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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO CURSO SUPERIOR PSICOLOGIA TRABALHO EM GRUPO Analise de dinâmica familiar – filme: Para sempre Alice Nome: Ana Paula Rocha de Moura Rgm: 2295949-1 Nome: Daniela Colpani Rgm: 2330770-6 Nome: Isabela Ribeiro da Silva Rgm: 2308342-5 Nome: Isabella Lopes de Camargo Rgm: 2314300-2 Nome: Iris Martins de Jesus Rgm: 2320523-7 Nome: Letícia Luana Leal Rgm: 2325509-9 Itu – SP 2021 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO CURSO DE PSICOLOGIA ANA PAULA ROCHA DE MOURA - RGM 22959491 DANIELA COLPANI – RGM 23307706 ISABELA RIBEIRO DA SILVA – RGM 23083425 ISABELLA LOPES DE CAMARGO – RGM 23143002 IRIS MARTINS DE JESUS – RGM 23205237 LETICIA LUANA LEAL – RGM 23255099 TRABALHO DE ANÁLISE DE DINÂMICA FAMILIAR FILME: PARA SEMPRE ALICE Trabalho de Análise de Dinâmica Familiar do filme Para sempre Alice da matéria FAMÍLIA E PERSPECTIVAS TEÓRICAS, apresentado no curso de Psicologia, do 3º Semestre, período noturno, como requisito parcial da média semestral da disciplina com a Prof.ª. Rita Karina Nobre Sampaio. Itu - SP 2021 3 Sumário 1. Resumo da obra.......................................................................04 2. Genograma...............................................................................07 3. Hipótese....................................................................................08 4. Conclusão.................................................................................11 5. Referencias Bibliográficas .....................................................12 4 Resumo da obra O filme “Para sempre Alice” é uma obra com uma história muito comovente, traz como foco principal o mal de Alzheimer. Alice Howlandé casada, mãe de três filhos adultos, realizada profissionalmente em sua carreira na área de linguística. Já no início do filme surgem alguns sinais da doença, primeiro somem algumas palavras e quando Alice percebe, já está se perdendo nas ruas da cidade, com o passar dos dias o quadro vai se deteriorando, ela começa apresentar dificuldades de se comunicar. Seu trabalho na Universidade já começa a ser comprometido. E em uma cena em que se encontra na cozinha, fazendo uma receita já realizada pela mesma, acontece seu primeiro episódio de agressividade, Alice esquece os ingredientes e acaba amassando uma cartela de ovos. Alice procura especialistas para entender melhor o que estava acontecendo, desconfiando primeiramente de um tumor cerebral, por conta de sua idade e estilo de vida saudáveis, não cogitava nem a possibilidade de ter desenvolvido Alzheimer. Após a confirmação Alice resolve contar ao seu esposo, ele primeiramente, também não acredita na possibilidade e Alice acaba tendo uma alteração de humor. Quanto à reação dos filhos ao serem comunicados sobre o diagnóstico, percebe-se a perplexidade e dificuldade em acreditar no quão precocemente fora desenvolvida a doença em sua mãe. Os recursos e tratamentos para essa doença são limitados e com o estágio que se encontra, as esperanças também acabam se limitando. No decorrer do filme Alice começa a escrever perguntas em seu celular para consecutivamente as responder durante o seu dia e assim tentar se lembrar das informações, são feitas perguntas como: “Qual o nome da sua filha?” “Qual o nome da rua em que você mora?”, dentre outras, que para nós, que não possuímos a debilitação causada pela doença, podem parecer perguntas simples. Na cena em que Alice resolve sair para correr com seu marido, a doença mostra novamente sua “face”, fazendo-a se perder dentro de sua própria casa 5 procurando pelo banheiro, Alice claramente desesperada urina em si mesma e seu esposo precisa ampará-la. Alice começa apresentar dificuldade para leitura, interpretação e os lapsos de memória aumentam fazendo a mesma não reconhecer uma de suas filhas durante uma peça, que sua filha, atriz, é a protagonista. Com a rotina que Alice começou praticar com seu celular, respondendo às perguntas que mencionamos, em determinadas horas do dia, a mesma acabou por desenvolver um apego pelo objeto. Em uma das noites que podemos presenciar, Alice esquece aonde o deixou e começa “revirar” a cozinha de sua casa, à procura do celular. Claramente desestabilizada precisa ser contida pelo marido. Alice começa a perder a noção do tempo, acha que se passou apenas um dia, quanto na verdade já se passou um mês, seus netos nascem e ela mal se lembrava que a filha estava grávida. Após isso, seus filhos mais velhos e seu esposo começam a tomar as decisões por ela, seu esposo planeja a mudança dos dois para outra cidade, por conta do seu trabalho. Navegando em seu computador, Alice encontra o vídeo que gravou logo quando foi diagnosticada, que dizia para ela tomar os comprimidos que havia escondido, precisou assistir várias vezes até conseguir compreender e se lembrar do que precisava fazer, mas não conseguiu tomar os comprimidos, pois sua cuidadora chegou em sua casa e acabou a assustando, fazendo com que derrubasse todos os comprimidos. No final do filme seu esposo mudasse sozinho para outra cidade, que já pretendia. Sua filha mais nova volta a morar com ela e começa dedicar sua vida a cuidar de sua mãe, Alice já não é a mesma. A ideia central do filme consiste em descrever detalhadamente a doença de Alzheimer e as incapacidades causadas pela mesma, mostra o cotidiano de Alice e as mudanças sofridas por conta da doença, alterações repentinas de humor, agressividade, perda de memória recente e de longo prazo e dificuldade na comunicação, o que a princípio era o que mais amedrontava 6 Alice, por sua profissão e carreira ser toda voltada para a área de linguística. O filme também destaca como a doença atingiu a dinâmica familiar. Os aspectos positivos apresentados no material assistido consistem em apresentar informações pertinentes ao conhecimento aprofundado de uma doença que normalmente costuma atingir primordialmente pessoas de idade igual ou maior a 65 anos. No começo quando Alice foi diagnosticada de Mal de Alzheimer, sua família se disponibilizou a ajudá-la estando presente em quase todos momentos, isso vemos como um ponto positivo em relação ao que estava acontecendo com Alice. Sua família estava lá para dar apoio, mas com o passar do tempo seus filhos estavam com outras prioridades. A filha mais velha tinha que cuidar de seus filhos que nasceram recentemente, o filho tinha afazeres do trabalho ocupando seu tempo de que cuidar da mãe e por fim o marido de Alice acabou mudando-se de cidade por conta de seu trabalho. Entretanto Alice acabou ficando sozinha, isso gerando um ponto negativo na trama. Mas Alice tinha uma filha mais nova que era afastada da família por conta de sua carreira, a única em que cuidou dela quando o estágio da doença se alastrou consequentemente se tornando outro ponto positivo pois as duas se tornaram mais próximas. Contudo vemos dois aspectos tanto o positivo, em que as famílias unem-se para ajudar a mãe e o negativo é onde Alice deixa de ser prioridade na vida deles. 7 Genograma Legenda Genograma Alice é uma mulher de 50 anos, professora em uma universidade, casada, mãe de três filhos e que descobre um Alzheimer Precoce. A relação de Alice com sua filha mais nova Lydia, é distante e conturbada. John é casado com Alice, trabalha e tem uma boa relação com seus filhos. Anna, filha mais velha de Alice é casada, advogada, passou por um procedimentode fertilização e engravidou de gêmeos. Tom, filho do meio de Alice é solteiro, estudante de medicina e faz residência na área. Lydia, filha mais nova de Alice é solteira, estuda teatro, tem uma relação distante e conturbada com sua mãe, é próxima de seu pai e de seu irmão e tem uma relação conturbada com sua irmã Anna. Charlie é casado com Anna, trabalha, é pai dos gêmeos e tem uma boa relação com a família de Anna. Alisson e Charlie Jr, gêmeos recém-nascidos de Anna e Charlie e netos de Alice. 8 Hipótese O filme Para Sempre Alice retrata a história de uma família que aparenta ser funcional, ou seja, que tem um funcionamento normal onde se dispõe de um bem-estar para os seus membros e consegue se adaptar e se ajustar aos ciclos vitais. Mas, logo no início do filme, podemos observar que a família não é tão funcional como aparenta, pois a relação de Alice com sua filha mais nova Lydia, é um tanto quanto turbulenta e aparenta uma “falha” nessa normalidade de família funcional, o que os encaixam também na família disfuncional. O adoecimento de Alice, se mostra no decorrer de algumas cenas em pequenos detalhes, como por exemplo, esquecer algumas palavras, se perder em um ambiente em que ela estava acostumada a frequentar..., mas para ela esses sintomas não passavam de “memória fraca”, ou seja, no fundo ela sabia que havia algo de errado com ela, mas não aceitava isso, pois ainda era nova para desenvolver algum tipo de doença, como por exemplo, o Alzheimer. Outro ponto importante ligado a esse adoecimento, é a reação e aceitação de cada um dos familiares dessa personagem. A princípio surge a negação, mas por que esse sentimento é o pioneiro da situação?! Porque altera o funcionamento da família como um todo. Os três principais personagens que sofrem com a negação, são: a Alice, a Anna (filha mais velha), e o John (marido da personagem principal). O adoecimento precoce, chega como um estressor horizontal imprevisível, e isso causa desconforto no desenvolvimento familiar. Alice, uma mulher forte, inteligente e bem sucedida profissionalmente, não imaginaria que aos poucos se perderia dentro dela mesmo. Pelo mesmo motivo, é tão difícil a aceitação dos outros dois membros. Devido a ligação extremamente forte dos personagens citado anteriormente, a doença de Alice, os tiram da “zona de conforto” impossibilitando-os de imaginar em um futuro saudável com a mesma. Para Anna, a situação continua sendo mais difícil. Assim que descobre o diagnóstico de Alzheimer precoce genético, ela realiza o exame e testa positivo 9 para o gene, ou seja, tão logo sofrerá o mesmo que a sua mãe, mais um estressor imprevisível para a realidade da personagem. Dada as circunstâncias apresentadas, Anna é a filha mais próxima, é uma mulher bem sucedida profissionalmente, casada e no meio de todas essas descobertas, engravida de gêmeos. E quanto mais sua mãe adoece, mais ela se enxerga na situação, como se ela pudesse ver o seu futuro, e isso dificulta os movimentos de transformações e adaptações de todas essas etapas acontecendo ao mesmo tempo. Como não há outra opção a não ser encarar a realidade e se adaptar à ela, Ana acaba conseguindo encontrar um meio para fazer com que tudo funcione conforme o esperado, voltando assim, a ter uma família normal, dentro de suas perspectivas. Lydia, a filha mais nova não tem um relacionamento próximo com os pais, e assim que a mãe menciona a doença, relata que havia percebido sinais durante um almoço, e conta o ocorrido. A aceitação para ela foi muito mais rápida e fácil ao se comparar com o da Anna. Pode-se dizer que a falta de intimidade das duas anterior a doença, tenha ajudado a mesma enfrentar a realidade da mãe de maneira mais positiva. Com base no texto “As mudanças no Ciclo de Vida Familiar: Uma Estrutura para a Terapia Familiar” (Betty Carter M.S.W; Monica McGoldrick M.S.W) e “Processos Normativos da Família” (Walsh. F. 2016. Cap. 1), podemos realizar a análise de como uma enfermidade dentro de uma família, causa mudanças drásticas para todos os envolvidos. Essa mudança gera estresse, medo, e novas perspectivas de vida para cada um. Fica evidente que uma família não está livre de problemas. Ou seja, por mais que uma família funcione conforme suas necessidades, não há como ser parametrizada como livre de problemas, pois dentro de cada sistema familiar, há indivíduos vivendo suas vidas e diversos fatores podem ocorrer e fazer com que a família encontre novas maneiras de lidar com a nova realidade. Com a citação acima, a família de Alice, continua se desenvolver, mesmo que a ela esteja doente, e sem condições de ser a mesma pessoa de antes. Sua filha Ana, torna-se mãe, seu marido Jonh, recebeu uma proposta de emprego 10 irrecusável, e sua filha Lydia, desiste de se mudar para a Costa Leste, para poder cuidar dela. A família vai se adaptando conforme as situações vão acontecendo, e ela continua funcionando a sua maneira. O sistema de adaptação da família estudada foi enorme, falando um pouco sobre a retroalimentação, a família conseguiu desenvolver-se e se adaptar mediante a doença. Tiveram um feedback positivo, com a mudança da Lydia para a casa da mãe, a aceitação do novo emprego do Jonh. Por mais que dentro desse sistema familiar, houve processos não normativos com seus membros, os impactados gerados por eles, fizeram com que os mesmos criassem uma norma, da qual funcionasse para eles daquele momento em diante. “O tempo presente e o tempo passado. Talvez estejam, ambos, presentes no tempo futuro. E o tempo futuro, contido no tempo passado” (T.S Elliot)”. 11 Conclusão Todo o material deste trabalho, ajuda na compreensão das mudanças que acontecem na vida de uma família por conta do adoecimento de um de seus membros. Essas mudanças na maioria das vezes são drásticas e acabam causando algumas reações e /ou comportamentos negativos. A forma como a família irá receber e aceitar essa notícia, é muito importante para a adaptação das mudanças que irão acontecer na vida desta família. O filme mostra diversos pontos importantes a se observar, como por exemplo, o medo em lidar com tudo que está acontecendo, a sensação de que as pessoas nunca estão prontas para passar por determinadas situações, mas quando passa, tem que se ajustar ao máximo a tal situação. Ao assistirmos o filme, nos deparamos com a dificuldade de identificar o real sentimento transmitido por alguns personagens em algumas determinadas cenas, assim como, também tivermos dificuldade em descobrir a profissão de dois membros da família ao qual o filme retrata a história. Por fim, o filme causa um impacto que é importante, quando se fala de família. Ao falar de família, as pessoas tendem a “normalizar" algumas situações, até passar de verdade por tal situação e só ai, conseguem ver as mudanças causadas e muita das vezes, não conseguem se adaptar a tais mudanças. O profissional de psicologia é importante para ajudar a sociedade a lidar com as mudanças causadas em suas vidas, mas para que haja essa ajuda, o profissional deve compreender toda a importância do ciclo e laço familiar, para que ele saiba agir e orientar de maneira necessária e melhor para tal caso. 12 Referencias Bibliográficas Filme: Para Sempre Alice filme completo dublado - YouTube Livros: “As mudanças no Ciclo de vida familiar: Uma estrutura para a terapia familiar” (Betty Carter M.S.W; Monica McGoldrick M.S.W) e “Processos Normativos da Família” (Walsh. F. 2016. Cap. 1), https://www.youtube.com/watch?v=l2FkQyxJEjg
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