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1 Emergências neurológicas Acidente vascular encefálico ⤷ É uma doença de alta mortalidade (50% na fase aguda) e uma alta morbidade ⤷ Incidência é de 6-8 casos para cada 100.000 pessoas o Muita subnotificação, algumas cefaleias passam despercebidas ⤷ É a 2° causa de mortalidade no mundo ⤷ AVCh: extravasamento de sangue para o parênquima, ventrículo e espaço subaracnóide o HIC 10-20% dos acidentes vasculares ⤷ Subtipo de AVE de pior prognóstico com até 65% de mortalidade em 1 ano ⤷ É uma ruptura arterial ou venosa dentro do encéfalo, esse sangramento vai se expandir na forma de um hematoma ou na forma de um sangramento subaracnóide, sempre pelo caminho de menor resistência. Então ele vai dissecando, vai ocupando o espaço na substância branca, ou seja, ele é dinâmico, ele pode ir aumentando. Ele vai aumentando até que a própria pressão tecidual, o próprio tecido cerebral ele se encarrega de tamponar esse sangramento = formação de um coágulo sólido e ele fica ali retido o Quanto maior a lesão, maior o extravasamento de sangue, maior será o volume desse hematoma Fatores de risco ⤷ Existem fatores de risco não modificáveis como a idade, é mais comum na raça negra e nos orientais e é relativamente mais comum no sexo masculino ⤷ Os fatores modificáveis são os fatores mais importantes, porque nós podemos atuar diretamente sobre eles ⤷ A HAS é o FR que tem o maior impacto sobre essa doença 70-80% dos pacientes vão apresentar esse FR o E o cuidado sobre a HAS vai reduzir em cerca de 41% o risco relativo de AVCh ⤷ Temos outras doenças que podem levar a sangramento como angiopatia amilóide, leva a uma hemorragia intraparenquimatosa lobar ⤷ Tabagismo também é um FR importante ⤷ Álcool ⤷ Lembrar sempre das coagulopatias, as doenças do sangue podem sangrar também no cérebro o Uso de anticoagulantes orais, antiplaquetários, trombolíticos ⤷ Drogas simpaticomiméticas ⤷ Drogas utilizadas para o tratamento da obesidade ⤷ Cocaína, anfetaminas é um grande FR no jovem ⤷ Obesidade, perfil lipídico, fatores genéticos Etiologia ⤷ Podemos classificar o AVCh, a causa como primária: o HAS o Angiopatia amilóide ⤷ Do ponto de vista secundário: o Qualquer doença que leve a sangramento no compartimento intracraniano é caracterizada como etiologia secundária o Malformações vasculares, aneurismas cerebrais, coagulopatias, tumores cerebrais, vasculopatias, eclampsia, trombose venosa cerebral, endometriose ⤷ As causas primárias são as de maior relevância, são responsáveis por mais de 90% dos casos ⤷ Então quando a gente fala em AVCh, precisamos lembrar que é um termo geral, dentro do AVCh nós temos 2 entidades: o hematoma intraparenquimatoso (sangramento dentro no tecido cerebral) e a hemorragia subaracnóide espontânea (HSA) o São 2 doenças, 2 AVCh, mas que têm um prognóstico diferente, uma condução totalmente diferente por isso que precisam ser analisadas em separado ⤷ O hematoma intraparenquimatoso ele pode ser hipertensivo ou não hipertensivo o Sendo os hipertensivos mais de 90% dos casos HIP hipertensivo ⤷ É um sangramento dentro do tecido cerebral ⤷ É o mais comum, mais de 90% dos casos ⤷ Encontramos ele em determinadas localizações específicas, quando o sangramento ocorre no putâmen, tálamo, na ponte e no cerebelo ⤷ O sangramento ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Bouchard, de ramos lenticuloestriados da ACM ou paramedianos da artéria basilar, são ramos profundos o Nesses locais as artérias formam um ângulo de 90°, os ramos lenticuloestriados eles formam um ângulo de 90° em relação à ACM, então nesses locais o estresse de cisalhamento provocado pela pressão, o estresse de passagem do sangue na hipertensão leva a fraqueza, a lipo-hialinose na parede arterial, isso leva à fraqueza na parede arterial = formação dos aneurismas de Charcot-Bouchard e em algum momento 2 esses aneurismas vão romper, levando ao extravasamento de sangue para dentro do tecido cerebral HIP não hipertensivo ⤷ Precisa ir além na nossa investigação, precisa de mais exames para ter a certeza de qual foi a causa desse sangramento, dependendo da causa esse TTO ele pode variar ⤷ Quando o hematoma intraparenquimatosa acontece em outros locais, a gente caracteriza ele como hematoma intraparenquimatoso não hipertensivo o Ele pode ser hipertensivo, mas que aconteceu em outro local* ⤷ Acontece em outra topografia: o Lobar, multilobar, cortical, subcortical o Outras etiologias: tumores, aneurismas, MAVs, FAVs, coagulopatias ⤷ MAVs: leva a sangramentos estranhos, sangramentos em topografias diferentes; a má-formação arteriovenosa é um novelo de capilares mal-formados, frágeis frases que podem sangrar a qualquer momento ⤷ Trombose venosa que acaba sangrando por ingurgitada venosa ⤷ Outras causas de coagulopatias levando a sangramentos e topografias estranhas Localização ⤷ 80% têm localização supratentorial ⤷ 20% Infratentorial ⤷ 50% são profundos ⤷ 35% lobares ⤷ 10% cerebelares ⤷ 6% em tronco encefálico Manifestações clínicas ⤷ É a mesma manifestação clínica do AVCi o Apenas pela clínica é impossível diferenciar os 2 tipos, pois elas têm a mesma apresentação clínica ⤷ Qualquer déficit neurológico focal e súbito, de uma hora para outra, nós precisamos incluir na possibilidade de um AVCh o Ocorre com destruição direta do tecido ou compressão indireta de estruturas neurais o O déficit vai depender da região cerebral envolvida ⤷ Cefaleia é um sintoma frequente o Se ocorrer irritação meníngea ou hipertensão intracraniana ⤷ Vômitos ⤷ Alteração do nível de consciência ⤷ Isoladamente qualquer um desses sintomas ou a conjunção desses sintomas é insuficiente para diferenciar os diferentes tipos de AVC Tomografia computadorizada ⤷ É o exame de escolha ⤷ A TC tem a função de excluir o AVCh ⤷ Não tem como ser AVCh e não aparecer na TC ⤷ Elevada sensibilidade ⤷ Ela pode sugerir a etiologia do sangramento o Núcleos da base: HIP hipertensivo o Hematomas lobares + leucoaraiso: angiopatia amilóide, também pode ser hipertensivo o Níveis fluidos dentro do hematoma: coagulopatia o Traumática: contusões, fraturas o Cerebelar: tumores, MAVs, discrasias sanguíneas, HAS ⤷ Estimar o volume: principal fator prognóstico Volume do hematoma ⤷ A gente sempre imagina o hematoma ao formato de uma elipse, o cálculo do volume de uma elipse é a multiplicação de 3 diâmetro/2. Quando hematoma intraparenquimatoso é hipertensivo a gente não precisa ir mais além na investigação, a TC já é suficiente e nós vamos tratar, cuidar da PA desse paciente, avaliar do ponto de vista neurológico, determinar se é cirúrgico ou não ( a maioria não é) Quanto maior o hematoma, maior o risco de HIC 3 ⤷ A primeira coisa a se fazer é escolher o corte que tem o maior volume o Vai traçar 3 diâmetros: ▪ A: anteroposterior ▪ B: latero-lateral ▪ Em corte coronal, nós calculamos a distância crânio-caudal ⤷ Se você não tem o corte coronal, você pode calcular pela soma da espessura dos cortes, é uma forma mais grosseira de se calcular Ressonância magnética ⤷ Não é um exame da urgência ⤷ Serve para acompanhamento ⤷ Sempre que houver a suspeita de uma etiologia não hipertensiva é interessante realizar uma ressonância magnética o Suspeita de cavernomas, angiopatia amilóide, neoplasia ⤷ O gradiente-echo é a sequência da ressonância que traz com melhor clareza a informação do sangramento, é tão acurado quanto a TC para os quadros agudos Estágio Tempo T1 T2 Derivado da Hb Hiperagudo 12h Hipo/ Isso Hiper Oxi-Hb Agudo 12-72h Hipo Hipo Deoxi-Hb Subagudo precoce 72h-1 semana Hiper Hipo Meta-Hb intracelular Subagudo tardio 1-4 semanas Hiper Hiper Mesta-Hb extracelular Crônico >1 mês Hipo Hipo Ferritina hemossiderinaAngiografia ⤷ Outro exame que pode ser necessário, em poucos casos, mas pode ser necessário ⤷ É um exame invasivo, puncionamos a artéria femoral sobe com o catéter para circulação arterial, joga contraste, faz Rx e a gente consegue trazer a informação da anatomia vascular do cérebro o Hematoma intraparenquimatosa de localização atípica e a RM não ajudou no Dx, podemos lançar mão da angiografia ▪ HSA, MAV, aneurismas, fístulas, trombose de seio venoso, vasculites o Hemoventrículo isolado o Pacientes jovens com < 45 anos ⤷ As MAVs elas podem ser não rotas, Dx incidental ou podem ser rotas, podem sangrar o Quando rota vira uma situação de urgência Evolução e Prognóstico ⤷ A deterioração neurológica é frequente o 22% no ambiente pré-hospitalar o 1/3 na admissão ⤷ O prognóstico a curto prazo é desfavorável, tem uma elevada taxa de mortalidade e incapacidade o 35-52% óbito no final de 1° mês ⤷ E a longo prazo chega a 60%-80% mortalidade em 2 anos ⤷ Uma das formas de avaliar esse prognóstico, essa evolução é através do ICH score o Essa pontuação ela vai nos falar da mortalidade nosso paciente em 30 dias, a probabilidade de mortalidade em 30 dias ▪ Quanto maior a pontuação, maior a mortalidade ⤷ Lembrar que naquela fase aguda o próprio sangramento ele vai esconder a sua etiologia Hematoma hiperagudo provocado por um tumor Hematoma agudo, não dá para saber a etiologia Hematoma subagudo precoce, tumor levando a um sangramento Subagudo, AVCh hipertensivo talâmico MAV, novelos de capilares malformados se comportam como um tumor que estabelecem uma comunicação direta com a artéria e o seio sagital superior. Necessita de TTO cirúrgico 4 o É muito importante, porque é uma informação que a gente pode passar para os familiares o Pode determinar conduta: pacientes que tem uma altíssima taxa de mortalidade, ele não vai ter benefício cirúrgico ⤷ AVCh é uma doença clínica, então a grande maioria dos pacientes necessitará somente de tratamento clínico, o TTO cirúrgico é uma exceção Tratamento ⤷ Inicia com uma abordagem pré-hospitalar, esse paciente deve ser assistido idealmente pelo serviço de urgência (SAMU) conduzido ao hospital de referência ⤷ No hospital de referência ele deve ser tratado idealmente na UTI, de preferência em UTI neurológica, que apresenta menor taxa de letalidade em relação as UTIs convencionais ⤷ Esse paciente necessita de reavaliações neurológicas em intervalos curtos, principalmente na fase inicial, porque é frequente a rápida progressão dos sintomas (deterioração neurológica) ⤷ Controle da PA: o É um pouco mais agressivo em relação ao AVCi, mas não é tão agressivo o 160x90 mmHg o Sempre vai tratar se: ▪ PAS > 200 ou ▪ PAD > 150 o Pelo alto risco de emergências hipertensivas, edema agudo de pulmão, encefalopatia hipertensiva, IAM, insuficiência renal aguda o Drogas de escolha: metoprolol, diltiazem, esmolol, nitroprussiano o Não baixar mais demais ⤷ HIC: o Elevação da cabeceira 30° o Analgesia o Sedação se for necessário o Manitol a 20% ou salina hipertônica o Hiperventilação (PaCO2 de 28 a 32mmHg) o Corticoide: estudo não mostrou benefício e revelou aumento no risco de infecções ⤷ Se a causa do sangramento for por coagulopatia por uso de Varfarina, por exemplo, precisamos utilizar drogas para tratar a intoxicação por varfarina o Plasma fresco congelado ou concentrado de complexo protrombínico + Vit K para reverter essa coagulopatia ⤷ Drogas antiepiléticas elas só são utilizadas se o paciente apresentar convulsão o 8% têm crises epilépticas em 30 dias (lobar) o Estado de mal epiléptico 1-2% o Fenitoína e fenobarbital- níveis terapêuticos por 1 mês e depois retiradas gradualmente ⤷ Controlar a temperatura mantendo sempre em níveis normais o A hipertermia é muito deletéria para o cérebro o Febre é comum, principalmente no hemoventrículo ⤷ Profilaxia da TVP: o Paciente sangrou na cabeça, como é que a gente vai prevenir trombose? ▪ O ideal é a compressão pneumática intermitente de MMII (C1, NE B) ▪ Heparina profilática parece ser segura após 48h do evento (estabilidade do hematoma) ⤷ Situação muito específica, mas que de vez em quando a gente encontra, HIP com TVP ou TEP o Filtro de veia cava (C 2b, NE C) ⤷ Esses desenhos mostram a sequência de transformação do hematoma, primeiro na hemorragia aguda ocorre a formação do coágulo e esse coágulo vai sofrendo retração até que no final a gente tem uma fenda residual, que é a lesão crônica do AVCh Sangramento putaminal que é o mais frequente 5 Tratamento cirúrgico ⤷ É uma exceção, tem indicações muitos divergentes ⤷ Para operar os pacientes a gente precisa mexer no cérebro, então eu tenho risco de afetar áreas cerebrais normais ⤷ Na maioria dos pacientes o tratamento é clínico, sendo encaminhado a cirurgia se deterioração neurológica ⤷ Só é encaminhado para a cirurgia quando esse hematoma é muito grande e quando ele provoca HIC ⤷ O objetivo da cirurgia é tratar HIC o A maioria dos AVCh não vão cursar com HIC ⤷ Existe uma indicação absoluta de tratamento que é a hemorragia cerebelar com mais de 3 cm associada à deterioração neurológica, sinais de herniação, compressão do tronco ou hidrocefalia o Craniectomia descompressiva de fossa posterior e drenagem do hematoma (C1, NE B) ⤷ Sempre avaliar risco/benefício na hora da conduta! Prevenção ⤷ A prevenção do AVCh, do hematoma intraparenquimatoso é principalmente o cuidado sobre a HAS, é a melhor maneira de reduzir o risco (C1, NE A) ⤷ Descontinuar outras causas de sangramento: tabagismo, etilismo e cocaína (C1, NE B) Hemorragia subaracnóidea espontânea ⤷ É uma doença gravíssima tem alta taxa de mortalidade (50% na fase aguda) ⤷ A incidência 6 a 8 casos a cada 100.000 hab o Subnotificação!! ⤷ É uma doença de alta morbidade Fatores de risco ⤷ Modificáveis: o Hipertensão o Tabagismo o Obesidade (fator de proteção) ⤷ Não modificáveis: o Idade (50-60 anos) o Sexo feminino o Etnicidade ▪ Asiática, negra o HF o Localização, tamanho e morfologia do aneurisma o História prévia de HSA o Sintomas compressivos Quadro clínico ⤷ Cefaleia muito persistente, é o grande sintoma da HSA, mas não é qualquer cefaleia o Súbita, de forte intensidade, caracterizada como a pior da vida o É uma cefaleia que desperta do sono o Associada a FR o Em alguns casos (50-60%) existe a cefaleia sentinela que acontece alguns dias antes da grande dor de cabeça ▪ É forte, mas não tão forte como a da HSA ⤷ Existe uma síndrome de irritação meníngea o Esse sangue no espaço subaracnóide ele irrita as meninges levando a um quadro de rigidez nucal, Brudzinski +, Kerning + o ⤷ Síndrome de hipertensão intracraniana o Rebaixamento do nível de consciência o Náuseas, vômitos o Convulsões ⤷ Sintomas relacionados a topografia o ACM: hemiparesia/ disfasia o Seg. comunicante posterior: paralisia do III nervo craniano (anisocoria com MOE preservada) o Aneurismas paraclinóideos: defeitos de campo visual ⤷ O paciente vai apresentar uma associação destes sintomas Escala de Hunt-Hess ⤷ Escalas clínicas para avaliar a HSA, elas facilitam a comunicação entre os profissionais ⤷ É a mais importante Padrão do paciente: é uma mulher na faixa etária de 50- 60 anos, magra, tabagista e hipertensa! 6 Diagnóstico da HSA ⤷ O diagnóstico é clínico, o paciente tem o quadro clínico muito característico ⤷ O exame que vai confirmar, na maioria dos casos, é a TC SEM contraste, porque o contraste vai confundir o sangramento ⤷ A TC ela é suficiente para o diagnóstico de HSA em 90% dos casos ⤷ Se TC normal com quadro clínico típico ⤏ punção lombar ⤷ Punção lombar o LCR hemorrágico na fase aguda o Numa fasemais tardia (>12h) LCR xantocrômico o Diferente do acidente de punção não ocorre diminuição dos eritrócitos em coleta de tubos seriados Escala de Fisher modificada ⤷ Escalas tomográficos, radiológicas para classificar a HSA ⤷ É a principal, a modificada é a mais recente Grau HSA HIV 0 Ausente Ausente 1 Fina Ausente 2 Fina ou ausente Presente 3 Grossa Ausente 4 Grossa Presente Diagnóstico etiológico da HSA ⤷ A grande maioria das HSA tem como etiologia o aneurisma cerebral sacular ⤷ Outras etiologias mais raras: MAVs, FAVs ⤷ Nesses casos precisamos continuar a investigação para chegar ao Dx do aneurisma e para isso nós precisamos de outros exames ⤷ Angiografia cerebral o Padrão ouro o Na maioria dos casos não vai ser necessário ⤷ Angiotomografia de crânio o Exame de escolha ⤷ Se HSA + AngioTC e angiografia - ⤏ repetir angiografia com 15-21 dias Complicações da HSA ⤷ A principal complicação é o ressangramento Grau 1: HSA, é uma hemorragia fina, com menos de 1 cm, não acontece intraventricular, só no espaço subaracnóide Grau 2: paciente que ou tem uma hemorragia fina ou não tem HSA, mas apresenta hemorragia intraventricular Grau 3: paciente que aprenta HSA grossa, mais intensa, ela desenha o polígono de Willis, o sangue ele se espalha por todo o compartimento subaracnóide e não tem hemorragia intraventricular Grau 4: HSA grossa com hemorragia intraventricular Situação de maior gravidade Cefaleia súbita TC de crânio sem contraste Angiografia Angiografia HSA perimesencefálica? Encerra investigação Se dúvida Dx/ lesão complexa Punção lombar Encerra investigação AngioTC Encerra investigação 7 o A chance de ressangramento é de 4% em 24h o 1-2%/dia nos próximos 14 dias o 50% em 6 meses o 3% a cada ano o Droga a ser utilizada é o Ácido tranexâmico até 3 dias da HSA o Controle da PA (PAS < 160 mmHg) ⤏ preferência por Nipride (nitroprussiato de sódio) ⤷ Outra complicação hidrocefalia o É o aumento dos ventrículos com HIC o Ocorre em 15-53% dos casos o A maioria dos pacientes vai necessitar de derivação naquele momento, mas não vai precisar para o resto da vida (derivação ventricular externa) o Pode ser obstrutiva ou comunicante o Pode ser precoce ou tardia ⤷ A convulsão é uma outra complicação o Não está indicado profilaxia ⤷ Vasoespasmo o O sangue no espaço subaracnóide ele pode irritar os vasos sanguíneos que ali passa e essa irritação, inflamação leva ao fechamento desses vasos o O principal FR é a quantidade de sangue, quanto mais sangue, maior o risco de vasoespasmo o Vai provocar uma clínica de AVC o Prevenção ▪ Normovolemia ▪ Nimodipina (C1, NE A) até 21 dias ou alta hospitalar ▪ Estatina o Tratamento ▪ Hipertensão ▪ Hipervolemia ▪ Hemodiluição ▪ Se após 6-12h não houver resposta ⤏ TTO endovascular ⤷ Hiponatremia o SIADH ▪ Euvolemia ▪ Restrição hídrica ou salina hipertônica ou conivaptan o SCPS ▪ Hipovolemia (sinais clássicos) ▪ Reposição volêmica Tratamento ⤷ Deve ser feito de maneira precoce até o 3° dia ou após o 14° dia, porque do 3° ao 14° dia nós temos um maior risco de vasoespasmo o Qualquer TTO definitivo ele agrega mais risco do que benefício ao nosso paciente ⤷ HSA é uma doença de TTO cirúrgico o Microcirurgia para clipagem de aneurisma cerebral ▪ Vantagens: maior taxa de oclusão, diminui ressagramento pós- operatório, retratamento, exames de controle ▪ Desvantagens: aumenta morbidade perioperatória e necessita de tempo de treinamento do cirurgião o Endovascular ▪ Vantagens: diminui morbidade, mais rápido HSA na fissura sylviana D Aneurisma cerebral Aneurisma tratado, embolizado Paciente evoluiu com ressangramento na mesma topografia com sinais de HIC A hidrocefalia precoce e obstrutiva ocorre quando tem sangramento dentro do ventrículo e o sangramento forma um coágulo e esse coágulo impede o fluxo de LCR, o LCR fica represado, ocorre aumento dos ventrículos com HIC Hidrocefalia tardia ou comunicante, ela ocorre porque o sangue atrapalha a troca entre o LCR e o sistema venoso, não houve uma obstrução do sistema ventricular 8 ▪ Desvantagens: oclusão inferior, aumenta taxa de ressangramento, retratamento e necessidade de exames de controle Trombose Venosa Central ⤷ É uma das causas de AVCh, mas nem sempre vai cursar com sangramento, pode não apresentar nenhuma alteração, pode ser apenas um infarto venoso ou pode ser um infarto venoso com sangramento ⤷ Trombose de seio venoso e Trombose venosa cortical Epidemiologia ⤷ Trombose venosa central ela acontece 2/100.000/ano ⤷ Também é uma doença subdiagnosticada ⤷ Doença que está associada a trombogenicidade o Risco aumenta muito no contexto da gestação e do puerpério 1/10.000 ⤷ O padrão do nosso paciente: é um paciente jovem em média de 30 anos ⤷ É muito mais comum em mulheres comparado a homens (3x mais comum) o Estado pró-trombótico o Estrógenos/progesterona o Uso de ACO Fisiopatologia ⤷ Nem todo caso vai ocorrer todas essas complicações Causas ⤷ Estados pró-trombóticos o Gravidez, puerpério, uso de ACO, hormônios ⤷ Trombofilias o Déficit na produção de algum fator de coagulação levando a estado pró-trombótico o Síndrome do anticorpo fosfolípide, deficiência de plasminogênio, proteína S, proteína C, fator V Leiden, mutação do gene da protrombina Quadro clínico ⤷ Síndrome de hipertensão intracraniana: cefaléia, papiledema, alteração do nível de consciência, distúrbio visual ⤷ Síndrome neurológica focal: déficit focal e convulsão ⤷ Quadro de encefalopatia com alteração do nível de consciência, torpor, estupor ⤷ Cefaleia é o principal sintoma (90%) ⤷ Déficit neurológico focal não é tão comum (20%) ⤏ infarto venoso ou hemorragia ⤷ Convulsão (40%) Diagnóstico ⤷ Tomografia computadorizada sem contraste, porque o contraste atrapalha um sangramento o Na maioria dos pacientes a TC do crânio sem contraste estará normal o Em alguns pacientes podemos encontrar múltiplos infartos hemorrágicos ⤷ Sinal da hiperdensidade em corda 33%, significa obstrução de uma veia cortical ⤷ Fizemos a TC do crânio sem contraste e veio normal, o próximo exame a ser solicitado é a TC do crânio com contraste o Sinal do Delta vazio 30% ▪ Isodensidade dentro do seio sagital superior, acontece quando o trombo tá dentro do seio sagital superior Infarto, um leito hipodenso, preto e dentro dele sangramentos, hiperdensidade Hiperdensidade em corda Infarto hemorrá gico 9 ⤷ RM do crânio na sua fase venosa o É um exame de maior sensibilidade, maior especificidade o Se a TC com contraste não te mostrou todas as informações necessárias o Ela nos mostra exatamente o local onde ocorreu a obstrução ⤷ É muito difícil chegar ao ponto de necessitar de uma angiografia o Padrão ouro o Maior especificidade Laboratório ⤷ Pode trazer alguma informação a mais ⤷ Hemograma, plaquetas, VHS, TP, TTPA ⤷ Na suspeita de trombofilia precisamos dosar: Proteína C e S, antitrombina III, anticorpo antifosfolípide, Fator V de Leiden, Fator VIII, Protrombina G20210A Complicações ⤷ Complicações da trombose venosa central: o Convulsões o Hidrocefalia o HIC Tratamento ⤷ Fase aguda: o Prevenir a propagação do coágulo o Recanalizar o seio trombosado o Prevenir complicações agudas o Anticoagulação plena ⤏ HBPM ou HNF ▪ Precisamos ter certeza que o sangramento foi por obstrução venosa o TTO endovascular ⤏ piora neurológica progressiva apesar da anticoagulação ▪ Trombólise ou trombectomia mecânica ⤷ Na fase de manutenção: o Objetivo é a prevenção secundária de eventos trombóticos recorrentes o Modificaçãode condições tratáveis que predispõe ao coágulo o Quando existe um fator de risco provocado utilizar varfarina 3-6 meses o Fator de risco não é provocado- Varfarina 6-12 meses o Trombofilias severas ou associação com TEP ou recorrência de TVC ⤏ varfarina em uso indefinido Prognóstico ⤷ Risco anual de eventos trombóticos 6,5% se o paciente não tratar ⤷ O risco ele pode aumentar ou diminuir de acordo com a tipo de trombofilia o Deficiência de antitrombina III (19% em 2 anos) o Deficiência de proteína C (40% 5 anos) o Deficiência de proteína S (55% 10 anos) ⤷ Trombofilias menos graves com menor risco ao longo dos anos o Heterozigose do fator V Leiden (7% 2 anos) o Heterozigose protrombina 20210 A (11% 5 anos) o Elevação fator VIII (25% 10 anos) Rivaroxaban, Apixaban, Dabigatran ⤏ necessitam de mais estudos, mas nós já fazemos uso de Rivaroxaban
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