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Vitamina A (Retinol) • Função fisiológica mais conhecida é na visão. • Cegueira noturna é o principal sintoma de sua deficiência. • Participa da resposta imune na proteção das mucosas e age como reguladora e moduladora do crescimento e diferenciação celular. • A deficiência da vitamina A ainda é considerado um problema de saúde pública, e fica apenas atrás do ferro em relação a problemas nutricionais. • Retinol é encontrado apenas em produtos de origem animal. • Dentre os carotenoides encontrados na natureza, o beta-caroteno se destaca e é considerado quantitativamente um dos mais importantes. • Em um indivíduo com condições normais, 70 a 90% do retinol ingerido através da dieta é absorvido, já a absorção de carotenoides (precursores da vitamina A) é menos eficiente, e fica em torno de 10 a 50%. • A vitamina A é lipossolúvel e para que seja adequadamente absorvida é necessário ser ingerida junto com lipídeos. • É armazenada principalmente no fígado (50 a 80% do total da vitamina no corpo). Geralmente essa quantidade é suficiente para vários meses. • Funções metabólicas: grupo prostético dos pigmentos visuais; carreador de unidades manosil na síntese de glicoproteínas hidrofóbicas; hormônio com ação no núcleo (controle de proliferação e diferenciação celular). • Ácido retinoico: síntese da testosterona • Retinol e ácido retinoico: funções nas células dos ossos • Deficiência: Xeroftalmia • A deficiência da vitamina A em crianças ainda é recorrente, principalmente em países em desenvolvimento. É a única causa mais comum em crianças e que pode ser prevenida. • Prevenção e tratamento contra a deficiência de vitamina A: o Suplementação pré-natal o Incentivar o aleitamento materno o Consumo de alimentos fonte (orientação) o Incentivo à produção de alimentos fontes de vitamina A em hortas domiciliares o Fortificação de alguns alimentos que são base para a alimentação o Suplementação como medida profilática para crianças entre 0 e 5 anos • Toxicidade: associada ao consumo de suplementes e pode se manifestar na sua forma grave ou aguda. • Fontes: o Origem animal: fornecem vitamina A pré- formada na forma ativa (Bife de fígado; bife de fígado de frango). o Origem vegetal: contém precursores de vitamina A (carotenoides) – atividade pró-vitamínica A (cenoura crua, cenoura cozida, manga, espinafre). • Suco de laranja com cenoura = 1.081,59 ER/100g Vitamina D (Calciferol) • É conhecida como a vitamina da luz solar. A sua produção atinge o pico máximo após 30min de exposição a irradiação UV-B. • É sintetizada na pele por via não enzimática, através da ação dos raios UV-B. • Se a exposição do indivíduo a luz não for adequada, este deve consumir adequadamente através da alimentação. • Formas da vitamina D na natureza: o Ergocalciferol (D2) o Colecalciferol (D3) • Para desempenhar suas funções efetivamente, a vitamina D precisa ser transformada em calcitriol (seu metabólito ativo). • Funções biológicas: manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no soro; inibe a proliferação celular nos rins, cérebro, próstata, mamas, coração, linfócitos ativados na pele e pâncreas. • Sendo lipossolúvel, ela é incorporada aos quilomícrons quando ingerida e é absorvida pelo sistema linfático. A maior absorção acontece no intestino delgado, e é melhor absorvida quando ingerida com refeição contendo lipídeos. • O conteúdo de vitamina D nos alimentos vai depender da ração do animal e da estação do ano. • Deficiência: pode causar raquitismo (infância) e osteomalácia (adulto). o Os grupos mais vulneráveis são idosos e crianças. • Toxicidade (por ingestão excessiva): fraqueza, náuseas, dor de cabeça, dores abdominais, perda de apetite, diarreia e câimbras. Vitamina K • Função mais conhecida: atua no processo de coagulação sanguínea. • Pode ser encontrada em várias formas: o Floquinona (K1) – mais encontrada nos alimentos de origem vegetal; são mais biodisponíveis. o Menaquinona (K2) – mais encontrada nos alimentos de origem animal; são menos biodisponíveis. o Menadiona (K3) • A filoquinona (K1) é a principal fonte da dieta e é melhor absorvida no intestino delgado (jejuno e íleo) junto com lipídeos. • A menaquinona e menadiona são absorvidas através de difusão no intestino delgado (porção distal) e no cólon. • Deficiência: prolongamento do tempo de protrombina, doença hemorrágica, pode estar associada a osteoporose e pode ter associação com a arterosclerose. • Toxicidade: não foi observada. • As principais fontes são óleos vegetais, manteiga e margarina e vegetais verdes folhosos. Vitamina E (Tocoferol) • Família de oito compostos de ocorrência natural sintetizados pelas plantas: tocoferóis (alfa, beta e gama) e os tocotrienóis (alfa, beta e gama). • Principal função: atuar como antioxidante lipídico não enzimático. Também atua como modulador da expressão gênica, imunorregulador, atua no controle da inflamação e atua como protetor cardiovascular unindo a atividade antioxidante com a atividade anti- inflamatória. • O seu mecanismo de absorção ainda não é totalmente claro, porém, todas as formas de vitamina E parecem ser absorvidas pelas células intestinais. O seu principal local de absorção é na parte proximal do intestino delgado. • Para ser melhor absorvida, é importante que seja ingerida com refeições contendo lipídeos. o Pode ocorrer variação na absorção em humanos (20 – 86%) • Grande parte da vitamina E é metabolizada antes de ser excretada. • Alguns fatores podem interferir na sua biodisponibilidade: o Problemas na absorção de gordura; o Interações químicas entre os ácidos graxos poli-insaturados e o alfa- tocoferol. • Os triglicerídeos de cadeia média também podem ser agentes facilitadores. • Fontes alimentares: azeite de oliva, amendoim, avelãs secas, castanha-do-pará, óleo de milho, óleo de amendoim, pistaches secas, amêndoas secas, fígado, leite e seus derivados. • Deficiência: rara, porém, podem acontecer devido anormalidades genéticas ou serem provocadas por síndromes de má absorção. o A deficiência grave pode causar problemas neurológicos, ataxia cerebelar, retinopatia pigmentar. • Lactantes e gestantes são grupo de risco para a deficiência da vitamina E. • Toxicidade: baixa. Pode causar cefaleia, náuseas, visão dupla, fraqueza muscular, tromboflebite. o A suplementação não tem a mesma atividade biológica como em sua forma natural e sua absorção é em torno de 10%.
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