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SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 1 ▪ É a parte mais importante da medicina, porque 1. é o núcleo em torno do qual se desenvolve a relação médico-paciente, que, por sua vez, é o principal pilar do trabalho médico 2. é cada vez mais evidente que o progresso tecnológico somente é bem utilizado se o lado humano da medicina é preservado ▪ Se benfeita, acompanha-se de decisões diagnósticas e terapêuticas corretas; se malfeita, em contrapartida, desencadeia uma série de consequências negativas, as quais não podem ser compensadas com a realização de exames complementares, por mais sofisticados que sejam ▪ Objetivos da anamnese: estabelecer condições para uma adequada relação médico- paciente, conhecer, por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos do paciente que influenciam seu processo saúde-doença, fazer a história clínica, registrando, detalhada e cronologicamente, o problema atual de saúde do paciente, avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de cada sistema corporal, registrar e desenvolver práticas de promoção a saúde, avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam seu processo saúde-doença ▪ É um instrumento para a triagem de sintomas anormais, problemas de saúde e preocupações, e registra as maneiras como a pessoa responde a essas situações, abrindo espaço para a promoção da saúde ▪ Pode ser conduzida de três maneiras: 1. O médico pode deixar que o paciente relate livre e espontaneamente suas queixas sem nenhuma interferência, limitando-se a ouvi-lo 2. Anamnese dirigida: o médico, tendo em mente um esquema básico, conduz a entrevista objetivamente 3. O médico deixa, inicialmente, o paciente relatar de maneira espontânea suas queixas, para depois conduzir a entrevista de modo mais objetivo ▪ Intuito de estabelecer o significado exato das expressões usadas e a coerência das correlações estabelecidas ▪ Identificação: é o perfil sociodemográfico do paciente que permite a interpretação dos dados individuais e coletivos; apresenta interesse de iniciar um relacionamento com o paciente o Nome o Idade: cada grupo etário tem sua própria doença o Sexo/gênero o Cor/ etnia: anemia falciforme, e.g. Anamnese SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 2 o Estado civil o Profissão o Local de trabalho: em certas ocasiões, existe uma relação direta entre o trabalho do indivíduo e a doença que lhe acometeu = doenças ou acidentes de trabalho. Indivíduos que trabalham em uma mina ou pedreira podem desenvolver pneumoconiose; o indivíduo que sobre uma fratura ao cair de um andaime é vítima de um acidente de trabalho o Naturalidade o Procedência: residência anterior do paciente; por exemplo, ao atender um paciente que mora em Goiânia, mas que anteriormente residiu em Belém, deve-se registrar esta última localidade como a procedência o Residência o Nome da mãe o Nome do responsável ou acompanhante o Religião: proibição à hemotransfusão em testemunhas de Jeová, não uso de carne pelos fiéis da Igreja Adventista o Filiação a órgãos/instituições previdenciárias e planos de saúde ▪ Queixa principal: motivo que levou o paciente a procurar o médico, repetindo, se possível, as expressões por ele utilizadas. É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou um sintoma, suscitador nas próprias palavras da pessoa, que descreve o motivo da consulta. Geralmente, é uma anotação entre aspas para indicar que se trata das palavras exatas do paciente. Às vezes, uma pessoa pode enumerar vários motivos para procurar assistência médica; o motivo mais importante pode não ser o que a pessoa enunciou primeiro. Para se obter a queixa principal, nesse caso, deve-se perguntar o que a levou a procurar o atendimento médico ou o que mais a incomoda no momento ▪ História natural da doença atual: é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a procurar assistência médica, desde seu início até a data atual ▪ Sintoma-guia: deve permitir recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão. Ex: a febre na malária, a dor epigástrica na úlcera peptídica, as convulsões na epilepsia, o edema na síndrome nefrótica. O encontro de um sintoma guia é útil para todo o médico, mas para o iniciante adquire especial utilidade; sem grandes conhecimento médicos e sem experiência, acaba sendo a única maneira para ele reconstruir a história de uma doença Início -Deve ser caracterizada com relação à época do aparecimento -Se foi de início súbito ou gradativo -Se teve fator desencadeante ou não Características do sistema -Definir localização, duração, intensidade, frequência, tipo, ou seja, características próprias a depender do sintoma SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 3 Fatores de melhora ou piora -Definir quais fatores melhoram e pioram o sintoma, como, por exemplo, fatores ambientais, posição, atividade física ou repouso Relação com outras queixas -Registrar se existe alguma manifestação ou queixa que acompanha o sistema, geralmente relacionado com o segmento anatômico ou funcional acometido pelo sintoma Evolução -Registrar o comportamento do sintoma ao longo do tempo, relatando modificações das características e influência de tratamentos efetuados Situação atual -Registrar como o sintoma está no momento da anamnese também é importante ▪ Interrogatório sintomatológico: complemento da história da doença atual; permite ao médico levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. Por exemplo: o relato de um paciente conduziu ao diagnóstico de úlcera péptica e, no IS, houve referência a edema dos membros inferiores. Esse sintoma pode despertar uma nova hipótese diagnostica que vai culminar no encontro de uma cirrose. Origina a suspeita diagnóstica mais importante SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 4 • Se fosse gripe- coriza • Sinal de Murphy é para colecistite aguda (apalpo o ponto cístico, pressiono o paciente vai inspirar-> abaixa o fígado e a vesícula, sentindo dor e interrompe a inspiração por causa da dor) • Pulmão/coração: a secreção fica rósea • Síndrome febril-> doença infecciosa • A secreção é reflexo da infecção, e a tosse tenta expeli-la • Sem troca aérea no ambiente (ar condicionado, muitas pessoas em local fechado) -> propício para infecções • Enterorragia e melena: melena refere-se ao sangue já oxidado nas fezes, por ter origens nas hemorragias do trato digestivo alto. Com isso, há o escurecimento das fezes em maior volume e mantendo sua coloração avermelhada, com ou sem coágulos • Doença aguda, pois a dor é somente há 7 dias • Favores possíveis de favorecer o aparecimento da doença: pneumonia (síndrome alveolar-> inflamação-> começa a tomar conta do interstício-> extravasa e cai na cavidade pleural): pode dar dor pela inflamação local (até pleuras)-> + dor: complicação da pneumonia=> derrame pleural infeccioso = epipema (acúmulo de pus) • Exame físico • Raio-x • Parto normal-> parto vaginal espontâneo • 56 anos/maço • Cigarro de palha é muito pior, porque não tem filtro! Além disso, a fumaça queima as vias aéreas • O filtro do cigarro diminui a temperatura do vapor da fumaça • A infecção pode descompensar uma doença de base • Infecção-> taquicardia-> aumenta a dispneia (tanto que outros fatores, como infecção urinária, podem contribuir) • O decúbito de preferência indica o grau de gravidade • Trepopneia= dispneia que melhora com decúbito lateral • Posição prona é recomendada para casos agudos de algumas insuficiências respiratórias • Fatores de melhora ou piora (perguntar), uso de medicação, se melhora ao repouso, frequência,qual momento que ocorre, quanto tempo dura, desencadeante, sintomas que estão associados, intensidade • Dormir com 2 travesseiros=correlacionar o caso agudo com o quadro crônico • Ela já tem dispneia, algo aconteceu para piorar a dispneia Caso 1 Caso 2 SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 5 • Dispneia= sistema respiratório, cardiovascular, sistema nervoso, sistema renal por acometer o pulmão (derrame pleural, edema), sistema hematológico • Como diferenciar de onde vem a dispneia? • Nega palpitação e dor precordial= nega problema cardíaco agudo • Dor no peito e dispneia: derrame pleural, IAM, • Infarto angina like: diabéticos (neuropatia) e mulheres (resistência a dor), idosos (outras comorbidades) • Quadro: sistema respiratório • Dispneia paroxística noturna: a pessoa tem uma insuficiência cardíaca e, durante o dia, uma grande parte da volemia dela está nas MMII. Na hora que ela deita, o centro de gravidade do paciente muda, aumentando o retorno venoso para o coração, que não dá conta de bombear, levando a um edema pulmonar (a pessoa deita e demora alguns minutos para a falta de ar começar) • Na paciente, a piora da falta de ar aparenta ser devido uma pneumonia secundária a DPOC (hipótese diagnóstica), bronquiectasia, etilismo, tabagismo, HAS, traqueobronquite, DPOC descompensado (ela está com algum agente pulmonar infeccioso que, por fatores estressantes ambientais, pode causar uma irritação brônquica, ou até um vírus, que ao invés de causar uma gripe, descompensa o quadro basal da paciente • Problema no pulmão tende a levar problema ao lado direito do coração “cor pulmonale” - maior tendencia de edema sistêmico, estase jugular, mas não apresenta edema pulmonar e portanto não tem dispneia paroxística • Desenvolvimento de produtos = exposição a químicos • São Paulo= cidade grande e muito poluída, choque com a mudança de um ar mais “limpo” de vinhedo • Trabalha em ambiente fechado = doenças respiratórias infecciosas (pneumonia bacteriana!) e alérgicas • As doenças têm que partir de algum lugar • Pneumococos é a causa mais comum de pneumonia • Ar condicionado= bactéria legionisoa (Legionella) • Produtos voláteis? Teria que investigar mais a história da paciente, mas poderia causar quadros crônicos ou agudos • Doenças relacionadas ao sexo • Doenças aos 36 anos: algumas neoplasias (câncer de mama, câncer do colo de útero- HISTÓRIA GINECOLÓGICA) • Pós-menopausa • Endometriose • Infarto em jovem: uso de drogas (cocaína) ou doenças congênitas (implantação anômala de artérias coronárias) Caso extra SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 6 • Doenças auto-imunes (Lúpus, artrite reumatóide) • Queixa principal: dispneia (sistema respiratório, cardiovascular, acidoses metabólicas, cetoacidose metabólica, glomerulonefrite, tireoideopatia, linfoma -> sintomas B) • Dispneia: horário que ocorre, decúbito específico, esforços (medir o grau da dispneia), fatores que melhoram e que pioram a dispneia (piora com os esforços ou DESENCADEIA com os esforços; ligar ar-condicionado) • Ritmo de respiração é SINAL • Dispneia paroxística noturna NÃO descarta problemas do coração, como ICC (fator positivo) • Sintomas associados a dispneia: sentiu a temperatura do corpo aumentar, mas não sabe se ela teve febre (quadro inflamatório) • Sintomas psicogênicos? • Tosse seca NÃO exclui infecção! (COVID-19, pneumonias da AIDS, pneumonias atípicas, pneumocistose) • Droga que causa problema pulmonar= drogas inalatórias (maconha) • Hipóteses: origem psicogênica, quadro que acomete o pulmão, que provavelmente é infeccioso-> pneumonia legionela, pneumonia viral • Exame físico: marcha típica? Entrou de cadeira de rodas? Batimento de asa do nariz? Fácies? Usa musculatura acessória? Respiração de gárgula? Veias dilatadas? Extremidades cianóticas? Frias? Frequência cardíaca= 1º fadiga muscular (entubação), 2º fadiga cardíaca, 3º fadiga pulmonar -> a frequência cardíaca subir é para ofertar mais oxigênio aos tecidos-> compensar a hipóxia • Não apostar na saturação (últimos sinais de compensação)! -> ainda pode estar desconfortável, com dificuldade para respirar. Na hora que a saturação cai, o corpo já está no limite • Pacientes idosos= pensar também em pneumonia por Gram negativo (Pseudomonas) • Pacientes com baixo nível de consciência= broncoaspiração • Pacientes etilistas: pneumonia Gram negativa (broncoaspiração e baixa imunidade) • Pneumonia por Legionella: é mais frequente quando o paciente está confinado em ambientes com ar-condicionado; incidência varia de 8-48% dos casos • Broncopneumonia por Pneumococos: é mais comum das adquiridas por comunidade-> pode ter somente um foco de consolidação pelo parênquima, unilateral, restrita -> característica fundamental. Os focos atingem diâmetro de 3mm a 4mm • Paciente não está alinhado! Tenho que ver pelo menos 9 arcos intercostais; na imagem, vemos 8-> o paciente não está em inspiração completa-> pode acontecer em pacientes com falta de ar Coluna de ar na traqueia aparece até o manúbrio do esterno, geralmente- > está presente? Tem desvio? Bifurcação dos brônquios. Lembrar da angulação (anatomia B) SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 7 Campos pulmonares: consolidações? Sinal de enfisema (hiper aeração= áreas pretas)? Parte vascular: botão aórtico, silhueta cardíaca, veia cava superior, artérias pulmonares (a do lado esquerdo fica um pouco mais escondida atrás do arco esquerdo; mas é possível ver os hilos vasculares) Aferição da silhueta cardíaca: medir da extremidade mais distante em linha reta e essa medida tem que caber em um hemitórax, em tamanho (régua ou dedos) Avaliação dos seios: seio costofrênico e seio cardiofrênico-> derrame pleural (apaga um dos seios= fica branco) TGI: bolha gástrica? Pneumoperitônio? Há algum dispositivo? Marca-passo, cateter jugular ou subclávio, sonda • Taquipneia é característico da pneumonia-> produção excessiva de muco pelas células caliciformes para restrição do agente invasor + comprometimento da luz alveolar, das vias aéreas, do alvéolo e do interstício • A invasão do agente infeccioso no parênquima pulmonar leva à uma solidificação exsudativa do tecido (padrão de consolidação da radiografia) • A pneumonia geralmente se apresenta por tosse seca ou produtiva • PCO2= normal-> um pouco baixo • PO2= normal-> um pouco abaixo • pH= normal-> discretamente alcalose Distúrbio de troca: hipoxemia com leve alcalose (lavagem de CO2=jogar pra fora, tirar da circulação-> volume/minuto ou volume corrente) -> aumento da frequência respiratória ou tamanho da respiração SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 8 • HCO3= normal • Ureia: normal • Creatinina: normal • Sódio: normal • Potássio: normal • PCR: elevado, mas não absurdo-> indicar infecção ou doença aterosclerótico (quadros inflamatórios também podem subir PCR) • Quem tem tumor de mama pode ter sintoma pulmonar-> meta: pulmonar e cerebral (nem sempre o gânglio sentinela está evidente) • O quadro da paciente parece ser agudo, doença auto-imune o quadro seria um período mais longo • DPOC é uma doença crônica, mas tem um componente de descompensação agudo • Pressão diastólica: a pressão do sistema arterial periférica aumenta > no final da contração do ventrículo-> fechamento da valva aórtica-> enchimento das artérias coronárias • Pressão sistólica: volume de ejeção e complacência arterial • Insuficiência aórtica: o sangue volta, porque a pressão da aorta é menor • PS-PD: Pressão de pulso-> forma indireta do volume sistólico, mas traduzido na forma de pressão • Sinal da insuficiência aórtica= pulso em martelo dado • Saturação: 95%-> leve hipoxemia-> elevação da frequência cardíaca e dos movimentos respiratórios • Quem está com faltade ar NÃO está em bom estado geral • Queixa de dispneia= instável-> ACLS: obrigação de passar o marca-passo • Estertor crepitante não vai alterar com a tosse • Observar a coloração do joelho (rendilhado joelho) -> hipotensão e hipoperfusão-> ARROXEAR PRIMEIRO EM TORNO DO JOELHO (baixa perfusão tecidual sistêmica) • Hemoglobina: limite limiar inferior • Leucograma: acima sem desvio, ou seja, sem neutrófilos (segmentados) imaturos • Plaquetas: limite limiar inferior • Diagnóstico: COVID-19-> ausência de calcificação descarta pneumonia ou infecção bacteriana • Tomografia: sinal de vidro-fosco (Radiografia não dá diagnóstico de COVID) Consolidação nodular à esquerda é característica de COVID Pneumonia (diagnóstico clínico= infecção das vias aéreas inferiores) intersticial-> motivos pelos quais não aparece consolidação na radiografia Caso 4 SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 9 • Impetigo: infecção de pele bacteriana • Inchaço: sistema linfático, vascular, renal, hepático (aumento de bilirrubina direta), Cor Pulmonale, insuficiência venosa periférica • Diferença clínica de ICC e IC esquerda: IC esquerda: dispneia paroxística noturna, baixo débito, redução da força muscular (dificuldade de perfusão), congestão pulmonar IC de fração de ejeção reduzida (o quanto o coração trabalha): defeito de enchimento do ventrículo, apesar de contratilidade boa. Ex: sofreu infarto com lesão do coração OBS: Não há relação com a IC direita, são classificações diferentes Hipertensão -> hipertrofia ventricular-> boa contração VE não funciona bem-> dificuldade de ejetar o sangue-> redução da circulação nos órgãos (perfusão dos órgãos) -> sintomas de IC esquerda • Congestão pulmonar (IC Esquerda): o sangue não consegue voltar totalmente para o coração. Ele fica represado. Dispneia paroxística noturna, ortopneia. Aumento de pressão das veias pulmonares, congestão intrapulmonar (dispneia)-> estertores crepitantes • Refluxo: causa valvar • Aumento de pressão na árvore pulmonar, torna mais difícil com que o VD bombeie mais sangue ao longo do circuito-> seria porque o sangue começa a ter dificuldade em ir para o VE e o sangue do VD acaba tendo dificuldade em ir para o pulmão • Estase hepatojugular • Casos extremos de VD seria ascite. O mais comum é o edema de membros inferiores-> mais distante e ação da gravidade • A evolução natural da doença é insuficiência cardíaca esquerda virar insuficiência cardíaca direita • Se o ventrículo direito parar de funcionar, o sangue vai acumular para as veias cavas. Não vai ter congestão no pulmão, porque o sangue vai acumular “para trás” do problema • IC direita causada por IC esquerda: estertor crepitante • Cor pulmonale é causada por doenças pulmonares crônicas-> tudo que causa hipertensão pulmonar • Edema de Insuficiência Cardíaca: Edema mole, começa maleolar, indolor, edema frio, vespertino • Edemas no joelho-> grave • Edema do paciente hepatopata: aumento da pressão hidrostática (hipertensão portal) e ocorrerá a diminuição da pressão oncótica por redução da captação de albumina. Icterícia Acolia fecal Urina escura • Diminuiu a diurese e a urina estava escura: doença renal • Urina escura e icterícia: doença hepática • Edema renal: perorbitário, depressível, pele acinzentada, neve renal -> não urina, aumento geral da pressão hidrostática • Anasarca depende da quantidade da retenção SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 10 • Linfedema: duro, com nódulos, sinal de Godet negativo • Edema infeccioso: dor, rubor, calor, alteração da pele, orifício de drenagem • Edema por trombose: a panturrilha pode ficar endurecida, mas é palpável e mole A trombose percorre o caminho do vaso, causando uma inflamação local MMII: Vv. Poplítias e femorais-> por isso palpa a panturrilha (empastada) • Edema do caso: RENAL • Lesões crostosas • Impetigo: glomerulonefrite • Impetigo: infecção bacteriana -> afinidade por células do parênquima renal • Cascata de sepse • Outra causa, pela HISTÓRIA, ICC direita • Antibiótico tóxico: vanclomixina (problema renal evita o uso) • Tríade da meningite: febre, vômito e dor de cabeça intensa • Edemaciada e sem urinar: pressão aumenta -> cefaleia • Edema-> excesso de volume circulante -> sobrecarga de pressão -> ICC direita • Estertores crepitantes bilaterais falam a favor da congestão pulmonar • Aumento da pressão hidrostática, redução da pressão oncótica do vaso • O edema do mixedema ocorre por aumento da pressão oncótica do interstício • Na ICC, ocorre uma dificuldade na circulação sanguínea e um aumento da pressão hidrostática do vaso. Os mecanismos hormonais envolvidos na vasoconstricção também influenciam: diminuição da circulação -> libera renina e angiotensina -> vasoconstricção -> aldosterona -> reabsorve sódio e água -> edema • A causa do edema na Insuficiência Renal seria o aumento da volemia, que aumenta a pressão hidrostática • Insuficiência hepática: hipertensão portal e falta de síntese de albumina • Todo doente renal crônico tem arteriopatia • Edemaciado, aumento da pressão hidrostática (derrama cavitário)-> bulhas hipofonéticas • Hipertensão, edema, presença de hematúria com cilindros hemáticos-> o paciente está com uma síndrome nefrítica • Cilindro hemático: lesão glomerular -> destruição das células do arcabouço que protege a passagem das hemácias -> hemácia entra no rim e é protegida por proteínas renais -> forma cilindros hemáticos = indica glomerulonefrite • Pedir exame de dimorfismo eritrocitário -> os cilindros hemáticos no contexto do caso já falam a favor da síndrome nefrítica. Tem como ter cilindros sem dimorfismo, mas quando são casos isolados, ou seja, o paciente não apresenta mais nenhum outro sintoma • Síndrome nefrótica: proteinúria, mas sem cilindro hemático, existe uma quebra da barreira de cargas do glomérulo e não física • Síndrome nefrítica: nefrítica tem edema, proteinuria e cilindro hemático, ai existe uma quebra na barreira fisica dos glomérulos SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 11 • Dor no peito é a queixa principal -> intensidade • Angina é um diagnóstico, é uma síndrome: tem características específicas -> eletro normal sem supra e sem fator de necrose miocárdica • Dor retroesternal ou precordial = dor no peito • Quem tem angina de peito, pode ter do tipo crônica (estável) ou aguda (instável). A angina instável apresenta fisiopatologia com uma diminuição da oferta de oxigênio para o miocárdio, por diminuição ou obstrução do fluxo arterial • Infarto sem supra: obstrução • Não sabemos se a dor progrediu ou não • Queixa de dor no peito é sinal de instabilidade • Queixa de dor no peito, dispneia, rebaixamento do nível de consciência e confusão mental são sinais de instabilidade • Para saber se a dor é de infarto, deve-se pesquisar os antecedentes pessoais e familiares para exclusão de fatores de infarto (baixo risco pensa em outras coisas) -> tem pressão alta? Tem diabetes? Tem infarto na família (infarto abaixo de 65 anos para mulher ou abaixo de 55 anos para homem) • Dor no peito: tipo, intensidade, localização, irradiação, atenuantes e duração • Quando inspira dói? Quando expira dói? • Ele já teve esse tipo de dor antes? Ou é a primeira vez na vida que sente algo assim? • A dispneia pode ser um sintoma de hipoxemia ou falta de oxigênio a nível celular • Síndrome da dor torácica • Sindrômico: cardiovascular, respiratório, digestório, osteomuscular, psicogênica • Dor muscular é possível apertar e o músculo doer -> isso não ocorre no infarto • Com dor muscular não é possível saber se há ou não irradiação • Herpes zoster acompanha o dermátono (acompanha parte): dor-> erupção • Dor cardíaca: angina em crescente. Obstrução da placa coronária -> angina leve -> obstrução aumentando -> angina moderada.A dor é súbita, porque não incomodava tanto antes • Costocondrite: inflamação anterior da articulação da coluna e que causa dor com simples movimentos (Síndrome de Tietz) • Esofagite: associada a DRGE, pirose retroesternal, globofaringe, piora ao deitar ou após refeições copiosas/ com muito líquido, regurgitação ácida, tosse/rouquidão, dor de dente, dor de ouvido -> o mesmo serve para esôfago de Barret • Histórico de tabagismo • Pacientes com doença do refluxo podem ter adenocarcinoma, mas os principais sintomas são a disfagia e a odinofagia e não dor torácica • Halitose é mais comum em pessoas que têm obstruções esofágicas • Úlcera gástrica pode causar dor no peito -> sensação de que está sempre com a barriga cheia (sensação de embaixamento pós prandial). A dor está relacionada com o momento pós alimentação. • Derrame pleural pode dar dor, geralmente, dos tipos infecciosos -> tosse, febre. Dor ventilatório dependente. • Pneumotórax com pacientes hipertensivos podem ocasionar choque e desvio da traqueia para o lado oposto (aumento da pressão) SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 12 • Embolia pulmonar: dor súbita, com intensidade variável, unilateral, ventilatório- dependente • Cardiovascular isquêmica: trombose venosa profunda -> TEP (artérias poplítea e femoral) • Cardiovascular não isquêmica: • A dor de origem coronariana tem três apresentações agudas: o IAM (com supra ou sem supra), angina instável, dor anginosa do tipo aperto, difusa, retroesternal (região precordial); intensidade variável; com irradiação pro lado esquerdo do tórax e braço esquerdo, além da região cervical e epigástrica • Infarto de parede inferior: D2, D3 e DF (ECG) • Desencadeada por esforço e/ou estresse; também pode ser associada após refeições copiosas (refluxo para as mesentéricas) ANOTAÇÕES DA SOFI HABITOS- NÃO FUMA, BEBE SOCIALMENTE, NEGA USO DE PRESERVATIVO, NEGA USO DE DROGAS ILÍCITAS sífilis. A infecção, causada pela bactéria Treponema pallidum, também tem potencial para desencadear condições como aneurismas, inflamações e danos às válvulas e artérias do coração, incluindo a aorta Aortite sifilítica A sífilis terciária, atualmente rara devido ao efetivo tratamento antimicrobiano já em uso por vários anos, é responsável pelas lesões cardiovasculares sifilíticas [2,3]. Entre as lesões, a mais comum é a aortite sifilítica. Na sífilis não tratada, a aortite pode manifestar-se após 10 a 40 anos depois do contato sexual inicial Após a primo-infecção, observa-se a presença do Treponema pallidum na parede da aorta, inicialmente na adventícia e logo após nos vasos linfáticos. Esse é um dos principais motivos do tropismo do espiroqueta em relação à aorta ascendente, já que a mesma é rica em linfáticos [2,4]. O vasa vasorum sofre um processo de endarterite obliterante, necrose da camada média (mesoarterite), e infiltrado de células plasmocitárias. Consequentemente, o tecido elástico do vaso é destruído, e substituído por tecido de cicatrização. O processo inflamatório pode continuar por muito tempo, podendo ser encontrado até 25 anos após o contágio inicial [2,5]. O quadro clínico pode ser de angina, quando há obstrução dos óstios coronarianos, dispnéia, quando há insuficiência aórtica. Porém, a clínica mais comum é de dor torácica, secundária à rápida expansão do aneurisma luético Aortite sifilítica é uma manifestação de sífilis adquirida, não ocorrendo em sífilis congênita. Atualmente, as manifestações da sífilis terciária são menos comuns, devido ao advento do tratamento com penicilina [2]. Porém, precisamos ter em mente que há uma relação direta com o nível sociocultural do paciente e o desenvolvimento da doença. O tratamento da aortite sifilítica complicada é cirúrgico. O diagnóstico de aortite sifilítica é pouco cogitado atualmente pela raridade do caso, pois o tratamento atual com antibioticoterapia é amplamente realizado e, se tratado corretamente, é extremamente eficaz. Nesse caso, a experiência SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 13 do cirurgião foi primordial para o diagnóstico, já que não se cogitava a hipótese antes da observação da lesão na aorta. No Brasil, ainda temos conflitos socioculturais importantes, refletindo na saúde social - o que faz com que a sífilis seja um diagnóstico possível. SARAIVA, Roberto Santos; CESAR, Claudio Albernaz; MELLO, Marco Antonio Araújo de. Aortite sifilítica: diagnóstico e tratamento. Relato de caso. Rev Bras Cir Cardiovasc, São José do Rio Preto , v. 25, n. 3, p. 415-418, Sept. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382010000300021&lng=en&nrm=iso>. access on 21 Oct. 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-76382010000300021. PA 110/70 MMHG FC 120 BPM FR 28/MIN SAT 90% AA taquicardia e taquipneia com hipoxemia moderada CORAÇÃO BR TAQUICARDICAS SS MMIID COM CURATIVO EM JOELHO D COM BOA CICATRIZAÇÃO. DOR À PALPAÇÃO DE PANTURRILHA COM ERITEMA E CALOR LOCAL. SINAL DE HOMAN POSITIVO. Diagnóstico: trombose venosa profunda. • Sinal de Homans – presença de dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé. ANOTAÇÕES DE AULA (21/10) • Qual o valor diagnóstico do sinal que o paciente apresenta? • O quanto vale um sinal de Levine? (esfregar o peito) • Característica da dor de infarto: o que desencadeia, piora com os esforços, melhora com repouso e uso de nitratos (medicações vasodilatadoras e isso pode melhorar a dor do infarto) • Sintomas associados: dispneia, sudorese, náuseas e vômitos • Duração da dor do infarto (>20 min) para a dor da angina (5-20 min) • Tratamento de infarto e de angina é muito parecido • Angina em crescendo: paciente já apresenta a dor há alguns dias, mas, no dia que procura o serviço médico, é geralmente porque houve piora (geralmente confunde com gastrite) • Pericardites também podem causar precordialgia (acometimento pericárdico -> inflamação). A dor característica é aguda, e pode ser subita ou não. Ademais, é ventilatório-dependente (1. O pulmão enche de ar e o coração fica comprimido 2. Volta mais sangue para o coração = limites da pressão intatorácica), melhora na pose prece maometana (encher o coração -> pericárdio distende -> posição de prece maometana - > diminuição do retorno venoso -> diminui a distensão pericárdica) • Dissecção da aorta: dor súbita e intensa, pode irradiar para as costas, hemopericárdio ou tamponamento cardíaco, pode cursar com dor lombar e pode apresentar AVC (dissecar a carótida, hemoplegia), pode ocorrer dissecção das artérias vertebrais, cursando com síndrome medular, pode causar IAM ao dissecar a coronária -> diferenciação de pulsos • Estenose é uma doença da valva aórtica • Perimiocardite: inflama o pericárdio e uma pontinha do coração https://doi.org/10.1590/S0102-76382010000300021 SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 14 • Miocardiopatia hipertrófica (doença genética com espessamento do septo ventricular -> o septo ventricular obstrui a via de saída do ventrículo esquerdo) é diferente de hipertrofia ventricular (HAS -> não trata -> coração fica musculoso -> hipertrofia concêntrica -> coração vai aumentando -> hipertrofia excêntrica) • Prolapso de valva mitral: durante a sístole a valva mitral fecha -> prolapsada pro átrio esquerdo -> obstrução da via de saída; folheto valvar pode entrar na via de saída, causando dor no peito e sincope • Sinais de alarme: dispneia, precordialgia, desidratação, cianose, alteração do nível de consciência • O paciente não está em bom estado geral • Saturação boa: >= 97% AA • Saturação 92-96% AA: hipoxemia leve • Saturação 88-92%AA: hipoxemia moderada • Saturação <88% AA: hipoxemia grave • O O2 pode ser carreado pela hemoglobina ou dissolvido no plasma • Posso ter embolia pulmonar com exame pulmonar normal ou embolia pulmonarcom derrame pleural -> exame físico de derrame pleural • Embolia pulmonar vai causar bulhas direitas hiperfonéticas • Turgência jugular, hipotensão e bilhas abafadas = Tríade de Beck -> tamponamento cardíaco -> perfuração da parede • Pulmão congestionado -> B3 hiperfonética (pensar em uma caída d´água cheia sendo aberta -> líquido esparrama e entra em contato com a água já presente no chão -> aumento do volume) • Foco aórtico: a aorta está fazendo pressão e a valva aórtica não consegue fechar • Disseção de aorta: lesão aórtica muito próxima de valva aórtica -> valva para de funcionar -> não fecha corretamente -> insuficiência aórtica • O sopro regurgita na diástole • Estase descompensada da Tríade de Virchow • Diagnóstico diferencial: TVP que evoluiu para uma TEP -> Doppler Venoso + trombolítico (RTPA) + anticoagulante Sofre a influência da perfusão e da oxigenação nas extremidades = oxímetro Pode ser medido, também, pela gasometria arterial Caso 6 SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 15 R.M L., 43 ANOS,FEMININO, PARDA, CASADA, 4 FILHOS, NATURAL DE PRESIDENTE PRUDENTE-SP E PROCEDENTE DE MONTE MOR - SP, DO LAR , ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO, EVANGÉLICO HD: FALTA DE AR HA 2 SEMANAS HPMA- PACIENTE REFERE TER FEITO DIAGNÓSTICO DE LINFOMA HÁ 3 MESES E DESDE ENTAO VEM TRATANDO COM QUIMIOTERAPIA ENDOVENOSA 1VEZ POR SEMANA. HA 2 SEMANAS PASSOU A APRESENTAR EDEMA ASSIMÉTRICO DE MID E EM SEGUIDA APRESENTOU QUADRO DE DOR PRECORDIAL DE INICIO SUBITO, VENTILATÓRIO DEPENDENTE, ASSOCIADO A HEMOPTISE E FEBRE, ALÉM DE DISPNÉIA. PROCUROU PRONTO SOCORRO DA CIDADE E FOI MEDICADA PARA DOR E LIBERADA PARA CASA. HÁ 1 DIA A DISPNEIA TEM SE ACENTUADO, MAS O QUE MAIS A INCOMODA É O CANSAÇO, A DOR EM REGIAO ABDOMINAL DIREITA E EDEMA DE MEMBROS INFERIORES. ALÉM DISSO REFERE ALTERAÇÃO DO HABITO INTESTINAL, TEM FICADO MAIS CONSTIPADA. ISDA- CEFALEIA OCASIONAL BOA ACUIDADE VISUAL, AUDITIVA E GUSTATIVA. CORAÇÃO EVENTUALMENTE TAQUICARDIA. PULMONAR NEGA TOSSE SECA OU PRODUTIVA, INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS DE REPETIÇÃO. DIGESTORIO- ALIMENTA SE BEM. EVACUAVA 1 X DIA POREM NO ULTIMO MES 1 X/SEMANA. NEGA NAUSEAS, VOMITOS, HEMATEMESE, MELENA, ENTERORRAGIA. GENITO-URINÁRIO- URINA CLARA, SEM ODOR FORTE, SEM SINAIS DE PROTEINÚRIA. NEGA DISÚRIA. POLACIÚRIA, NICTÚRIA. LOCOMOTOR- QUEIXA-SE DE MEMBRO INFERIOR DIREITO MAIS DOLOROSO QUE O ESQUERDO E MAIS EDEMACIADO NÃO FUMA, NEGA ETILISMO VACINAÇÃO EM DIA ANTECEDENTES PESSOAIS- NEGA INTERNAÇÕES PRÉVIAS ANTECEDENTES HEREDITÁRIOS PAIS VIVOS E MÃE COM LINFOMA TRATADO EXAME FÍSICO: ORIENTADO NO TEMPO E ESPAÇO, COMUNICATIVO REG, CIANÓTICO, DISPNÉICO, ANICTÉRICO, HIDRATADO, CORADO PA 110/70 MMHG FC 120 BPM FR 27/MIN SAT 90% AA CORAÇÃO BULHAS RÍTMICAS E TAQUICARDICAS, COM HIPERFONESE DE SEGUNDA BULHA FOCO PULMONAR. PRESENÇA DE QUARTA BULHA PULMÕES MV+ SIMETRICO COM EC BILATERAMENTE EM BASES ABDOMEN RHA +, GLOBOSO, DOLOROSO A PALPAÇÃO DE HIPOCÔNDRIO DIREITO SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 16 FÍGADO PALPÁVEL A 3CM RCD MMII EDEMA MID ++/4+ PRÉ-TIBIAL, DOLOROSO A MANIPULAÇÃO, PANTURRILHA ENDURECIDA MIE SEM ALTERAÇÕES • O linfoma representa um grupo de neoplasias malignas com origem de células linfóides, e que se diferem da leucemia linfocítica por se apresentarem na forma de massas tumorais sólidas e se originarem de tecidos linfóides como os linfonodos. Lembrando que as leucemias iniciam-se na medula óssea e atingem o sangue periférico, não formando massas tumorais. • Os linfomas podem ser divididos em dois grupos principais: - Linfoma Não-Hodgkin (LNH) - Linfoma de Hodgkin ou doença de Hodgkin (DH) • Linfoma Não-Hodgkin (características clínicas) Características Clínicas: Os LNH ocorrem principalmente em adultos, embora as crianças também possam ser afetadas e geralmente em casos mais agressivos. As primeiras manifestações clínicas da doença apresentam-se como aumento de volume lento e indolor de linfonodos. Conforme a malignidade progride, os linfonodos vão se tornando mais numerosos e fixos, gradualmente outros grupos de linfonodos são atingidos e ocorre invasão local de tecidos adjacentes. Outros sintomas menos freqüentes são: perda de peso, febre e sudorese noturna. Na cavidade oral o linfoma ocorre como sendo do tipo extra-nodal e apresenta-se como tumefações firmes e difusas, de coloração eritematosa ou arroxeada e geralmente coma superfície ulcerada. Acomete principalmente a região de fundo de sulco, gengiva e palato. O linfoma de Burkitt é um tipo de LNH de células B que acomete principalmente os ossos gnáticos. Existem 3 tipos de linfoma de Burkitt: o tipo africano, o tipo americano e o associado à pacientes com AIDS. O tipo africano é endêmico na África Central, atinge crianças em torno dos 7 anos de idade e acomete principalmente os ossos da mandíbula e maxila. Radiograficamente aparecem como destruições radiolúcidas do osso com margens irregulares e maldefinidas. O tipo americano também atinge as crianças, no entanto acomete mais freqüentemente a região abdominal. O linfoma de Burkitt tem sido associado ao vírus Epstein-Barr (EBV). • Doença de Hodgkin (Características clínicas): A doença de Hodgkin manifesta-se clinicamente por um aumento de volume indolor de linfonodos superficiais. Cerca de 75% dos casos acometem as cadeias cervicais e supraclaviculares. De uma forma geral, afeta mais os homens numa média de idade de 30 anos. Se não for tratado, a doença se dissemina para os linfonodos contíguos, depois para outras cadeias linfáticas e eventualmente pode envolver o baço e o fígado. Outros sinais e sintomas sistêmicos podem estar presentes, como a perda de peso, febre, sudorese noturna e prurido generalizado. FONTE: https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo- Leucemia2.pdf https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo-Leucemia2.pdf https://w2.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un5_Aula49Linfo-Leucemia2.pdf SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 17 • A maioria dos pacientes se apresenta com doença nodal, ou seja, exclusiva ou predominantemente acometendo linfonodos. Na expressiva maioria dos casos, o linfoma de Hodgkin se inicia com linfonodomegalia progressiva na região supradiafragmática, particularmente nas regiões laterais do pescoço. É incomum que o linfoma se apresente isoladamente na região infradiafragmática, tanto intra-abdominal, quanto inguinal. A apresentação infradiafragmática exclusiva, por razões desconhecidas, implica em pior prognóstico. Por isso, a cuidadosa palpação de todas as regiões linfonodais periféricas é muito importante • Na maioria das vezes pode-se palpar linfonodos na região cervical, mas também, dependendo da extensão da doença, linfonodos supra e infra-claviculares, axilares e inguinais podem mostrar-se aumentados. As características palpatórias geralmente diferem das doenças inflamatórias/infecciosas e de metástases de tumores sólidos, nestes casos, são amolecidos e dolorosos ou muito endurecidos, respectivamente. No linfoma de Hodgkin, os linfonodos costumam ser indolores e de consistência fibroelástica (parecida com borracha) e não fistulam, como pode ocorrer em algumas infecções como tuberculose FONTE: http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2020/DDT_Linforma_de_Hodgkin_CP_11_2020. pdf • Edema (Porto): quando assimétrico, apresenta doença associada, como TVP • Dor ventilatório-dependente: dor pleurítica -> bem localizada, tipo pontada, com intensidade elevada, piorando quando o paciente se movimenta • Queixa principal: CANSAÇO, A DOR EM REGIAO ABDOMINAL DIREITA E EDEMA DE MEMBROS INFERIORES. • Taquicárdica e taquipneica, com hipoxemia leve • Hiperfonese de segunda bulha em foco pulmonar: o Causas cardíacas: hipertensão arterial pulmonar,hipertensão arterial sistêmica, aneurisma de aorta ascendente, estados hipercinéticos o O ruído originado na pulmonar é auscultado em uma área limitada, correspondente ao foco pulmonar e à borda esternal esquerda -> sugestão: a paciente apresenta quadro de hipertensão pulmonar com Cor Pulmonale • Quimioterapia utiliza drogas com potencial efeito citotóxico cardíaco, além de aumentarem o risco de trombose • Fatores de risco para a paciente fazer um fenômeno tromboembólico: pacientes acamados, cirurgias ortopédicas com fraturas, história de trombose prévia • Score de Wells: critérios para avaliação do risco de uma embolia pulmonar • Os quimioterápicos causam insuficiência cardíaca direita e esquerda, por terem um efeito normal • Estertores crepitantes bilaterais em base indicam cardiopatia direita • O linfoma tem alterações que podem causar derrames pleurais ou infiltrados pulmonares • Nesta faixa etária, ela também pode apresentar com o quadro de dispneia: LES (presença dos estertores e a raça corroboram), vasculites (corroboradas pela hemoptise) http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2020/DDT_Linforma_de_Hodgkin_CP_11_2020.pdf http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2020/DDT_Linforma_de_Hodgkin_CP_11_2020.pdf SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 18 • A hipertensão pulmonar causaria acometimento do lado direito do coração, enquanto a congestão pulmonar acometeria o lado esquerdo do coração • Pode ocorrer um quadro cardiogênico secundário a um problema de pulmão • Exame físico deveria ter trazido palpação de linfonodos • O edema estar endurecido pode indicar que ele não é de origem cardíaca; no entanto, a história traz que a panturrilha está endurecida, podendo não ser a mesma coisa • O edema pode ser causado por uma celulite • Dor ventilatório-dependente: o pericárdio também é inervado pelos mesmos ramos que a pleura, então ele também pode ter o mesmo tipo de dor. Mas para ter uma pleurite, não precisa ser uma doença da pleura. Pode ser uma doença pulmonar ou cardíaca inflamatória, que, por proximidade da pleura, cause uma dor pleural. Pode ser um derrame pleural inflamatório, uma pericardite, uma miocardite, um pneumotórax, EMBOLIA PULMONAR • 4ª bulha é patológica • Clássico de B3 é quem tá fazendo edema agudo de pulmão • Imunossupressão no paciente que tem edema agudo de pulmão é o responsável por causar quadros de broncopneumonia, e não o quadro de congestão • Em quadros de pielonefrite crônica, os achados semiológicos não são tão precisos quanto os da pielonefrite aguda. O quadro tem mais a ver com o nível de gasto energético que a doença impôs no organismo do paciente, mas a maior parte dos achados bate com aqueles da insuficiência renal crônica em diferentes níveis SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 19 • Na ICC, o paciente apresenta hipoperfusão tecidual -> libera renina e angiotensina -> libera catecolamina, faz a reabsorção de sódio e água -> Uma pessoa vasoconstricta cronicamente apresenta, por causa disso, hipóxia • Os estertores crepitantes iniciam na base, pois é essa porção do pulmão que tem menos aeração • Maior fluxo sanguíneo do pulmão: Bases • A base pulmonar apresenta a maior taxa de troca de gases. A capacidade ventilação pulmonar é muito superior do que a circulatória. Na base, no fluxo sanguíneo máximo, é como se colocássemos lenha na fogueira • Ventilação: chegada da perfusão + chegada do oxigênio • No ápice, há a maior concentração de oxigênio, mas não é a área mais ventilada • A base pulmonar apresenta uma expansão muito maior • Quando há baixa perfusão, a dispneia é ao repouso • Oferta normal de oxigênio: 1005 DO2 ml/min • Paciente em repouso está poupando oxigênio. Quando ele precisa de mais oxigênio, é necessário uma maior oferta e o paciente pode não te bomba (pulmão) para dar conta desta demanda • Causa da queda de DO2: Insuficiência cardíaca Consequência da queda de DO2: sepse Zonas de West Comece aqui O consumo de oxigênio é dependente da oferta. Nesse ponto, a célula está morrendo SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 20 • B1 é o fechamento das valvas AV. A extrassístole ocorre em um momento pré-sistólico, em um momento em que as valvas estão abertas para o enchimento ventricular. Dessa forma, as valvas irão fechar com maior velocidade, provocando uma hiperfonese de bulhas • B3 não pode acontecer em uma estenose mitral, pois não é sobre um déficit contrátil do ventrículo ou disfunção de enchimento ventricular. O problema está no átrio. • Pericardite: exerce uma pressão sobre o coração que está envolvo ou pode oferecer, pelo aumento de pressão, uma resistência ao retorno venoso do coração. A pressão para o sangue voltar terá que ser bem mais alta -> prece maometana. Ao mesmo tempo que o sangue terá para voltar pela veia cava, terá uma dificuldade do sangue de retornar do pulmão para o coração, causando um edema de agudo pulmonar • Compressão das pernas aumenta o pós carga, aumentando o sopro de insuficiência aórtica, por exemplo • Pielonefrite aguda -> IRA-> dispneia metabólica por acidose metabólica (o rim não renova o bicarbonato-> deixa de realizar o efeito tampão -> compensação por aumento da frequência respiratória) • Histórico de próstata a partir dos 50 anos • Pode ter hipertensão, dislipidemia, obesidade, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2, neoplasia de cólon é comum, sífilis terciária, doenças sexualmente transmissíveis, hérnia de disco, causas externas • Hipertensão arterial sem diagnóstico ou descontrolada ele pode apresentar crises hipertensivas com cefaleia • Cefaleia da hipertensão: de pressão, pulsátil (“peso”), occipital, irradia para frente, bilateral, melhora com uso de vasodilatadores e analgésicos. Associada com náusea, tontura, sensação de formigamento na cabeça e nos membros, visão dupla • Crises hipertensivas têm como mecanismo de resposta a distensão dos barorreceptores carotídeos e aórticos, ativando o sistema simpático e fazendo bradicardia Caso 10 SOFIA HELENA VITTE TURMA 60 SEMINÁRIOS A 2020.2 21 • Fatores de alarme em uma cefaleia: A mudança no padrão da dor, dor com desmaio, vômitos em jato (que não é precedido de náuseas, acontece em pacientes com rebaixamento do nível de consciência -> sinal de hipertensão intracraniana), desvio de rima, hemiplegia, convulsões • Sinal de alarme mostra que o paciente está evoluindo com compressão de estruturas cerebrais e aumento da pressão intracraniana • Artralgia: se é uma monoartrite ou poliartrite, migratória ou não (gota é monoartrite e é acompanhada de sinais logísticos), rigidez articular ao repouso ou ao esforço, quais articulações envolvidas • Gota: é uma doença em que há aumento do ácido úrico que, a partir de certas concentrações ou situações, ocorre a formação de cristais com deposição nas juntas • Enxaqueca: unilateral, pulsátil, pontada, náusea e vômitos, moderada a alta intensidade • Hipertensão secundária: doenças renais • Feocromocitoma: tumor na medula renal com liberação de hemoglobina -> hipertensão, sudorese • Síndrome de Cushing: cortisol
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