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Comigo ninguém pode - Plantas tóxicas - Intoxicação por Dieffenbachia spp

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A planta comigo ninguém pode, Dieffenbachia spp, é muito 
comum nas casas do Brasil pois acredita-se que ela “tira o mal 
olhado/olho gordo”, e por essa razão, fica na entrada das 
residências. Contudo, ela é tóxica 
 D. picta, D. amoena 
 
 São plantas ornamentais 
 são principalmente os animais e as crianças 
(justamente pelo comportamento travesso que têm) 
Os cães e os gatos têm o costume de comer, puxar, 
brincar, e se esfregar. 
 
− Folhas 
− Caule 
− Frutos 
 
− Contato com mucosa oral (mordida) 
− Contato com a pele e olhos (esfregando) 
 
A planta tem um tipo celular chamado de idioblasto. Dentro 
desses idioblastos estão as ráfides de oxalato de cálcio. 
 
 
 
O oxalato de cálcio é o mesmo material dos ossos e dentes, 
ou seja, é duro e quase inquebrável, como se fossem pequenas 
agulhas que são expulsas da célula idioblasto quando as partes 
das plantas são rompidas pela vítima. 
Quando o ser aperta, morda, esfrega a Comigo ninguém 
pode, a área entra em contato com as ráfides de 
oxalato de cálcio, irritando a região e perfurando as mucosas 
(irritação mecânica primária) 
 
 
Além desse mecanismo, há um agravamento do processo 
inflamatório que as ráfides causam, pois na seiva dessa planta 
temos a presença de enzimas proteolíticas e oxalatos solúveis, 
Esse dois chegam na região que as ráfides perfumaram 
e pioram o quadro, gerando a sensação de queimação, 
dor e ardência 
 
Podem ser graves, leves ou moderadas. 
Apesar de ser muito difícil ter óbitos por essa 
intoxicação, há casos relatados na literatura. 
 
Geralmente o caso é grave quando o animal ingere a planta, 
já que as ráfides vão sendo liberadas ao longo do trato, 
gerando lesões internas 
− Glossites: processos inflamatório em língua, aftas 
− Estomatites: processos inflamatórios na mucosa 
(bochechas) da cavidade oral 
− Sialorreia intensa 
 
 
 
 
− Dor 
− Irritação 
− Queimação da mucosa oral 
− Edemas: devido ao processo inflamatório; podem ter 
tamanhos variados 
− Êmese: quando o animal ingere a planta, as ráfides 
vão causando lesões até chegar ao estomago, 
irritando a sua mucosa o que gera êmese. Com o 
vômito, o conteúdo retorna, lesionando novamente o 
trato, agora com a ação do ácido clorídrico, 
inflamando ainda mais a região. Por isso, nesses 
casos, mesmo quando a intoxicação é por via oral, não 
devemos provocar o êmese no animal. 
− Dor abdominal 
− Diarreia: se sai do estomago e passa para o intestino, 
as ráfides irão irritar os mesmos, e qualquer molécula 
que irrite esse órgão gera a resposta de aumentar a 
motilidade, gerando a diarreia, a fim de se eliminar 
mais rapidamente esse conteúdo. 
− Dispneia: devido a dor que sente 
− Morte 
Comigo ninguém pode 
 
 
–
 
 
Ocorrem quando há uma ingestão menor da planta, ou 
nenhuma ingestão. 
− Sem glossite e estomatites 
− Língua com aspecto mais liso 
− Salivação 
− Edema inflamatório: pode apresentar ou não 
− Dor abdominal: por menor que seja a quantidade 
ingerida, isso acontecerá 
− Lesões tópicas: ocorrem ao esfregar os olhos, rosto 
− Fotofobia: dificuldade em abrir os olhos onde há luz, 
por causa da lesão córnea que foi gerada no atrito 
− Dermatite: nas regiões em que o ser coçar, pode haver 
dor, hiperemia e queimação 
 
 Não se deve nunca induzir a êmese 
 Lavagem de cavidade oral e gástrica: deve ser feita 
com cuidado, pois a pressão da água para a lavagem 
pode potencializar o processo inflamatório 
 
 Substâncias demulcentes: caso a intoxicação tenha 
ocorrido por via oral, podemos tomar essa providência 
e administrar: 
 
− Ovo 
 
− Leite 
− Gelo 
− Sorvete 
− Analgésicos 
− Anti-histamínicos: para conter o processo alérgico 
− AIE (anti-inflamatório esteroidal): corticoides, para 
cortar a intensa resposta inflamatória celular 
− Antiespasmódicos: são antagonistas de receptores 
muscarínicos, o que pode “travar” um possível vômito 
e diarreia e evitar o peristaltismo acelerado 
− Antagonistas H2 e inibidores da bomba de próton: são 
respectivamente a Ranitidina e o Omeprazol: 
diminuem a produção de ácido e consequentemente a 
inflamação, pois o ácido em contato com a região que 
a ráfide irritou gera uma lesão ainda maior. 
− Fluidoterapia 
− Lavagem ocular ou dérmica: caso essas sejam uma 
das vias de intoxicação 
 
ajudam a acalmar as mucosas pois são pastosos, 
frios e de fácil digestão = acalma a brasão na 
mucosa = alívio dos sintomas 
 
principalmente a clara, vai “grudar” e fazer com que 
as ráfides não entrem tanto em contato com a 
parede da mucosa

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