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Lipídeos; Lipoproteínas; Vit Lipoproteicas; Tecido Cartilaginoso docx

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Tutoria 6
1- Problema:
Ao concluir o curso de medicina, você se depara
com o caso do Sr. Ateros, 65 anos, na UBS em
que trabalha. Ele é seu paciente há um ano e
neste período vocês já fizeram diversas tentativas
para melhorar o perfil lipídico, mas nada deu
certo. Ele segue rigorosamente a dieta com baixo
teor de gordura trans, gordura saturada e
colesterol e ingere frutas, verduras e legumes. Ao
seguir a recomendação pela prática de atividade
física, por ocasião de sobrepeso, ele relatou que
sente dores nas articulações, principalmente nos
quadris e joelho. As dosagens de colesterol LDL
em geral estão por volta de 190 mg/dL, do
colesterol HDL por volta de 45mg/dL, o
colesterol total em média se mantém por volta de
270mg/dL e baixos níveis de vitamina D. Para
compreender melhor as repercussões
fisiometabólicas do perfil lipêmico do paciente,
bem como do tratamento a ser adotado, você
recorre aos estudos, iniciando por aspectos
importantes sobre a composição do tecido
cartilaginoso, bom como a estrutura e função dos
lipídios , incluindo a composição e destinos de
lipoproteínas e ainda como a reposição de
vitamina D pode ajudar o quadro do paciente.
2- Termos desconhecidos:
LDL: low density lipoprotein.
HDL: high density lipoprotein.
3- Palavras chaves:
❖ Lipídios
❖ Colesterol (LDL e HDL)
❖ Vitamina D
❖ Tecido cartilaginoso
❖ Lipoproteínas
❖ Articulações
4- Objetivos:
✓ Conhecer a composição do tecido
cartilaginoso;
✓ Entender a estrutura e a função dos lipídios;
✓ Compreender a composição, origem, destino
e tipos de lipoproteínas;
✓ Estudar reposição e importância das
vitaminas lipossolúveis em especial a
vitamina D;
Lipídios
1- Características:
❖ Alta solubilidade em solutos orgânicos;
❖ Praticamente insolúveis em água;
❖ Maioria é anfifílico, com uma parte da
molécula hidrofóbica (apolar) e outra
hidrofílica (polar);
2- Funções:
❖ Mensageiros químicos: os lipídios são
moléculas pequenas e insolúveis em água,
eles são excelentes candidatos para
sinalização. Os lipídios de sinalização, na sua
forma esterificada podem infiltrar as
membranas e são transportados para
transportar sinais a outras células. Estes
podem ligar a certas proteínas bem e são
inativos até chegar ao local de ação e
encontrar o receptor apropriado.
❖ Armazenamento e fornecimento de
energia: lipídeos de armazenamento são
triglicérides, são inertes e feitos dos três
ácidos gordos e um glicerol. Ácidos graxos
não esterificados forma, ou seja, como os
ácidos graxos são liberados de triglicérides
durante o jejum para fornecer uma fonte de
energia e para formar os componentes
estruturais para as células. Dietéticos ácidos
graxos do tamanho de cadeia curta e média
não são esterificados, mas são rapidamente
oxidados em tecidos como fonte de
"combustível”. Ácidos graxos de cadeia mais
longos são esterificados primeiro triglicérides
ou lipídios estruturais.
❖ Manutenção de temperatura: a camada de
gordura subcutânea ajuda no isolamento e
proteção do frio.
❖ Formação de camada e lipídios da
membrana: lipídios de membrana são
constituídos de ácidos graxos
poliinsaturados. Ácidos graxos
poliinsaturados são importantes como
constituintes dos fosfolipídios, onde
aparecem para conferir várias propriedades
importantes para as membranas. Uma das
propriedades mais importantes são a fluidez e
a flexibilidade da membrana.
❖ Formação de colesterol: as lipoproteínas são
complexos agregados de lipídios e proteínas
que fazem viagem de lipídeos em solução
aquosa ou aquosa possível e permitem o seu
transporte por todo o corpo. Os principais
grupos são classificados como quilomicrons
(CM), lipoproteínas de muito baixa
densidade (VLDL), lipoproteínas de baixa
densidade (LDL) e lipoproteínas de alta
densidade (HDL), baseiam-se as densidades
relativas.
❖ Formação de prostaglandina e papel na
inflamação: os ácidos graxos essenciais,
ácido linoléico e linolênico são precursores
de muitos tipos diferentes de eicosanóides
que desempenham um papel importante na
dor, febre, inflamação e coagulação do
sangue.
❖ Vitaminas lipossolúveis: as "lipossolúveis"
vitaminas (A, D, E e K) são nutrientes
essenciais, com inúmeras funções.
❖ Precursores de hormônios e de sais
biliares: os lipídios estão relacionados com a
produção de hormônios esteroides, tais como
a testosterona, progesterona e estradiol.
Também se relacionam com a produção de
sais biliares, compostos que agem como
detergente, ajudando no processo de absorção
de lipídios.
❖ Pigmentos que absorvem radiações
luminosas: lipídios com um sistema de
duplas ligações conjugadas absorvem luz
visível.
3- Estrutura:
A. Lipídios simples: ésteres de ácidos graxos
com vários alcoóis.
A.1- Gordura: ácido graxo com glicerol. Se em
estado líquido é denominada como óleo.
A.2- Ceras: ésteres de ácidos graxos com alcoóis
monômeros de maior peso molecular.
B. Lipídios complexos: ésteres de ácido graxo
que contêm outros grupos químicos além do
ácido graxo e de um álcool.
Ácidos graxos são ácidos carboxílicos com uma
longa cadeia carbônica e geralmente com
números pares de carbono (entre 14 e 24), sem
ramificações, podendo ser saturada ou
insaturada. Estão mais ligados a um álcool,
podendo ser ele um glicerol (forma os lipídios
triacilglicerol e glicerofosfolipídios) ou uma
esfingosina (forma esfingolipídios. O grupo
carboxila consiste na parte polar e a cadeia
carbônica a região apolar da molécula. Os nomes
dos ácidos graxos se dão com base no local que
são encontrados com predominância. São
transportados na corrente sanguínea quando
acopladis à albumina, uma proteína solúvel.
Os ácidos graxos mais comuns são os de 16 a 18
átomos de carbonos. Os átomos de carbonos
podem ser indicados por números ou letras. A
numeração inicia-se no grupo carboxila (carbono
1 ou C1)e aumenta em direção à extremidade
oposta, formada pelo grupo metila. No sistema
de denominação por letras, o carbono 2 é o
carbono α , o carbono 3 é o carbono β e assim
por diante, e o carbono do terminal CH3 é o
carbono ω (ômega, a última letra do alfabeto
grego), também denominado carbono n.
Para a identificação da posição das duplas
ligações na cadeia carbônica, empregam-se
diferentes sistemas de representação. No sistema
ω, a contagem dos átomos de carbono inicia-se
no grupo CH3, cujo carbono (carbono ω) passa a
ser o de número 1, e a dupla ligação mais
próxima da extremidade metila (CH3) recebe um
número igual ao número do átomo de carbono
mais próximo do carbono ω que forma a dupla
ligação. Assim, os ácido graxos do tipo ω-3 têm
uma dupla ligação entre os carbonos 3 e 4, e
aqueles do tipo ω-6 têm uma dupla ligação entre
os carbonos 6 e 7, numerando-se os carbonos
sempre a partir do carbono ω.
Membranas fosfolipídicas podem formar:
1- Micelas: são vesículas de fosfolipídios com
interior hidrofóbico.
2- Lipossomos: são vesículas que possuem um
centro aquoso.
3- Bicamada: formam uma lâmina.
Ácidos graxos saturados
Não possuem duplas ligações. São geralmente
sólidos à temperatura ambiente 
Gorduras de origem animal são geralmente ricas
em ácidos graxos saturados 
Exemplos:
Ácido Palmítico - CH3(CH2)14COOH
Ácido Esteárico - CH3(CH2)16COOH
Ácido Araquídico - CH3(CH2)18COOH
Ácidos graxos insaturados
Possuem uma ou mais duplas ligações sendo
mono ou poliinsaturados. São geralmente
líquidos à temperatura ambiente. A dupla
ligação, quando ocorre em um ácido graxo
natural, é sempre do tipo "cis". Os óleos de
origem vegetal são ricos em ácidos graxos
insaturados. Quando existem mais de uma dupla
ligação, estas são sempre separadas por pelo
menos 3 carbonos. As duplas ligações nunca são
adjacentes e nem conjugadas
Exemplos:
Ácido Palmitoléico CH3 - (CH2)5 - HC = CH -
(CH2)7 - COOH
Ácido Oléico CH3 - (CH2)7 - HC = CH -
(CH2)7 - COOH
Ácido Linoléico - CH3 - (CH2)3 - (CH2 - HC =
CH)2 - (CH2)7 - COOH
Ácido Linolênico - CH3 - (CH2 - HC = CH)3 -
(CH2)7 - COOH
Ácido Araquidônico - CH3 - (CH2)3 - (CH2 -
HC = CH)4 - (CH2)3 - COOH
Propriedades dos ácidos graxos
O ponto de fusão dos ácidos graxos aumenta
com o aumento da cadeia, mas diminui como
aumento do número de insaturações. Isso ocorre
porque a configuração "cis" das duplas ligações
provoca uma dobra de 30o na cadeia, o que
dificulta a agregação das moléculas. Os ácidos
graxos podem sofrer reações de hidrogenação,
halogenação, saponificação esterificação e
oxidação.
❖ Hidrogenação: é a reação do ácido graxo
insaturado com o hidrogênio, formando ácido
graxo saturado. 
❖ Halogenação: é a reação do ácido graxo
insaturado com um halogênio, formando
ácido graxo saturado halogenado.
❖
Saponificação: é a reação de um ácido graxo
com uma base, formando sal (sabão).
Triacilgliceróis
São lipídios formados pela ligação de 3
moléculas de ácidos graxos com o glicerol, um
triálcool de 3 carbonos, através de ligações do
tipo éster. São absolutamente hidrofóbicos, sendo
também chamados de "gorduras neutras", ou
triglicerídeos. São compostos essencialmente
apolares, pois a região polar de seus precursores
desaparecem nas ligações éster. Os ácidos graxos
que participam da estrutura de um triacilglicerol
são geralmente diferentes entre si. Podem ser
hidrolisados, formando ácidos graxos e glicerol
A principal função dos triacilgliceróis é a de
reserva de energia, e são armazenados nas
células do tecido adiposo, principalmente. São
armazenados em uma forma desidratada quase
pura, e fornecem por grama aproximadamente o
dobro da energia fornecida por carboidratos. As
gorduras animais e os óleos vegetais são misturas
de triacilgliceróis.
Glicerofosfolipídios
São lipídios que por hidrólise liberam 1 mol de
glicerol, 2 mols de ácidos graxos e 1 mol de
ácido fosfórico. O glicerol geralmente está ligado
a uma base nitrogenada (grupamento X), através
de ponte fosfodiéster, o que faz desses
compostos moléculas anfipáticas de caudas
apolares (por conter ácidos graxos) e cabeças
polares (fofatidil-X). Os glicerofosfolipídios
mais comuns originam-se da esterificação, ao
ácido fosfórico do fosfatidato, de moléculas
polares variáveis.
Os fosfoglicerídeos são o principal componente
lipídico das membranas biológicas.
O grupamento X pode ser:
❖ Hidrogênio: forma o fosfoglicerídeo mais
simples denominado ácido fosfatídico;
❖ Colina: forma a fosfatidilcolina ou Lecitina;
❖ Serina: forma a Fosfatidilserina;
❖ Etanolamina: forma a Fosfatidiletanolamina;
❖ Inositol: forma o fosfatidilinositol, esse que
age como sinalizador intracelular, transdução
de sinais, no trânsito de substâncias através
da membrana. É a fonte principal de ácido
araquidónico necesario para
sintetizar eicosanoides como
as prostaglandinas.
Plasmalogênios: ao invés de ÉSTER, são lipídios
ÉTER. Possuem cadeia insaturada no C1.
Ex.: fator ativador de plaquetas.
O fosfolipídio "dipalmitoil-lecitina", sintetizado
pelo pneumócito II a partir de ácidos graxos de
rápido "turnover" (meia vida de 12 horas), exerce
o papel de “substância tensioativa" que
corresponde a aproximadamente 80% do
surfactante, esse que aumenta a complacência
pulmonar, ao diminuir a tensão superficial, e
estabiliza o pulmão, por variar a tensão à medida
em que o raio alveolar se modifica.
A degradação dos glicerofosfolipídios ocorre por
enzimas lisossomais que hidrolisam a molécula.
Esfingolipídios
São formados por uma molécula de um
aminoálcool de cadeia longa, a esfingosina cujas
ligações duplas possuem configuração "trans".
Este aminoálcool é ligado aos ácidos graxos
através de uma ligação amida. Possuem um
grupo polar e uma longa cadeia não polar, não
possuindo glicerol.
São lipídios também importantes na estrutura das
membranas biológicas devido ao seu caráter
claramente anfipático.
Em seres humanos, foram já identificados 60
tipos diferentes de esfingolipídeos em
membranas celulares, os quais são especialmente
proeminentes em membranas de neurônios
(bainha de mielina). Os derivados de ácidos
graxos da esfingosina são conhecidos com
ceramidas, as quais são precursoras dos lipídios
mais abundantes:
❖ Esfingomielinas: são ceramidas cujo grupo
polar pode ser tanto uma fosfocolina como
uma fosfoetanolamina.
❖ Cerebrosídeos: são ceramidas cujas cabeças
polares consistem de um único resíduo de
açúcar. Eles não possuem grupo fosfato e
são, portanto, não iônicos
❖ Gangliosídeos: são ceramidas ligadas a
oligossacarídeos que incluem pelo menos um
resíduo de ácido siálico.
❖ Globosídeos: sistema ABO
São degradados por enzimas lisossomais, que
removem as unidades de açúcar produzindo uma
ceramida e carboidrato livre.
https://gl.wikipedia.org/wiki/Eicosanoide
https://gl.wikipedia.org/wiki/Prostaglandina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Polaridade_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicerol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_humanos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bainha_de_mielina
Esteroides
São lipídios de cadeia complexa, onde o
colesterol é substância fundamental na formação
dos esteroides. São compostos tetracíclicos
(quatro anéis) de alta massa molecular. Aqueles
contendo um ou mais grupos ─OH e nenhum
grupo C═O são chamados esteróis. O esterol
mais comum é o colesterol, o qual é encontrado
em gorduras animais, mas não em gorduras
vegetais. São sintetizados a partir de unidades de
isopreno com cinco carbonos, portanto, são
isoprenoides.
Propriedades do colesterol
❖ Núcleo planar e rígido;
❖ Seu grupamento -OH confere-lhe um fraco
caráter anfifílico;
❖ Seu sistema de anéis fusionados lhe fornece
uma rigidez maior do que outros lipídeos de
membrana;
❖ Pode aparecer de forma esterificada,
formando uma longa cadeia de ácidos graxos
chamados estéres de colesteril;
❖ Insolúvel em água e no sangue;
❖ Transportado no plasma sangüíneo, para isso
se liga a lipoproteínas;
❖ Encontrado no cérebro e no tecido nervoso,
onde forma parte da mielina, a membrana
estável que reveste as células nervosas.
❖ Doença cardíaca e hipertensão arterial podem
resultar de depósitos de colesterol no interior
das paredes das artérias.
❖ O colesterol está também presente nos
cálculos biliares, depósitos anormais
oriundos da bile na vesícula.
❖ A vitamina D (calciferol) é produzido na pele
a partir de um esteróide que é quase idêntico
ao colesterol (7-deidrocolesterol) através de
reações promovidas pela luz solar.
Ceras
As ceras são lipídeos simples constituídos por
uma molécula de álcool ligada a uma ou mais
moléculas de ácidos graxos. São substâncias de
alto peso molecular, de cadeia carbônica linear,
apresentam solubilidade em lipídios e outros
solventes orgânicos (benzina, terebentina, éter e
clorofórmio, por exemplo), são maleáveis,
amolecem a uma temperatura a partir de 35°C e
apresentam densidade próxima à da água, são
completamente insolúveis em água, atuando,
portanto, como isolantes elétricos.
Lipídios estruturais da membrana
São glicolipídios e fosfolipídios.
Lipoproteínas
São associações entre proteínas e lipídios
encontradas na corrente sanguínea, e que têm
como função transportar os lipídios no plasma e
regular o seu metabolismo. As lipoproteínas
plasmáticas contêm, no seu miolo, lipídeos
hidrofóbicos (triacilgliceróis e ésteres de
colesterol) e, no exterior, em monocamada,
lipídeos anfipáticos (fosfolipídeos e colesterol)
associados a proteínas (apolipoproteínas). As
apolipoproteínas podem ser integrais (como as
de tipo B) ou periféricas (como as de tipo A, C e
E). As apolipoproteínas periféricas, ao contrário
das integrais, são trocadas entre diferentes
lipoproteínas plasmáticas. A apoproteína
(polar) liga-se aos lipídios (apolar) para
aumentar a solubilidade no plasma e auxiliar
no reconhecimento celular pelo tecido alvo. A
fração lipídica das lipoproteínas é muito variável,
e permite a classificação das mesmas em 5
grupos, de acordo com suas densidades e
mobilidade eletroforética:
❖ Quilomicra é a lipoproteína menos densa,
transportadora de triacilglicerol (vitaminas
lipossolúveis e ésteres de colesterol) exógeno
na corrente sanguínea. Sintetizados na
mucosa intestinal e tem como destino os
tecidos. Composta pelos lipídios da dieta.
Destino: apolipoproteína ativa lípase
lipoproteicados capilares do tecido adiposo,
liberando ácidos graxos livres.
❖ VLDL (Very low Density Lipoprotein):
"Lipoproteína de Densidade Muito Baixa",
transporta triacilglicerol endógeno e
colesterol para outros tecidos. Tem origem
hepática.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lip%C3%ADdio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colesterol
http://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/
http://www.infoescola.com/doencas/calculo-biliar/
http://www.infoescola.com/bioquimica/vitamina-d/
http://www.infoescola.com/nutricao/lipidios-gorduras/
http://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-graxos/
❖ IDL "Lipoproteína de Densidade
Intermediária" é formada na transformação
de VLDL em LDL.
❖ LDL (Low Density Lipoprotein):
"Lipoproteína de Densidade Baixa", é a
principal transportadora de colesterol; seus
níveis aumentados no sangue aumentam o
risco de infarto agudo do miocárdio. Por ser
uma lipoproteína aterogênica, o LDL ganhou
a "fama" de mau-colesterol. 
❖ HDL (High Density Lipoprotein):
"Lipoproteína de Densidade Alta"; atua
retirando o colesterol da circulação, fazendo
transporte reverso dos tecidos pro fígado.
Seus níveis aumentados no sangue estão
associados a uma diminuição do risco de
infarto agudo do miocárdio. Por essa razão é
considerado uma lipoproteína de proteção
contra a aterosclerose coronariana, sendo
denominado, vulgarmente, como o
bom-colesterol.
A aterosclerose é uma doença caracterizada pela
deposição de colesterol e ésteres de colesterol
nos macrófagos do tecido conjuntivo da íntima
das artérias. Sabe-se que indivíduos com
concentrações elevadas de colesterol ligado às
LDL têm maior probabilidade de desenvolver
aterosclerose coronária e sofrer enfarto de
miocárdio precoce. Um aumento do colesterol
ligado às HDL tem, pelo contrário, um efeito
protetor. São ainda mal conhecidos os
mecanismos metabólicos que possam explicar
estas associações epidemiologicamente bem
definidas. Poderão ter papel nesta patologia
vários fatores como a deficiência de receptores
de LDL e o consequente aumento de atividade
dos receptores de limpeza, alterações oxidativas
nas LDL assim como diminuição da capacidade
de remoção do colesterol acumulado nos
macrófagos das paredes das artérias. O efeito
protetor das HDL poderá, pelo menos
parcialmente, resultar do sua participação na
remoção do colesterol dos macrófagos. A
proteína de transferência de ésteres de colesterol
poderá, como referido, participar nesta remoção
mas também diminui o colesterol das HDL e
aumenta o colesterol das VLDL que são
precursoras das LDL. A atividade da proteína de
transferência de ésteres de colesterol está
anormalmente aumentada em dislipidemias com
baixa HDL e alta VLDL e, atualmente, admite-se
que a sua inibição possa ter um efeito protetor na
aterosclerose.
Enzima LCAT: encontrada na superfície do HDL
recém formado que participa do transporte do
colesterol da corrente sanguínea para o fígado,
chamado transporte reverso do colesterol. Essa
enzima catalisa a reação entre o colesterol e a
fosfatidilcolina, formando ésteres de colesterol.
Transporte reverso do colesterol
Quem retira o excesso de colesterol dos tecidos
extra-hepáticos e leva de volta para o fígado é a
HDL, que são produzidas principalmente no
fígado (também são produzidas no intestino
delgado) como partículas discóides, as HDL
nascentes, com uma concentração
consideravelmente alta de proteínas, e baixa de
colesterol. Depois delas se ligarem aos tecidos
extra-hepáticos, e adquirirem o colesterol em
excesso desses tecidos, elas se convertem em
partículas esféricas, as HDL maduras. E elas têm
duas opções: ou são levadas para o fígado, e
deixam lá o colesterol que foi armazenado para
serem excretados na forma de sais biliares, ou
elas passam esse colesterol para outras
lipoproteínas (VLDL e LDL). As outras
partículas quando com alto valor de colesterol,
VLDL e LDL, também são levadas para o fígado
para a excreção do colesterol.
Lipídios ativos metabolicamente
São sinalizadores potentes e cofatores
enzimáticos para transferir elétrons ou porções
de açúcar nas reações de glicosilação.
1- Fosfatidilinositóis: presentes na face interna
do citoplasma. Reservatório de moléculas
mensageiras que são liberadas e ativam a
resposta celular ao sinal extracelular.
2- Derivados de esfingosina: esfingomielina e
ceramida são reguladores das proteínas
quinases.
3- Eicosanóides: hormônios parácrinos não
transportados pelo sangue. Só atuam em
células próximas aos neurotransmissores.
Todos derivados do ácido aracdônico e atuam
na função reprodutiva, inflamatória, febre,
dor, regulação da pressão arterial, secreção
de ácidos gástricos e formação de coágulos.
3.1- Prostlagandina: se origina da cadeia do
ácido aracdônico. Responsável pela contração do
útero na menstruação e no parto, febre, dor e
inflamação. Sensibilidade de certos tecidos a
hormônios como epinefrina e glucagon.
PGE 2: macrófagos, motilidade e peristaltismo.
PGF 2α: luteólise, contração uterina (parto,
menstruação ou aborto), transporte do sêmen,
motilidade das trompas, contração do canal
deferente.
3.2- Tromboxanos: produzidos pelas plaquetas e
atuam na formação de coágulos.
3.3- Leucotrienos: sinalizadores biológicos.
Induzem a contração do músculo liso das vias
aéreas até o pulmão. A produção excessiva causa
asma.
Isoprenoides (sem ácidos graxos)
I. Terprenos
a. Dolicóis: molécula lipídica para glicosilação
das proteínas.
b. Ubiquinona/ coenzima Q/ coenzima Q10: são
transportadores lipofílicos de elétrons em
reações de oxirredução que levam à síntese
de ATP na mitocôndria.
c. Plastoquinona: encontrada no cloroplasto.
II. Esteróis
Vitaminas lipossolúveis
1- Vitamina A
Os retinóides, uma família de moléculas
relacionadas ao retinol (vitamina A), são
essenciais para a visão, a reprodução, o
crescimento e a manutenção dos tecidos
epiteliais. O ácido retinóico, derivado da
oxidação do retinol da dieta, medeia a maioria
das ações dos retinóides, exceto para a visão, a
qual depende do retinal, o derivado aldeídico do
retinol.
Vitamina A é um termo frequentemente usado
como coletivo para várias moléculas
relacionadas, biologicamente ativas. O termo
retinóides inclui as formas natural e sintética da
vitamina A, que podem ou não ter atividade de
vitamina A.
1. Retinol: Álcool primário que contém um anel
P-ionona com uma cadeia lateral insaturada e é
encontrado em tecidos animais como um éster
retinil com ácidos graxas de cadeia longa.
2. Retinal: É o derivado aldeído da oxidação do
retinol. O retinal e o retinol podem ser facilmente
interconvertidos.
3. Ácido retinóico. É o ácido derivado da
oxidação do retinal. O ácido retinóico não pode
ser reduzido no organismo e, assim, não pode
originar retinal ou retinol.
4. Betacaroteno. Os vegetais contêm p-caroteno,
o qual pode ser clivado oxidativamente no
intestino em duas moléculas de retinal. Em
humanos, a conversão é ineficiente e a atividade
de vitamina A do p-caroteno é apenas cerca de
um sexto daquela do retinol.
Absorção e transporte da vitamina A
Transporte para o fígado: Os ésteres de retinol
presentes na dieta são hidrolisados na mucosa
intestinal, liberando retinol e ácidos graxos
livres.
O retinol derivado dos ésteres e de clivagem e
redução de carotenos é novamente esterificado a
ácidos graxos na mucosa do intestino e secretado
como componente dos quilomicra no sistema
linfático. Os ésteres de retinol contidos nos
quilomicra são captados pelo fígado e nele
armazenados.
Liberação a partir do fígado: Quando necessário,
o retinol é liberado do fígado e transportado para
os tecidos extra-hepáticos pela proteína
plasmática ligadora de retinol (PLR). O
complexo PLR-retinol liga-se a receptores
específicos na superfície das células dos tecidos
periféricos, permitindo a entrada do retinol.
Muitos tecidos possuem uma proteína celular
ligadora de retinol, que transporta o retinol para
sítios no núcleo, onde a vitamina atua de maneira
análoga aos hormônios esteróides.
Mecanismo de ação da vitamina A
O ácido retinóico liga-se com alta afinidade a
proteínas receptoras específicas,no núcleo de
células-alvo, tais como as células epiteliais.
O complexo ativado receptor-ácido retinóico
interage com a cromatina nuclear, estimulando a
síntese de RNA retinóide-específico, resultando
na produção de proteínas específicas, as quais
medeiam várias funções fisiológicas.
Funções da vitamina A
1. Ciclo visual: A vitamina A é um
componente dos pigmentos visuais das
células cones e dos bastonetes.
2. Crescimento: Os animais privados de
vitamina A inicialmente perdem o apetite,
possivelmente devido à queratinização das
papilas gustativas. O crescimento ósseo é
lento e não acompanha o crescimento do
sistema nervoso, originando dano ao sistema
nervoso central.
3. Reprodução: O retinol e o retinal são
essenciais para a reprodução normal,
mantendo a espermatogênese nos machos e
prevenindo a reabsorção fetal nas fêmeas.
O ácido retinóico é inativo promove o
crescimento e a diferenciação das células
epiteliais; assim, animais que recebem
vitamina A somente como ácido retinóico
desde o nascimento são cegos e estéreis.
4. Manutenção das células epiteliais: A
vitamina A é essencial para a diferenciação
normal dos tecidos epiteliais e das secreções
de mucosas.
Distribuição da vitamina A
Fígado, rim, nata, manteiga e clara de ovos são
boas fontes de vitamina A pré-formada. Vegetais
amarelos e verde-escuros e frutas são boas fontes
dietéticas de carotenos, que servem como
precursores da vitamina A.
A quantidade diária recomendada para adultos é
1.000 equivalentes de retinol (RE) para
indivíduos do sexo masculino e 800 RE para
indivíduos do sexo feminino.
Um RE = 1 mg de retinol, 6 mg de betacaroteno
ou 12 mg de outros carotenóides.
Indicações clínicas
O retinol e seus precursores são utilizados como
suplementos dietéticas, enquanto várias formas
do ácido retinóico são usadas na dermatologia.
1. Deficiência dietética: a vitamina A,
administrada como retinol ou ésteres de retinil, é
utilizada para o tratamento de pacientes
deficientes nessa vitamina. A cegueira noturna é
um dos primeiros sinais de deficiência em
vitamina A. O limiar visual aumenta,
dificultando a visão em ambientes com pouca
luminosidade. A deficiência prolongada leva a
uma perda irreversível no número de células
visuais.
A deficiência grave de vitamina A leva à
xeroftalmia, o ressecamento patológico da
conjuntiva e da córnea. Se não for tratada, a
xeroftalmia resulta em ulceração da córnea e, por
fim, em cegueira, devido à formação de tecido de
cicatrização opaco.
2. Acne e psoríase: problemas dermatológicos,
como acne e psoríase, são tratados efetivamente
com ácido retinóico ou seus derivados.
3. Prevenção de doenças crônicas: populações
consumindo dietas com alto conteúdo de
betacaroteno apresentam diminuição na
incidência de doenças cardíacas e de câncer de
pulmão e de pele, além de estar também
associados com redução no risco de cataratas e
de degeneração macular.
Toxicidade dos retinóides
Ingestão excessiva de vitamina A produz
hipervitaminose A. Quantidades que excedam
7,5 mg/dia de retinol devem ser evitadas. Os
sinais iniciais de hipervitaminose A crônica
refletem-se na pele, que se torna seca e prurítica,
no fígado, que apresenta aumento e pode
tornar-se cirrótico, e no sistema nervoso, onde
um aumento da pressão intracraniana pode
mimetizar sintomas de tumor encefálico.
Gestantes, especialmente, não devem ingerir
quantidades excessivas de vitamina A, em
função da potencial possibilidade de
malformações congênitas no feto em
desenvolvimento.
2- Vitamina D
As vitaminas O são um grupo de esteróides que
apresentam uma função do tipo hormonal. A
molécula ativa, 1,25 diidroxicolecalciferol,
liga-se a proteínas receptoras intracelulares. O
complexo 1,25-diOH-D3-receptor interage com
o DNA no núcleo de células- alvo e estimula
seletivamente ou reprime de modo específico a
transcrição gênica. A ação mais proeminente do
1,25diOH-D3 é a regulação dos níveis
plasmáticos de cálcio e fósforo.
Distribuição da vitamina D
O ergocalciferol (vitamina D2), encontrado em
plantas, e o colecalciferol (vitamina D3),
encontrado em tecidos animais, são fontes de
atividade de vitamina D pré-formada. O
ergocalciferol e o colecalciferol diferem
quimicamente apenas pela presença de uma
ligação dupla adicional e de um grupo meti la no
esteróide vegetal. O 7-desidrocolesterol, um
intermediário no metabolismo do colesterol, é
convertido em colecalciferol na derme e na
epiderme de humanos expostos à luz solar. A
vitamina D pré-formada é uma necessidade
dietética apenas em indivíduos com exposição
limitada à luz solar.
Metabolismo da vitamina D
Formação do 1 ,25-diOH-D3 . As vitaminas D
2 e D3 não são biologicamente ativas, mas são
convertidas in vivo na forma ativa da vitamina D
por duas reações seqüenciais de hidroxilação. A
primeira hidroxilação ocorre na posição 25 e é
catalisada por uma hidroxilase específica, no
fígado. O produto da reação,
25-hidroxicolecalciferol (25-0H-D3), é a forma
predominante da vitamina D no plasma e
principal forma de armazenamento da vitamina.
O produto 25-0H-D3 é posteriormente
hidroxilado na posição 1 pela
25-hidroxicoleca/cifero/-1-hidroxilase específica,
encontrada principalmente no rim, resultando na
formação de 1 ,25-diidroxicolecalciferol
(1,25-diOH-D3) .
Regulação da
25-hidroxicolecalciferol-1-hidroxilase. O
1,25-diOH-D3 é o mais potente metabólito da
vitamina D. Sua formação é fortemente regulada
pelos níveis plasmáticos de íons fosfato e de
cálcio. A atividade 25-hidroxicolecalcifero/-1
-hidroxilase aumenta diretamente em função de
baixo fosfato plasmático ou indiretamente por
diminuição de íons cálcio, que dispara a
liberação do hormônio paratireóideo (PTH).
A hipocalcemia causada por deficiência de cálcio
na dieta, desse modo, resulta em níveis elevados
de 1 ,25-diOH-D3 no plasma. A atividade de
1-hidroxilase é ainda diminuída por excesso de
1,25-diOH-D3, o produto da reação.
Funções da vitamina D
A função geral do 1,25-diOH-03 é a manutenção
de níveis plasmáticos adequados de cálcio. Esse
composto realiza essa função por: 1) aumentar a
captação de cálcio pelo intestino; 2) minimizar a
perda de cálcio pelo rim; e 3) estimular a
reabsorção óssea quando necessário.
Distribuição e necessidades de vitamina D
A vitamina D ocorre naturalmente em peixes
gordurosos, fígado e clara de ovo. O leite, a não
ser que seja fortificado artificialmente, não é
uma boa fonte dessa vitamina. Para adultos, a
QDR é de 5 microgramas de colecalciferol, ou
200 unidades internacionais (UI) de vitamina D.
Indicações clínicas
Raquitismo nutricional. A deficiência de
vitamina D causa como resultado líquido,
desmineralização dos ossos, resultando em
raquitismo em crianças e em osteomalacia em
adultos.
Raquitismo renal (osteodistrofia renal). Essa
doença resulta de insuficiência renal crônica e,
portanto, diminuição na capacidade de produzir a
forma ativa da vitamina.
Hipoparatireoidismo. A ausência do hormônio
paratireóideo causa hipocalcemia e
hiperfosfatemia. Esses pacientes podem ser
tratados com qualquer forma da vitamina D,
juntamente com o hormônio paratireóideo.
Toxicidade da vitamina D
A vitamina D é a mais tóxica de todas as
vitaminas, podendo ser armazenada no
organismo e é apenas vagarosamente
metabolizada. Doses altas {100.000 UI por
semanas ou meses) podem causar perda do
apetite, náusea, sede e estupor.
Aumento na absorção de cálcio e reabsorção
óssea resultam em hipercalcemia, que pode levar
à deposição de cálcio em muitos órgãos,
especialmente nas artérias e nos rins.
3- Vitamina K
O principal papel da vitamina K é exercido na
modificação pós-traducional de vários fatores de
coagulação sangüínea, quando essa vitamina
serve como uma coenzima na carboxilação de
certos resíduos de ácido glutâmico presentes
nessas proteínas. A vitamina K existe em
diversas formas. Por exemplo, nas plantas ela
existe como filoquinona (ou vitamina K1) e nas
bactérias da flora intestinal como menaquinona
(ou vitamina K2). Para a terapia, está disponível
um derivado sintético da vitamina K, a
menadiona.
Funçõesda vitamina K
A vitamina K é necessária para a síntese hepática
de protrombina e dos fatores de coagulação
sangüínea 11, VIl, IX e X. Essas proteínas são
sintetizadas como moléculas precursoras
inativas. A formação dos fatores de coagulação
requer a carboxilação dependente de vitamina K
de resíduos de ácido glutâmico. Com isso,
forma-se um fator de coagulação maduro, que
contém y-carboxiglutamato (Gia) e é capaz de
subseqüente ativação. A reação requer 0 2, C02 e
a forma hidroquinona da vitamina K. A
formação de Gla é sensível à inibição por
dicumarol, um anticoagulante de ocorrência
natural em células de trevo cheiroso em
deterioração, e por varfarina, um análogo
sintético da vitamina K.
Interação da protrombina com plaquetas. Os
resíduos de Gla da protrombina são bons
quelantes de íons cálcio, carregados
positivamente, devido à presença de dois grupos
carboxilato adjacentes, negativamente
carregados.
O complexo protrombina-cálcio é então capaz de
ligar-se a fosfol ipídeos essenciais para a
coagulação sangüínea, sobre a superfície das
plaquetas. A ligação às plaquetas aumenta a taxa
da conversão proteolítica de protrombina em
trombina.
Distribuição e necessidades de vitamina K
A vitamina K é encontrada no repolho, na
couve-flor, no espinafre, na clara dos ovos e no
fígado. Há também intensa síntese dessa
vitamina pelas bactérias intestinais.
Não existe uma QDR para a vitamina K, mas 70
a 140 mg/dia é recomendável como um nível
adequado. O nível inferior presume que metade
das necessidades estimadas provenham da
síntese bacteriana, enquanto o nível superior
presume não haver síntese bacteriana.
Indicações clínicas
Deficiência de vitamina K. Uma deficiência
verdadeira de vitamina K é incomum, pois
quantidades adequadas são geralmente
produzidas pelas bactérias intestinais ou obtidas
a partir da dieta. Se a população bacteriana no
intestino diminui, por exemplo, pelo uso de
antibióticos, a quantidade de vitamina formada
endogenamente diminui e pode levar à
hipoprotrombinemia em indivíduos
marginalmente subnutridos (por exemplo, um
paciente geriátrico debilitado).
Essa condição pode requerer uma suplementação
com vitamina K para corrigir a tendência a
sangramentos.
Além disso, certas cefalosporinas de segunda
geração (por exemplo, cefoperazona, cefamandol
e moxalactam) causam hipoprotrombinemia,
aparentemente por meio de um mecanismo do
tipo da varfarina. Conseqüentemente, seu uso
como tratamento é normalmente suplementado
com vitamina K.
Deficiência de vitamina K no recém-nascido.
Recém-nascidos possuem intestinos estéreis e
não podem inicialmente sintetizar a vitamina K.
Uma vez que o leite humano fornece apenas
cerca de um quinto das necessidades diárias de
vitamina K, é recomendado que todos os
recém-nascidos recebam uma única dose
intramuscular de vitamina K profilaticamente
contra doenças hemorrágicas.
Toxicidade da vitamina K
A administração prolongada de doses elevadas
de vitamina K pode produzir anemia hemolítica e
icterícia no bebê, devido a efeitos tóxicos na
membrana dos eritrócitos.
4- Vitamina E
As vitaminas E consistem em oito tocoferóis de
ocorrência natural, dos quais o alfa-tocoferol é o
mais ativo. A principal função da vitamina E é
como antioxidante na prevenção da oxidação
não-enzimática de componentes celulares (por
exemplo, ácidos graxos poliinsaturados) pelo
oxigênio molecular e por radicais livres.
Distribuição e necessidades de vitamina E
Óleos vegetais são fontes ricas em vitamina E,
enquanto fígado e ovos contêm quantidades
moderadas dessa vitamina. A QDR para o
alfa-tocoferol é 10 mg para homens e 8 mg para
mulheres. As necessidades de vitamina E
aumentam na medida em que aumenta a ingestão
de ácidos graxos poliinsaturados.
Deficiência de vitamina E
A deficiência de vitamina E está quase
inteiramente restrita a bebês prematuros. Quando
observada em adultos, normalmente está
associada com defeitos na absorção ou no
transporte de lipídeos.
Toxicidade da vitamina E
A vitamina E é a menos tóxica das vitaminas
lipossolúveis.
Tecido cartilaginoso
❖ Forma especializada de tecido conjuntivo de
consistência rígida;
❖ Possui condrócitos e abundante material
extracelular que compõe a matriz;
❖ Consistência firme das cartilagens se deve,
principalmente, às ligações eletrostáticas
entre os glicosaminoglicanos sulfatados e o
colágeno, e à grande quantidade de
moléculas de água presas a esses
glicosaminoglicanos (água de solvatação), o
que confere turgidez à matriz.
❖ Não contém vasos sanguíneos, sendo nutrido
pelos capilares do conjuntivo envolvente
(pericôndrio), sendo também desprovido de
vasos linfáticos e de nervos.
Funções:
❖ Suporte de tecidos moles;
❖ Revestimento de superfícies articulares, em
que absorve choques e facilita o
deslizamento dos ossos nas articulações;
❖ Essencial para a formação e o crescimento
dos ossos longos, na vida intrauterina e
depois do nascimento.
Suas funções dependem principalmente da
estrutura da matriz, que é constituída por
colágeno ou colágeno mais elastina, em
associação com macromoléculas de
proteoglicanos (proteínas +
glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e
diversas glicoproteínas.
Condrócitos
Na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos
apresentam forma alongada, com o eixo maior
paralelo à superfície. Mais profundamente, são
arredondados e aparecem em grupos de até oito
células, chamados grupos isógenos, porque suas
células são originadas de um único condroblasto.
A superfície dos condrócitos parece regular ao
microscópio óptico, porém o eletrônico mostra
reentrâncias e saliências maiores e mais
frequentes nos condrócitos jovens. Essa
disposição aumenta a superfície dos condrócitos,
facilitando as trocas com o meio extracelular,
importante para a nutrição dessas células, tão
afastadas da corrente sanguínea.
Os condrócitos são células secretoras de
colágeno, principalmente do tipo II,
proteoglicanos e glicoproteínas, como a
condronectina e vivem sob baixas tensões de
oxigênio.
Os nutrientes transportados pelo sangue
atravessam o pericôndrio, penetram a matriz da
cartilagem e alcançam os condrócitos mais
profundos. Essa movimentação de moléculas
ocorre principalmente por difusão através da
água de solvatação e o bombeamento promovido
pelas forças de compressão e descompressão
exercidas sobre as cartilagens.
O funcionamento dos condrócitos depende de
um balanço hormonal adequado. A síntese de
proteoglicanos é acelerada por tiroxina e
testosterona, e diminuída por cortisona,
hidrocortisona e estradiol. O GH promove a
síntese de somatomedina C pelo fígado, que
aumenta a capacidade sintética dos condroblastos
e também a multiplicação dessas células,
estimulando o crescimento das cartilagens.
Outros hormônios como a cortisona, a
hidrocortisona e o estradiol inibem os
condrócitos.
1- Cartilagem hialina
❖ Forma o primeiro esqueleto do embrião, que
posteriormente é substituído por um
esqueleto ósseo;
❖ Forma o disco epifisário, que é responsável
pelo crescimento do osso em extensão;
❖ Encontrada na parede das fossas nasais,
traqueia e brônquios, na extremidade ventral
das costelas e recobrindo as superfícies
articulares dos ossos longos (articulações
com grande mobilidade);
❖ Sua matriz é formada, em 40% do seu peso
seco, por fibrilas de colágeno tipo II
associadas a ácido hialurônico,
proteoglicanos muito hidratados e
glicoproteínas;
❖ Outro componente da matriz é a
glicoproteína estrutural condronectina, uma
macromolécula com sítios de ligação para
condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e
glicosaminoglicanos. Assim, a condronectina
participa da associação do arcabouço da
matriz com os condrócitos;
❖ Tem matriz basófila, devido à existência dos
glicosaminoglicanos que contêm radicais
sulfato;
❖ Em torno dos condrócitos existem zonas
estreitas, ricas em proteoglicanos e pobres
em colágeno, denominadas cápsulas;
Todas as cartilagens hialinas, exceto a articular é
revestida por pericôndrio, uma camada de tecido
conjuntivo denso em maior parte, muito rico em
fibras de colágeno tipo I na partemais
superficial, porém gradativamente mais rico em
células à medida que se aproxima da cartilagem.
É fonte de novos condrócitos para o crescimento,
nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos
metabólicos da cartilagem, porque nele estão
localizados vasos sanguíneos e linfáticos.
Em comparação com os outros tecidos, a
cartilagem hialina é sujeita com relativa
frequência a processos degenerativos. O mais
comum é a calcificação da matriz, que consiste
na deposição de fosfato de cálcio sob a forma de
cristais de hidroxiapatita, precedida por aumento
de volume e morte das células.
A cartilagem que sofre lesão regenera-se com
dificuldade e, frequentemente, de modo
incompleto, salvo em crianças de pouca idade.
No adulto, a regeneração ocorre pela atividade
do pericôndrio. Quando há lesão de uma
cartilagem, células derivadas do pericôndrio
invadem a área destruída e dão origem a tecido
cartilaginoso que repara a lesão. Quando a área
destruída é extensa, ou mesmo, algumas vezes,
pequena, o pericôndrio, em vez de formar novo
tecido cartilaginoso, forma uma cicatriz de tecido
conjuntivo denso.
Histogênese
No embrião, os esboços das cartilagens surgem
no mesênquima.
1º Arredondamento das células
mesenquimatosas, que retraem seus
prolongamentos e multiplicam-se rapidamente,
formando aglomerados de condroblastos, esses
que têm citoplasma muito basófilo.
2º Inicia-se a síntese da matriz, que afasta os
condroblastos uns dos outros.
A diferenciação das cartilagens ocorre do centro
para a periferia, de modo que as células mais
centrais já apresentam as características de
condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda
são condroblastos típicos.
O mesênquima superficial forma o pericôndrio.
Crescimento das cartilagens
Crescimento intersticial: ocorre por divisão
mitótica dos condrócitos preexistentes, que
ocorre apenas nas primeiras fases da vida da
cartilagem.
Crescimento aposicional: ocorre a partir dos
condroblastos.
Nos dois casos os novos condrócitos formados
logo produzem fibrilas colágenas, proteoglicanos
e glicoproteínas, de modo que o crescimento real
é muito maior do que o produzido pelo aumento
do número de células.
2- Cartilagem elástica
❖ Encontrada no pavilhão auditivo, no conduto
auditivo externo, na tuba auditiva, na
epiglote e na cartilagem cuneiforme da
laringe;
❖ É semelhante à cartilagem hialina, porém
inclui, além das fibrilas de colágeno
(principalmente do tipo II), uma abundante
rede de fibras elásticas, contínuas com as do
pericôndrio.
❖ Menos sujeita a processos degenerativos em
relação à hialina;
❖ Cor amarelada quando examinada a fresco,
devido à elastina.
3- Cartilagem fibrosa
❖ Encontrada nos discos intervertebrais, nos
pontos em que alguns tendões e ligamentos
se inserem nos ossos, e na sínfise pubiana;
❖ Tecido entre o conjuntivo denso e a
cartilagem hialina;
❖ Tem matriz acidófila, por conter muitas
fibras colágenas (tipo I);
❖ Condrócitos formam fileiras alongadas;
❖ Não possui pericôndrio;
❖ A substância fundamental (ácido hialurônico,
proteoglicanos e glicoproteínas) é escassa e
limitada à proximidade das lacunas que
contêm os condrócitos.
O disco intervertebral é formado por dois
componentes: o anel fibroso e uma parte central,
derivada da notocorda do embrião, o núcleo
pulposo. Previne o desgaste do osso das
vértebras durante os movimentos da coluna
espinhal.

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