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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS – CCT CURSO DE GEOGRAFIA BACHARELADO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS JOSÉ LUCAS MARQUES ALBUQUERQUE CHINA E BRASIL: INDUSTRIALIZAÇÃO E “DESINDUSTRIALIZAÇÃO PRECOCE” FORTALEZA-CE 2021 A desindustrialização do Brasil em referência a China que é hoje não só uma potência militar, mas também econômica, mas que ainda depende dos produtos externos de extrema importância para importações, por exemplo, da carne do Brasil e alguns outros cereais. A relação Brasil e China são importantíssimas para as duas economias e essa parceria só tem se fortalecido após vários acordos econômicos feitos em meados de 2009/2010 e que se mantém até o atual momento. Países desenvolvidos como a China, só cresce exponencialmente, produzindo e vendendo muito, principalmente quando se têm compradores de países emergentes como os da América do Sul. O processo de desindustrialização por sua vez não está diretamente ligada a baixa produção, bem como também o processo de crescimento produtivo não está ligado ao crescimento econômico. O processo de desindustrialização está diretamente ligado à distribuição espacial dessas indústrias, ou seja, como e onde elas estão inseridas irá refletir como está o processo de industrialização no país. O problema surge quando se compara os investimentos de cada país, BR e CH em setores produtivos, tecnológicos e de valorização da mão de obra. Vários países direcionam uma grande parcela do seu PIB nesse setor. Quando se faz essa relação o Brasil ainda se encontra em uma situação que só tende a piorar com o decorrer do tempo. Os baixos investimentos em construção ou apoio tecnológico para avanço do país se refletem em uma preferência de produção apenas em setores de baixa complexidade, ou seja, o país se torna atrasado tecnologicamente e industrialmente, pois os poucos pólos tecnológicos e industriais que vão existir estarão concentrados em certos pontos do país tornando a produção de alguns produtos inviáveis comercialmente. Quando essa análise se volta para o lado chinês o pensamento é totalmente diferente, a produção é em todos os setores industriais, baixo, médio e alto custo e isso agrega valor a todos os produtos e ao país, além disso, o país perde a dependência de outros países quando se refere à produção, e quanto maior for sua produção, mais a indústria que lá estar, se expande no território, ou seja, o país crescer industrialmente, a oferta de emprego cresce, a produção acelera e a economia só progride. Quando se compara esses pontos referentes aos dois países, vemos como o Brasil ainda sofre com os altos custos de produção, altas taxas de câmbio, interferências políticas e partidárias. Tudo isso reflete em uma baixa competitividade, já que o mercado externo não tem confiança suficiente para investir seu capital em território brasileiro. Outro ponto a se destacar é referente à quantidade de investimentos que o país faz no seu próprio setor tecnológico que deveria ser primordial em um país com as dimensões territoriais como o Brasil. A falta desses investimentos se reflete em uma produção mais cara que por sua vez irá vender um produto mais caro a um consumidor. No caso do Brasil, o consumidor não possui poder de compra mesmo ganhando uma porcentagem maior quando comparado a China, ou seja, a moeda é desvalorizada, o câmbio na compra acabando piorando as relações de compra e venda de produtos manufaturados com outros países. Tudo isso acelera esse processo de desindustrialização e desacelera o processo de industrialização e avanços do Brasil. REFERÊNCIA CADERNOS do DESENVOLVIMENTO, Rio de Janeiro, v. 7, n. 10, p.229-251, jan.-jun. 2012
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