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ESTUDO DIRIGIDO TABAGISMO

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ESTUDO DIRIGIDO TABAGISMO
1. Maria Luiza, 38 anos, durante acompanhamento para cessação do tabagismo, relata que desde que parou de fumar (há 90 dias) engordou 2,5 kg, e que isso está a incomodando. Qual a conduta?
Deve ser conversado com a paciente sobre as vantagens de ter parado de fumar apesar de ter ganhado alguns quilos, porém, provavelmente ela está comendo mais como forma de suprir a falta do cigarro logo, é necessário estimulá-la a prática de algum exercício físico ou atividade que tire o foco da comida. 
2. Tereza, 29 anos, procura a farmácia, pois ouviu uma propaganda no rádio que falava que a farmácia está com um programa novo para parar de fumar. Ela relata que fuma 20 cigarros/dia, desde os 17 anos, e que nunca tentou parar (fumou até na gravidez), mas agora que seu bebê nasceu (seis meses – não amamenta mais), ela tem medo que a fumaça faça mal para ele. Qual a conduta?
Propor o programa de cessação tabágica onde será utilizado a melhor farmacoterapia de acordo com o grau de dependência do paciente. Uma das mais utilizadas é um TRN (terapia de reposição de nicotina) começando com um adesivo de 21 mg/dia por 6 semana, em seguida de 14 mg/ dia por 2 semanas e ao final o adesivo de 7 mg/dia por mais duas semanas. Para auxiliá-la, pode-se sugerir formulações de liberações rápidas com goma de mascar ou pastilha. 
3. Luiza, 28 anos, durante a consulta farmacêutica do programa para cessação do tabagismo, relata que conseguiu ficar sem fumar essa semana, mas que está irritada e ansiosa, e também notou que está comendo mais para compensar. Como os sintomas de Luiza podem ser explicados? E qual a conduta adequada ao farmacêutico?
Os sintomas estão relacionados a abstinência da nicotina para o paciente e, consequentemente, leva a compulsão pela comida. 
Deve ser verificado se nesse programa a paciente já faz o uso de gomas de mascar ou pastilhas que contenham nicotina. Caso sim, verificar quantas vezes ao dia ela utiliza e, se possível, pode ser aumentado a quantidade. Caso não faça o uso, pode ser uma boa opção para suprir a abstinência. Contudo, vale ressaltar que é importante que seja explicado a forma, quantidade e frequência que a goma/pastilha devem ser usadas.
4. Guilherme, 25 anos, tabagista há 5 anos (fuma 8 cigarros/dia), procura a farmácia pois quer parar de fumar, e viu em um panfleto que a farmácia está prestando um serviço clínico que pode ajudá-lo. Qual a conduta?
Primeiramente, caso o paciente aceite participar do programa, deve ser feito uma avaliação do histórico de saúde e da dependência a nicotina para que seja escolhida a melhor terapia para esse paciente. 
Visto que esse paciente fuma 8 cigarros/dia, pode ser sugerido o adesivo de nicotina e, se necessário, combinar com goma/pastilha. Começaria com o adesivo de 14 mg/dia por 6 semanas e, em seguida, adesivo de 7 mg/dia por 2 mais duas semanas.
5. Mariana, 57 anos, durante consulta de acompanhamento do programa “Parar de Fumar”, indica ao farmacêutico que está muito preocupada com o uso dos adesivos de nicotina: “Não é a nicotina que me viciou no cigarro, pois então, agora eu parei com o cigarro, mas vou ficar viciada nos adesivos?”. Qual a conduta? 
	Deve explicar a paciente que para ela parar de fumar mais facilmente ela precisa ir tirando a nicotina aos poucos. Se ela parasse com o cigarro sem usar uma terapia de reposição de nicotina, teria uma grande chance de ela entrar em abstinência e/ou voltar a fumar ou se sentir mal. Sendo assim, deve-se utilizar o adesivo como forma de acostumar o corpo com a retirada gradual da nicotina, o que não causa dependência. 
6. João, 33 anos, durante consulta de acompanhamento do programa “Parar de Fumar” relata que depois que começou a utilizar o adesivo de nicotina têm tido insônia e pesadelos, e que isso está atrapalhando muito sua qualidade de vida. Qual a conduta adequada?
Normalmente, a insônia e pesadelo estão relacionados como um efeito adverso dos adesivos de nicotina logo, deve ser verificado se este paciente está utilizando antes de dormir, se sim, pode ser retirado neste período.
7. Regina, 67 anos, previamente hipertensa e diabética, com história de infarto há 2 meses, procura a farmácia para parar de fumar. Ela fuma aproximadamente 2 maços/dia (40 cigarros) há mais de 10 anos. Quando questionada sobre tentativas anteriores de cessação, ela relata que já parou por 6 meses com TRN combinada (adesivo + goma), mas que voltou por que na época seu marido fumava (parou há 1 ano), e ela não resistiu. Qual a conduta?
Visto que a paciente possui uma história de infarto recente, a TRN não é a terapia mais indicada para ela. Portanto, deve-se encaminhá-la ao médico com uma solicitação de bupropiona que deverá ser iniciada uma semana antes da data alvo para a cessação na dose de 150 mg/dia durante 3 dias, depois 150 mg/dia duas vezes por dia. A duração deve ser de 7 a 12 semanas.
É importante reforçar e essa paciente sobre os benefícios da cessação e a necessidade dela e do marido se ajudarem nesse momento.
8. Antônio, 35 anos, durante a consulta de acompanhamento do programa “Parar de Fumar”, relata, muito contrariado: “Não aguentei e voltei a fumar há uma semana”. Quando interrogado sobre os possíveis gatilhos para sua recaída, ele indica que voltou a fumar em um evento social, após ter bebido um pouco mais. O paciente estava em uso de TRN, com adesivos transdérmicos há 4 semanas. Qual a conduta?
Além de recomeçar o tratamento, é importante conversar com o paciente para que esses gatilhos sejam evitados como por exemplo a bebida alcoólica ou lugares onde levem ao desejo de fumar. 
9. Rosa, 35 anos, está em acompanhamento farmacêutico para parar de fumar. Ela está na segunda semana de tratamento, com goma de nicotina (1 tablete 4 mg a cada 1-2 horas), e durante sua consulta se queixa de uma queimação no estômago após mastigar a goma. Qual a conduta? 
	Deve orientar a forma correta de utilizar a goma, já que é bem provável que essa queimação no estômago seja por que ela está engolindo a goma, o que não é recomendado. Deve explicar que a forma correta de utilizar a goma é mastigar com força por algum tempo, até sentir um formigamento ou o gosto da nicotina e deixar na boca, sem engolir. Esperar o retorno da paciente e observar se ainda irá se queixar de queimação ou não. 
 
10. Natalia, 25 anos, procura a farmácia, pois é tabagista (aproximadamente 10 cigarros/dia) e quer parar de fumar. Ela descobriu há algumas gestantes e tem medo que o cigarro faça mal para o bebê. Qual a conduta?
	Como ela fuma 10 cigarros, a conduta adequada é a utilização do adesivo de nicotina, passar 6 semanas usando o de 14mg/dia e após essas 6 semanas, usar o de 7mg/dia por 2 semanas e observar, no acompanhamento, o resultado.
11. Sarah, 32 anos, procura a farmácia, pois viu em um anúncio que estão oferecendo um novo serviço para “Parar de Fumar”. Ela tem histórico de dislipidemia (em uso de atorvastatina 20 mg) e depressão leve (atualmente sem tratamento). Considerando as características do paciente, qual o melhor medicamento para auxiliá-la a parar de fumar?
	O medicamento utilizado pode ser o Bupropriona, um antidepressivo que ajudará tanto na depressão como na cessação tabágica. Deve ser usado na dose de 150 mg/dia, durante 3 meses e depois desse período deve usar 150 mg duas vezes ao dia. 
12. Regiane, 32 anos, tabagista (fuma aproximadamente 20 cigarros/dia), sem outras comorbidades, procura a farmácia, pois deseja parar de fumar. Durante avaliação da dependência a nicotina, ela relata que fuma o primeiro cigarro do dia 15 minutos após acordar, que fuma mais frequentemente nas primeiras horas do dia, que não considera o primeiro cigarro do dia o mais importante, que há um mês fez uma cirurgia e conseguiu ficar sem fumar e que não sente problemas de ficar sem fumar em locais proibidos. Qual a pontuação no teste de Faguerström, e o respectivo grau de dependência da paciente? E qual o melhor tratamento para ajudá-la no processo de cessação tabágica? 
	A pontuação de Regiane no teste é de 4 eo seu grau de dependência é baixa. O melhor tratamento é a utilização da reposição de nicotina. Deve começar o tratamento utilizando, por 6 semanas, o adesivo de nicotina de 21 mg/dia, após essas 6 semanas deve usar o adesivo de 14mg/dia por 2 semanas, após estas semanas deve utilizar o adesivo de 7mg/dia por mais 2 semanas.

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