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1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 4 2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE................................................ 5 2.1 Embriologia da pele ..................................................................... 6 2.2 Funções da pele .......................................................................... 7 2.3 Camadas da pele ...................................................................... 11 3 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES ................ 25 3.1 Proteção física ........................................................................... 25 3.2 Como órgão imunitário .............................................................. 26 3.3 Funções metabólicas................................................................. 26 3.4 Como órgão dos sentidos .......................................................... 26 3.5 Regulação da temperatura corporal .......................................... 26 4 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. .................................................... 27 4.1 Tipos de pele mais comuns ....................................................... 28 5 BIOQUÍMICA DA PELE ................................................................... 29 5.1 Composição química das camadas da pele .............................. 30 5.2 Microbiota cutânea normal ........................................................ 32 6 ANEXOS CUTÂNEOS ..................................................................... 33 6.1 Estruturas dos anexos cutâneos ............................................... 34 6.2 Aparelho pilossebáceo .............................................................. 37 6.3 Pelos ......................................................................................... 40 6.4 Unhas ........................................................................................ 46 7 INERVAÇÃO .................................................................................... 48 8 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS ...................................... 49 8.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas: 50 8.2 Glândulas sebáceas .................................................................. 50 3 8.3 Unhas ........................................................................................ 51 9 QUERATINIZAÇÃO ......................................................................... 51 10 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA ............................................................................. 52 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 53 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Fonte: pt.depositphotos.com A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável à vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Embora a pele desempenhe diversas funções vitais de comunicação e controle que garantem a homeostase do organismo, por muitos anos este órgão foi considerado apenas uma barreira contra agentes externos. Segundo Sampaio e Rivitti (2018): A pele representa mais de 15% do peso corpóreo. Toda a sua superfície é constituída por sulcos e saliências, particularmente acentuadas nas regiões palmoplantares e nas extremidades dos dedos, onde sua disposição é absolutamente individual e peculiar, permitindo não somente sua utilização na identificação dos indivíduos por meio da datiloscopia, como também a diagnose de enfermidades genéticas, pelas impressões palmoplantares, os chamados dermatóglifos. A terminologia tecido é interpretada equivocadamente, como sinônimo de pele ou tegumento, com frequência. Tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções específicas e em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. 6 Pele ou tegumento, por sua vez é um órgão, composto por um agregado de tecidos, que funcionam em conjunto. A epiderme e a derme constituem as principais camadas tegumentares, além das estruturas anexas (unhas, pelos e glândulas), que auxiliam no exercício de suas funções. Estes componentes formam o sistema tegumentar. 2.1 Embriologia da pele Fonte: pt.slideshare.net Pinheiro, 2007 apud Sampaio e Rivitti, 2001, discorre sobre a origem embriológica da pele, afirmando: Embriologicamente, a pele deriva dos folhetos ectodérmicos e mesodérmicos. As estruturas epiteliais, a epiderme, os folículos pilossebáceos, as glândulas apócrinas e écrinas e as unhas derivam do ectoderma. Os nervos e os melanócitos originam-se do neuroectoderma, já as fibras colágenas e elásticas, os vasos sanguíneos, os músculos e o tecido adiposo provêm do mesoderma. No embrião de três semanas, a epiderme é constituída por uma única camada de células, morfologicamente indiferenciadas, cuja reprodução resulta em aumento do número de camadas e na formação dos anexos cutâneos. 7 Além disso, ocorre invasão dessa estrutura por células originadas da crista neural, os melanócitos, que originarão o sistema pigmentar da pele. O início da formação do aparelho pilossebáceo ocorre na 9ª semana de vida embrionária. As glândulas sudoríparas écrinas formam-se, inicialmente, nas regiões palmoplantares, em torno da 14ª semana do embrião. A derme e o tecido subcutâneo iniciam-se por um material mixomatoso desprovido de fibras. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) As primeiras estruturas fibrilares surgem do segundo ao quarto mês de vida fetal. Os primeiros vasos sanguíneos aparecem em torno do terceiro mês e as primeiras estruturas nervosas, a partir da 5a semana de vida fetal. Quanto aos melanócitos, são evidenciáveis na epiderme em torno da 11a semana do desenvolvimento embrionário, tornando-se numerosos entre a 12a e a 14a semanas. Os precursores dos melanócitos denominam-se melanoblastos e derivam da crista neural. Em relação às unhas, os primeiros elementos da matriz ungueal são detectados no dorso dos dedos do embrião por ocasião da 10a semana de vida. 2.2 Funções da pele Devido à estrutura e às propriedades físicas, químicas e biológicas de suas várias estruturas, a pele, como membrana envolvente e isolante, é um órgão que pode executar múltiplas funções. Função Descrição Proteção Constitui a barreira de proteção à penetração de agentes externos de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, impede perdas de água, eletrólitos e outras substâncias do meio interno Proteção imunológica A pele, graças à presençade células imunologicamente ativas, é um órgão de grande atividade imunológica, onde atuam intensamente os componentes da imunidade humoral e celular. 8 Termo regulação Graças à sudorese, constrição e dilatação da rede vascular cutânea, a pele processa o controle homeostático da temperatura orgânica. Percepção Por meio da complexa e especializada rede nervosa cutânea, a pele é o órgão receptor sensitivo do calor, do frio, da dor e do tato. Secreção A secreção sebácea é importante para a manutenção eutrófica (manutenção de uma nutrição adequada) da própria pele, particularmente da camada córnea, evitando a perda de água. Além disso, o sebo tem propriedades antimicrobianas e contém substâncias precursoras da vitamina D. Quanto às glândulas sudoríparas, a eliminação de restos metabólicos não tem valor como função excretora. Fonte: adaptado de Wanczinski et al, 2017 Essas funções gerais da pele dependerão da participação de seus vários componentes por meio de suas propriedades, ainda incompletamente conhecidas. Assim, na função protetora da pele, a camada córnea tem importância relevante, constituindo-se em interfase entre o organismo e o meio ambiente, graças às suas várias propriedades: Impermeabilidade relativa à água e eletrólitos: ao evitar perdas hídricas e eletrolíticas, bem como ao limitar a penetração de substâncias exógenas. Resistência relativa a agentes danosos corrosivos: alta impedância elétrica (resistência elétrica), que restringe a passagem de corrente elétrica pela pele. Superfície relativamente seca: retarda a proliferação de microrganismos. Quimicamente: representa uma membrana limitadora à passagem de moléculas. 9 Outra função da pele: termorregulação Quanto à termorregulação, é exercida, principalmente, pelos sistemas vascular e sudoríparo da pele. Como comunicação entre o organismo e o meio externo, a pele desempenha um papel passivo nas trocas calóricas, mas, por meio das unidades sudoríparas écrinas e da rede vascular cutânea, interfere de modo ativo na regulação térmica. (GRAFF, 2003) As glândulas sudoríparas fornecem o revestimento cutâneo de água que, por evaporação, esfria a superfície corpórea, e, os vasos sanguíneos, pela dilatação ou constrição, ampliam ou diminuem o fluxo sanguíneo periférico, permitindo maior ou menor dissipação calórica. Um aumento de 0,5°C na temperatura corpórea determina impulsos hipotalâmicos que, por meio das fibras colinérgicas do sistema nervoso simpático, estimulam as glândulas sudoríparas écrinas de todo o corpo. O aquecimento regional da pele promove também sudorese local, admitindo-se, nesse caso, ação térmica direta sobre a glândula sudorípara, sem participação hipotalâmica. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Outra função da pele: secreção De acordo com Sampaio e Rivitti (2018): Em relação às funções secretoras da pele, os produtos metabólicos eliminados pela sudorese não têm qualquer importância como função excretora. Quanto às glândulas sebáceas, seu desenvolvimento e atividade dependem, essencialmente, de fatores humorais, particularmente androgênios. O produto da secreção das glândulas sebáceas, o sebo, constitui, com os lipídeos da queratinização, o filme lipídico da superfície cutânea. Esse complexo de lipídeos é composto por: - Triglicerídeo - Diglicerídeo - Ácidos graxos - Ésteres - Esqualeno - Esteróis No sebo recém-secretado, não existem ácidos graxos livres, os quais surgem intrafolicularmente por ação de lipases bacterianas. O verdadeiro 10 significado fisiológico do sebo permanece ainda desconhecido no homem. Nos animais, promovendo aderência dos pelos, é um fator a mais no isolamento térmico, além do que, pelas suas propriedades odoríferas, exerce função de atração sexual. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Tais funções são irrelevantes no homem, mas outras têm sido atribuídas ao sebo, embora não existam provas da importância desses mecanismos na homeostase humana: Barreira de proteção; Emulsificação de substâncias; Atividade antimicrobiana, antibacteriana e antifúngica; Precursor da vitamina D. As secreções sebáceas e sudorais constituem as fases adiposa e oleosa da emulsão que recobre a superfície cutânea. O pH médio normal da pele situa- se entre 5,4 e 5,6, com variações topográficas. Já áreas intertriginosas apresentam pH maior que o habitual. Entre as secreções da superfície cutânea, existe, no recém-nascido, o chamado “vérnix caseoso”, que é constituído por secreção sebácea, células epiteliais descamadas e lanugo desprendido da superfície corpórea. Sua principal função é a lubrificação da superfície corpórea do feto, para facilitar sua passagem por meio do canal do parto, o que explicaria seu desaparecimento após o nascimento, por não mais ser necessária a função a que se destina. (CARVALHO et al, 2015) Além das suas funções vitais, as propriedades físico-químico-biológicas da pele permitem, pela capacidade de absorção dela, a administração percutânea de medicamentos, um processo que se dá por: Orifícios adanexiais Permitem a passagem de substâncias de baixo coeficiente de permeabilidade e de moléculas grandes. Espaços intercelulares da camada córnea Via de penetração de água e álcoois de peso molecular baixo. 11 Células corneificadas (diretamente) Quando ocorrem aumento da hidratação da pele, aumento da temperatura cutânea e exposição a solventes de lipídeos. Fonte: adaptado de Sampaio e Rivitti, 2018 2.3 Camadas da pele Fonte: peleemdia.com.br Epiderme A epiderme é avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco camadas, que se ligam firmemente umas nas outras. Fina, porém resistente, sua espessura varia entre 0,007 a 0,12 mm. Com exceção das camadas mais profundas, é constituída por células mortas. (GRAFF, 2003) É a camada externa, que vemos quando olhamos no espelho. Tem como principal função a proteção do organismo. Como impede a entrada de microrganismos, e se regenera, podemos comparar a epiderme a uma armadura biológica de nosso corpo. A camada mais profunda da epiderme é o estrato basal, que produz constantemente novas células pela divisão celular. Essas são também responsáveis pela constante regeneração de nossa pele, por meio de novas células sendo empurradas gradualmente para cima, em direção à superfície, levando em torno de sete dias para alcançar esse ponto e, desse modo, se http://www.peleemdia.com.br/ 12 tornando parte da proteção externa do corpo. (WANCZINSKI et al, 2007 apud SAMPAIO; RIVITTI, 2001; GRAFF, 2003) Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003. Camadas da Epiderme Camada Basal (ou germinativa): É formada por uma única camada de células-tronco, que pode apresentar formato colunar ou cuboide. e passa por mitose certas vezes com uma das células resultantes contribuindo para o estrato remanescente da epiderme. Estas células estão envolvidas numa produção inicial de tonofilamentos, e alguns dos tonofilamentos estão ligados aos hemidesmossomas que fixam a base da epiderme na derme. (MONTANARI,2016 apud HADLER, 1993) Os tonofilamentos formados não estão apenas ligados aos diversos dermossomas que compõem a estrutura de fixação primária de uma célula na outra na epiderme, eles também originam corpos de pré-queratina ou placas que amadurecem na queratina das células de outros estratos. (MONTANARI,2016 apud HADLER, 1993) A camada basal é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas, onde https://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/ https://www.infoescola.com/biologia/mitose/13 ocorre intensa divisão celular, ou seja, à medida que se multiplicam, as novas vão empurrando as mais antigas em direção à superfície, de modo a que estas passem a pertencer a outras camadas. Nesse processo as células partem da camada basal e vão sendo deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. Único estrato de células, em contato direto com a derme, que possui quatro diferentes espécies de células. (MONTANARI, 2016) Fonte: br.pinterest.com Queratinócitos: Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são as células mais numerosas da epiderme. São células de origem ectodérmica que realizam a produção de queratina. Os queratinócitos são formados na camada mais profunda da epiderme a partir de células cilíndricas que sofrem contínua atividade mitótica. Quando formadas, estas células são empurradas sucessivamente para camadas mais superficiais em decorrência da produção de novas células. Segundo Torquato et al (2016), À medida que ganham camadas superiores, as células sintetizam queratina no seu citoplasma. Para que um queratinócito da camada basal atinja a camada córnea, são necessários 21 a 28 dias, e para 14 que esta mesma célula se desprenda da camada córnea, são necessários mais 15 dias. Produtores da queratina, proteína responsável pelo fortalecimento e impermeabilidade da pele. Mais numerosas na epiderme, sofrem processo de queratinizarão. Descamam na superfície da epiderme. Precisam ser renovadas através da atividade mitótica (camada basal). As células novas são empurradas para a superfície (acumulam filamentos de queratina). As células morrem e são descamadas por volta de 20 a 30 dias. Fonte: anatpat.unicamp.br Melanócitos: Os melanócitos são células arredondadas localizadas principalmente na camada basal da epiderme, responsáveis pela produção de melanina, um dos pigmentos que determinam a coloração da pele. (MONTANARI, 2016) Os melanócitos são originados a partir das cristas neurais, que migram de seus locais originais para a epiderme, onde se interpõem por entre os queratinócitos basais. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se multiplicam. A cor da pele resulta de múltiplos fatores, e os mais importantes são o conteúdo de melanina e de caroteno, a quantidade de capilares na derme e a 15 cor do sangue que corre nesses capilares. A quantidade de melanócitos não varia em relação às raças, portanto, as diferenças raciais de pigmentação não dependem do número, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos. Fonte: pt.wikipedia.org Células situadas nas camadas basal e espinhosa, células com formato circulares a colunares. Produtores de melanina, pigmento que ao ser fagocitado pelos queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra os raios solares. A tirosinase produzida pelo REG (Retículo Endoplasmático Granular) é acumulada em grânulos chamados melanossomos, onde ela se converte em melanina. Tirosinase ativada pela luz UV. Células de Merkel As células de Merkel são consideradas mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do folículo piloso. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) As células de Merkel possuem forma alargada contendo grânulos neurossecretores no citoplasma, localizam-se isoladamente um pouco acima da 16 camada basal da epiderme. Da mesma forma que os melanócitos, as células de Merkel são originadas das cristas neurais e se localizam entre os queratinócitos da camada basal. Fonte: dermatologiarosario.com.ar Células de Langerhans: As células de Langerhans são células de origem mesodérmicas, muito ramificadas, que exercem um importante papel protetor na pele. Podem ser encontradas em qualquer camada da epiderme, porém, são mais frequentes na camada espinhosa. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Possuem grande capacidade fagocitária e ativação de linfócitos T, atuam na indução de rejeição aos enxertos e reações imunológicas do tipo hipersensibilidade retardadas. Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada sofrem mitose constantemente, para repor as células mortas da epiderme. 17 Fonte: dermatopatologiaparainiciantes.blogspot.com Camada Espinhosa: Localizada acima da camada basal e formada por várias camadas, é composta por queratinócitos em formatos de poliedros, que se unem através de desmossomos, filamentos semelhantes a espinhos. No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. As células com desmossomos e prolongamentos, ajudam a mantê-las bem unidas, o que lhes confere aparência espinhosa. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) As células de Langerhans se encontram espalhadas pela camada e ajudam a detectar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico para defender o corpo. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Fonte: infoescola.com http://www.infoescola.com/ 18 Camada Granulosa: Composta por poucas camadas de células achatadas, que possuem grânulos contendo queratomalina, precursora da queratina, e grânulos lamelares, que impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água. Fonte: pt.slideshare.net Camada Córnea: Composta por células com núcleos bem reduzidos ou anucleadas. Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas. A queratinização ou cornificação é o processo que transforma os queratinócitos em células córneas, achatadas e secas. (RABEH, GONÇALVES, 2015 apud VAN DE GRAAF,2003) Este processo é importante para a função protetora da pele. Em média, este processo dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. Assim, a pele encontra-se em constante renovação. 19 Fonte: dermatopatologiaparainiciantes Camada Lúcida: A camada lúcida é constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas organelas citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por queratina e sobre elas existe uma cobertura glicolipídica que, juntamente com a queratina, torna a membrana plasmática impermeável a fluidos. Nem todas as regiões do corpo possuem esta camada que existe mais comumente nas regiões palmoplantares. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Fonte: equalisveterinaria.com.br 20 Derme Fonte: coladaweb.com De acordo com Rabeh, Gonçalves (2015): A derme é a segunda camada da pele, mais profunda e espessa é vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo, como o colágeno e as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na composição da derme tornam a pele resistente e elástica. Além disso, as fibras elásticas e o colágeno são organizados em padrões definidos no interior da derme, de maneira a produzir linhas de tensão na pele, garantindo seus tônus. Entre a epiderme e a derme, há uma área de transição, denominada membrana basal, que as une firmemente. Os hemossideromas localizados inferiormente nos queratinócitos e melanócitos permitem que a membrana se fixe à epiderme, enquanto sua face inferior se fixa à derme através das fibrilas de ancoragem da derme papilar. A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a camada papilar e uma mais profunda, a camada reticular. Camadas da derme Camada papilar: Ocupa cerca de um quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas, que vão em direção à epiderme. Ela fica em contato com a epiderme, e é formada por tecido conjuntivo frouxo http://www.coladaweb.com/21 Fonte: pt.slideshare.net Camada reticular: Constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, possuindo, portanto, grande quantidade de fibras, que se dispõem de forma mais densa. Isto confere a capacidade de distensão à pele. Fonte: slideplayer.com.br Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre a camada viva da epiderme, a camada basal que está em constante processo de mitose, e estruturas como os folículos pilosos e glândulas. 22 Na derme também está presente a inervação da pele, composta por nervos e terminações nervosas, que conferem à pele a sensibilidade a pressão, temperatura, prurido, dor e tato. O sistema nervoso autônomo é responsável pela inervação motora da derme, e age nos músculos eretores do pelo e contraem as células do músculo liso dos vasos. (RABEH, GONÇALVES, 2015 apud VAN DE GRAAF,2003) Segundo Rabeh e Gonçalves(2015): Também, atua na manutenção e regulação da temperatura corporal e pressão arterial. Através da inervação da pele, ocorre a vasoconstricção, que impede a circulação do sangue nas arteríolas próximas à superfície, de forma a dificultar a perda de calor; ou a vasodilatação, que permite a livre circulação sanguínea na derme. Ainda com a finalidade de regular a temperatura, estruturas denominadas glomos, estão presentes nas pontas dos dedos, região central da face e orelhas. Estas estruturas são anastomoses entre vênulas e arteríolas, que se contraem para regular o fluxo periférico do sangue. Estrutura da derme A derme compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos (a substância fundamental) e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas; fibras elásticas; e fibras reticulares. Quanto a estrutura da derme, Sampaio e Rivitti (2018) diz: De espessura variável ao longo do organismo, desde 1 até 4 mm, a derme compõe-se de três porções – a papilar, a perianexial e a reticular: Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas, fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da epiderme. Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe- se, porém, em torno dos anexos. Compõe, com a derme papilar, a unidade anatômica denominada derme adventicial. Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais espessa, que se estende até o subcutâneo. É composta por feixes colágenos mais espessos, dispostos, em sua maior parte, paralelamente à epiderme. Há, proporcionalmente, menor quantidade 23 de fibroblastos e de substância fundamental em relação à derme adventicial. Fonte: angelicabeauty.blogspot.com A substância fundamental é composta, essencialmente, por mucopolissacarídeos, dos quais os hialuronidatos e condroitinsulfatos são os mais importantes. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Esse gel viscoso participa na resistência mecânica da pele às compressões e aos estiramentos. De acordo com Montanari (2016): Fibras colágenas: compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O colágeno da derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo I até o tipo XIII. Fibras elásticas: são microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se mais espessas e dispostas paralelamente à epiderme. É peculiar à espécie humana a grande quantidade de fibras elásticas na pele. O sistema elástico da pele compreende os seguintes tipos de fibras elásticas: Tipos de fibra Descrição Fibras oxitalânicas São as mais superficiais e dispõem-se perpendicularmente à junção 24 dermoepidérmica, estendendo-se até o limite entre a derme papilar e a reticular. Fibras eulaunínicas Ocupam posição intermediária na derme, conectando as fibras oxitalânicas da derme superficial com as fibras elásticas da derme reticular. Fibras elásticas maduras Contêm cerca de 90% de elastina e ocupam a derme reticular. As fibras elásticas mais superficiais estão envolvidas na ligação entre epiderme e derme e as mais profundas, pelo seu maior teor de elastina, na absorção dos choques e das distensões que se produzem na pele. Fonte: adaptado de Sampaio e Rivitti, 2001 A derme aloja as estruturas anexiais da pele, as glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo. Nela, encontram-se, ainda, suas células próprias, fibroblastos, histiócitos, mastócitos, células mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea, leucócitos e plasmócitos. Em quantidades variáveis, também apresenta vasos sanguíneos, linfáticos e estruturas nervosas Hipoderme A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e órgãos subjacentes. Apesar de sua estreita relação funcional com a pele, não é considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar. (RABEH e GONÇALVES, 2015) Composta por células adiposas, age como isolante térmico, e reserva calórica. Em determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando como amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme pode variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo. 25 Fonte: sogab.com.br 3 FISIOLOGIA DA PELE Á PARTIR DE SUAS FUNÇÕES A pele é um órgão muito mais complexo do que aparenta. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. No entanto, ela tem também funções imunitárias. É o principal órgão da regulação do calor, protegendo contra a desidratação. Tem também funções nervosas, constituindo o sentido do tato e metabólicas, como a produção da vitamina D. 3.1 Proteção física A epiderme secreta proteínas e lipídeos (a principal proteína é a queratina) que protegem contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Também é fundamental o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibrócitos depositam proteínas fibrilares com propriedades de resistência à tração e elasticidade, como o colágeno e a elastina. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege contra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumentada produz o bronzeamento da pele. (MONTANARI,2016) 26 3.2 Como órgão imunitário A pele é um órgão importante do sistema imunitário. Ela abriga diversos tipos de leucócitos. Há linfócitos que regulam a resposta imunitária e desenvolvem respostas específicas; células apresentadoras de antígeno (células de Langerhans) que recolhem moléculas estranhas (possíveis invasores) que levam para os gânglios linfáticos onde as apresentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgicas e luta contra parasitas 3.3 Funções metabólicas As funções metabólicas da pele são importantes. É lá que é fabricada, numa reação dependente da luz solar, a vitamina D, uma vitamina essencial para o metabolismo do cálcio e, portanto, na formação/manutenção saudável dos ossos. (JUNQUEIRA E CARNEIRO,2008) 3.4 Como órgão dos sentidos Finalmente, a pele também é um órgão sensorial, constituindo o sentido do tato. Ela apresenta numerosas terminações nervosas, algumas livres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especializados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele tem capacidade de detectar sinais que criam as percepções da temperatura, movimento, pressão e dor. É um órgão importante na função sexual. (RABEH e GONÇALVES, 2015) 3.5 Regulação da temperatura corporal A pele também é o principal órgão da regulação da temperatura corporal através de diversos mecanismos: Os vasos sanguíneos subcutâneos contraem-se com o frio e dilatam-se com o calor, de modo a minimizar ou maximizar as perdas de calor. 27 Os folículos pilosos têm músculos que produzem a sua ereção com o frio (pele de galinha”), aprisionandobolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor um mecanismo mais eficaz nos nossos antepassados mais peludos. As glândulas sudoríparas secretam líquido aquoso cuja evaporação diminui a temperatura superficial do corpo. A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio uma vez que a gordura é má condutora de calor. 4 FISIOLOGIA E TIPOS DE PELE. Fonte: isic.net.br Apesar de todas as peles parecerem semelhantes do ponto de vista anatômico, funcional e bioquímico, existem grandes variações entre elas. Os principais fatores determinantes do tipo de pele são: A quantidade de água: que influencia a elasticidade A quantidade de lipídeos: que influencia a nutrição e a suavidade O nível de sensibilidade (que influencia a resistência da pele). 28 4.1 Tipos de pele mais comuns Pele normal ou eudérmica: tem superfície lisa, flexível, lubrificada e umedecida, apresenta poros pouco visíveis e aspecto rosado. Há um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que resulta em uma pele sem imperfeições e com um nível adequado de sensibilidade. Nesse tipo de pele, o aparecimento de rugas é variável e estas são mais intensas na região dos olhos. (SBDC, 2018) Pele seca ou alípica: devido a fatores genéticos, hormonais ou ambientais, como vento ou radiação solar, esse tipo de pele apresenta secreção sebácea insuficiente, tem poros praticamente invisíveis e nenhuma luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É uma pele sensível e, não raro, apresenta manchas avermelhadas. Tem maior tendência ao aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar, principalmente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços e das pernas. (SBDC, 2018) Pele oleosa ou graxa: por causa do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto lustroso ou engordurado, poros dilatados, textura mais espessa e tendência a formar acnes e comedões. A oleosidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrência de fatores hormonais (puberdade e alterações hormonais) ou externos, como estresse, o uso de determinados medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão (SBDC, 2018) Pele mista: é uma combinação de pele oleosa na zona central do rosto e pele seca nas bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na testa e no mento, tendo uma oleosidade mais intensa com tendência a formar cravos nessa área (zona T). Na região das bochechas, há pele normal ou seca, com aparecimento de rugas variável. (SBDC, 2018) Pele sensível: Tem pouca oleosidade e, por isso, adquire aparência áspera e com tendência à formação de rugas. Outra característica da pele sensível é a irritabilidade: elas são muito sensíveis às mudanças climáticas e ao uso de cosméticos. Normalmente, desenvolvem vermelhidão, ardor, prurido e manchas além de também serem muito propensas à descamação. (SBDC, 2018) 29 De um modo geral as peles claras têm mais tendência a apresentar sensibilidade. 5 BIOQUÍMICA DA PELE O elemento mais importante da composição química da pele é a água, com um valor de cerca de 70%, que se distribui diferentemente nas diversas camadas da pele, sendo a hipoderme a mais hidratada. As substâncias de natureza proteica representam 27,5% dos constituintes químicos da pele, com: Aminoácidos: -Cistina - Desmosina -Hidroxiprolina - Isodesmosina -Prolina -Tirosina -Valina Proteínas: -Elastina -Colagéno -Melanina -Queratina -Querato-Hialina -Enzimas Outros constituintes azotados (nitrogênio): - Ácidos nucleicos - Glicoproteínas -Ácido hialurónico - Ureia Os lípidos, são constituintes muito importantes: Simples: ácidos gordos, colesterol, esqualeno Complexos: ceramidas, fosfolípidos, esfingolípidos De reserva: triglicéridos Os glúcidos, oses, como a glucose e os ósidos, caso do glucogénio são, essencialmente, elementos fornecedores de energia. Dos sais minerais, sempre presentes, destacamos como principais -Sódio -Potássio 30 -Cálcio -Magnésio -Zinco -Ferro -Manganésio -Fósforo -Enxofre -Iodo. 5.1 Composição química das camadas da pele 70% de água (10% - camada córnea); Proteínas (elaboradas na epiderme); Eletrólitos (cloreto de sódio, potássio e magnésio) A epiderme é constituída de um epitélio multiestratificado (4 camadas celulares distintas) composto por células de Malpighi (germinativas) que apresentam atividades específicas em suas diferentes camadas e o estrato córneo. (GONCHOROSKI e CORRÊA, 2005) Fonte: ebah.com.br Segundo Montanari (2016): Estrato Córneo: é a camada mais superficial, composta por células mortas (corneócitos), repletas de queratina. Possui substância cerosa (colesterol, aminoácidos, polipeptídeos, derivados lipídicos), produtos de degradação núcleo-citoplasmática, hidratos de carbono e proteínas celulares, aminoácidos, açúcares, ácido úrico e água. 31 Estrato Granuloso: composto por queratohialina (proteína refletora da luz e que dá opacidade à pele). São células vivas. Estrato Espinhoso: encontram-se os desmossomas, estruturas responsáveis pela estabilidade da epiderme contra distorções mecânicas e os queratinócitos, células fundamentais para a coloração da pele. Possui camadas de queratinócitos (queratinização) e camadas profundas (grânulos de melanina). Glicogênio (funções metabólicas e reprodução de células epidérmicas). Estrato Basal: onde ocorre a síntese de lipídios e de proteínas (queratinização). Divisão celular ativa com deslocamento de células para a superfície. Derme Nutre a epiderme, composta por tecido fibroso (proteínas fibrosas, colágeno, elastina e ácido hialurônico). Composição química: Substância fundamental: mucopolissacarídeos ou glicídeos complexos e ácidos urônicos. Componentes lipídicos: ésteres de colesterol, ácidos graxos livres, colesterol livre e fosfolipídios. Colágeno: responsável pela elasticidade da pele. Contém 95% de hidroxiprolina. Armazena e libera água (pH, temperatura e concentração iônica do meio circulante). Elastina: 2% do peso seco da pele humana. Elasticidade (hidratação). Função: sustentar a epiderme. Importância biológica da derme: Possui propriedades hidrofílicas do colágeno e mucopolissacarídeos da substância fundamental, é responsável pela capacidade de armazenar e ceder rapidamente água. 32 Hipoderme – Tecido Subcutâneo É a camada mais profunda da pele. A hiporderme antes considerada como uma terceira camada da pele, hoje é considerada como tecido subcutâneo. Composição: -Fibras colágenas -Células adiposas -Triglicérides -Colesterol -Vitaminas -Água -Folículos pilosos -Glândulas Função: -Protege contra traumatismo, os vasos e os nervos -Isolante térmico -Turgidez da pele -Função protetora dos órgãos internos. 5.2 Microbiota cutânea normal Microbiota transitória: microorganismo não proliferativo. Microbiota permanente: pequeno número de germes que se multiplicam sobre a pele. Compreendem: Micrococos (condutos excretores das glândulas sebáceas, não patógenos); 33 Propionibacterium acnes (cresce na profundidade do folículo piloso); Difteróides (não patógenos); Fungos lopofílicos(P. ovale* e P. orbiculare**); P. ovale (couro cabeludo, conduto auditivo externo, rosto) ** P. orbiculares (mesma localização). 6 ANEXOS CUTÂNEOS São estruturas derivadas do ectoderma, como pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas, que se fixam na derme, através de uma invaginação na epiderme. De acordo com Rabeh e Gonçalves (2015): A complexidade estrutural da pele, constituída por grande diversidade de células, com especificidades funcionais, confere a capacidade de executar: Funções metabólicas e de proteção contra agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos; Regulação da temperatura; Síntese de vitamina D; Percepção sensorial; Possibilita a identificação de pessoas, características faciais e cor da pele; Comunicação, através de expressões faciais e emissão de sinais emocionais; Papel importante no processo de cicatrização de feridas; Manifestação de sinais que indicam o estado clínico da pessoa; Sofre modificações ao longo do desenvolvimento, sua aparência difere entre as faixas etárias, são influenciadas pelos hábitos de vida, ambiente e cultura. 34 6.1 Estruturas dos anexos cutâneos Fonte: pt.slideshare.net Glândulas sudoríparas écrinas Fonte: atlasdocorpohumano.com As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele, mas em maior quantidade nas regiões palmoplantares e axilas. São glândulas 35 tubulares que desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se de três segmentos: Porção secretora A porção secretora localiza-se na junção dermo-hipodérmica ou na porção inferior da derme. A porção secretora das glândulas écrinas é formada por células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro, levemente basófilo. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Nos cortes habituais, essas células dispõem-se em ácinos, que mostram, na periferia, células pequenas fusiformes – as células mioepiteliais –, em torno das quais existe uma membrana hialina e que, pelo seu poder contrátil, seriam responsáveis pela expulsão da secreção sudoral. Conduto sudoríparo-intradérmico A porção intradérmica do conduto sudoríparo é formada por duas camadas de células epiteliais pequenas, cuboides, intensamente basófilas. Conduto sudoríparo-intraepidérmico. Segundo Sampaio e Rivitti, 2018: A porção intraepidérmica do conduto sudoríparo é composta de uma única camada celular de revestimento e uma ou mais camadas de células epiteliais que compõem a bainha peridutal. O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se rodeado por um anel de queratina. As glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas pós-ganglionares não mielinizadas. Fisiologicamente, porém, são regidas por mediadores parassimpáticos, ainda que respondam em menor grau a mediadores simpatomiméticos. Portanto, drogas parassimpatomiméticas como acetilcolina, acetilbetametilcolina e pilocarpina estimulam a sudorese, e drogas parassimpatolíticas, como atropina, inibem-na. A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de água e solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas 36 de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 horas. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Glândulas apócrinas Fonte: atlasdocorpohumano.com Por sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos pilossebáceos, e não diretamente na superfície epidérmica. As glândulas apócrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, formando as glândulas de Moll; e, na mama, constituindo as glândulas mamárias. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) As glândulas apócrinas são tubulares e compostas de uma porção secretora e uma porção ductal. A luz da porção secretora das glândulas apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas écrinas e, como estas, também apresenta células mioepiteliais. A porção ductal É composta de duas camadas de células epiteliais, não dispondo, porém, de cutícula eosinófila, como ocorre com as glândulas sudoríparas écrinas. As 37 glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto leitoso, a intervalos longos de tempo. A secreção apócrina Contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes, cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, desse modo, certos casos de cromidrose. Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas sebáceas, sobre as secreções, resultando em produtos secundários odoríferos. O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial, desde que surge apenas na puberdade. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 6.2 Aparelho pilossebáceo Fonte: ebah.com.br http://www.ebah.com.br/ 38 Glândulas sebáceas Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br As glândulas sebáceas estão presentes em toda a pele, à exceção das regiões palmoplantares. Desembocam sempre no folículo pilossebáceo, com ou sem pelo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente proporcional às dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema piloso é menos desenvolvido, por exemplo, fronte e nariz. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Excepcionalmente, as glândulas sebáceas localizam-se heterotopicamente na mucosa bucal e no lábio, constituindo os chamados grânulos de Fordyce. Fonte: www.twgram.me 39 As glândulas sebáceas são compostas de vários lóbulos; cada um deles apresenta, perifericamente, uma camada de células cúbicas basófilas, as células germinativas, e, centralmente, células de abundante citoplasma com uma delicada rede de malhas repleta de gordura, na qual predominam os glicerídeos neutros e, por esse motivo, não são birrefringentes à polaroscopia. A secreção das glândulas sebáceas A secreção é do tipo holócrino e o produto de sua atividade é o sebo (sebum). Ativadas pelos androgênios, as glândulas sebáceas independem de estimulação nervosa. Por esse motivo, são moderadamente desenvolvidas no recém-nascido, por ação dos androgênios maternos, passivamente transferidos. (GAMONAL et al, 2016) Fonte: apelequehabitoblog.blogspot.com Esgotados os androgênios adquiridos passivamente, as glândulas sebáceas entram em acentuada regressão, somente se desenvolvendo novamente na puberdade, por ação dos androgênios de origem testicular, ovariana e suprarrenal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) 40 6.3 Pelos Fonte: chinelada.com Os pelos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos. Segundo Sampaio e Rivitti, 2001: Fetal ou lanugo: é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco desenvolvidos do adulto e denominada vellus. Terminal: corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar. Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste, e uma porção intradérmica, a raiz. Anexam-se ao folículo piloso: Superiormente: Glândula sebácea Inferiormente: músculo eretor do pelo E em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. 41Fonte: HABIF,2005. Folículo piloso Fonte: sandro.com.br Compreende as seguintes porções, de acordo com Sampaio e Rivitti, (2018): O infundíbulo: situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea. O acrotríquio: a porção intraepidérmica do folículo. http://www.sandro.com.br/ 42 O istmo: entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor do pelo. O segmento inferior: a porção restante, situada abaixo do músculo eretor. Nessa porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo piloso. Fonte: spacobshair.blogspot.com Bulbo piloso: Contém a matriz do pelo, onde se introduz a papila, uma pequena estrutura conectiva, ricamente vascularizada e inervada. De permeio às células matrizes, encontram-se melanócitos ativos. A maior parte da atividade mitótica do pelo se dá na metade inferior do bulbo. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Fonte: fashionbubbles.com 43 Bainha radicular interna: compreende a cutícula da bainha, a camada de Huxley (mais interna) e a camada de Henle (mais externa). Essas camadas, após sua queratinização completa, desintegram-se ao alcançar o istmo e, neste mesmo nível, a bainha radicular externa inicia sua queratinização. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) A bainha radicular externa alonga-se desde a epiderme até as porções laterais do bulbo piloso, diminuindo progressivamente de espessura da superfície até a profundidade. Externamente a essa bainha, dispõe-se uma membrana delgada homogênea e eosinófila, denominada camada vítrea ou basal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Fonte: angelicabeauty.blogspot.com A haste do pelo propriamente dita é composta pela cutícula externa, pelo córtex e pela medula, que, no pelo humano, é descontínua ou até ausente, como no lanugo e no velus. Sampaio e Rivitti, (2001) diz: A camada cortical é composta de queratinócitos fortemente compactados, enquanto, na medular, os queratinócitos se agregam mais frouxamente. As células da cutícula do pelo imbricam-se fortemente com a cutícula da bainha radicular interna, resultando firme adesão do pelo. O componente principal do pelo é a queratina e participam de sua estrutura cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente 44 importantes a cisteína, a arginina e a citrulina, encontrada exclusivamente nos pelos humanos. Os pelos são estruturas muito resistentes, flexíveis e elásticos, alongando-se 20 a 30% quando secos e até 100% quando embebidos em água. Os pelos não crescem continuamente, havendo alternâncias de fases de crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pelo. Ciclo do pelo FASE DESCRIÇÃO ANÁGENA (FASE DO CRESCIMENTO) Caracteriza-se por intensa atividade mitótica da matriz e na qual o pelo se apresenta na máxima expressão estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos, no couro cabeludo. CATÁGENA Fase na qual os folículos regridem a 1/3 de suas dimensões anteriores. Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar. As células da porção superior do bulbo continuam, ainda, sua diferenciação à haste do pelo, que fica constituída somente do córtex e da membrana radicular interna até que o bulbo se reduza a uma coluna desorganizada de células. A extremidade do pelo assume a forma de clava, constituindo o pelo em clava, aderido, ainda, por retalhos de queratina ao saco folicular. 45 A fase catágena dura cerca de 3 a 4 semanas. TELÓGENA Desprendimento do pelo, que, no couro cabeludo, tem cerca de três meses de duração. Os folículos mostram-se completamente quiescentes, reduzidos à metade ou menos do tamanho normal e há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pelo em eliminação. Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2018 Fonte: naomaispelo.com.br Segundo Gamonal (2016): Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 85% na fase anágena. 14% na fase telógena. 1% na fase catágena. Esses percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, tendo em http://www.naomaispelo.com.br/ 46 conta que cerca de 10% deles estão em fase telógena, por aproximadamente 100 dias, alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 fios de cabelo por dia. Quanto ao crescimento, as médias, por dia, são de 0,4 mm, na região do vértex, e 0,35 mm, nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem mais rapidamente. Os fatores reguladores do ciclo piloso são desconhecidos, admitindo-se a influência de condições intrínsecas ao folículo e a fatores sistêmicos, nutricionais, emocionais e, especialmente, hormonais – androgênios em particular. Do ponto de vista funcional, os pelos servem como defesa nas áreas orificiais – narinas, conduto auditivo, olhos – e, no couro cabeludo, atuam como proteção aos raios ultravioleta. (SAMPAIO e RIVITTI, 2001) Nas áreas intertriginosas, reduzem o atrito e, finalmente, por sua abundante inervação, fazem parte do aparelho sensorial cutâneo. Na protuberância da bainha externa do pelo, abaixo da inserção da glândula sebácea, localizam-se as células-tronco epidérmicas, que também se dispõem em agrupamentos no epitélio interfolicular. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) 6.4 Unhas Fonte: auladeanatomia.com Uma unha tem quatro partes: http://www.auladeanatomia.com/ 47 Posterior ou raiz: Localizada sob a dobra da pele. Lâmina: Aderente ao leito ungueal na sua porção inferior. Dobras laterais: borda livre. Raiz ou matriz ungueal: uma área semilunar de células epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o eponíquio, que adere à lâmina ungueal. (SAMPAIO e RIVITTI, 2018) Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de 0,1 mm por dia nos quirodáctilos, sendo mais lento nas dos pododáctilos. Segundo Sampaio e Rivitti, (2018): A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas há participação secundária do leito ungueal nesse processo. O crescimento ungueal sofre variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. Deformidades nas unhas podem, assim, representar lesões da matriz ungueal que ocorreram até três meses antes das alterações ungueais. Fonte: cookie.com.br Fonte: pikview.com http://www.cookie.com.br/ 48 7 INERVAÇÃO Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões corpóreas como palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais específicos, os corpúsculos de Vater-Pacini, os corpúsculos táteis de Meissner, os corpúsculos de Krause, os meniscos de Merkel-Ranvier e os corpúsculos de Ruffini. (BEAR et al,2002) Corpúsculos de Vater-Pacini: localizam-se, especialmente, nas regiões palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão. Corpúsculos de Meissner: situam-se nas mãos e nos pés, especialmente nas polpas dos dedos, ao nível da derme papilar. São específicos para a sensibilidade tátil. Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. Encontram-se, portanto, na glande, no prepúcio,no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, no lábio, na língua, nas pálpebras e na pele perianal. Meniscos de Merkel-Ranvier: são plexos terminais de nervos de posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos dedos. Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica, permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica. Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura discoide rica em células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas proximidades de folículos pilosos. A inervação motora da pele é suprida pelo sistema nervoso autônomo, cujas fibras, adrenérgicas, provocam contração das células musculares lisas das paredes arteriolares (vasoconstrição), contraem o músculo eretor dos pelos, ativam o corpúsculo glômico e as células mioepiteliais das glândulas apócrinas. 49 É importante salientar que as glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas, porém colinérgicas, o que é excepcional, uma vez que, via de regra, as fibras simpáticas são adrenérgicas. Esse fato explica a sudorese pela pilocarpina, droga parassimpatomimética, que estimula diretamente os efetores colinérgicos da glândula sudorípara. (SAMPAIO e RIVITTI, 2014) As glândulas apócrinas reagem a estímulo simpático e não parassimpático, uma vez que são inervadas por fibras adrenérgicas, controladas por centros simpáticos do sistema nervoso central. 8 BIOQUIMICA DOS ANEXOS CUTÂNEOS Fonte: sobiologia.com.br Pêlos: Constituído por células queratinizadas (implantadas profundamente na derme); Glândulas Sebáceas (unidade pilo-sebácea). Glândulas Sudoríparas: são divididas em apócrinas e écrinas. Écrinas: Presente nas superfícies (palma e planta dos pés). Regula equilíbrio corporal térmico. Apócrinas: Axilas, zona perigenital (controle hormonal). 50 8.1 Composição aproximada da secreção de glândulas sudoríparas: Aminoácidos: 40,0% Glicosamina: 1,5% Lactatos: 12,0% Fosfatos e cloretos: 18,5% Uréia: 7,0% Açúcares: 8,0% Amônia: 1,5% Peptídeos: 8,0% Ac úrico: 1,5% Outros: 8,0% Creatinina: 1,5% 8.2 Glândulas sebáceas Flexibilidade, camada lubrificante para os pêlos e a pele. Formações anexas ao folículo piloso; Secretam o sebo que juntamente com a secreção sudoral lubrificam a pele; Distribuídas por todo o corpo; Exceção (palmas, planta dos pés, lábio inferior); Parte média da derme, envolta de vasos sanguíneos (sem inervação); São glândulas holócrinas (secreção se forma por desintegração total de suas células). Composição aproximada da secreção sebácea humana: Ácidos graxos livres: 28% - 30% Ésteres: 4 - 5% Triglicérides: 25% - 32% Esqualeno: 4 - 5% Ceras: 14% - 25% Outros hidrocarbonetos: 8 - 14 % Colesterol: 4% – 5% Esteróides: 9 - 10 % Manto hidrolipídico da superfície cutânea: Triglicérides Colesterol Ceras Traços de fosfolipídeos. Fatores que influenciam no controle da secreção e excreção sebácea 51 Fricções repetidas; Temperatura cutânea; Restrição calórica; Idade; Hormônios; Influência neurológica. 8.3 Unhas Função protetora. São células queratinizadas constituídas de formações epidérmicas córneas (dorso da 3ª falange dos dedos). Inicia-se na 20° semana. Composição química: rica em Co, Mn, Zn, Fe e Ca, fosfolipídios. Dureza: alto teor de enxofre Funções: Proteção da porção distal, facilitando movimentos finos, capacitando a apreensão de pequenos objetos. Crescimento mais rápido: durante o dia, gravidez, mão direita, jovens, unhas das mãos, 2°, 3° e 4° dedos, homens, psoríase, hipertireoídismo. Crescimento mais lento: à noite, recém-nascidos, mão esquerda, idosos, unhas dos pés, inverno, polegar e 5° dedo, mulheres, imobilização dos dedos, hipotireoidismo, desnutrição. 9 QUERATINIZAÇÃO Fonte: ebah.com.br 52 Processo no qual se formam as proteínas características do pêlo, unhas e da epiderme; Oxidação (2 moléculas de cisteína) forma 1 molécula de cistina; Queratina (principal componente da capa córnea). 10 MECANISMOS QUE CONTROLAM A HIDRATAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO CUTÂNEA Flexibilidade e textura cutânea (grau de hidratação da capa córnea da epiderme); Umidade ambiente baixa (capa córnea perde água); Umidade ambiente alta (capa córnea absorve água); Lipídeos (propriedades protetoras e amolecedoras); Lipídeos e suor (emulsão). Mecanismo de Umectação da Capa Córnea Manto lipídico da superfície cutânea (deduz-se que ele esteja em estado de emulsão); A pele (funções fisiológicas) requer lipídeos e umectação; Quando se dissolvem os constituintes presentes na epiderme (fatores de umectação natural - NMF) ocorre perda da flexibilidade cutânea. Composição dos NMF (Fator natural de umectação da pele) Aminoácidos Livres (glicina, serina, alanina, asparagina, ornitina, citrulina, prolina, outros); Ácido pirrolidônico carboxílico; Uréia; Lactatos (sais sódico); Ácido Lático, glicosamina; Sódio; Potássio; Cálcio; Fosfatos; Cloretos; Citratos. 53 BIBLIOGRAFIA BEAR, M.F. CONNORS, B.W. e PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2º ed. Artmed editora, 2002. CARVALHO, V.O. et al. SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia. Consenso de cuidado com a pele do recém-nascido. 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