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Larissa Coutinho Doenças exantemáticas ESCARLATINA · Estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes bactéria gram +, morfologia coco e os seres humanos são seu reservatório) · Mecanismos fisiológicos: - Infecção direta: * Faringotonsilites: transmissão gotículas * Impetigo: transmissão contato com pele não íntegra * Infecções bacterianas graves invasivas (endocardite, pneumonia, meningite) - Complicações não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica - Produção de toxinas: erisipela, escarlatina e síndrome do choque tóxico Escarlatina Infecção do Streptococcus pyogenes na faringe, levando a faringotonsilit. O bacteriófago que infecta o Streptococcus pyogenes produz toxinas eritrogênicas (exotoxinas pirogênicas estreptocócicas A,B e C) escarlatina. · Pródromo: febre alta, mal estar, dor de garganta e dor adominal. Após isso, ocorre o período de incubação que dura de 2 a 6 dias. Então, surge a fase exantemática após 24 a 48 horas. · Exantema micropapular (em lixa) e some a digito pressão. Resolve de 3 a 4 dias. Além disso, pode haver descamação pele ungueal (descamação em mãos e pés). - Linhas de pastia (acentuação do exatema em dobras do corpo, como axila e cotovelo). - Face esbofeteada. Sinal de Filatov. - Língua em framboesa · Diagnóstico: clínico + laboratorial (identificação do Streptococcus pyogenes cultura de swab de orofaringe – padrão ouro -, teste rápido, dosagem de anticorpos anti-estreptocócicos – ASLO e Anti-DNAse B) · Tratamento: exantema autolimitado, antibioticoterapia (Benzilpenicilina – doseúnica via IM OU Amoxicilina – 10 dias, via oral) DOENÇA DE FILATOV-DUKES / síndrome da pele escaldada estafilocócica · Exantema escarlatiniforme (muito vermelho, heterogêneo e difuso) · Causada Staphylococcus aureus síndrome da pele escaldada estafilocócica fatores de virulência: cepas toxigênicas (71 e 55) e toxinas esfoliativas A ou B (degradam proteases da desmogleína – 1, havendo, então clivagem na camada granulosa síndrome da pele escaldada estafilocócica) · Transmissão: gotículas ou contato por infecção pela pele (infecção de coto umbilical) · Disseminação: hematogênica · Faixa etária mais acometida: lactente (diminuição do clearance renal reduzido, que dificulta a depuração das toxinas) · Comorbidades: alteração de função renal e imunodeprimidos · Incubação: 2 a 4 semanas · Pródromo: fere, infecção de vias aéreas ou conjuntivite e irritabilidade · Fase exantemática: Exantema escarlatiniforme, dor a palpação da pele e descamação laminar · Sinal de nikolsky: descamação da pele quando há fricção · Crostas milicéricas superficiais (não tem envolvimento de mucosa) · Diagnóstico: clínico + laboratorial (isolamento do S. aureus) · Tratamento: local (limpeza e curativo, não precisa de antibiótico tópico), antibioticoterapia (oxacilina EV e clindamicina) e suporte (analgesia, hidratação EV e correção hidroeletrolítica) · Complicações: sepse, distermia, pneumonia, distúrbios hidroeletrolíticos e celulite HERPES ZÓSTER · Exantema maculopapulovesicular localizado no dermátomo. Depois da vesícula, o exantema torna-se crosta · Reativação do vírus varicela-zoster · Acomete, principalmente, adultos acima dos 45 anos e crianças imunocomprometidas ou que tiveram varicela precoce (abaixo dos 6 meses) · Latência dos gânglios da raiz dorsal · Queda transitória da imunidade · Replicação viral (neurite, lesões de pele com acompanhamento do dermátomo) · Pródromo: dor e parestesia na região do dermátomo 3 – 5 dias antes da erupção · Sintomas sistêmicos: febre, dor de cabeça, mal estar · Complicação: neuralgia pós herpética, herpes zoster disseminado · Tratamento de suporte, aciclovir oral (reduz duração da neuralgia) e aciclovir EV (imunocomprometidos, zoster oftálmico) · Vacina herpes-zoster (indicação acima dos 60 anos. Ainda não há disponibilidade no SUS)
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