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Controle Higiênico e Sanitário dos Alimentos RDC 43/2015: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM EVENTOS DE MASSA. IBMR, Rio de Janeiro/RJ 2020.1 Patricia Souza dos Santos Estabelecer regras sobre a prestação de serviços de alimentação em eventos de massa, incluindo requisitos mínimos para avaliação prévia e funcionamento de instalações e serviços relacionados ao comércio e manipulação de alimentos e definição de responsabilidades. RDC 43, de 1 de Setembro de 2015 – Objetivo Evento de massa: atividade coletiva de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, realizada por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, de origem nacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública, exija a atuação coordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e/ou federal e requeira o fornecimento de serviços especiais de saúde, públicos ou privados. RDC 43, de 1 de Setembro de 2015 Se aplica aos eventos, públicos ou privados, que envolvam diariamente um contingente superior a 1.000 (um mil) pessoas e onde for realizada alguma das seguintes atividades da manipulação de alimentos: I - recebimento; II - preparo; III - acondicionamento; IV - armazenamento; V - transporte; VI - distribuição; VII - exposição ao consumo; VIII - comercialização. Esta Resolução pode ser aplicada a eventos com quantitativo inferior a mil pessoas, conforme determinação da autoridade sanitária local. Se aplica aos administradores de estabelecimentos, organizadores de eventos, empresas e empresários contratados pelos organizadores de eventos e aos prestadores de serviços contratados que estejam envolvidos na manipulação de alimentos. RDC 43, de 1 de Setembro de 2015 – Aplicação Os organizadores de eventos, as empresas ou os empresários por eles contratados e os administradores dos estabelecimentos devem: ✓ garantir o cumprimento dos requisitos sanitários e as condições higiênico sanitárias adequadas da manipulação de alimentos; ✓comunicar imediatamente à autoridade sanitária local sobre eventuais agravos à saúde relacionados ao consumo de alimentos; ✓garantir à autoridade sanitária local acesso livre e facilitado a todos os locais onde serão realizadas atividades de manipulação e comercialização de alimentos, antes e durante o evento. RDC 43, de 1 de Setembro de 2015 – Responsabilidades ✓ providenciar que a documentação, as instalações e os serviços relacionados à manipulação de alimentos sejam previamente avaliados e aprovados pela autoridade sanitária; ✓ impedir a participação no evento dos prestadores de serviços que não estejam regularizados perante a vigilância sanitária; ✓ responder solidariamente aos prestadores de serviços envolvidos na manipulação de alimentos por eventuais danos à saúde do público e dos trabalhadores, decorrentes do consumo de alimentos impróprios. ✓ devem protocolar junto ao órgão de vigilância sanitária local, em até trinta dias antes do início do evento Formulário de Avaliação Prévia das Instalações e dos Serviços Relacionados à Manipulação de Alimentos. RDC 43, de 1 de Setembro de 2015 – Responsabilidades http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_43_2015_.pdf/2d1da3b5-f322-47b0-85b7-d538f6658493 Formulário de Avaliação Prévia das Instalações e dos Serviços Relacionados à Manipulação de Alimentos I – Caracterização do Evento: A) Nome do evento: B) Tipo de evento: C) Empresa ou Empresário Responsável pelo evento: C.1) Personalidade jurídica: ( ) pessoa jurídica – continuar campo C.2 ( ) pessoa física – continuar campo C.3 C.2) Identificação da Empresa ou Empresário: Razão Social/Nome: CNPJ/CPF, Endereço comercial, Telefone, E-mail. C.3) Pessoa da Organização Responsável pela Prestação de Serviços de Alimentação (quando houver profissional habilitado contratado para esse fim, apresentar suas informações): Nome, Formação Profissional, E-mail, Telefone fixo, telefone móvel. D) Público alvo: E) Quantitativo estimado de pessoas (por dia): F) Endereço do local de realização do evento: G) Período: H) Horário de funcionamento: I) Cronograma diário de funcionamento: J) Leiaute do evento (anexar): http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_43_2015_.pdf/2d1da3b5-f322-47b0-85b7-d538f6658493 Formulário de Avaliação Prévia das Instalações e dos Serviços Relacionados à Manipulação de Alimentos II – Instalações e Serviços relacionados à manipulação de alimentos: Os campos a seguir deverão ser preenchidos de forma individualizada, por cada instalação ou serviço que fornecerá alimentos. II.1 – Formulário para instalações e serviços que funcionam regularmente: A) Identificação da Empresa/Pessoa: Razão Social/Nome: CNPJ/CPF: Inscrição Estadual/Municipal: Endereço comercial: Telefone: E-mail: Quando exigido, nº Alvará Sanitário /Licença Sanitária /Cadastro (anexar cópia): Responsável pelo serviço/instalação de preparo de alimento: Nome, CPF B) Serão comercializados apenas alimentos industrializados? ( ) Sim ( ) Não C) Descreva sinteticamente os tipos de alimentos que serão comercializados ou anexe ao formulário o cardápio sugestivo. Formulário de Avaliação Prévia das Instalações e dos Serviços Relacionados à Manipulação de Alimentos II.2 – Formulário para instalações e serviços provisórios: A) Identificação da Empresa/Pessoa: Razão Social/Nome: CNPJ/CPF: Inscrição Estadual/Municipal: Endereço comercial: Telefone: E-mail: Quando exigido, nº Alvará Sanitário /Licença Sanitária /Cadastro (anexar cópia): Responsável serviço/instalação de preparo de alimento: Nome: CPF: B) Serão comercializados apenas alimentos industrializados? ( ) Sim ( ) Não. Seguir para o campo C. C) Descreva sinteticamente os tipos de alimentos que serão comercializados ou anexe ao formulário o cardápio sugestivo. D) Identificação do local onde os alimentos serão preparados ou pré-preparados: ( ) Local do evento. Seguir campo G. ( ) Local sediado fora do evento. Seguir campo E. E) Identificação do serviço/instalação de apoio (fora do local do evento) Razão Social/Pessoa Física: CNPJ/CPF: Endereço: Telefone: E-mail: Quando exigido, nº Alvará Sanitário (anexar cópia): F) Transporte do alimento: Tipo de transporte: ( ) próprio ( ) terceirizado Forma de transporte do alimento: ( ) veículo com refrigeração ( ) veículo isotérmico ( ) caixa térmica ( ) outros:_________________________________________ Possui licenciamento sanitário ou cadastro do veículo: ( ) sim - Anexar cópia ( ) não Formulário de Avaliação Prévia das Instalações e dos Serviços Relacionados à Manipulação de Alimentos II.2 – Formulário para instalações e serviços provisórios: (continuação) G) Estrutura do serviço/instalação (quando existente, especificar no campo a quantidade): ( ) estabelecimento montado. ( ) quiosque/barraca/tenda/stand montado. ( ) unidade móvel – trailer, veículo adaptado ou carrinho ( ) outro. Descrever: _____________________________________________________ H) Equipamentos/infraestrutura disponíveis na unidade (quando existente, especificar no campo a quantidade): ( ) refrigerador ( ) freezer ( ) câmara refrigeração ( ) forno microondas ( ) forno elétrico ( ) forno combinado ( ) fogão/forno a gás ( ) pass through ( ) balcão térmico ( ) estufa ( ) pia ( ) lavatório ( ) sistema de exaustão ( ) ambiente climatizado ( ) termômetro ( ) Outros. Especificar: I) Disponibilidade de energia elétrica: ( ) Sim ( ) Não J) Gerador: ( ) Sim ( ) Não K) Abastecimento da água: ( ) Rede pública ( ) Caminhão pipa ( ) Poço artesiano ( ) Outros. L) Descrever o aporte de instalações sanitárias M) Capacitação dos Manipuladores em Boas Práticas ( ) Não ( ) Sim N) Anexar plano de gerenciamento de resíduos, com ênfase ao local de armazenamento dos resíduos sólidos, cronograma de coleta e destino final. Órgão ou agente públicocompetente da área da saúde da localidade do evento, com poderes legais para regulamentar, licenciar, autorizar, fiscalizar e realizar demais ações no âmbito da vigilância sanitária. ✓irá avaliar e aprovar as atividades que poderão ser executadas nas instalações e nos serviços relacionados à manipulação de alimentos em eventos; ✓a aprovação da autoridade sanitária local pode ser reavaliada a qualquer tempo, desde que claramente motivada, e tem alcance restrito ao evento, com exceção aos casos previstos na legislação local; ✓definir a forma de comunicação ao organizador do evento ou às empresas ou aos empresários contratados, sobre o resultado da avaliação prévia, incluindo as atividades que poderão ser executadas nas instalações e nos serviços relacionados à manipulação de alimentos em eventos. ✓fiscalizar as atividades relacionadas a manipulação de alimentos no decorrer do evento. Autoridade Sanitária Local Às instalações ou serviços que funcionem regularmente se aplicam os requisitos sanitários estabelecidos nas Resoluções da Diretoria Colegiada - RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação e RDC nº 218, de 29 de julho de 2005, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Higiênico-Sanitários para Manipulação de Alimentos e Bebidas Preparados com Vegetais, e nas demais normas pertinentes. Boas Práticas para instalações e serviços relacionados à manipulação de alimentos ✓Cada instalação e serviço relacionado à manipulação de alimentos em eventos deve possuir, no mínimo, 1 responsável capacitado em Boas Práticas. Caberá à autoridade sanitária local definir os requisitos específicos sobre a capacitação do responsável; ✓Quando for necessária a montagem de estruturas provisórias, os organizadores de eventos devem observar os requisitos específicos de Boas Práticas estabelecidos nesta Resolução, além daqueles definidos em legislação local; ✓Fica a cargo da autoridade sanitária local estabelecer a necessidade e a frequência das inspeções das instalações e dos serviços relacionados à manipulação de alimentos nos eventos. Normas ❑ A avaliação do cumprimento deste Regulamento dar-se-á por intermédio da Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos. ❑ A avaliação do cumprimento deste Regulamento dar-se-á por intermédio da Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos. ✓ As áreas internas e próximas às instalações e aos serviços relacionados à manipulação de alimentos não devem apresentar acúmulo de objetos em desuso e estranhos à atividade de manipulação de alimentos; ✓ As estruturas utilizadas para a montagem das instalações e dos serviços de alimentação devem estar em condições adequadas de higiene e conservação e permitir fácil limpeza; ✓O ambiente de manipulação dos alimentos deve ser devidamente higienizado, incluindo as superfícies e utensílios que entram em contato com os alimentos. As superfícies que entram em contato direto com o alimento devem ser de material liso, lavável, impermeável e resistente, próprio para o uso em estabelecimentos da área de alimentos. ✓Os equipamentos, os móveis e os utensílios utilizados nas instalações e serviços devem estar devidamente higienizados, em condições adequadas de conservação e ser apropriados para a manipulação de alimentos. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ✓Os produtos saneantes utilizados nas instalações e serviços devem estar regularizados na ANVISA, utilizados conforme instruções do fabricante e armazenados em local apropriado; ✓Devem ser adotadas medidas preventivas para evitar a presença de vetores e pragas no local de manipulação de alimentos. ✓Nas instalações e nos serviços relacionados à manipulação de alimentos, os resíduos devem ser coletados e estocados em lixeiras com tampas sem acionamento manual, sendo recomendada a separação do lixo reciclável daquele não reciclável quando houver previsão de coleta seletiva. ✓ As áreas externas às instalações e aos serviços relacionados à manipulação de alimentos devem possuir lixeiras em quantidade suficiente e compatível com o número de participantes do evento. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ✓Deve ser previsto um sistema de coleta de resíduos durante a organização do evento. ✓Cada instalação e serviço relacionado à manipulação de alimentos deve dispor de fonte de água corrente oriunda da rede pública ou comprovadamente potável quando proveniente de sistema alternativo, para o uso nas atividades de manipulação dos alimentos bem como para a higienização das mãos e utensílios. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Manipuladores de Alimentos Os manipuladores de alimentos devem: a) manter asseio pessoal, manter as unhas curtas, sem esmalte ou base, não usar maquiagem, perfumes e adornos, tais como anéis, brincos, dentre outros; b) usar cabelos presos e completamente protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim; c) utilizar uniformes apropriados, conservados e limpos, calçados fechados e equipamentos de proteção individual (EPI); d) evitar hábitos de higiene inadequados durante a manipulação de alimentos, tais como falar desnecessariamente, falar ao celular, fumar, cantar, comer, assobiar, espirrar, cuspir e tossir; e) adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos por meio da higiene das mãos e pelo uso de utensílios próprios; f) estar livres de afecções cutâneas e em condição de saúde compatível com a atividade desenvolvida, a fim de não comprometer a qualidade do alimento. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Manipuladores de Alimentos Os manipuladores de alimentos devem: ✓ Ser capacitados em higiene pessoal, manipulação de alimentos e doenças transmitidas por alimentos. A capacitação deve ser comprovada documentalmente. ✓ As instalações e os serviços relacionados à manipulação de alimentos em eventos devem dispor de equipamento e estrutura para a higiene das mãos dos manipuladores, incluindo sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos Na impossibilidade de dispor de equipamento ou estrutura acessível para a higiene das mãos dos manipuladores, é permitida apenas a oferta e o comércio de alimentos embalados e prontos para o consumo. ❑Matéria-Prima ✓ As matérias-primas e os insumos utilizados para o preparo dos alimentos devem ser de origem comprovada e transportados e armazenados de forma adequada, conforme recomendações do fabricante, sendo observada a temperatura correta de conservação, mediante monitoramento. ✓ Devem estar dentro do prazo de validade e suas embalagens devem estar íntegras; ✓ As matérias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos perecíveis devem ser expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo necessário para a preparação do alimento, a fim de não comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. ✓ Quando as matérias-primas e os ingredientes excederem a quantidade a ser usada na preparação, os mesmos devem ser fracionados, garantindo que sejam expostas à temperatura ambiente somente as porções que serão completamente utilizadas. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Preparo ✓ Alimentos prontos devem ser armazenados separadamentedos alimentos semi-prontos e crus. ✓ No preparo de alimentos por meio de cocção, deve-se garantir que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70ºC; ✓ Deve-se garantir que o óleo e a gordura utilizados na fritura não constituam uma fonte de contaminação química do alimento preparado. ✓ Os óleos e as gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não superiores a 180ºC e substituídos imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais; ✓ Os óleos e as gorduras usados devem ser descartados conforme normas vigentes relativas à destinação final ambientalmente adequada. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Preparo ✓ No caso de alimentos e ou matérias-primas congelados, antes da cocção, deve- se proceder ao descongelamento, a fim de garantir adequada penetração do calor, salvo nos casos em que o fabricante recomenda que o alimento seja cozido ainda congelado, devendo ser seguidas as orientações constantes da rotulagem. ✓ Os alimentos pré-preparados e preparados que forem armazenados sob refrigeração ou congelamento devem ser identificados; ✓ Os alimentos preparados, após a cocção, devem ser mantidos à temperatura superior a 60ºC por, no máximo, 6 horas e, quando resfriados, mantidos à temperatura inferior a 5ºC por no máximo 5 dias. ✓ As frutas, os legumes e os vegetais a serem consumidos crus devem ser submetidos a processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Preparo ✓ Os alimentos proteicos de origem animal a serem consumidos crus devem ser manipulados em área climatizada entre 12ºC e 18ºC, além de armazenados e distribuídos à temperatura inferior a 5ºC; ✓ Os alimentos pré-preparados e preparados devem ser transportados em veículos limpos, dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo transportar outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. ✓ Os alimentos transportados de forma inadequada não devem ser recebidos ou, quando recebidos, devem ser identificados e armazenados em local separado dos demais até sua destinação final. ✓ Os alimentos preparados fora do local do evento devem possuir identificação (denominação do produto, nome do produtor e endereço), data e hora de preparo, além da temperatura ideal de conservação e validade. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Preparo ✓Os equipamentos necessários à exposição e à distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas devem ser devidamente dimensionados e estar em bom estado de higiene, conservação e funcionamento. A temperatura dos alimentos mantidos nesses equipamentos deve ser monitorada. ✓ As bebidas não devem ser armazenadas em contato direto com o piso. ✓O gelo utilizado no preparo e na conservação dos alimentos e bebidas deve ser fabricado com água potável e em condições higiênico-sanitárias satisfatórias. ✓Os utensílios utilizados para o consumo de alimentos e bebidas, tais como pratos, copos e talheres devem estar limpos, em bom estado de conservação e ser armazenados em local protegido. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos ❑Preparo ✓Os funcionários responsáveis pela atividade de recebimento de dinheiro, cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas não podem manipular alimentos preparados, embalados ou não. ✓Os responsáveis pelas instalações e pelos serviços relacionados à manipulação de alimentos devem coletar e manter amostras dos alimentos preparados que forem ofertados aos consumidores. Não é permitida a reutilização de sobras de alimentos durante os eventos de massa. Lista de Avaliação das Boas Práticas para instalações e serviços relacionados ao comércio de alimentos em eventos https://www.youtube.com/watch?v=zw8zfP1JZjg Em 2017... https://pensecomida.com.br/chefs-de-todo-o-brasil-fazem-v%C3%ADdeo-manifesto-em-apoio-a-roberta- sudbrack-e-os-pequenos-produtores-49131cf0bf5e A Vigilância Sanitária municipal, dentro de suas atribuições de fiscalização de produtos comercializados no varejo com a finalidade de impedir que a saúde humana seja exposta a perigos segundo a lei 8080 de 19 de setembro de 1990, esclarece que o estabelecimento Sudbrack Gastronomia sofreu sanções – com base em legislação nacional (lei 7.889 de 23 de novembro de 1989) - após técnicos encontrarem alimentos que não possuíam registro para comercialização dentro do município do Rio de Janeiro, o Serviço de Inspeção Federal -SIF. Portanto, os 160 kg de alimentos irregulares encontrados no Rock In Rio, que seriam disponibilizados imediatamente à população, foram impedidos de serem comercializados. Já os 850 kg de alimentos encontrados no local de estoque, que fica localizado fora da área do evento que seria usado para abastecer o estande, foram lacrados para impedir a comercialização. Será encaminhado um ofício ao Ministério Público, para que seja definida a destinação desses alimentos, já que entraram de forma ilegal no município. Cabe ressaltar que o estabelecimento não foi proibido de comercializar produtos nos próximos dias de evento, desde que adquira produtos adequadamente registrados. De acordo com a redação do artigo 4º da lei 7.889 de 23 de novembro de 1989, apenas produtos oriundos de estabelecimentos registrados pelo Ministério da Agricultura estão habilitados ao comércio interestadual e internacional. No estabelecimento Sudbrack Gastronomia, foram encontrados produtos de origem animal (linguiça e queijo) sem os devidos registros. Ainda, segundo o artigo 12 do decreto 6235 de 30 de outubro de 1986, todo alimento só deve ser exposto ao consumo se estiver devidamente registrado em órgãos competentes. Nota sobre ação da Vigilância Sanitária Para o Rock in Rio, foram realizadas três grandes reuniões com todos os fornecedores e uma reunião específica com os fornecedores de alimentos em que foi apresentada a legislação aplicada durante os eventos de massa, inclusive sobre a certificação dos alimentos, e que tais questões seriam fiscalizadas durante o evento. Adicionalmente, foi entregue aos fornecedores de alimentos do evento uma nota de esclarecimento onde consta a referida legislação. É competência da Vigilância Sanitária a fiscalização dos produtos comercializados no varejo, com a finalidade de impedir que a saúde humana seja exposta a perigos. Para tal, o órgão tem o poder de polícia, que permite realizar determinados atos administrativos, como a fiscalização, a autuação, a inutilização de produtos, a interdição de estabelecimentos irregulares, de modo a garantir a segurança adequada para a população. É atribuição da Vigilância Sanitária o gerenciamento do risco sanitário em eventos de massa, haja vista o risco potencial para a saúde dos frequentadores. As ações iniciam-se antes do evento, por meio da elaboração de plano operacional e de ações educativas. Nota sobre ação da Vigilância Sanitária Os produtos de origem animal possuem “barreiras” de território, enquanto os de origem vegetal, não. Exemplo: uma geleia de amora produzida em Piracicaba, Estado de São Paulo, poderá ser comercializada tanto em Piracicaba como em São Luís do Maranhão. Estes produtos de origem vegetal são fiscalizados pelas Vigilâncias Sanitárias, ligadas às Secretarias Municipais de Saúde. Limites de Território Lei Federal n° 7889/89 estabelece que as agroindústrias: - se municipais, podem comercializar seus produtos apenas nos limites do seu município. - se estaduais, podem comercializar seus produtos apenas nos limites do seu do estado. - se federais, podem realizar comercializar em todo território nacional e EXPORTAR. A Inspeção Sanitáriade produtos de origem animal (POA) inclui: - a autorização para o funcionamento das agroindústrias (matadouros, fábrica de embutidos, fábrica de laticínios etc); - a avaliação das condições de higiene e das Boas Práticas de Fabricação e outros elementos essenciais para a segurança do alimento; - o registro de rótulos e de produtos. É permanente nos estabelecimentos de abate (matadouros) e periódica nas demais agroindústrias. LEGISLAÇÃO DA INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL X COMERCIALIZAÇÃO Os selos simbolizam essas atividades de inspeção e que o produto foi produzido em condições adequadas. Cabe ao produtor se enquadrar nos requisitos de cada selo. As denominações dos selos variam de acordo com amplitude territorial. SELOS Os SIM são vinculados às Secretarias Municipais de Agricultura. Esse “selo” exige cumprimento de regras simples de segurança de alimentos, além de outras regras. É relativamente fácil de conseguir. É o selo de produtos locais, em geral vendidos nas feiras dos municípios, como queijos e embutidos. Por que a regra de não comercializar em outro município? Porque para isso, seria importante garantir e fiscalizar outros requisitos importantes para garantia de segurança do alimento, como por exemplo: a higiene e controles de temperatura no transporte e estocagem. SIM= Serviço de Inspeção Municipal Os SIE são vinculados às Secretarias Estaduais da Agricultura. Esse “selo” exige cumprimento de regras mais rigorosas de segurança de alimentos, como por exemplo garantir que o produto enfrente as condições de viagens mais longas de transporte sob condições de higiene e controles de temperatura adequadas, além de outras regras. SIE = Serviço de Inspeção Estadual O SIF é vinculado diretamente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O selo SIF permite a comercialização em todo território nacional e exige cumprimento de regras mais rigorosas de segurança de alimentos como Boas Práticas de Fabricação, APPCC/ HACCP e muitas outras. Para exportar é necessário o selo SIF, além de exigências específicas de cada mercado. O SIF, vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA, coordena o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – S.I.S.B.I./POA, e é responsável por assegurar também a qualidade e segurança dos POA importados. SIF = Serviço de Inspeção Federal O QUE É O SISBI? É o sistema que INTEGRA todos os serviços de inspeção: federal, estaduais e municipais. Tem como objetivo harmonizar e uniformizar as ações e os procedimentos de inspeção e fiscalização em todo o país, a fim de garantir a segurança dos alimentos, independentemente da instância que o inspeciona. MAS SE O PRODUTOR MUNICIPAL QUISER COMERCIALIZAR ALÉM DO MUNICÍPIO? Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI) Evoluir para um SIE Evoluir para um SIF Migrar para SISBI O selo SISBI veio para atender os pequenos e médios produtores que querem produzir para outros estados e não possuem inspeção federal em seu estabelecimento. O SISBI faz parte do SUASA, o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. De acordo com o SUASA, os estados e os municípios podem solicitar a equivalência dos seus Serviços de Inspeção com o Serviço Coordenador do SISBI. Para obter essa equivalência, é necessário comprovar que as condições de avaliar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal TÊM A MESMA EFICIÊNCIA QUE A DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. Foi estabelecido pelo Decreto Nº 5.741 de 30/03 2006, e é um sistema federal de inspeção e fiscalização gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI) SELO ARTE A Lei n° 13.680, de 14 de junho de 2018, determina que os produtos sejam submetidos à inspeção dos órgãos sanitários dos Estados e do Distrito Federal. O produto artesanal será identificado, em todo o país, por um selo único com a indicação ARTE. SELO ARTE ❑Produto de origem animal artesanal: São todos os elaborados com predominância de matérias- primas de origem animal, a partir de técnicas prioritariamente manuais e por quem tenha o domínio integral do processo. Os alimentos, que serão submetidos ao controle do serviço de inspeção oficial, devem ter fabricação individualizada e genuína, que mantenha a singularidade e as características tradicionais, culturais ou regionais, sendo devidamente identificados com o selo ARTE. SELO ARTE ❑Características dos produtos alimentícios identificados com o selo ARTE: ✓As matérias-primas de origem animal são produzidas na propriedade onde se localiza a unidade de processamento ou têm origem determinada. ✓Os procedimentos de fabricação são predominantemente manuais. ✓Boas práticas de fabricação são adotadas para garantir a produção de alimento seguro ao consumidor. ✓Boas práticas agropecuárias são adotadas na unidade de produção de matéria- prima e nas unidades de origem, contemplando sistemas de produção sustentáveis. ✓O produto é caracterizado pela fabricação individualizada e genuína, podendo existir variabilidade sensorial entre os lotes. ✓ O uso de ingredientes industrializados é restrito ao mínimo indispensável por razão de segurança, não sendo permitida a adição de corantes e aromatizantes artificiais. ✓ A composição e o processamento seguem receitas e técnicas tradicionais. SELO ARTE ❑Vantagens da utilização do selo ARTE: ✓Comercialização interestadual de produtos; ✓Diminuição da burocracia para registro e comercialização; ✓Inspeção e fiscalização de natureza prioritariamente orientadora; ✓Fácil identificação e reconhecimento por meio do selo único com a denominação ARTE. SELO ARTE - Competências
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