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Rebeka Freitas 
 
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 
- Emergências clínicas: Dificuldade Respiratória, Crise Asmática, 
Ataque Cardíaco, Acidente Vascular Cerebral, Obstrução das Vias 
Aéreas. 
- O que são primeiros socorros? São os cuidados imediatos prestados 
a alguém com uma doença ou ferimento antes de um socorrista 
reinado chegar e assumir o caso. 
× Art. 135 do decreto lei n. 2.848 de 07/12/1940 
- Omissão de socorro implica em deixar de prestar assistência, 
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada; à pessoa inválida ou ferida; ao desamparado ou em grave 
e iminente perigo -> Caso não se peça o socorro da autoridade 
pública, a pena é de 6 meses a 1 ano, ou multa. 
- Parágrafo Único: A pena é aumentada de metade, se da omissão 
resulta lesão corporal, de natureza grave (9 meses a 1 ano e meio), 
e triplicada, se resulta em morte (18 meses a 3 anos). 
× Segurança do local 
- Existe algum perigo para você? E para a vítima? 
- Existem outras pessoas a sua volta que possam ajudar? 
-Onde fica o telefone mais próximo? Alguém tem um telefone 
celular? 192: SAMU/ 193: Bombeiros / 190: Polícia. 
- Quantas pessoas estão feridas? Como se feriram? 
- Qual a sua localização? 
× Ações x Passos 
1. Se a vítima estiver responsiva, apresente-se antes de ter qualquer 
contato físico: Meu nome é … posso ajudar? 
2. Se a vítima concordar, você pode prestar os primeiros socorros. 
3. Se recusar sua ajuda, ligue 192 e permaneça no local até a 
chegada de um socorrista treinado que assuma o caso -> contra 
argumente, mas respeite a decisão -> em caso de paciente 
consciente. 
4. Se a vítima estiver confusa ou não responder, considere que ela 
queira que você a ajude -> em caso de paciente inconsciente, 
interfira! 
- Urgência e Emergência: a intervenção ocorre para que não ocorra 
óbito »» direito derrogatório de exceção. 
- Capacitação é muito importante, mas na Urgência e Emergência, 
há o direito derrogatório de exceção. 
- Não há obrigação em prestar determinados socorros específicos 
caso o médico não se sinta/não seja capacitado -> mas, o que estiver 
ao alcance, deve ser feito: RCP, ventilação... 
- Em Urgência e Emergência, APENAS: se uma pediatra frente a 
uma mulher grávida, acidentada, fizer o parto (normal), mas a mãe 
e/ou o bebê morrerem, a médica não pode ser incriminada, pois o 
conceito de imperícia não é aplicado, uma vez que a urgência e 
emergência consiste em um direito derrogatório de exceção (se não 
houvesse intervenção, a pessoa morreria). Se, numa mesma situação, 
essa pediatra não fizer o parto por não se considerar capacitada 
para tal, ela também não pode ser incriminada. Já um médico 
cirurgião, na mesma circunstância, é obrigado a fazer o parto, pois 
ele é capacitado. 
- Às vezes, seu desejo de ajudar pode colocá-lo em perigo. Por 
exemplo, se você não for um bom nadador, tenha muito cuidado ao 
tentar salvar uma vítima de afogamento. 
- Ao prestar primeiros socorros, conheça seus limites. Não se torne 
outra vítima. 
- Quando pedir ajuda por telefone? Quando alguém estiver 
gravemente ou doente; quando você não tiver certeza sobre o que 
fazer no caso de uma emergência. 
- SAMU 192: TARM (Telefonista Auxiliar de Regulação Médica) -> 
Quem é? O que é? Onde é? 
- Discou 192 -> SUS. 
- Grite por socorro enquanto começa a avaliar a vítima; se ninguém 
responder e não houver necessidade de cuidados imediatos: deixe a 
vítima por um momento e ligue para o SAMU 192; consiga um kit de 
primeiros socorros e um DEA, se possível -> Retorne e permaneça 
com a vítima. 
- Peça sempre alguém para ligar ... delegue! 
- Quando ligar, informe se: a vítima não responde à fala ou ao toque; 
apresenta dor no peito ou desconforto torácico; apresenta sinais de 
AVC; apresenta desconforto respiratório; apresenta convulsão; não 
consegue mover partes do corpo; levou um choque elétrico; ingeriu 
substância tóxica; tentou cometer suicídio ou foi assaltada, 
independente do seu estado -> ABCD. 
- Passos para identificar problemas: 
1. Teste a responsividade: O Sr. Está bem? 
2. Libere as vias aéreas. 
Manobra de Heimlich em crianças Manobra de Heimlich em adultos 
Rebeka Freitas 
3. Avalie a respiração: ver, ouvir, sentir. 
4. Procure sinais de ferimentos 
5. Colete informações que justifiquem o problema. 
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA 
- As células do corpo precisam de oxigênio para trabalhar 
adequadamente. 
- Causas de bloqueio da respiração: algo como objetos ou alimentos 
que ao invés de ir para o estômago, se dirige para os pulmões; 
inchaço nas vias aéreas (reação alérgica ou asma); infecções; 
ferimentos na cabeça. 
× Sinais de dificuldade respiratória: 
-> Frequência respiratória muito rápida ou muito lenta (extremos) 
-> Dificuldade para realizar os movimentos respiratórios. 
-> Presença de respiração ruidosa: som de assobio-> som adventício. 
-> Incapacidade para produzir sons ou falar apenas algumas palavras 
entre cada respiração, embora esteja tentando falar mais. 
- O que fazer? Pergunte se a vítima tem consigo um remédio e 
ajude-a a pegá-lo; ligue para o SAMU 192 se a pessoa não tiver 
consigo o remédio, se ela não melhorar após o uso do remédio, se a 
respiração dela piorar, ou se ela tiver dificuldade de falar ou ficar 
inconsciente. 
- Se a vítima parar de respirar, inicie a RCP; fique com ela até um 
socorrista treinado ou SAMU chegar. 
- Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE): corpos 
estranhos podem causar uma gama de sintomas, desde obstrução 
parcial das vias aéreas até a completa. A identificação precoce é a 
chave para um bom resultado. 
- OVACE parcial: boa troca de ar; capacidade de tossir de maneira 
forçada; apresentação de sibilos (ruídos adventícios) entre as tosses. 
- Ações do socorrista em caso de OVACE parcial: incentive a vítima 
a continuar a tossir e a se esforçar para respirar espontaneamente; 
permaneça ao lado, monitorando sua condição, sem interferir nas 
tentativas de expelir o corpo estranho; se a obstrução parcial 
persistir, acione o serviço de emergência. 
- OVACE completa: tosse fraca e ineficaz; troca de ar deficiente ou 
ausente; incapacidade de falar/chorar; maior dificuldade respiratória 
(fome de ar ->tiragem intercostal, tiragem supra diafragmática, aleta 
nasal); ruídos agudos inspiratórios ou ausência de ruídos; possível 
cianose; sinal universal de asfixia. 
- Sinal Universal de Asfixia: 
 
- Ações do socorrista em caso de OVACE completa: pergunte à 
vítima se ela está se sentindo sem ar: se disser que sim e não puder 
falar, significa que há presença de obstrução completa das vias 
aérea e você deverá tentar aliviar a obstrução: 
-> Se vítima < 1 ano: 5 golpes nas costas e 5 compressões torácicas. 
-> Se vítima ≥ 1 ano: manobra de Heimlich -> identificar a cicatriz 
umbilical do paciente com o dedo mindinho; posicionar sobre essa mão 
a outra mão; iniciar o movimento: empurrar para dentro e trazer 
para cima (“J”) -> objetivo de aumentar a pressão intratorácica, o 
que facilita a mobilização do corpo estranho. 
 
 
 
 
 
 
-> Manobra de Heimlich em grávidas ou obesos: as mãos posicionam-
se na metade inferior do esterno, onde se faz as compressões 
torácicas. 
 
 
 
 
- Bebê consciente com obstrução grave: segurar no ramo da 
mandíbula ou colocar o queixo entre os dedos; coluna apoiada no braço 
do socorrista; posição em trendelenburg -> inspecionar a cavidade 
oral, se o objeto estiver visível e alcançável, retirá-lo usando o dedo 
mínimo; caso contrário, realizar 5 golpes (tapas) no dorso (entre as 
escápulas) e 5 compressões torácicas, logo abaixo da linha mamilar. 
 
 
 
 
- OVACE em paciente inconsciente (independente da faixa etária): 
peça ajuda (acionar serviço de emergência), coloque-a em uma 
superfície plana e firme, e inicie a RCP, ainda que o paciente não 
esteja em PCR (começando pela compressão; não há necessidade de 
verificar pulso enquanto o paciente não apresentar PCR; a RCP auxilia 
na exteriorizaçãodo objeto estranho), com uma etapa extra: toda 
vez que abrir vias aéreas (antes de ventilar), procure objeto 
obstrutor, removendo-o se for fácil. 
Rebeka Freitas 
- 30 compressões -> inspeção da cavidade oral -> hiperventilar com 
Manobra de Head Tilt + Chin Lift: inclinação da cabeça + elevação do 
queixo (para liberar a via aérea) -> se não funcionar, retornar a 
cabeça do paciente para a posição anatômica e liberar a vias -> se o 
objeto não for visualizado, fazer a segunda ventilação -> se não 
funcionar, iniciar um novo ciclo (30 compressões ->......... ). 
- 30 compressões para 2 ventilações por 2 minutos. Transcorridos 
os dois minutos, é necessária a checagem de pulso, porque possa 
ser que já não haja mais oxigênio para fazer com que o coração 
trabalhe. 
CRISE ASMÁTICA 
- Sinais clínicos de asma aguda grave: Uso de musculatura acessória; 
Incapacidade de completar sentenças entre respirações; Taquipnéia 
(frequência respiratória aumentada); Taquicardia; Presença de pulso 
paradoxal; Tempo expiratório prolongado; Cianose; Confusão mental; 
Sonolência. 
-O que fazer? Crises leves respondem bem ao uso de 
broncodilatadores; crises mais graves, o uso de corticosteróides está 
indicado e em caso de dispneia intensa e queda de níveis de 
oxigenação do sangue, também o uso de oxigenioterapia. 
ATAQUE CARDÍACO 
- Sinais: Desconforto torácico – dor em aperto; Sinal de Levine; 
Desconforto em outras áreas da porção superior do corpo (braços, 
ombro, costas, pescoço e estômago); Respiração curta; Pele fria, 
náuseas, sensação de cabeça vazia. 
- O que fazer: Mantenha a vítima sentada e quieta; Telefone para 
192 ou peça a alguém para ligar e passe ao Médico Regulador todas 
as informações disponíveis; Peça alguém para trazer um Kit de 
primeiros socorros e um DEA se disponível; Se a vítima tornar-se 
não responsiva esteja pronto para iniciar a RCP e usar o DEA. 
DERRAME (AVC) 
- Ocorre quando o sangue para de chegar a uma parte do cérebro, 
pode ser por sangramento (AVC hemorrágico) ou por vaso sanguíneo 
obstruído (AVC isquêmico). 
- É importante reconhecer rapidamente os sintomas pois existem 
novos tratamentos e quanto mais rápido melhor a recuperação e 
menores os danos (tempo para diagnóstico e tratamento: 4h30min) 
- Está entre as primeiras causas de morte; corresponde à 1ª causa 
de sequelas irreversíveis em adultos. 
- Sequelas do AVC: 70% das pessoas não retornam ao trabalho; 30 
a 50% ficam dependentes; 34% têm demência em 1 ano. 
- Óbito: 8% a 20% das pessoas morrem com 30 dias; 15 a 25% 
morrem com 1 ano; 60% morrem com 5 anos. 
- Brasil: população mal informada; procura por auxílio médico tardio; 
hospitais mal preparados; visão fatalista; pouco interesse no Setor 
Público. 
- Caso haja diagnóstico precoce: redução de 21% da mortalidade 
precoce; redução de 12% da mortalidade em 12 meses; menor 
período de internação; menor índice de sequelas. 
- Sinais: Dormência ou fraqueza súbita na face, braço ou perna 
principalmente em apenas um lado do corpo; Confusão mental súbita, 
dificuldade para falar ou compreender; Dificuldade repentina para 
enxergar com um ou ambos os olhos; Dificuldade súbita para andar, 
tontura, perda do equilíbrio ou coordenação motora; Dor de cabeça 
súbita muito forte de causa desconhecida. 
- Tomografia Computadorizada: mostra se houve um AVC 
hemorrágico (aparece na imagem) ou isquêmico (não aparece nada). 
- Escala de Cincinnati -> Aplicada em menos de um minuto: queda 
facial (peça ao paciente para ele sorrir); debilidade dos braços (peça 
ao paciente para ele estender os braços); fala (peça ao paciente 
para ele falar algo simples). 
- Paciente com aparecimento súbito de 1 destes 3 achados tem 72% 
de probabilidade de um AVC, se os 3 achados estiverem presentes 
a probabilidade é maior que 85%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rebeka Freitas 
TONTURA 
- Tontura é definida principalmente como a sensação de instabilidade 
ou de estar flutuando no ar -> rotatória (vertigem) ou não. 
- O que fazer? Areje o ambiente (o paciente muitas vezes se sente 
sufocado); afrouxe as roupas da vítima; deixe a vítima deitada; eleve 
as pernas (devido à diminuição da perfusão sanguínea- elevar as 
pernas facilita a chegada de sangue no cérebro), quando possível. 
 DESMAIO 
- Desmaio (síncope) consiste na perda abrupta e transitória da 
consciência e do tônus postural (da capacidade de ficar em pé), 
seguida de recuperação rápida e completa. Normalmente a tontura 
precede o desmaio. 
- Causas: hipoglicemia; desidratação; fator emocional; dor extrema; 
ambiente confinado; ficar em pé imóvel por longo período 
(principalmente se estiver calor); levantar-se repentinamente depois 
de ter ficado agachado ou curvado para baixo; baixa perfusão 
sanguínea no cérebro. -> Hipoglicemia transitória: redução rápida do 
débito cardíaco (ação parassimpática: reflexo vagal). 
- Sinais e sintomas associados: tontura; sensação de mal estar; pulso 
rápido e fraco; respiração alterada (muito rápida ou muito lenta); 
tremor nas sobrancelhas; pele fria, pálida e úmida (vasoconstrição 
dos vasos); inconsciência superficial. 
- O que fazer? Peça a vítima que continue deitada em uma superfície 
plana no chão até que a tontura tenha passado completamente; caso 
persista a tontura eleve suas pernas um pouco até passar a tontura; 
se a vítima tiver caído, procure por ferimentos (caiu porque sentiu 
algo, ou sentiu algo devido à queda?); quando não referir mais tontura, 
ajude-a a sentar lentamente, peça que permaneça sentada por 
alguns instantes antes de levantar-se lentamente. 
 HIPOGLICEMIA 
- O baixo nível de açúcar no sangue (<70mg/dL) pode ocorrer se 
uma pessoa: não tiver se alimentado ou tiver vomitado; não tiver 
comido suficiente para o nível de atividade e quantidade de insulina 
existente na corrente sanguínea; for portadora de diabetes e tiver 
administrado muita insulina. 
- Paciente com glicemia normal se adapta para que a glicose não 
diminua muito -> portadores de diabetes que usam insulina não 
conseguem essa adaptação -> hipoglicemia. 
 
 
 
 
- Glicose baixa: aumento da produção de adrenalina-> sintomas como 
taquicardia, suor intenso. 
- Lipotimia: pré-síncope -> hipoglicemia moderada. 
- Marcha desordenada -> desequilíbrio. 
- Em caso de hipoglicemia moderada: ministrar 15g de carboidrato de 
rápida digestão, exemplo: ½ copo de suco de frutas, 4 ou 5 bolachas 
salgadas, 1 colher de mel, 2 colheres de uva passas, etc. 
- Se o paciente tem alguma redução do nível de consciência, não se 
pode dar nenhum alimento, por conta do risco de obstrução das vias 
aéreas. 
- O que fazer? Se ela não se sentir melhor após a ingesta de açúcar: 
telefone ou peça para alguém ligar para 192; não dê mais nada para 
comer ou beber (pois o paciente pode piorar); se apresentar 
convulsão, tratá-lo da forma correta; se tornar-se irresponsiva, 
inicie a RCP. 
REAÇÕES ALÉRGICAS 
-Muitas reações alérgicas são leves, mas podem tornar-se graves a 
qualquer momento. 
-Alergias comuns: diversos alimentos: amendoins, camarão, 
caranguejo, ovos, chocolate, etc.; mordidas de insetos, principalmente 
picadas de abelhas; leite (intolerância); alergias inalatórias, dentre 
outras. 
-Sinais de uma reação alérgica leve: nariz inchado, espirros, coceira 
ao redor dos olhos e na pele, erupções vermelhas, sensação de 
pigarro. 
-Sinais de uma reação alérgica grave: dificuldade para respirar 
inchaço da língua, desmaio, choque anafilático. 
-Paciente produz muita histamina -> vasodilatação -> aumento do 
edema -> edema nos olhos pode ser bipalpebral, bilateral. 
 
 
 
 
- Placas em alto relevo, que coalescem, tem auto-relevo. 
- O que fazer em caso de reações alérgicas graves? Verifique se o 
local é seguro; peça ajuda (192) e kit de primeiros socorros; algumas 
pessoas por saberem que são alérgicas possuem adrenalina 
(canetinha), se ela possuir peça que aplique o medicamento; se 
possível, guarde uma amostra da substância que provocoua reação; 
se a vítima tornar-se irresponsiva, inicie os passos de RCP. 
- As alergias, se não tratadas a tempo e a contento, podem causar 
morte. 
Rebeka Freitas 
CHOQUE ANAFILÁTICO 
- Grau máximo de reação alérgica. 
- Manifestações clínicas: sensação de desmaio; pulso rápido; 
dificuldade respiratória; náuseas e vômito; dor de estômago; urticária; 
pele pálida, fria e úmida; inchaço nos lábios, língua ou garganta (edema 
de glote); tonteira, confusão mental e até perda da consciência; pode 
haver parada cardíaca. 
 
 
 
 
 
- EpiPen: canetinha auto injetora que contém epinefrina (adrenalina). 
 CONVULSÃO 
- Convulsão é um distúrbio que se caracteriza pela contratura 
muscular involuntária de todo o corpo ou de parte dele, provocada 
por aumento excessivo da atividade elétrica em determinadas áreas 
cerebrais. 
- Emoções intensas, exercícios vigorosos, determinados ruídos, 
músicas, odores ou luzes fortes podem funcionar como gatilhos das 
crises (a pessoa já tem uma predisposição). Outras condições – 
febre alta, falta de sono, menstruação e estresse (alterações 
crônicas) – também podem facilitar a instalação de convulsões 
(coajudam), mas não são consideradas gatilhos. 
- Mudança abrupta da temperatura -> gatilho para convulsão. 
- A crise conversiva é uma crise de ansiedade acentuada que parece 
com uma crise convulsiva, mas não é. Enquanto as crises epilépticas 
convulsivas apresentam padrão estereotipado dos movimentos 
motores, com perda da consciência, uma convulsão conversiva varia 
de uma crise para outra, sem perda da consciência, embora com 
alterações do estado menta 
- O que fazer? Garanta que há segurança do local e pessoal; colete 
informações que justifique a crise; proteja a vítima de ferimentos: 
tire a mobília e outros objetos do caminho; coloque uma toalha ou 
almofada sob a cabeça da vítima (às vezes não tem nada, então é 
necessário colocar a mão sob a cabeça, não para segurar, mas parar 
amortecer os possíveis impactos); folgue as roupas da vítima; 
telefone ou peça alguém para ligar para 192. 
- Caso você não suspeite de trauma na cabeça ou coluna, coloque-a 
em posição lateral de segurança (estado pós-ictal); fique com a vítima 
até que ela torne-se responsiva; se após a convulsão a vítima tornar-
se irresponsiva e não estiver respirando, inicie a RCP. 
- Observações importantes: não force abertura da boca; não tente 
impedir as contrações; não tente colocar objetos na boca da vítima; 
não empurre a vítima contra o solo; se a vítima morder a língua, após 
a convulsão preste primeiros socorros. 
EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 
- O SAMU padroniza uma assistência inicial de trauma para que o 
paciente chegue nas melhores condições possíveis. 
- 9 bilhões são gastos anualmente com traumas. 
- 1ª causa de morte de 1 a 44 anos; 3ª causa de morte em geral no 
Brasil e no mundo. 
- São registradas 150 mil mortes por ano causadas por acidentes de 
trânsito, com armas de fogo, de trabalho e domésticos. 
- Os acidentes de trânsito ultrapassam 420 mil vítimas anualmente, 
sendo 45 mil fatais. 
- Em cerca de 75% dos desastres fatais nas ruas e estradas há 
um motorista alcoolizado. 
- Um quinto dos traumas no trabalho também é provocado pelo álcool, 
incapacitando cerca de 300 mil pessoas temporariamente e 100 mil 
de forma permanente. 
- Emergências traumáticas: ferimentos, hemorragias, amputações 
traumáticas, queimaduras, entorses, fraturas. 
FERIMENTOS 
- Tipos de ferimentos: contusos; perfurantes; cortantes; lacerantes 
-> como a lesão se apresenta na pele; relação entre o agente 
etiológico do ferimento e da energia envolvida com a gênese da lesão. 
 erimentos Contusos 
- São lesões produzidas por objetos contundentes (não é afiado, não 
tem fio) que danificam o tecido subcutâneo subjacente sem ocorrer 
o rompimento da pele e a mesma se mantém íntegra. 
- O ferimento será contuso se ele não gerar solução de continuidade 
(ferimento). 
- Os ferimentos contusos podem ser: edema, equimose, hematoma. 
»» Edema: localizado -> elevação e palidez da pele na área que 
ocorreu o impacto, que surge alguns minutos após o trauma; não há 
saída de hemácias dos vasos para os tecidos, apenas líquidos são 
migrados; vasodilatação com aumento da transudação. 
 
 
 
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=www.voice-center.com/images/reinkes.gif&imgrefurl=http://www.voice-center.com/nodules_cysts.html&h=249&w=270&prev=/images?q=edema&start=40&svnum=10&hl=pt-BR&lr=&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sa=N
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Rebeka Freitas 
»» Equimose: ruptura mínima dos capilares -> migração do sangue do 
vaso para o tecido -> o sangue percorre entre uma fibra e outra, 
gerando o mínimo de extorsão do volume; sem ocorrer 
obrigatoriamente aumento de volume. 
 
 
 
 
»» Hematoma: extravasamento de sangue entre os tecidos (tecido 
subcutâneo -> coleção de sangue -> pequenas alterações 
microscópicas -> possibilidade de abcesso. 
- O líquido disseca as fibras e as afasta entre si -> distorce o 
arcabouço dos tecidos -> tecido mais engrumecido do que na 
equimose. 
 
 
 
 
- Hematoma e equimose -> alteração da cor. 
- O que fazer? Em situação pré-hospitalar: aplicação de gelo -> 
conter o distúrbio vascular, o extravasamento de sangue, fazer com 
que haja uma diminuição da dor (principalmente hematoma). O gelo 
deve ser colocado dentro de um saco plástico, e a pele recoberta 
por um pano limpo (20min de gelo/10min descanso). 
- As hemácias passam por um processo de oxidação da hemácia: 
roxo -> azul-> verde-> amarelo -> o hematoma/a equimose “caminha” 
pela pele, em ação da força da gravidade. 
 erimentos Perfurantes: 
- São lesões cutâneas puntiformes ou lineares, com bordas regulares 
ou não -> a gravidade desse ferimento depende da área de incidência 
da perfuração. 
- Não aconselha-se remover instrumentos de médio e grande 
calibre* que tenham perfurado a pele -> possibilidade de hemorragia. 
* Pequeno calibre em determinadas situações também, como por 
exemplo, um alfinete que tenha perfurado um olho. 
- Importante: Princípio da não maleficência! 
 erimentos Cortantes: 
- São produzidos pela ação do deslizamento de agentes cortantes 
(que possuem fiação), afiados, capazes de penetrar na pele e causar 
uma ferida linear com bordas regulares e pouco traumatizadas. 
 
 
 
 
- Ferimentos cortantes não tratados corretamente: risco de 
infecção e de má cicatrização. 
- Compressão mínima com pano limpo para estancar o sangramento 
(se for mais superficial); lavar com água e sabão grosseiramente 
para tirar as impurezas superficiais. 
 erimentos Lacerantes: 
- O mecanismo de ação é a pressão ou tração exercida sobre o 
tecido, no qual causa lesões irregulares. 
- Cisalhamento do tecido: atrito -> arrastamento de tecido. 
- Ponto de inserção do trauma -> cisalhamento -> ruptura do tecido. 
- Proporcionalmente, há menor sangramento que no ferimento 
cortante, porque na laceração, muitas vezes, há coagulação do 
sangue. 
 
 
 
 
HEMORRAGIAS 
- É a perda súbita de sangue originada pelo rompimento de um ou 
mais vasos sanguíneos, geralmente em decorrência de um trauma. 
- Pode ser: arterial, venosa, capilar. 
- Se a pele não estiver íntegra, haverá exteriorização do sangue pela 
ferida. 
»» Hemorragia Arterial: o sangue é vermelho vivo, é em jato, e pulsa 
em sincronia com os batimentos cardíacos (sístole/diástole -> ondas 
de maior e menor intensidade dos jatos); a perda de sangue pode ser 
rápida e abundante. 
 
 
 
 - Quanto mais distante o corte for das carótidas, aorta, ilíacas e 
femorais (circulação central) -> menos ondas, menos jatos. 
- Quanto mais próximo da circulação central, mais intenso, mais 
rápido e mais pulsátil será a hemorragia. 
Rebeka Freitas 
- Em caso de hemorragia arterial, a melhor formade contenção é a 
compressão digital no local do vaso. 
»» Hemorragia Venosa: o sangramento é uniforme e de cor escura; 
pode vir em forma de jato, porém um jato contínuo, e não pulsátil. 
 
 
 
 
»» Hemorragia Capilar: o sangue é normalmente menos “vivo” que o 
sangue arterial; fluxo lento, uniforme -> sangramento em “lençol”; a 
pressão é pequena nos capilares. 
 
 
 
 
- Em sangramentos arteriais e venosos -> estanque, contenha o 
sangramento com um pano, não lave, pois pode haver infecção. 
- O que fazer? Prioridade = compressão direta -> um pano limpo 
sobre a ferida; um segundo pano para estabilizar o primeiro e 
efetivar a compressão. 
- Torniquete: deve ser utilizado com muito critério, pois apresenta 
risco -> corte do suprimento sanguíneo na região circundante -> risco 
de necrose. 
- O torniquete não é a primeira medida (ou faz o torniquete, ou o 
paciente morre-> então faça o torniquete). 
- À proporção que o paciente perde sangue, há queda de pressão, 
e o pulso fica filiforme (fraqueza, perda do pulso). 
- Em um paciente irresponsivo -> cheque o pulso carotídeo (adulto) 
ou braquial (criança), que são pulsos centrais. Em um paciente 
responsivo, ativo, interativo -> cheque o pulso radial (periférico) 
primariamente. 
AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS 
- São definidas como lesões em que há a separação de um membro 
ou de uma estrutura protuberante do corpo. 
-Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou 
por forças da tração 
. 
 
 
»» Amputação completa ou total: o segmento é totalmente separado 
do corpo. 
»» Amputação parcial: o segmento tem 50% ou mais de área de 
solução de continuidade com o corpo. 
»» Desenluvamento: quando a pele e o tecido adiposo são arrancados 
se lesão do tecido subjacente. 
 
 
 
- O que fazer? Abrir as vias aéreas e prestar assistência 
ventilatória, caso necessário; controlar a hemorragia (compressão 
direta e/ou torniquete). 
- O torniquete é prioritário quando já há o risco iminente de 
amputação ou quando essa já ocorreu -> é preciso preservar a 
circulação central. 
 
 
 
- Protocolo em amputação: XABC -> X: contenção de sangramento. 
- Cuidados com o segmento amputado: cobrir a área ferida com 
compressa úmida em solução; se presente, o pedículo tem que ficar 
sem pressão; proteger o membro amputado com dois sacos plásticos 
e colocar esse saco dentro de um recipiente de isopor com gelo ou 
água gelada. 
»» O que não se deve fazer: 
- Nunca usar pomadas, cremes, pastas, óleos ou nenhum tipo de pó 
em feridas abertas; não usar sabonetes muito abrasivos, muito 
menos detergentes ou sabão em pó (preferir sabão neutro); água 
oxigenada só piora a lesão, já que também afeta o tecido que está 
saudável, aumentando a área comprometida; não utilizar nenhum tipo 
de medicamento, apenas água e sabão. 
- Se houver perfuração com lâmina ou um prego, nunca tentar 
retirar o objeto, pois além de romper mais ainda o tecido, isso 
aumentará o sangramento; 
- Não se deve retirar o pedículo (porção ainda ligada ao corpo) 
QUEIMADURAS 
- Podem ser definidas como lesões dos tecidos orgânicos devido a 
uma exposição a superfícies ou líquidos quentes, chamas, 
substâncias, frio. 
- Em torno de 195 mil pessoas morrem anualmente devido a 
queimaduras, principalmente causadas em casa e no trabalho. (OMS) 
Rebeka Freitas 
- 2/3 das queimaduras acontecem no próprio domicilio do paciente. 
Aproximadamente 20% são crianças; destas, cerca de 20% são 
vítimas de lesão intencional ou abuso infantil. 
- As queimaduras são classificadas de acordo coma profundidade 
com que o agente causou o calor. 
»» 1º grau: envolvem somente a epiderme e são caracterizadas por 
serem vermelhas e dolorosas; não há formação de bolhas. 
»» 2º grau: envolvem a epiderme e porções variadas da derme 
subjacente; formação de bolhas -> a depender do agente e da 
profundidade, pode ser: a) Superficial: não comprometeu a região de 
vascularização mais intensa -> bolha com cor mais clara; em caso de 
rompimento da bolha, o tecido que aprece tem coloração 
avermelhada; b) Profunda: cauterização dos vasos entre derme e 
hipoderme -> bolha com cor escura; em caso de rompimento da 
bolha, o tecido estará mais esbranquiçado, devido à diminuição da 
vascularização. 
- 1º e 2º grau -> queimaduras muito doloridas: terminações nervosas 
livres -> detecção da dor. 
»» 3º grau: envolvem toda a espessura da pele e podem atingir 
outros tecidos -> terminações nervosas são atingidos pelo agente, 
por isso, não há percepção da dor. 
»» 4º grau: regiões carbonizadas. 
- O que fazer? 
-> Em primeiro lugar, deve-se extinguir a fonte da queimadura. Caso 
não tenha água ou extintores de incêndio no local, deve-se envolver 
a pessoa num cobertor->diminuição do aceso da chama ao oxigênio. 
-> Remover a roupa e as joias (pois as extremidades tendem a 
edemaciar); utilizar água corrente, em temperatura ambiente. 
-> Em queimadura de 3º grau, a roupa pode fundir-se à pele da 
vítima. Nesse caso, deve-se cortar o excesso de roupa, mas não 
tirar a parte que está aderida na vítima 
-> Utilizar água corrente (temperatura ambiente) durante pelo menos 
5 minutos. 
-> Não colocar nada contaminado sobre a queimadura (manteiga, 
creme dental, gelo, café: mitos). 
-> Não fornecer água nem alimento ao paciente vítima de 
queimadura, pois ele pode precisar urgentemente de cirurgia. 
-> Evitar resfriamento prolongado da lesão para não ocorrer 
hipotermia. 
-> Envolver o ferimento em um tecido limpo, se possível esterilizado 
-> Levar a vítima o mais rápido possível para o centro de saúde mais 
próximo. 
 
ENTORSES 
- É a torção de uma articulação com ruptura parcial ou total de um 
ou mais ligamentos, com ou sem fratura do osso. 
 
 
 
- Quadro clínico: dor; edema; hematoma. 
 
 
 
- O que fazer? Imobilização, aplicação de gelo (não diretamente) ou 
compressas frias; medicação analgésica e anti-inflamatória; uso de 
faixa elástica para estabilizar a articulação -> As entorses, na maioria 
das vezes, demandam de avaliação de especialistas. 
FRATURA 
- Fratura é a interrupção da continuidade de um osso. Classifica-se 
como fechada ou exposta (qualquer ferimento exposto, por menor 
que seja). 
 
 
 
- Torniquete quando o vaso sangra abundantemente: de cinco em 
cinco minutos, retirá-lo/ folgar par reestabelecer a vascularização. 
- O que fazer? Imobilizar o membro comprometido (talas -> papelão 
ou material que não vai gerar nenhuma lesão adicional na vítima) -> 
depois de fazer a atadura, deve-se verificar a presença ade pulso 
distal (radial); observar a perfusão nas extremidades; tranquilizar a 
vítima; transportá-la para o hospital. 
- “Dedo Amigo”: 
 
 
 
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- Ferimento superficial: realizar a próxima vacinação. 
- Ferimento sujo: fazer limpeza, aplicação de soro antitetânico e da 
próxima vacina. 
- Para todos os casos: limpeza e desinfecção da área.

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