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INFECÇÕES RENAIS - RADIOLOGIA

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Radiodiagnóstico II 
Prof. Dr. Marcus Valentim 
Pamela Barbieri – T23 -FMBM 
 
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–
Pielonefrite Bacteriana Aguda: 
Dx clínico e laboratorial. 
Indicação p/ exame de imagem: falha terapêutica após as primeiras 71h de ATBterapia. Pesquisa de anormalidade 
estruturais ou funcionais prévias que necessitem de intervenção. Avaliação de pacientes com maior risco de 
complicações (diabéticos, idosos, imunocomprometidos). Caracterizar a gravidade de infecção para direcionar 
futuras intervenções e ttos. Avaliar extensão do dano renal após resolução da infecção. 
 
TC com contraste 
Pielite unilateral 
Fase arterial – ponta da seta: pelve mais 
dilatada com realce periférico unilateral 
– pielite unilateral. 
 
 
 
Achados de Imagem: 
– Radiografia Simples 
 • Gás 
 • Calcificações 
– Urografia Excretora (RX pré/pós-miccional): 
 • Apenas 25% apresentam achados 
 • Aumento das dimensões renais 
 • Nefrograma estriado 
 • Nefrograma de retardo 
 • Atraso na opacificação dos cálices renais 
 • Dilatação e obliteração do sistema coletor 
• Baixa sensibilidade na detecção de massas 
• Depende da função renal 
Sinais de elevação de creatinina: não aplicar contraste, pois é nefrotóxico. 
– Ultrassonografia 
 • Apenas 25% apresentam achados 
 – Anomalias congênitas 
 – Hidronefrose 
 – Aumento das dimensões renais 
 – Perda da gordura do seio renal 
 – Alterações na ecogenicidade do parênquima renal 
 – Perda da diferenciação corticomedular 
 – Abscessos 
 – Áreas de hipoperfusão 
Achados são inespecíficos: associar com clínica. 
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Pamela Barbieri – T23 -FMBM 
 
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Limitações: 
– Calcificação x gás 
 – Extensão perinéfrica 
– Visualização de microabcessos 
 Bexiga: 
– Volume residual 
 – Espessamento parietal 
– Aumento da próstata 
 
 Rim um pouco ecogênico, alta resposta vascular ao Doppler – inflamação. 
→Tomografia Computadorizada 
– Modalidade de escolha 
 • Informação anatômica e fisiológica 
 • Alterações intra e extrarrenais 
– Sem contraste, procura-se: 
 • Gás no trato urinário 
 • Cálculos 
 • Hemorragia (hiperatenuante) 
 • Aumento das dimensões 
 • Massas inflamatórias 
 • Obstrução 
 • Hipoatenuação (edema) 
 • Sem alterações 
 
Rim: focos hiperdensos – podem significar focos hemorrágicos. 
 
 – Tomografia Computadorizada com contraste 
 • Fase nefrográfica (50 - 90 seg) 
 • Áreas em cunha ou estriações de menor realce (nefrograma estriado) 
 • Extensão da papila ao córtex renal 
 • Margem bem delimitadas (agudo) 
 • Margens pouco distintas 
 • Cura 
 • Fibrose 
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Seta azul: parênquima realçado de forma homogênea, exceto em porção em formando uma área hipodensa em 
cunha periférica – edema – indica pielonefrite: área inflamada, que não chega contraste. 
 
 
 
Atraso e persistência do realce 3 a 6 horas após a 
administração do meio de contraste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disseminação hematogênica: lesões hipoatenuantes 
redondas e periféricas. 
 
 
 
 
 
 
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– Sinais secundários de inflamação renal 
 • Aumento focal ou global do rim 
 • Obliteração gordura perinéfrica 
 • Espessamento da fáscia de Gerota 
 • Abscesso 
• Abscesso Renal 
– Falha da antibioticoterapia 
– Diabetes (75% do casos) 
 – Urocultura negativa em até 20% dos casos 
– Intrarrenal ou extrarrenal 
 
TC: coleções hipoatenuantes sem realce central, podendo apresentar 
realce periférico. Borramento da gorudura aos arredores. 
 
Imagem redonda, hipodensa, com realce capsular, extensão para região retroperitoneal com contato com região 
peritoneal. Gordura perirenal mais densificada. 
• Ressonância Magnética 
– Evitar exposição à radiação 
– Alergia ao contraste iodado 
– Achados similares à TC 
– Lesões inflamatórias e coleções 
 • Baixo sinal T1 
 • Alto sinal T2 
– Alterações pós-contraste 
– Inversion recovery 
 – Pitfall: cálculos ou gás 
 
 
 
 
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Pielonefrite Crônica 
• Achados: 
– Cicatriz renal 
– Atrofia e afilamento cortical 
– Hipertrofia do tecido residual normal 
 – Abaulamento calicinal (secundária à retração da papila) 
– Espessamento e dilatação do sistema calicinal 
– Assimetria renal 
Formato irregular, contornos lobulados, com pontos hiperatenuantes 
(calcificação). 
Rim contralateral hipertrofiado (para compensar o outro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contraste dentro do cálice: rim lobulado, contornos irregulares, com 
área hipodensa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pielonefrite enfisematosa: infecção necrotizante grave; formação de fás no rim e em 
torno. 
E. Coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabillis. 
Altas taxas de moralidade. 
US: aumento renal; ‘dirty shadowing’ – imagens hiperecoicas. 
 
 
 
 
 
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1: Rim quase que inteiramente ocupado por gás. 2: Rim com gás (níveis hidroaéreos) e formações de coleções 
líquidas por necrose (necrose de liquefação). Borramento ao redor do rim – fator complicadore. 
 
Pielite Enfisematosa: 
 • Forma menos agressiva de infecção enfisematosa do trato urinário superior. 
• Gás no sistema coletor renal 
• Ausência de gás no parênquima renal 
• Mulheres • Diabetes • Obstrução do trato urinário 
• Excluir fontes de ar não infecciosas 
• Trauma, instrumentação, fístula uretero-colônica 
 
Ponta da seta: gás. Migração do gás para dentro dos ureteres. 
 
Pielonefrite Xantogranulomatosa: 
• Processo granulomatoso crônico destrutivo 
• Acredita-se que resultante de resposta imune incompleta e atípica a infecção bacteriana subaguda 
• Sem fatores de risco específicos 
 – DM (10%) 
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– Mulheres 2:1 
– Mais comum na meia idade 
– Pode acometer crianças e adultos 
• Sintomas inespecíficos 
– Febre baixa 
– Mal estar 
– Dor no flanco 
 – Hematúria 
• Patofisiologia 
– Granulomatoso crônico, induzido ITU recorrente. 
– Cálculo na pelve renal 
– Hidronefrose 
Proteus mirabilis, E. coli (mais frequentes) 
 
• Radiografia convencional e urografia excretora: 
– Cálculo coraliforme é comum 
– Aumento das dimensões do rim 
– Obscurecimento ipsilateral da margem do músculo psoas 
– Declínio da função renal no lado afetado 
 
• Ultrassom 
– Rim de dimensões aumentadas 
 – Calculo coraliforme na pelve renal 
– Perda da arquitetura renal normal 
– Necessária TC para avaliação 
 
• Material hipoatenuante circundando o cálculo corresponde a 
infiltrado inflamatório, e não a hidronefrose 
• Geralmente não é realizada nefrostomia 
 
 
 
 
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Tuberculose Renal 
• Aumento da prevalência 
• HIV • Micobactérias resistentes à antibioticoterapia usual 
• O trato urinário é o mais comum sítio extrapulmonar. 
• Distribuição hematogênica 
• Menos de 50% apresentam radiografia de tórax alterada. 
• Bacilo chega ao rim 
• Granulomas se formam e permancem indolentes por muitos anos 
• Reativação da infecção 
• Extensão pra a medula e acometimento da papila. 
• Extensão ao sistema coletor, com potencial fibrose 
• Pode extensão retroperitoneal 
• Acometimento de órgãos adjacentes 
• Achados de Imagem– Necrose de papila 
 – Destruição do parênquima renal 
– Espessamento, ulceração e fibrose do sistema coletor. 
– Distorção do sistema coletor 
 • Estenose 
 • Formação de cavidades no parênquima comunicando com o 
sistema coletor. 
– Anormalidade do contorno renal 
• Fibrose cortical e medular 
– Calcificações em 40 a 70% dos casos 
• Em anel 
• Extensas, substituindo o parênquima 
 Necrose da papila. 
Urografia excretora: afilamento do cálice e acima uma dilatação. 
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Calcificações coraliformes que também pode acontecer na TB. Redução da 
dimensão renal, afilamento cortico-medular. 
 
 
 
 
 
 
 
Várias calcificações e calcificação no ureter proximal. 
 
 
 
 
 
TB pulmonar associada.

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