educacionais Hellen Cristina Silva Matute Ivânia Miranda Rodrigues Cardoso Kátia Regina Menezes Mendes Centro de Mídias de Educação do Amazonas Organizadores Kaellen Rodrigues Ferreira Karoline Goes Dos Santos Sabrina Emanuela de Melo Araújo Wilmara Cruz Messa Monteiro Assessoria Pedagógica Ana Rita Fadel Arruda Christiane Alves Byron de Mello Claudia Gomes Nascimento Darcival Luiz de Almeida Santana Eliane da Silva Gomes Ellen Cristina de Oliveira Alves Francisca Regina de Sá Teles Gabriela da Rocha Lima Helândia Feitosa Milon Luana Corrêa de Souza Luiz Ricardo de Almeida e Silva Queila Patrícia de Oliveira Poltronieri Sonia Regina Colares D'Almeida Martins Suzana Cristina Lemos de Souza e Silva Professores Autores Arte Arlene Azulay Caliri Lúcia Regina Silva dos Santos Ciências Virgílio José de Nazaré Guedes Educação Física Jucimara de Souza Brito Ensino Religioso Luis Cláudio Peres Batista Geografia Jefferson Lima de Oliveira História Felipe Agenor De Oliveira Cantalice Josino da Silva Malagueta Língua Inglesa Christiane Soares Mourão Vasconcelos Língua Portuguesa Risonilde Clementino de Araújo Sheila Cristia Rodrigues Barbosa Matemática Dheyza Carvalho de Mendonça Ivair Nascimento Taveira Regina Ferreira da Costa Rilner Moreira da Conceição Revisores Aldemir Malveira de Oliveira Alex Herculano de Araújo Elionay de Vasconcelos Pinto Francisco Sales Bastos Palheta Keegan Bezerra Ponce Manoela Franco da Silva Marcia Jaqueline Mendonca Maciel Maria Helena Mourão Paulo Raphael Melanias Reginaldo Simões Mendonça Revisão Ortográfica Joyce Camila Martins Diagramação e Formatação Alexandre Garcia Torres Jeanne Araújo e Silva Rafael Alexandre Ortiz Soares Sabrina Emanuela de Melo Araújo Capa Giovanna Messa Chiarion Matheus Góes Santos Araújo 2020 Secretaria de Estado de Educação e Desporto Rua Waldomiro Lustoza, 350 - Japiim II CEP: 69076-830 - Manaus/AM www.educacao.am.gov.br 3 Apresentação do Guia de Estudos A Secretaria de Educação e Desporto do Amazonas (SEDUC), por meio do Centro de Mídias do Amazonas (CEMEAM), coloca à disposição dos professores e estudantes da SEDUC o Guia de Estudos do Projeto Aula em Casa. Esta publicação é composta por sete cadernos impressos que contemplam as séries do Ensino Médio e os Anos Finais do Ensino Fundamental e são compostos por um conjunto de resumos de conteúdos abordados nas aulas do Projeto Aulas em Casa, da Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas. O objetivo deste Guia de Estudos é subsidiar o trabalho pedagógico dos professores e dar suporte à aprendizagem dos estudantes das escolas estaduais do Amazonas no retorno às atividades presenciais, com conteúdos e atividades referentes aos 1.º e 2.º bimestres de 2020, inclusive, com exercícios complementares e gabaritos comentados que podem auxiliar o professor na elaboração de instrumentos de verificação da aprendizagem do discente. Produzido tanto para os formatos impresso e digital, este guia levou em consideração também as dinâmicas locais de interatividade desenvolvidas durante o período das aulas online e televisiva do Projeto Aula em Casa, demonstrando cuidado no atendimento particularizado das tarefas realizadas pelos estudantes. Agradecemos a todos os especialistas que contribuíram para a elaboração deste guia, destacadamente, aos professores do CEMEAM e às equipes de curadoria do Departamento de Políticas e Programas Educacionais da SEDUC (DEPPE) que, com fundamento no princípio da equidade e sustentados na experiência profissional, competência pedagógica e sensibilidade, souberam interpretar as demandas que o contexto atual tem exigido para novas formas de interação e mediação do processo de ensino e aprendizagem. Nossos agradecimentos especiais, também, aos professores e estudantes da rede pública de ensino do Amazonas, a quem este trabalho é dedicado, principalmente, àqueles cujas condições concretas de vida e de existência não permitiram o acesso a 100% das atividades online e televisivas do Projeto Aula em Casa. Enfim, agradecemos a todos os profissionais da educação que acreditam em nossos esforços para oferecer suporte ao processo de ensino e aprendizagem a professores e estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino do Amazonas. Por Ana Maria Lucena Diretora do Centro de Formação Profissional Pe. José Anchieta 4 5 Caros Estudantes, Chegou a hora de voltar à sala de aula, reencontrar amigos, professores e demais colaboradores da escola, dando prosseguimento ao ano letivo. Contudo, considerando a pandemia atual, esse retorno será baseado na metodologia de ensino híbrido, ou seja, vocês estudarão em momentos presenciais e serão orientados a estudar de forma remota, com auxílio de tecnologias educacionais. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Educação e Desporto (SEDUC) continuará com a exibição do Projeto Aula em Casa, por meio do qual serão apresentados os objetos de conhecimento que constituem o currículo repriorizado nesse contexto da COVID-19, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio. Assim, para o retorno das aulas, a SEDUC elaborou a coleção Guia de Estudo Aula em Casa, que será compartilhada com vocês. A coleção resultou da curadoria das aulas exibidas no Projeto Aula em Casa e está organizada para todas as séries/anos, por componente curricular. Esse material tem por objetivo auxiliar à aprendizagem nos momentos de aulas mediadas por tecnologia. É importante destacar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. O Guia de Estudo Aula em Casa é apenas uma delas. Será necessário, então, que vocês continuem se dedicando aos momentos presenciais, às aulas expositivas, aos seminários, aos trabalhos em grupo ou individual, ou outras estratégias propostas pelos professores em sala de aula. Por fim, desejamos um bom uso da coleção e que ela sirva de ferramenta de estudo, ajudando-os a superar os desafios presentes na atual realidade. Esperamos também que as temáticas abordadas incentivem vocês a estudar, a aprofundar e a ampliar seus conhecimentos e, sobretudo, que seja um auxílio nos momentos de estudo remoto ou presencial. Luis Fabian Pereira Barbosa Secretário de Estado de Educação e Desporto, em exercício Raimundo Barradas Secretário Executivo Adjunto Pedagógico 6 7 SUMÁRIO ARTE 13 Aula 1 - Introdução à Arte brasileira: Período Colonial 13 Aula 2 - O Ponto e a Linha 14 Aula 3 - Cores Primárias e Secundárias16 Aula 4 - Logotipos e Símbolos 19 Aula 5 - Diversas Técnicas de desenho - Conceito de desenho 20 Aula 6 - Conceito de Música 22 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 23 CIÊNCIAS 27 Aulas 1 e 2 - Estrutura da Terra 27 Aulas 3 e 4 - O solo 28 Aula 5 - Rochas 30 Aula 6 - Recursos naturais extraídos da crosta 32 Aulas 7 e 8 - O solo e as práticas agrícolas 33 Aulas 9 e 10 - Atmosfera 35 Aulas 11 e 12 - O ar 36 Aula 13 - O ar e os seres vivos 38 Aula 14 - Poluição do ar 38 Aula 15 - Doenças veiculadas pelo ar (Vírus) 40 Aula 16 - Doenças veiculadas pelo ar (Bactérias) 40 Aulas 17 e 18 - Propriedades da água 41 Aula 19 - Doenças relacionadas à água II 43 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 45 EDUCAÇÃO FÍSICA 51 Aula 1 - Hábitos Saudáveis I 51 Aula 2 - Hábitos Saudáveis II 51 Aula 3 - Medidas Corporais 53 Aula 4 - Brincadeiras tradicionais 54 Aula 5 - Construção de Brinquedos 55 Aula 6 - O Folclore Brasileiro I 56 Aula 7 - O Folclore Brasileiro II 59 Aula 8 - Danças do Folclore Brasileiro 61 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 62 ENSINO RELIGIOSO 67 Aula 1 - Religião: Harmonia e respeito 67 Aula 2 - O que é a religião? 68 Aula 3 - O que é a religião? 69 Aula 4 - Um mundo melhor é possível 70 Aula 5 - Preservação do planeta terra, para preservar a vida existente nele 71 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 71 GEOGRAFIA 77 Aula 1 - A Terra no Universo 77 Aula 2 - O Sistema Solar 78 Aulas 3 e 4 - Movimentos da Terra (I e II) 79 Aula 5 - A Terra: um Planeta em Constante Mudança 82 8 Aula 6 - As Paisagens do Mundo 85 Aula 7 - A Paisagem e as Desigualdades Sociais 87 Aulas 8 e 9 - A Forma da Terra (I e II) 89 Aula 10 - Níveis ou Dimensões do Espaço Geográfico 90 Aula 11 - Território: uma Dimensão do Espaço Geográfico 91 Aula 12 - Localização 93 Aula 13 - Sistema de Posicionamento Global 94 Aula 14 - Orientação 95 Aula 15 - Litosfera: o Relevo Terrestre 97 Aula 16 - Atmosfera: Tempo e Clima 98 Aula 17 - Fenômenos Atmosféricos 99 Aula 18 - Principais Tipos de Clima 101 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 103 HISTÓRIA 111 Aula 1 - Os primeiros povoadores da Terra 111 Aula 2 - Os primeiros povoadores da Terra 112 Aula 3 - A “Pré-História” brasileira 114 Aula 4 - A “Pré-História” brasileira 114 Aula 5 - Povos Indígenas - ontem e hoje 115 Aula 6 - Povos Indígenas - ontem e hoje 116 Aula 7 - A África de todos nós 117 Aula 8 - Mesopotâmia - os povos mesopotâmicos 118 Aula 9 - Mesopotâmia 119 Aula 10 - Mesopotâmia 120 Aula 11 - Mesopotâmia 120 Aula 12 - O Egito antigo 121 Aula 13 - O Egito antigo 122 Aula 14 - Os hebreus - o judaísmo 123 Aula 15 - Fenícios e Persas 125 Aula 16 - Povos do Oriente 126 Aula 17 - Povos do Oriente 127 Aula 18 - O mundo grego e a democracia 128 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 129 LÍNGUA INGLESA 135 Aula 1 - Greetings and useful expressions 135 Aula 2 - The most common Classroom Expressions and some Magic Words 135 Aula 3 - To be verb negative and contractions 136 Aula 4 - To be verb - affirmative form and contractions 137 Aula 5 - Countries and Nationalities 137 Aula 6 - Introducing yourself 138 Aula 7 - The days of the week and the months of the year 138 Aula 8 - Wh- questions 139 Aula 9 - Conteúdo 140 Aula 10 - Numbers – 0 a 100; What’s your phone number?; and colors 140 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 142 LÍNGUA PORTUGUESA 145 Aula 1 - Tipos de Frases 147 Aula 2 - Classificação do Período simples e composto 147 9 Aula 3 - Gênero textual informativo 147 Aulas 4 e 5 - Classificação das palavras quanto ao número de sílabas e quanto à posição da sílaba tônica 150 Aula 6 - Gênero Textual Poema 152 Aula 7 - Emprego de mas, mais e má, mal e mau 153 Aula 8 - Emprego de a, há e ah! 154 Aula 9 e 10 - Narração 155 Aula 11 e 12 - Linguagem verbal e não verbal 157 Aula 13 e 14 - Linguagem formal e informal 159 Aula 15 - Encontro vocálico 161 Aula 16 - Encontro consonantal e Dígrafo 162 Aulas 17, 18, 19 e 20 - Substantivo 163 Aula 21 - O artigo: definido e indefinido. Flexão do artigo: gênero e número 166 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 167 MATEMÁTICA 173 Aula 1 - Conjunto dos números naturais 173 Aula 2 - Conjunto dos números naturais 174 Aula 3 - Adição e subtração de números naturais 175 Aula 4 - Expressões numéricas envolvendo números naturais 176 Aula 5 - Multiplicação dos números naturais 178 Aula 6 - Multiplicação dos números naturais 179 Aula 7 - Multiplicação dos números naturais 179 Aula 8 - Expressões numéricas envolvendo números naturais 181 Aula 9 - Divisão de números naturais 182 Aula 10 - Expressões numéricas envolvendo números naturais 182 Aula 11 - Expressões numéricas envolvendo números naturais 183 Aula 12 - Potenciação 184 Aula 13 - Potenciação 185 Aula 14 - Radiciação 186 Aula 15 - Potenciação e Radiciação 187 Aula 16 - Múltiplos e Divisores 188 Aula 17 - Múltiplos e Divisores 188 Aula 18 - Números primos 190 Aula 19 - Decomposição em fatores primos 192 Aula 20 - Máximo divisor comum 192 Aula 21 - Mínimo múltiplo comum 194 Aula 22 - Frações equivalentes e simplificação de fração 195 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 197 10 Arte 11 Arte 12 Arte 13 ARTE Aula 1 - Introdução à Arte brasileira: Período Colonial Arte Colonial Brasileira Arte Colonial Brasileira é toda a produção artística realizada no período do Brasil Colônia. Na história da arte, esse período se estende, aproximadamente, do ano 1500 a 1822. Em 1530, o rei de Portugal, preocupado com que outros povos ocupassem as terras brasileiras, enviou uma expedição comandada por Martim Afonso para dar início à colonização. Martim Afonso fundou a Vila de São Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de açúcar, iniciando-se, assim, o plantio da cana de açúcar, que se tornaria a principal fonte de riqueza no Brasil. No engenho, havia várias construções: a casa grande, moradia do senhor e de sua família; a senzala; a capela; e a casa do engenho. Esta abrigava todas as instalações ao preparo do açúcar. Neste período, a arquitetura era bastante simples sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas como “Tejupares”. Holandeses no Brasil Quando o trono português ficou sob o domínio espanhol, a comercialização do açúcar brasileiro pela Holanda ficou suspensa. Em decorrência, os holandeses invadiram o Brasil: em 1624, na Bahia; e em 1630, em Pernambuco. Maurício de Nassau enviou ao Brasil pintores holandeses com a importante tarefa de retratar a paisagem e o povo brasileiro. Dentre esses artistas, destacam-se: Frans Post e Albert Eckhout. Frans Post (1612-1680), deixou 150 pinturas retratando a mata, a cidade e os engenhos, tudo com muito detalhe e visto de longe. Imagem 1 - Mauritsstad e Recife, Frans Post. Albert Eckhout (1610-1665): pintava frutas, verduras, objetos (naturezas-mortas), índios, caboclos, negros, mamelucos. Ao contrário de Post, Albert procurava pintar as figuras vistas de perto. Imagem 2 - Dança Tapuia, Albert Eckhout Os holandeses foram expulsos do Brasil em 1654. Depois disso, começou a decadência do comércio do açúcar, porque os holandeses passaram a cultivar a cana nas Antilhas. Arte Barroca A partir de 1695, houve descobertas significativas de ouro em Minas Gerais. A riqueza do ouro transformou a sociedade brasileira. As cidades cresceram e enriqueceram, as construções foram aprimoradas e houve uma verdadeira corrida em busca do ouro. Nesse período, vieram da Europa arquitetos, pintores, escultores e comerciantes interessados nas riquezas brasileiras. Esses artistas conheciam o estilo barroco europeu caracterizado por construções exuberantes, muito decoradas, pinturas de colorido forte e contrastante. No Brasil, a arquiteturareligiosa foi o maior expoente da arte barroca. As igrejas eram maravilhosas decoradas com entalhes em madeira coberto de ouro, teto pintado com cenas bíblicas, esculturas de santos, altares com anjos, colunas, flores. Características da arte barroca Destacam-se os temas religiosos e a riqueza nos detalhes das formas. Na pintura e na escultura, são nítidas as expressões dramáticas dos seus personagens. Nas pinturas, nota-se a preferência pelas curvas e contornos em detrimento das figuras geométricas. Acresce a importância da luz e o jogo de luz e sombra. Pintura A pintura também é de cunho religioso. Suas principais características cromáticas eram o vermelho, o azul, o dourado e o branco e eram realizadas geralmente com tinta óleo ou têmpera sobre madeira ou tela. A perspectiva, também, era bastante usada na pintura do teto das igrejas. Escultura A escultura do período colonial se sobressai pelo estilo próprio que eliminou qualquer proximidade com a escultura Barroca europeia. Evidencia-se, especialmente, a dramaticidade e teatralidade das expressões, o movimento e exuberância das formas. Artistas Barrocos Arte 14 Muitos foram os artistas que contribuíram para o engrandecimento do estilo barroco no Brasil. Entre eles destacamos: Mestre Ataíde e Aleijadinho. Manuel da Costa Ataíde (Mestre Ataíde) Mestre Ataíde nasceu em Mariana (1762) e foi considerado um gênio da pintura brasileira; suas obras são compostas por anjos, madonas e santos mulatos. A obra de maior destaque de Mestre Ataíde está na igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis em Ouro Preto. Imagem 3 - Detalhe da Assunção da Virgem, na Igreja de São Francisco de Ouro Preto. Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho) Nasceu em Ouro Preto (1738-1814). Aleijadinho foi arquiteto, entalhador e escultor. Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais. O apelido “Aleijadinho” deve-se ao fato de que, por volta dos 50 anos, adoeceu e, como consequência, ficou com as pernas e mãos deformadas. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado, pela crítica brasileira quase em consenso, como o maior expoente da arte colonial no Brasil, ultrapassando as fronteiras brasileiras. Imagem 4 - Profeta Ezequiel - Doze profetas de Aleijadinho Congonhas Minas Gerais. Dinâmica Local Interativa 1. De acordo com o que foi abordado sobre a Arte Colonial brasileira, produza os seguintes desenhos que expressam o seu município: a) Frutas típicas vistas de perto. b) Uma paisagem. c) Uma tradição do seu município. Sugestões: festa popular, religiosa, ou folclórica; profissão mais praticada. 2. Cite características da arte barroca brasileira na: a) arquitetura. b) pintura. c) escultura. Imagens 1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Frans_Post#/media/Ficheiro:Engenho_com_capela.jpg . Acesso 18 jun.2020 2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dan%C3%A7a_dos_Tapuias.jpg. Acesso 18 jun.2020 3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Mestre_Ata%C3%ADde#/media/Ficheiro:Ata%C3% ADde_-_NSPorci%C3%BAncula.jpg. Acesso: 18 jun. 2020 4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Doze_profetas_de_Aleijadinho#/media/Ficheiro:Ezeq uielProfeta.jpg Acesso: 18 jun.2020 Aula 2 - O Ponto e a Linha O Ponto Imagem 2 - Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, 1884 – 1886. Ele é o primeiro elemento importante para a produção artística. Todo artista usa o ponto na realização de suas obras, assim como a linha, a forma e a cor. Muitas vezes, não damos a devida importância a esses recursos, até percebermos o quanto são indispensáveis para que a obra produzida tenha um significado estético. Quando citamos essa palavra “ponto”, você poderá pensar em: ● um ponto final ( . ); ● interrogação ( ? ); ● ou de exclamação ( ! ) Principais elementos gráficos da linguagem visual: o ponto Arte 15 Imagem 2 - O circo (obra inacabada), 1891 - Georges Seurat. Os pontos, na composição artística, não têm dimensões definidas, pois se apresentam de diferentes formas. Eles podem ser redondos, ovais, quadrados, pequenos ou grandes. Chamamos de Ponto Gráfico aquele em que sua forma e dimensão são definidas pelo artista. Imagem 3 - P.Gráfico. Existe ainda o Ponto Geométrico que não tem definição; ele é usado, na Geometria, para determinar um lugar no plano ou no espaço. Imagem 4 - Ponto Geométrico. Ponto Físico que tem largura, altura e profundidade. Imagem 5 - Ponto Físico. Quanto à utilização do Ponto 1 - Contornar: é pontilhar o contorno da figura. Imagem 6 - Contornar. 2 - Delinear: é pontilhar o contorno e os detalhes da forma. Imagem 7 - Delineado. 3 - Sombrear: é preencher o espaço interno, dando a noção de volume. Imagem 8 - Sombrear. Artistas que utilizaram os diversos tipos de pontos em suas obras A Linha Linha é um dos elementos visuais da linguagem plástica. A linha é obtida através de infinitos pontos. Também é obtida através do “rastro” de um ponto. Quando se coloca um ponto em movimento, ele forma uma linha. Classificação da linha Quanto à direção: Arte 16 Convergentes: se dirigem a um só ponto. Divergentes: se dirigem para vários pontos, partindo de um mesmo lugar. Paralelas: seguem na mesma direção, mantendo a mesma distância entre si. Perpendiculares: são linhas que se cruzam, formando ângulos retos. Classificação da linha e sua expressividade: Quanto à forma: Quanto à posição: Quanto ao traçado: Quanto à direção: a) Convergentes. b) Divergentes. c) Paralelas. d) Perpendiculares. Quanto a sua quantidade: Dinâmica Local Interativa 1. Crie um desenho livre em que possamos identificar o ponto em sua composição artística. 2. Produza um desenho, utilizando apenas linhas com sensação de movimentos. Imagens 1. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pontilhismo#/media/Ficheiro:Georges_Seurat_- _Un_dimanche_apr%C3%A8s- midi_%C3%A0_l'%C3%8Ele_de_la_Grande_Jatte.jpg<Acesso em 22.06.2020> 2. Disponível: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pontilhismo#:~:text=O%20Pontilhismo%20%C3%A9 %20uma%20t%C3%A9cnica,olhos%20do%20observador%20(imagem).<Acesso em 22.06.2020> 3. Disponível .http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> 4. Disponível:http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> 5. Disponível:http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> 6. Disponível .http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> 7. Disponível .http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> 8. Disponível .http://artesatividades.blogspot.com/2017/04/o-ponto.html< Acesso em 22.06.2020> Aula 3 - Cores Primárias e Secundárias Arte 17 Cores são percepções visuais através das “células cones” dos olhos, que transmitem ao nervo ótico as impressões que vão direto ao sistema nervoso. A cor tem a ver com os olhos, com a retina e com a informação presente no cérebro. É a impressão produzida na retina do olho pela luz depois desta ser emitida, difundida ou refletida pelos objetos. Por isso, dizemos que os objetos não têm cor, pois a cor corresponde a uma sensação interna que é provocada por estímulos físicos da natureza. A cor branca, nesse sentido, é o resultado da sobreposição de todos as cores. A cor preta, em contrapartida, é o contrário e define-se como sendo a ausência de cor. Uma cor não pode ser definida como uma entidade isolada, porque a percepção que temos de uma determinada cor pode ser alterar quando ela se encontra perto de outra cor que é sua complementar.Convém destacar que se conhecem como “cores primárias”, aquelas que não se conseguem obter a partir da mistura de outras cores. A colorimetria é a ciência que estuda a quantificação da cor, o tom, a saturação que mostra se a cor é natural ou pigmentada artificialmente e a intensidade da cor que é caracterizada pela sua força. Essa ciência está relacionada aos diversos aspectos da cor em várias áreas, como: iluminação, pintura, artes gráficas, arquitetura, cinema, etc. É um componente com grande influência no dia a dia de uma pessoa, interferindo nos sentidos, emoções e intelecto. ● Impressiona – Quando ela é vista impressiona a retina. ● Expressa – Quando sentida provoca emoção. ● Constrói – Possui um valor de símbolo, podendo, assim, construir uma linguagem que comunique uma ideia. “Teoria das Cores” são estudos e experimentos relacionados à associação entre a luz, a natureza das cores. Leonardo Da Vinci, em suas pesquisas e formulações retratadas no livro “Tratado da Pintura e da Paisagem – Sombra e Luz”, afirmava que a cor era uma propriedade da luz e não dos objetos. O físico inglês Isaac Newton, nos seus experimentos, estudou a influência da luz do sol na formação das cores. Newton estudou o fenômeno da difração, que consistia na decomposição da luz solar em várias cores quando atravessava um prisma, denominando o conjunto de cores como espectro. “Cores primárias” são as cores puras, ou seja, que não podem ser criadas a partir da combinação de outras cores. As cores primárias são: o amarelo, o vermelho e o azul. No entanto, a partir da combinação das cores primárias, podem ser geradas outras tonalidades de cores. Cores quentes São aquelas que transmitem sensações de calor e alegria. Em algumas situações, são utilizadas até mesmo para nos dar a ideia de que estamos com mais fome. Se usadas em excesso, podem causar irritabilidade. Lembram o Sol, o fogo, a luz. As cores quentes, por serem mais luminosas, parecem avançar sobre nós. Cores frias São aquelas que causam as sensações de calma e tranquilidade. Lembram a frescura da água. Algumas vezes, podem causar a sensação de tristeza, porque são mais monótonas. Psicologia das cores Vermelho Essa cor primária está ligada ao dinamismo, ou seja, à vontade de se movimentar e agir. Experiências mostram Arte 18 que o vermelho tem a capacidade de estimular o corpo humano, fazendo com que ocorra um aumento na pressão sanguínea e do número de batimentos cardíacos, por exemplo. ● Raiva; ● paixão; ● ira; ● calor; ● perigo; ● violência; ● fúria; ● excitação. Amarelo Por ser uma cor quente, o amarelo também transmite a sensação de dinamismo e estímulo. É considerada a cor do otimismo e da energia segundo a psicologia das cores. Tem ainda a capacidade de estimular a concentração e o intelecto das pessoas. ● Sabedoria; ● alegria; ● otimismo; ● inveja; ● doença; ● idealismo; ● covardia. Azul O azul transmite a ideia de calma, serenidade e tranquilidade. Por esse motivo, costuma ser comum o seu uso para representar profissionalismo, estabilidade e segurança. Alguns dos sentimentos que estão relacionados à cor azul, de acordo com a psicologia das cores, são: ● Lealdade; ● tranquilidade; ● harmonia; ● confiança; ● limpeza; ● frio; ● depressão. Verde Para a psicologia das cores, o verde está associado à saúde, à vitalidade, à natureza e à fertilidade. Para os psicólogos, essa cor possui a capacidade de acalmar as pessoas e aliviar o stress. Entre os outros sentimentos que essa cor desperta, destaque para: ● Perseverança; ● orgulho; ● boa sorte; ● juventude; ● generosidade; ● imaturidade; ● ciúme; ● meio ambiente. Roxo Essa cor atua diretamente na área cerebral destinada à criatividade, ou seja, promove um estímulo para a solução de “bloqueios criativos”. Além disso, as sensações de calmaria e tranquilidade também estão relacionadas ao roxo. Por essa razão, vários temas espirituais e ligados à fé são representados com esta cor. ● Erotismo; ● mistério; ● sabedoria; ● arrogância; ● sensibilidade; ● intimidade. Laranja O laranja é uma cor secundária que, assim como o vermelho, também transmite a ideia de movimento, excitação e desejo de ação. Mas, diferente do primeiro, o laranja não chega a ser tão impactante. Arte 19 A psicologia das cores atribui a sensação de alegria, sociabilidade e animação ao laranja. Entre outros sentimentos relacionados à esta cor, destaque para: ● Humor; ● energia; ● calor; ● extravagância; ● entusiasmo; ● amigabilidade. Dinâmica Local Interativa 1. Em nossa aula, exemplificamos como as cores são importantes para harmonia e sua influência no nosso dia a dia. Agora é a sua vez de usar a teoria das cores, criando um desenho no qual utilize somente as cores primárias. 2. Que sensações esta imagem transmite para você? 3. Faça duas composições artísticas através de desenhos. Um expressando tristeza, o outro, alegria. Não esqueça de utilizar as cores para demonstrar as emoções. Aula 4 - Logotipos e Símbolos Conceito de Símbolo “Símbolo” é um elemento essencial no processo de comunicação. Símbolos são todos aqueles que conseguem satisfazer uma situação comunicativa. O símbolo se apresenta e depende daquilo que você conhece para ser compreendido, mas o fato de você não reconhecê-lo, não significa, em absoluto, que o elemento iconográfico não esteja presente. Os símbolos não guardam qualquer relação de semelhança com a coisa representada. A relação é puramente convencional. Para compreender um símbolo, é necessário aprender o que ele significa. Ele estabelece uma associação de uma coisa a outra através da experiência adquirida. Na química, o símbolo é uma letra ou mais, que representa um elemento simples ou composto. Por exemplo, a letra C maiúscula representa o elemento carbono. Imagem 1 Existem símbolos que são reconhecidos internacionalmente, como, por exemplo, um semáforo que é utilizado para controlar o tráfego de veículos e de pedestres nas grandes cidades em quase todo o mundo. Outros símbolos só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto, por exemplo os símbolos religiosos. Símbolo na Arte Nas artes, o símbolo se apresenta e também depende daquilo que você conhece para ser compreendido, mas o fato de você não reconhecê-lo, não significa, em absoluto, que o elemento iconográfico não esteja presente. A pintura, de tradição bizantina, difere radicalmente do conceito ocidental que se baseia na beleza física. Nos ícones, a figura humana revela uma carência total de realismo, buscando mostrar a realidade espiritual dessas pinturas, posto que a beleza interior tem primazia sobre a estética, cumprindo assim, sobretudo, com a sua missão evangélica. Imagem 2 O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro constitui uma pintura bizantina, uma das “Virgens da Paixão”, que destaca o significado da Paixão de Jesus e da intercessão da Mãe de Deus em favor da humanidade. Logotipo Logotipo, ou logo, é um desenho, ou uma associação entre palavras, que representa uma marca, empresa, instituição ou produto. Sua função é fixar essa marca, empresa, instituição ou produto na mente do consumidor. Um bom logotipo transmite a personalidade da empresa e, além de permanecer na memória visual das pessoas, acaba fazendo parte https://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1fego_de_ve%C3%ADculos https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedestre Arte 20 também da memória afetiva. Por essa razão, os logotipos costumam ter desenhos estilizados e combinações marcantes de cores. Logotipo é a forma escrita padronizada de uma marca.Imagem 3 Logomarca Logomarca consiste na junção do logotipo (nome) com o símbolo que caracteriza a marca ou empresa. Alguns designers denominam essa junção de símbolo com logotipo como LOGOMARCA, apesar dessa classificação não existir oficialmente; o termo é um neologismo. Imagem 4 Dinâmica Local Interativa 1. Que símbolos você conhece que representam empresas, produtos ou instituição na cidade em que você vive? 2. Crie uma logomarca para um lanche, utilizando o significados das cores. Imagens 1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tabela_Peri%C3%B3dica_de_2019.webp Acesso 19 jun. 2020 2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_do_Perp%C3%A9tuo_Socorro#/medi a/Ficheiro:Perpetual_help_original_icon.jpg Acesso 19 jun 2020 3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Logotipo#/media/Ficheiro:Google_2015_logo.svg (acesso 19 jun 2020) 4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Logotipo#/media/Ficheiro:Google_2015_logo.svg (acesso 19 jun 2020) Aula 5 - Diversas Técnicas de desenho - Conceito de desenho Imagem 1 - Paisagem de Canaletto. Desenho é, basicamente, uma composição bidimensional (algo que tem duas dimensões) constituída por linhas, pontos e formas. O desenho pode ser reconhecido desde um simples risco até configurações complexas. Desenho quanto à forma Identificamos a forma do desenho em duas categorias: figurativo e abstrato. Desenho figurativo Imagem 2 - Pintura figurativa de Paul Cézanne - Autoretrato do pinto. Tem a finalidade de representar formas que reproduzem a aparência da realidade. Tanto as naturais quanto as criadas pelo homem. A sua execução pode ser a partir da observação, de memória ou de criação. Obras de Arte com desenhos figurativos: A “Arte Figurativa”, ou “Figurativismo”, é um estilo artístico das artes visuais, pautado na representação das formas de seres humanos, objetos, animais, paisagens, dentre outros. A origem da arte figurativa remonta séculos de existência humana. As pinturas rupestres já indicavam a necessidade do homem de expressar emoções, sentimentos e de “copiar” e reproduzir figuras da natureza. Desenho abstrato https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_C%C3%A9zanne Arte 21 Imagem 3 - "Suíte Santa Fé" (2010)ː uma pintura abstrata de Bill Barret. Representação gráfica não figurativa que tem, como motivo de referência, formas orgânicas (formas da natureza) e geométricas (composição com linhas, planos e ou sólidos geométricos). No início do século XX, a arte visual (realista ou estilizada) começou a apresentar declínio com o advento das vanguardas artísticas europeias da arte moderna e contemporânea. Nesse sentido, o abstracionismo trouxe à tona uma nova forma de expressar a arte que não fosse por meio de representações miméticas da realidade. Técnicas de pintura As técnicas de pintura podem estar associadas aos materiais que se utilizam para pintar e a como esses materiais são diluídos e aplicados. Tintas naturais Na época da pré-história, as cores eram aplicadas com instrumentos rudimentares: alguns pincéis feitos com pelos de animais ou mesmo com a boca, com o auxílio de canudos. As cores mais usadas foram os tons de avermelhados, amarelo, castanho e branco. Desenho a carvão O carvão é utilizado no lugar do lápis. O desenho terá tonalidades variadas entre preto e cinza de acordo com a força com que pressiona o papel. É um método artístico de desenho mais antigo que se conhece e, ao mesmo tempo, o mais simples. O material é feito de paus de madeira carbonizados. Geralmente de ramos de salgueiro ou videira. Giz de cera sobre lixa Os gizes de cera são barras de cera coloridas, em formatos e tamanhos diferentes, que contêm pigmentos antitóxicos. O giz de cera proporciona uma pintura mais rústica do que o lápis de cor. O desenho é feito com giz de cera sob a lixa para experimentar a textura. Pintura com giz derretido A arte de giz de cera derretido é algo divertido para todos os aventureiros artísticos. É muito simples, ainda que o resultado final possa ser estarrecedor. Não é de se espantar que tal arte ande tão popular! Pintura de marmorização em papel A Técnica da Marmorização, aparentemente bastante fácil, requer muita habilidade e paciência, uma vez que, por vezes, há a necessidade de refazer-se parte da superfície ou da peça. Diferentes técnicas de desenho e pintura na linha do tempo A cor é fundamental na pintura por possuir qualidades próprias que surgiram a partir de experiências em manipulações e tentativas de combinações de elementos ao longo da história. O pintor precisa ser um conhecedor de cor e de tinta. Caneta hidrográfica Arte 22 Elas apareceram há mais ou menos 30 anos para fins industriais. Mas, como o aperfeiçoamento das fábricas, acabaram se tornando ótimos produtos para representações gráficas. Tinta guache É uma tinta solúvel em água, de secagem rápida, espessa e opaca, que, depois de seca, permite a sobreposição de outras cores. Dinâmica Local Interativa 1. Criar um desenho figurativo. (Sugestões: representar sua família, ou sua casa, ou sua escola, ou a paisagem do lugar onde você vive.) 2. Criar um desenho abstrato. (Sugestões: com formas geométricas, ou com linhas, ou com pontos, ou com manchas). 3- Com base em uma das técnicas apresentadas na aula de hoje, crie um desenho, aplicando a técnica que você escolheu. Imagens 1. Disponível em.https://pt.wikipedia.org/wiki/Figurativismo<Acesso 23.06.2020> 2. Disponível:https://pt.wikipedia.org/wiki/Figurativismo<Acesso em 23.06.2020> 3. Disponível. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_abstrata<Acesso em 24.06.2020> Aula 6 - Conceito de Música Música A música é um dos principais elementos da nossa cultura. Há indícios de que, desde a pré-história, já se produzia música, provavelmente como consequência da observação dos sons da natureza. Foi encontrado, em uma caverna no sudoeste da Alemanha, o fragmento de uma flauta que possui aproximadamente mais de de 35 mil anos. Imagem 1 Música na Antiguidade Música no Antigo Egito Têm-se evidências de que havia música em todos os aspectos da vida egípcia, em todas as classes sociais. No Egito dos faraós, o canto e a música eram atividades de elevado nível e, por conseguinte, havia centros de ensino especializados. Era uma música feita por e para os deuses. Música na Grécia Antiga A palavra música, do grego mousikê, que quer dizer “arte das musas”, é uma referência à mitologia grega e sua origem não é clara. Música na Idade Média São os cânticos litúrgicos vocais e de transmissão oral que fazem parte do repertório mais usado na música da Idade Média. A essa forma de cantar deu-se o nome de Canto Gregoriano. Os cantos Gregorianos foram criados por São Gregório Magno, monge e eleito papa em 590, o qual selecionou uma série de cânticos litúrgicos. Conceito de música Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No sentido amplo, é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais. Classificação da Música A música é um fenômeno universal, isto é, está presente em todo o lugar, mas não é igual em todos os lugares. Não podemos calcular o número de estilos existentes, mas podemos classificar a música por alguns aspectos: 1. Quanto ao gênero: pode ser erudita ou popular. ● Música erudita – também conhecida como música Clássica. A música erudita é tocada em Arte 23 salas de concertos por orquestras, grupos instrumentais,vocais, ou músicos solistas. ● Música Popular – é o gênero comumente mais ouvido. No Brasil, por exemplo, há a MPB, o jazz, o rock e a música sertaneja, bossa nova, pagode, hip-hop, reggae, etc. 2. Quanto à função: pode ser secular ou sacra. ● Música secular – não tem nenhuma função religiosa. Geralmente, o foco de suas composições é o entretenimento. ● Música Sacra – É composta a partir de temas religiosos e é utilizada em cerimônias religiosas, em cultos de adoração à divindade. Os hinos que são entoados, nas igrejas, são exemplos de música sacra. 3. Quanto à Utilidade: pode ser incidental ou pura. ● Música incidental - consiste em uma obra musical escrita exclusivamente para acompanhar uma peça de teatro, um filme, videogames e até programas de rádio e televisão. ● Música Pura – tem um fim em si mesma, não está relacionada a nenhuma outra produção artística, como dança ou imagem. 4. Instrumento: a música também é classificada de acordo com o material utilizado em sua execução, podendo ser instrumental ou vocal. ● Música instrumental - música apenas tocada, não há voz humana como parte da composição. ● Música vocal – é cantada a uma ou a várias vozes, podendo ou não ser acompanhada de instrumentos. Dinâmica Local Interativa 1. Qual o estilo de música você gosta de ouvir? 2. Qual o estilo de música mais tocado no lugar em que você vive? Cante uma música deste estilo. 3. Dê exemplo de uma música popular e uma música erudita. Imagem 1. Disponível https://hypescience.com/flauta-da-era-das-cavernas-e-encontrada-ouca- sua-musica/. Acesso 19 jun. 2020. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Questão 1 - A pintura “Assunção da Virgem”, localizada no teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto - Minas Gerais, foi produzida por qual importante artista barroco brasileiro? a) Antônio Francisco Lisboa. b) Manuel da Costa Ataíde. c) José Ferraz de Almeida Júnior d) Pedro Américo de Figueiredo. e) Vitor Meireles. Questão 2 - Com relação à Arte Barroca brasileira, identifique a alternativa incorreta: a) Nesse período, vieram da Europa arquitetos, pintores, escultores que conheciam o estilo barroco europeu caracterizado por construções exuberantes, muito decoradas, pinturas de colorido forte e contrastante. b) No Brasil, a arquitetura religiosa foi o maior expoente da arte barroca. As igrejas eram decoradas com entalhes em madeira coberto de ouro, teto pintado com cenas bíblicas, esculturas de santos, altares com anjos, colunas, flores. c) Mestre Ataíde foi considerado um gênio da pintura brasileira nesse período. d) Neste período, George Seurat produziu a obra “Tarde de Domingo na Ilha de Jatte”, utilizando a técnica do pontilhismo. e) Aleijadinho foi arquiteto, entalhador e escultor e teve um destaque muito grande na arte Barroca brasileira. Toda sua obra, entre talha, projetos arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais. Questão 3 - As imagens abaixo são consideradas: https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolo#/media/Ficheiro:Religious_syms.s vg (acesso 19 jun 2020) a) Logotipo. b) Ícones. c) Marcas. d) Símbolos religiosos. e) Logomarcas. Questão 4 - “É feita para produções como dança, teatro e cinema. A música e a produção se completam para formar um espetáculo. As trilhas sonoras de filmes e desenhos são exemplos de música”. A afirmação refere-se ao estilo de: a) Música Instrumental. b) Música profana. c) Música sacra. d) Música incidental. e) Música Vocal. Questão 5 - Cânticos litúrgicos vocais e de transmissão oral fazem parte do repertório mais usado na música desta época. A esta forma de cantar deu-se o nome de Canto Gregoriano. Os cantos Gregorianos foram criados por São Gregório Magno no seguinte período: a) Egito Antigo. b) Grécia Antiga. c) Roma Antiga. d) Idade dos Metais. Arte 24 e) Idade Média. Questão 6 - “Contornar: é pontilhar o contorno da figura. Delinear: é pontilhar o contorno e os detalhes da forma.. Sombrear: é preencher o espaço interno, dando a noção de volume”. Esses conceitos expostos referem-se a: a) Linha. b) Hachuras. c) Ponto. d) Sombreamento. e) Perspectiva. Questão 7 - Conceitue desenho figurativo e desenho abstrato. Em seguida, faça desenhos, representando cada estilo. Questão 8 - Quanto à direção, a linha pode ser a) divergente, convergente, paralela e perpendicular. b) cheia, quebrada, horizontal. c) reta, traço e ponto, mista. d) reta, vertical, horizontal. e) reta, quebrada, mista. Questão 9 - Ao misturarmos as cores azul e vermelho, obtém-se a cor a) verde. b) amarelo. c) roxo. d) laranja. e) vermelho. Questão 10 - Na pintura abaixo (“Paisagem com Touro”, de Tarsila do Amaral), predomina a cor verde, que é considerada uma cor Disponível: http://historiadeindaiatuba.blogspot.com/2009/11/as-cores-da-regiao-nas-obras- de-tarsila.html 23 jun 2020 a) primária. b) complementar. c) neutra. d) secundária. e) terciária. REFERÊNCIAS Arte, história e produção:arte brasileira/Carla Paula Brondi Calabria, Raquel Valle Martins- São Paulo:FTD 2007. A Necessidade da Arte, de Ernest Fisher. Tradução – Leandro Kondel. Ed. Guanabara. 9ª edição. (1987). ARNHEIM, Rudolf.Arte e Percepção Visual: uma Psicologia da Visão Criadora. São Paulo: Pioneira, 1997. OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1986. SAE, 6, ano: arte, 6. ano,ensino fundamental: livro 1/IESDE Brasil. - [2.ed. rev.], - Curitiba, PR: Iesde Brasil, 2009. Haddad, Denise Akel. Denise Akel Haddad, Dulce Gonçalves Morbin, - 3. ed - São Paulo: Saraiva, 2009. Projeto Lune, Arte 6º ano, Oxford. Os elementos da linguagem visual. Disponível em: <https://pointdaarte.webnode.com.br/news/os-elementos-da-linguagem-visual1/> Aacessado 22 jun 2020 Arte colonial brasileira. Disponível em: <https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/arte- colonial-brasileira/>. Acesso 18 jun 2020. Arte Brasileira. Disponível em: <http://historia-da-arte.info/ar te-brasileira.html>. Acesso 18 jun 2020. O que é música? Disponível em: <www.descomplicandoamus ica .com/o-que-e-musica/.> Conceito de símbolo, definição e o que é. Disponível em: <ttps://queconceito.com.br/símbolo> Acesso 19 jun 2020 Conceito de idenntidade visual. Disponível em: <https://blog.wedologos.com.br/design- grafico/identidade-visual/identidade-visual-conceito/.> Acesso 19 jun 2020. O ponto. Disponível em: <http://artesatividades.bl ogspot.com/2 017/04/o-ponto.html>. Acesso 22 jun 2020. Entenda o que é harmonia, melodia e ritmo. Disponível em: <https://planetamusica.net/entenda-o-que-e-harmonia-melodia-e-ritmo/> Acesso 19 jun 2020. Os elementos visuais. Disponível em: <http://www.falandodeartes.com.br/2016/03/os- elementos-visuais-ponto-linha-forma.html> Cores e conceito. Disponível em: <https://www.signi ficados.com.br/cores/. >Acesso em 22.junho 2020. Ponto e Linhas nas artes plásticas. Disponível em: <http://www.falandodeartes.com.br/>. Acesso 2 junho 2020. Aula de Arte - Ponto geométrico. Disponível em: <http://douglasdim.blogspot.com/2011/09/o-ponto.html> Acesso 22 junho 2020. "Conceito de Símbolo, definição e o que é - Que conceito." https://queconceito.com.br/simbolo (acesso 19 jun. 2020). "Simbologia do Ícone Bizantino - Ecclesia." https://www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/simbologia_del_icono_bizantino.html. Acesso 19 jun. 2020 "Simbologia do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro ...." https://www.a12.com/redentoristas/noticias/redentoristas/simbologia-do-icone-de-nossa- senhora-do-perpetuo-socorro(acesso 19 jun 2020) Anotações Ciências 25 Ciências 26 Ciências 27 CIÊNCIAS Aulas 1 e 2 - Estrutura da TerraGeologia (Geo = terra; logos = estudo) É a ciência que estuda a estrutura do nosso planeta. De acordo com os geólogos, a Terra compõe-se das seguintes camadas: Crosta; Manto e Núcleo. Crosta ou Litosfera - É a camada sólida externa da Terra. Comparada com o tamanho do planeta é uma finíssima pele envolvendo o manto. A maior parte da crosta está coberta por água salgada (mares e oceanos). A parte não coberta pela água forma os continentes e ilhas. Manto - A temperatura é muito alta, podendo atingir 3400°C, por isso, os metais e rochas que o compõem permanecem em estado pastoso. Esse material pastoso é o Magma. Quando expelido pelos vulcões, o magma passa a ser chamado de Lava. Núcleo - Camada mais interna e quente da Terra. É uma esfera do tamanho aproximado de Marte. Sua temperatura pode chegar aos 6000°C. Imagem 1 O que é um vulcão? Há regiões na crosta terrestre que são um pouco mais frágeis que outras e não conseguem suportar as gigantescas pressões do magma do manto. Ocorrendo, dessa maneira, erupções que lançam para fora da crosta grande quantidade de magma. ● Ativos - São aqueles que entram em erupção regularmente ● Inativos (ou adormecidos) - São aqueles que surgiram em tempos históricos e não apresentam grande (ou nenhuma) atividade. Tungurahua É o vulcão mais ativo e temido da América do Sul, já que está em erupção desde novembro de 1999. A última grande erupção aconteceu em julho de 2013 e não teve vítimas. O Tungurahua está localizado na região central do Equador e seu topo encontra-se a 5023m do nível do mar. Vesúvio Histórico. É o que pode se dizer do Vesúvio, que em 79 d.C. entrou em erupção e destruiu completamente as cidades de Pompéia e Herculano. O vulcão italiano está localizado na região da cidade de Nápoles. Desde 1944, o Vesúvio não entra em erupção. Gêiseres Fontes termais que expelem jatos descontínuos de água, cuja temperatura pode ultrapassar 100°C. O período de duração da erupção de cada gêiser é diferente, podendo variar de segundos a horas. A altura da coluna oscila entre 1 e 100m. A quantidade de água jorrada pode variar de alguns poucos litros até dezenas de milhares de litros. Deriva Continental É uma teoria que postulou o movimento das massas continentais ao longo do tempo geológico da Terra, considerando que, anteriormente, os atuais continentes possuíam outras formas e até mesmo se situavam em outras localidades do planeta. Foi proposta, em 1912, pelo cientista alemão Alfred Wegener. Imagem 2 Fatos que levaram à teoria da Deriva Continental Litorais da América do Sul e da África pareciam se encaixar. As camadas de rochas nos litorais dos dois continentes apresentavam estruturas idênticas, assim como fósseis de vegetais e animais muito semelhantes. Placas tectônicas As placas tectônicas representam as diferentes partes da crosta terrestre e estão sempre em movimento, causando alterações nas formas de relevo do planeta. Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos. Imagem 3 Ciências 28 Terremotos ou abalos sísmicos são tremores que ocorrem na crosta terrestre devido ao movimento das placas tectônicas. O terremoto de Valdivia, no Chile, ocorrido em 1960, é considerado até hoje o mais forte da história, com magnitude de 9.57 graus na escala Richter e intensidade grau XII na escala Mercalli. Maremotos Movimentos de uma grande massa de água causados quando o fundo do mar sofre um abalo. As ondas geradas por maremotos são chamadas tsunamis. Dinâmica Local Interativa 1. (CEMEAM) De acordo com os geólogos, quais são as camadas que compõem a Terra? 2. (CEMEAM) Faça, em seu caderno, a comparação entre as camadas da Terra e a estrutura de um ovo. 3. (CEMEAM) O que são Gêiseres? 4. (CEMEAM) Qual dos vulcões, apresentados em aula, chamou mais sua atenção? 5. (CEMEAM) Apresente duas importantes características do núcleo da Terra. 6. (CEMEAM) Explique, em suas próprias palavras, no que consiste a teoria da Deriva Continental. 7. (CEMEAM) Como ocorrem os terremotos? Imagens 1. https://www.todoestudo.com.br/wp-content/uploads/2018/07/estrutura-da- terra.jpg 2. https://static.todamateria.com.br/upload/55/2f/552ff187e1a31-deriva- continental.jpg 3. https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/eb/D/distri buicao-das-placas-tectonicas-no-mundo.jpg Aulas 3 e 4 - O solo Solo É um importante recurso natural que é utilizado pelas atividades humanas para fins econômicos. Importante nas práticas agropecuárias e na geração de alimentos para a sociedade. Como se formam os solos? Formam-se a partir do processo de decomposição das rochas mãe (rochas de origem). Foram lentamente desgastados pelo clima, pela água, ventos e também pelos seres vivos e plantas. O processo de origem e constituição dos solos é chamado de pedogênese. A formação dos solos na natureza levou milhões de anos, apresentando aspectos relacionados ao seu material de origem e às interferências naturais e do homem, proporcionadas sobre eles. Esse processo de formação dos solos é constante e ainda ocorre atualmente. Imagem 1 Processo de formação obedece à seguinte cronologia: 1. Decomposição lenta da rocha mãe pelos agentes do intemperismo (água, ventos, clima, plantas e outros); 2. Com o tempo, acumula-se uma maior presença de material orgânico sobre o solo recém- formado; 3. O material orgânico decompõe-se e vai aos poucos enriquecendo o terreno, enquanto os horizontes do solo vão se formando; 4. O solo, em estágio mais avançado, passa a contar com os diferentes horizontes, além de apresentar uma camada superficial orgânica propícia ao plantio e à existência de vegetações. Os horizontes do solo, segundo as classificações mais comuns, são: Horizonte O (horizonte orgânico) – camada externa do solo composta por material orgânico em estágio de decomposição. Horizonte A – é o horizonte mineral mais próximo da superfície, com uma relativa presença de matéria orgânica. Horizonte B – é o horizonte de acumulação, com uma grande presença de minerais e com baixo acúmulo de material orgânico. Horizonte C – camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas vezes com sedimentos menores nas suas partes mais altas e com partes de rochas em sua parte inferior. Ciências 29 Imagem 2 Fatores de formação dos solos Material de origem - Corresponde à formação rochosa original que foi intemperizada para dar origem aos solos, dando a ele suas principais características. Terra roxa - Um exemplo muito conhecido no Brasil é a formação da “terra roxa”, oriunda de rochas vulcânicas – como o basalto – que são ricas em ferro e que, por isso, originam um solo muito fértil. Relevo - Exerce direta influência na forma de atuação dos agentes responsáveis pelo intemperismo, como a água e os ventos. Organismos vivos - Atuam de forma contínua sobre o solo, tanto na sua formação quanto na sua transformação, conservando-o, degradando-o ou alterando sua composição físico-química. Podemos incluir desde os microrganismos até os seres humanos. Clima - A maior parte dos agentes intempéricos está relacionada com processos do clima, como, por exemplo: água das chuvas, dos ventos e da temperatura. São determinantes para a formação dos solos e também para a velocidade do desgaste do material original. Tempo - Áreas formadas em épocas geológicas mais recentes estiveram por menos tempo expostas aos agentes intempéricos e, por isso, apresentam solos jovens e mais rasos, geralmente com menor quantidade de material orgânico. Já as áreas geologicamente mais antigaspodem apresentar solos mais profundos (a depender dos fatores anteriormente citados) e, em muitos casos, mais “lavados” e alterados quimicamente. Componentes do solo O solo é a camada mais superficial da crosta; é composto por sais minerais dissolvidos na água intersticial, seres vivos e rochas em decomposição. O solo é composto pelas fases sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). Em função dos agentes que influenciam nas características do solo, este apresenta diferentes composições ao longo do planeta. Ar ● Ocupa o espaço entre as partículas; ● Permite a respiração dos seres vivos; ● Quantidade variável. Água ● Quantidade variável; ● Dissolve os sais minerais. Areia ● Fragmentos de rochas ou minerais; ● Formada por quartzo; ● Utilizada na construção civil, fabricação de vidros, etc. Argila ● Fragmentos de silicatos contidos em rochas - intemperismo; ● Compacta - grãos menores; ● Moldável - cerâmica. Húmus ● Restos de animais e vegetais em decomposição; ● Grande importância no cultivo de vegetais. Calcário Rocha sedimentar (carbonato de cálcio). Utilização: ● Fabricação de cimento; ● Produção de cal; ● Agricultura. Seres vivos no solo ● Promovem o arejamento do solo; ● Decompõem a matéria orgânica. Tipos de solo Na superfície terrestre podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada tipo possui características próprias, tais como densidade, formato, cor, consistência e formação química. Solo arenoso ● Maior quantidade de areia (70%); ● Porosos e permeáveis; ● Pobre em nutriente; ● Presença de grandes poros (macroporos) entre os grãos de areia; ● Dificulta a sobrevivência de plantas e organismos. Solo argiloso ● Possuí consistência fina e é impermeável à água; ● Mais de 30% de argila; ● Grãos menores, bem ligados entre si; ● Úmido e compacto - dificulta a circulação do ar; ● Quando seco, pode rachar. Solo humífero ● Rico em húmus; ● Sofre ação de microrganismos; Ciências 30 ● Arejado e permeável; ● Possui coloração escura. Solo calcário ● Quantidade superior de calcário; ● Coloração esbranquiçada (carbonato de cálcio); ● Mais seco. Imagem 3 Dinâmica Local Interativa 1. Com relação à formação dos solos, assinale a alternativa correta: a) O solo se forma a partir do processo de decomposição da rocha de origem. b) O solo é formado a partir de processos internos do planeta Terra, como o movimento das placas tectônicas. c) O solo do planeta Terra formou-se há milhares de anos a partir do acúmulo de sedimentos que caíram no planeta Terra com meteoros. d) O solo é exclusivamente uma consequência da ação humana sobre o espaço. e) O solo se forma com mais facilidade em áreas com pouco vento, chuva, variação climática e seres vivos. 2. (CEMEAM) O que é pedogênese? 3. Os principais elementos que atuam na formação do solo são: a) Apenas elementos da natureza (clima, relevo, água e seres vivos), pois as atividades humanas não exercem nenhuma influência na formação do solo. b) O tectonismo é o elemento mais importante para a formação dos solos, pois a movimentação das placas tectônicas gera a decomposição da rocha em grande escala. c) Os principais elementos que interagem entre si na formação do solo são o tempo, clima, relevo, água e seres vivos. O ser humano, todavia, não tem nenhuma influência nesse processo. d) O solo é formado a partir de grandes desastres naturais, como terremotos, tsunamis, furacões etc. Como são eventos extremos, têm uma capacidade maior para decompor a rocha. e) Os principais elementos que interagem entre si na formação do solo são o tempo, clima, relevo, água e os seres vivos, inclusive o ser humano. 4. Sobre o perfil do solo, é correto afirmar que: a) O horizonte O é a camada externa do solo, que, por sua vez, é composta por material orgânico em estágio de decomposição. b) O horizonte A é a camada de acumulação, que apresenta muitos minerais e baixo acúmulo de material orgânico. c) O horizonte C é a camada que está mais perto da superfície, com uma relativa presença de matéria orgânica. d) O horizonte B é a camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas vezes com sedimentos menores nas suas partes mais altas e com partes de rochas em sua parte inferior. e) Nenhuma das alternativas. 5. (CEMEAM) Escolha um exemplo de ser vivo que habita o solo e escreva um parágrafo que apresente a relação entre a vegetação, o solo e esse ser vivo. 6. No que diz respeito à composição do solo é incorreto afirmar que: a) O solo é a camada mais superficial da crosta; é composto por sais minerais dissolvidos na água intersticial, organismos e rochas em decomposição. b) A camada do solo que é rica em húmus, detritos de origem orgânica, é chamada de camada fértil. c) A camada do solo que é rica em húmus é a melhor para o plantio. d) Na camada rica em húmus, as plantas absorvem O2 e eliminam CO2 na fotossíntese. e) Na camada de húmus, as plantas encontram alguns sais minerais e água para se desenvolver. Comente sua resposta! Imagens 1. https://4.bp.blogspot.com/- zljRMfHetKE/WAls2hrucSI/AAAAAAAABCw/8KE92HxwVEY0qGQkWuS5PB 6Auy59qsg6QCLcB/s1600/formacaodosolo.gif 2. https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/conteudo/formacao-dos- solos.jpg 3. https://3.bp.blogspot.com/- ZgvdA1p6E1o/U2pvLsbCZbI/AAAAAAAAALQ/6RHxTtsi0Zo/s1600/tipos+de+s olo.jpg Aula 5 - Rochas Os três tipos de rocha existentes são as: rochas magmáticas, rochas sedimentares e rochas metamórficas. Lembre-se que rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. Seu processo de formação é contínuo e as primeiras rochas surgiram após a formação e resfriamento da Terra. Ao longo da história geológica da Terra, as rochas se formam e se modificam Ciências 31 constantemente. Rochas antigas são transformadas em rochas novas. É o chamado “ciclo das rochas”. Rochas Magmáticas As rochas magmáticas, também chamadas de ígneas, são formadas pelo resfriamento e solidificação do magma pastoso. O magma que existe no interior da terra é expelido pelas erupções vulcânicas. A solidificação do magma ocorre de duas maneiras: na superfície e no interior da Terra. O magma que chega à superfície e sofre rápido resfriamento permite que se formem pequenos cristais na sua composição, não visíveis a olho nu. Recebem o nome de rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas. O resfriamento no interior da terra forma as rochas magmáticas plutônicas ou intrusivas. Nesse caso, o resfriamento do magma é lento, permitindo a formação de grandes cristais, visíveis a olho nu. São também chamadas de rochas cristalinas. Imagem 1 São exemplos de rochas magmáticas: O basalto, que é o tipo de rocha magmática mais comum. É utilizado como paralelepípedo para o calçamento de ruas. A terra roxa é resultado da decomposição de rochas compostas de basalto, que tem origem vulcânica. Isso prova que, em um passado remoto, já houve derramamento de lavas nas áreas citadas. O granito, quando polido, é usado no revestimento de pisos, paredes e tampo de pia de cozinhas e de banheiros. Sem o polimento, é usado como calçamento de ruas. O diorito, cuja finalidade é especialmente fazer pedra britada para construção de estradas. Rochas Sedimentares As rochas sedimentares resultam da deposição de detritos de outras rochas ou de matérias orgânicas em depressões do relevo terrestre. A ação das chuvas, dos ventos, dos rios, mares e geleiras, sobre o relevo, desgasta as rochas da superfície terrestre. Esses processos vão formando detritos que são transportados para as partes mais baixas do relevo, dos mares, lagos e rios. No processo de formação das rochas sedimentares,os detritos se acumulam e se consolidam em camadas de estratos. As rochas sedimentares são também chamadas de rochas estratificadas, pois se apresentam em camadas de sedimentos. A formação de petróleo originou-se da deposição de microrganismos em bacias sedimentares. Estas podem existir tanto nos continentes quanto nos oceanos. A deposição dos sedimentos ocorre também por meio de processos químicos, como as estalactites e estalagmites das grutas calcárias. As estalactites são formas que pendem do teto e as estalagmites são provenientes de pingos d'água que se acumulam no chão. Ambas são formadas por bicarbonato de sódio dissolvido em água. Imagem 2 Rochas sedimentares e fossilização Os fósseis formam-se apenas em áreas sedimentares, pois é durante o processo de sedimentação das rochas que a fossilização acontece. Os sedimentos são partículas de rochas, tais como a poeira e a areia. Com o tempo, as camadas de sedimentos vão se sobrepondo umas sobre as outras, algo que ocorre mais intensamente em áreas oceânicas, formando, após milhares de anos, as camadas de bacias sedimentares. Os corpos e restos de animais ou plantas podem ficar soterrados durante esse processo que, a depender de condições específicas de temperatura, pressão e ausência de oxigenação, podem gerar os resíduos fósseis, que podem variar desde uma parte conservada do animal ou planta até uma simples marca do esqueleto ou de uma pegada. Imagem 3 São exemplos de rochas sedimentares: O arenito, que é empregado na fabricação de vidros; A argila, que é empregada na fabricação de tijolos e telhas; O carvão mineral, que é utilizado como combustível. Rochas Metamórficas As rochas metamórficas têm sua origem na transformação de outras rochas (magmáticas e Ciências 32 sedimentares) quando submetidas a certas condições de umidade, calor e pressão no interior da Terra. A rocha transformada adquire novas características e tem sua composição alterada. Imagem 4 São exemplos de rochas metamórficas: O mármore, que é bastante utilizado na construção e na criação de monumentos; O quartzito, utilizado para fins ornamentais, é uma rocha parecida com o mármore, porém mais resistente. O gnaisse, além de ser utilizada na ornamentação, é utilizada também na construção civil. Exemplos de minerais que formam as rochas: ● Quartzo: é um mineral com aspecto que lembra vidro. No granito, aparece como pontos mais claros, espalhados uniformemente. O quartzo pulverizado serve como matéria-prima para a fabricação de vidro. ● Feldspato: é o mineral que predomina no granito. Sua cor pode ser branca, rósea, amarelada ou cinza. É o componente que dá cor ao granito. ● Mica: aparece no granito como pequenas lâminas brilhantes. Há vários tipos, sendo mais comuns as variedades incolor e preta. ● Diamante: Depois de lapidado, o diamante fica com um brilho muito bonito. O diamante é a pedra mais dura que existe na natureza. É capaz de cortar e riscar todas as outras pedras. Dinâmica Local Interativa 1. “As ______________, também conhecidas como rochas magmáticas, são formadas pela solidificação (cristalização) de um magma, que é um líquido com alta temperatura, em torno de 700 a 1200ºC, proveniente do interior da Terra. Podem conter jazidas de vários metais (p. ex. ouro, platina, cobre, estanho) e trazem à superfície do planeta importantes informações sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre”. (Adaptado de igc.usp.br) Assinale a alternativa que completa a lacuna do texto acima: a) Rochas sedimentares. b) Rochas Metamórficas. c) Rochas Ígneas. d) Rochas Basálticas. e) Cadeias de Montanhas. 2. (CEMEAM) Onde você pode encontrar granito? 3. Relacione a terra roxa às rochas magmáticas. 4. Sobre as rochas que compõem a crosta terrestre, assinale a alternativa correta. a) As rochas sedimentares formaram-se pelo resfriamento e pela solidificação de minerais da crosta terrestre, isto é, o magma. b) As rochas metamórficas formaram-se a partir das transformações sofridas pelas rochas magmáticas e sedimentares quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra. c) As rochas magmáticas formaram-se a partir da compactação de sedimentos de outras rochas. d) O arenito e o calcário são exemplos de rochas metamórficas. e) O gnaisse e o mármore são exemplos de rochas sedimentares. 5. Os fósseis costumam se formar apenas em um tipo específico de estrutura rochosa, em virtude de suas características de formação. Qual o tipo de rocha que permite a fossilização? Imagens 1. https://static.alunosonline.uol.com.br/conteudo_legenda/f36b58bd72068e5f9 4ca4fb214944bb8.jpg 2. https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/06/rochas- sedimentares1.jpg 3. https://planetabiologia.com/wp-content/uploads/2016/05/o-que-s%C3%A3o- f%C3%B3sseis.jpg 4. https://static.alunosonline.uol.com.br/conteudo_legenda/b9ef10f3eb41ce24f5 28aa6e6c5eba7e.jpg Aula 6 - Recursos naturais extraídos da crosta Os recursos naturais são de fundamental importância para as sociedades, mas podem esgotar-se caso não sejam utilizados corretamente. Imagem 1 - A exploração da madeira é um exemplo da utilização dos recursos naturais Podemos chamar de recursos naturais todos os elementos disponibilizados pela natureza que podem ser Ciências 33 utilizados pelas atividades humanas. Dessa forma, as florestas, o solo, a energia solar, o movimento dos ventos, os animais, os vegetais, os minérios, a água e muitos outros são recursos naturais, pois a sociedade utiliza-os economicamente. Inicialmente, o ser humano mantinha uma relação de equilíbrio com a natureza. Porém, com o tempo, foram sendo desenvolvidas técnicas de acúmulo e plantio que permitiram ao homem que fizesse maiores transformações sobre o meio e também sobre o espaço geográfico. Foi no período Neolítico que a agricultura constituiu-se, formando as bases estruturais para que se firmassem as primeiras civilizações. Existem diferentes formas de aproveitar os recursos naturais, tais como: a prática da agricultura, caça, pesca, extrativismo mineral e vegetal, entre outras atividades socioeconômicas. Imagem 2 - A extração do látex da seringueira: um exemplo de extrativismo vegetal. Com o passar dos milênios, as diferentes técnicas foram aprimorando-se e as sociedades foram desenvolvendo formas de apropriar-se mais e melhor dos elementos da natureza, o que intensificou a exploração dos recursos naturais. Essa utilização cada vez maior desses recursos poderá, futuramente, resultar em sua extinção. Para melhor entender essa questão, os recursos naturais são classificados em “renováveis” e “não renováveis”: Os recursos naturais renováveis, como o próprio nome indica, são aqueles que são inesgotáveis (como a luz solar e os ventos) ou aqueles que possuem capacidade de renovação, seja pela natureza (a água, por exemplo), seja pelos seres humanos (os vegetais cultivados na agricultura). Já os recursos naturais não renováveis são aqueles que não possuem capacidade de renovar-se ou que a renovação é muito lenta, levando milhares de anos para ser concluída. É o caso do petróleo, que leva um longo período geológico para formar-se, mas é retirado rapidamente graças ao desenvolvimento de técnicas específicas. Os minérios em geral (ouro, cobre, ferro e outros) são exemplos de recursos não renováveis que podem esgotar-se no futuro. É válido lembrar que até mesmo alguns dos recursos renováveis poderão se tornar mais escassos caso sejam utilizados indevidamente. A água, mesmo se renovando, pode acabar, pois o ser humano só pode consumir a água potável, que se diminui cada vez mais com a poluição dos rios e dos recursos hídricos em geral. Osolo, por sua vez, caso não seja preservado, também pode tornar-se improdutivo. As florestas sofrem com o avanço do desmatamento pelo mundo, de modo a prejudicar ainda mais a disponibilidade dos bens por elas fornecidos. Dinâmica Local Interativa 1. (CEMEAM) O que são recursos naturais? 2. (CEMEAM) Como você utiliza os recursos que a natureza oferece? 3. (CEMEAM) Explique o que você entendeu sobre os recursos não renováveis. 4. (CEMEAM) Como podemos ajudar na conservação dos recursos naturais? Imagens 1. https://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/extracao-de- madeira/extracao-de-madeira-3.jpg 2. https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/11/extracao-latex- 450x300.jpg Aulas 7 e 8 - O solo e as práticas agrícolas Os solos férteis são arejados e têm água, nutrientes e matéria orgânica em quantidades apropriadas. Técnicas para tornar o solo fértil: aração, adubação, irrigação e drenagem. Luz e água. É o bom equilíbrio entre estes dois elementos que permite às plantas uma vida saudável. Mas enquanto o sol oferece sua luz diariamente, nem sempre existem as condições necessárias para que um gramado ou jardim receba a quantidade adequada de água. Irrigação Fornecimento artificial de água para adequar o solo ao cultivo de plantas. Irrigar é mais que apenas molhar as plantas. É controlar água nas quantidades necessárias e em intervalos certos, o que exige estudo dedicado e planejamento preciso em cada projeto. Ciências 34 Imagem 1 Irrigação por alagamento Direciona grande quantidade de água de rios para a plantação. Processo mais antigo. Irrigação por aspersão Água bombeada sob pressão e espalhada por um aspersor. Irrigação por gotejamento A água é transportada até a base dos vegetais. Aração A presença de gás oxigênio no solo é fundamental para o desenvolvimento de vegetais e seres vivos. Uma das técnicas mais antigas para tornar o solo arejado. Imagem 2 Hortas Locais em que são cultivados legumes e hortaliças. Temperos e ervas medicinais. Plantas típicas da horta Hortaliças: cenoura, couve, jerimum, cebola e alface. Temperos: salsa, alecrim, hortelã. Frutas; tomate, melancia. Horta orgânica Sem o uso de adubos químicos ou agrotóxicos. Ecologicamente correta. Permeabilidade dos solos Permeável vem do latim permeabilis, que significa ‘que pode ser atravessado’. Na geologia, a permeabilidade é a medida da capacidade de um material (tipicamente uma rocha) para transmitir fluidos. A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta de permitir o escoamento de água através dele. Permeabilidade de cada tipo de solo Solo arenoso Grandes espaços entre os grãos de areia, por onde a água passa com facilidade, logo o chamamos de permeáveis. Solo argiloso A argila é formada por grãos menores que a areia, que estão bem ligados entre si, por isso retém água e sais minerais. Solo humífero Há a predominância de material orgânico, além de ser poroso e com boa circulação de ar, o que o torna um solo rico para o crescimento de plantas. Drenagem do solo Drenagem é o ato de escoar as águas de terrenos encharcados, por meio de tubos, túneis, canais, valas e fossos, sendo possível recorrer a motores como apoio ao escoamento. Adubação A adubação é a prática agrícola que consiste no fornecimento de adubos ou fertilizantes ao solo, de modo a recuperar ou conservar a sua fertilidade, suprindo a carência de nutrientes e proporcionando o pleno desenvolvimento das culturas vegetais. Adubação mineral ou inorgânica É feita com fertilizantes químicos, que contém substâncias químicas extraídas de minerais ou produzidas industrialmente. Adubação orgânica Adubação com restos de vegetais, farinha de ossos e estrume de animais que se transformam em húmus. Adubação A adubação correta aumenta a produtividade agrícola. A adubação pode ser classificada: ● Quanto ao tipo de fertilizante: 1. Mineral - NPK, sulfato de amônio, superfosfato simples. 2. Orgânica - esterco de curral, vermicomposto, vinhaça, adubos verdes); ● Quanto à via de aplicação: 1. Diretamente no solo; 2. Foliar; 3. Via água de irrigação. Rotação de culturas O esgotamento dos nutrientes do solo é um problema sério que está relacionado com a monocultura. A rotação de culturas consiste em alternar tipos de plantas em uma mesma área de cultivo ao longo do tempo. Dinâmica Local Interativa http://pt.wikipedia.org/wiki/Geologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura http://pt.wikipedia.org/wiki/Adubo http://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fertilidade_do_solo&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Nutriente http://pt.wikipedia.org/wiki/Curral http://pt.wikipedia.org/wiki/Aduba%C3%A7%C3%A3o_foliar Ciências 35 1. (CEMEAM) Qual a importância do solo para nossa vida? 2. O que é um solo agrícola? 3. (CEMEAM) Qual a diferença entre aração e irrigação? Apresente exemplos. 4. O que é uma horta? Quais tipos de hortas que existem? 5. (CEMEAM) Explique o que você entendeu sobre permeabilidade. Cite exemplos de materiais permeáveis e materiais impermeáveis encontrados na sua sala de aula. 6. Qual o nome dado à ação de escoar e enxugar a água de terrenos encharcados ou alagadiços? Imagens 1. https://s1.static.brasilescola.uol.com.br/be/conteudo/images/a13aac989659ebf71cb b1ba19a3c02b3.jpg 2. https://static-wp-canalr-prd.canalrural.com.br/2018/06/1439836507176.jpg Aulas 9 e 10 - Atmosfera Atmosfera (do grego: atmos, gás; e sfera, esfera). É a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos os seus movimentos, devido à força da gravidade, além de ter a função de equilibrar a temperatura do planeta. Composta de vários gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico, que formam uma mistura transparente, incolor e inodora chamada de ar atmosférico. A atmosfera contribui de várias maneiras para a vida e para as características da Terra, pois: ● Fornece O2 e outros gases indispensáveis aos seres vivos; ● Protege o planeta das radiações nocivas existentes nos raios solares; ● Absorve e retém parte do calor proveniente da energia do Sol; ● Ajuda na desintegração da maioria dos meteoroides que atingem a Terra; ● Redistribui a água evaporada da superfície terrestre. Camadas da Atmosfera Troposfera É nessa camada que existe a maior concentração de gases, vapor de água e poeira da atmosfera. Estratosfera O ar é muito rarefeito e apresenta grande quantidade de gás ozônio, que, em alta concentração, forma uma camada que filtra os raios ultravioletas. Estratosfera - Camada de ozônio A camada de ozônio é responsável por filtrar os raios ultravioleta emitidos pelo sol que atingem a Terra. Mesosfera A temperatura cai rapidamente à medida que aumenta a altitude. Termosfera Há grande absorção de radiação solar, provocando altas temperaturas. Reflete as ondas de rádio, permitindo as transmissões de rádio entre todas as partes do mundo. Nessa camada, os meteoroides vindos do espaço são fragmentados. Exosfera O ar é extremamente rarefeito ou quase inexistente. Possui grande quantidade de gás hidrogênio. É nessa camada que a maioria dos satélites artificiais está posicionada. Imagem 1 O Nitrogênio (N2) é muito importante para a alimentação dos seres vivos, pois alguns tipos de bactérias, que habitam raízes de plantas leguminosas (como feijão, ervilha e lentilha), absorvem-no. Em troca, elas produzem nitratos e sais hidrogenados, elementos de vital