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Zootoxinas: Ofidismo, Escorpionismo e Araneísmo

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Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
Zootoxinas: Ofidismo, Escorpionismo e 
Araneismo 
Zootoxinas são substâncias tóxicas 
produzidas por animais. São os chamados 
venenos, que são inoculados nas presas 
desses animai por meio de mordedura ou 
ferroada. 
É importante ressaltar que esse veneno é 
composto por várias toxinas, que de forma 
sinérgica irão causar os efeitos, os quais 
estamos acostumados a ouvir falar. 
 
Como o nome já diz, há quebra de 
proteínas, destruindo os tecidos e causando 
graves necroses nos locais da picada. 
Algumas substâncias podem causar 
destruição de fibras musculares fazendo 
com que o interior dessas fibra seja 
liberado na circulação. 
Há liberação de enzimas (CK) e mioglobina 
na circulação conferindo um aspecto escuro 
na urina, semelhante a coloração de coca 
cola em razão da morte de fibras 
musculares e liberação de seu conteúdo na 
circulação. 
 
 
Age no sistema nervoso central 
interferindo nas sinalizações nervosas, 
principalmente na inervação da junção 
neuromuscular atrapalhando a liberação de 
acetilcolina e sua ligação a receptores 
nicotínicos da placa motora. Provocam 
fraqueza e dificuldade respiratória. 
Estimulam a transformação do fibrinogênio 
em fibrina favorecendo a formação de 
microtrombos e, dependendo do vaso 
sanguíneo acometido, pode haver oclusão 
causando acidentes vasculares. 
Impedem com que a cascata de coagulação 
aconteça normalmente. O paciente 
demonstra hemorragia local e, dependendo 
da gravidade, a hemorragia pode evoluir e 
se tornar sistêmica havendo as mais 
variadas demonstrações clínicas como 
sangramentos nasais, na gengiva, na urina, 
nas fezes, na saliva e no local da picada. 
Em alguns casos há a combinação da ação 
coagulante e hemorrágica no mesmo 
veneno. A ação coagulante irá “gastar” os 
fatores de coagulação enquanto a ação 
hemorrágica irá quebrar a fibrina. A 
 
Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
princípio haverá uma ação coagulante, com 
a formação de pequenos coágulos que logo 
serão destruídos, predominando a ação 
hemorrágica. 
Ação direta sobre os túbulos renais e sobre 
o endotélio vascular renal atrapalhando as 
execuções renais podendo levar o indivíduo 
a desenvolver um quadro de insuficiência 
renal aguda. 
 
 
 
Distribuição das serpentes no território brasileiro. 
 
Está distribuída em todas as regiões 
brasileiras. 
Correspondem a 85% dos casos de 
ofidismo. Isso ocorre pela sua ampla 
distribuição e comportamento agressivo. 
Essas serpentes gostam de ambientes 
úmidos, sombra de árvores, rios e lagos e 
onde há barro já que o barro tem uma 
temperatura menor. 
Seu veneno tem ação proteolítica por meio 
das enzimas hialuronidases que são 
responsáveis pela degradação do ácido 
hialurônico presente no epitélio e tecido 
conjuntivo, hemorrágica, coagulante e 
vasculotóxica lesionando o endotélio. 
 
Se encontra mais em região do interior do 
Brasil, estando fora da maior parte da 
floresta amazônica e litoral. 
Gostam de ambientes secos, quentes, 
arenosos e pedregosos. 
Tem comportamento agressivo e tem 
veneno com ação coagulante, miotóxica e 
neurotóxica. 
A ação neurotóxica é pré-sináptica, se dá 
pela atuação na junção neuromuscular 
bloqueando a liberação de acetilcolina e, 
consequentemente, os receptores 
nicotínicos da musculatura não são 
ativados e o animal não tem estímulo para 
contração muscular apresentando um 
quadro de paralisia do tipo flácida. 
Acidentes com essas serpentes são raros, 
correspondendo a 9% do total. 
 
Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
 
Predominantemente em área de floresta 
amazônica e litoral. 
Pode chegar a aproximadamente a 4 
metros e pode matar por asfixia e por 
meio de sua toxinas. 
Habitam áreas florestais úmidos (Mata 
Atlântica, Amazônia e Matas Nordestinas). 
Tem hábitos noturnos e seu veneno é 
semelhante ao da Jararaca por ter ação 
proteolítica, coagulante, hemorrágica e 
vasculotóxica. 
Os acidentes com esse gênero são mais 
raros devido sua distribuição que é mais 
restrita além de seus hábitos noturnos. 
 
Está distribuída em todas as regiões 
principalmente litoral e Mata Atlântica. 
Diferente das cascavéis e jararacas, as 
corais só atacam em última circunstância 
já que as presas que inoculam o veneno se 
encontram na região posterior da cabeça. 
Seu veneno é o mais grave tendo ação 
predominantemente neurotóxica. Sua ação 
se dá nas fendas pré-sinápticas bloqueando 
a liberação de Ach na junção 
neuromuscular além de ação pós-sináptica 
competindo com Ach por receptores 
nicotínicos da junção neuromuscular. 
O paciente apresenta uma paralisia flácida, 
havendo bloqueio dos músculos envolvidos 
na respiração e óbito. 
Não dá para diferenciar a Coral verdadeira 
da falsa por conta do cruzamento dos dois 
tipos. Seu veneno é chamado de Elapídico. 
Devemos saber qual serpente esteve 
envolvida no ataque sendo importante uma 
inspeção visual. Também podemos saber 
qual serpente está envolvida por meio do 
local do acidente. Além disso, os sinais 
clínicos apresentados são de grande valia. 
A gravidade pode ser leve, moderada ou 
grave. 
 dor local, edema, equimose (local 
da picada), manifestações 
hemorrágicas discretas e aumento do 
tempo de coagulação. 
 dor intensa no local, 
edema e equimoses ultrapassa o local 
da picada, hemorragias locais e 
sistêmicas e aumento do tempo de 
coagulação. 
 dor generalizada, edema 
endurado, equimoses sistêmicas, 
bolhas, isquemia, manifestação 
sistêmica com hipotensão arterial, 
oligúria, hemorragia e choque. 
 
Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
Para pequenos animais 50ml e grandes 
100ml. 
O soro antiofídico polivalente é eficaz para 
venenos de Botrhops, Lachesis e Crotalus 
não sendo indicado para Micrurus. 
 
O soro antielapídico não está disponível 
para uso veterinário já que os acidentes são 
mínimos. 
Como o veneno elapídico terá ação 
predominantemente neurotóxica podemos 
usar um anticolinesterásico para impedir 
com que a acetilcolina seja degradada, 
minimizando os efeitos do veneno. 
 
Além disso há toda a terapia de suporte: 
fluidoterapia, analgésicos, antibióticos, 
anti-histamínicos e Anti-inflamatórios. 
 
Os principais tipos são os Tityus Serrulatus 
(Escorpião Amarelo), Tityus bahienses 
(Escorpião Marrom). 
 
 
Esses animais têm predileção por locais 
escuros, com entulho. 
Seu veneno tem composição variada, 
podendo conter proteínas, peptídeos e 
aminoácidos capazes de produzir dor, 
liberação de noradrenalina gerando 
hipertensão arterial (principal), tem ação 
coagulante favorecendo a formação de 
trombos, miotóxica causando lesão no 
miocárdio e ação neurotóxica promovendo 
a despolarização neuronal causando 
espasmos e contrações. 
Além disso, a presença de enzimas pode 
agravar o quadro como a hialuronidase que 
irá destruir os tecidos de sustentação, 
histamina e serotonina também atuam no 
processo de dor e inflamação sendo 
considerado um veneno perigoso. 
Os sinais clínicos dependem da espécie do 
escorpião, número de picadas e massa 
corporal da vítima, logo animais maiores 
terão manifestações clínicas mais leves. 
Alguns animais também podem apresentar 
hipersensibilidade as toxinas. 
 
As manifestações clínicas podem ser leves, 
moderadas ou graves sendo a causa mais 
frequente de óbitos advinda de choque 
cardiocirculatório e edema agudo dos 
pulmões decorrente e hipertensão. 
 
 dor local, vômitos, taquicardia 
e leve excitação(monitorar a cada 
4horas); 
 náuseas, hipertensão 
arterial, taquipneia e agitação 
 
Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
(monitorar a cada 2 horas, 
principalmente pressão arterial); 
 vômitos, agitação 
psicomotora alternada com 
sonolência, hipotermia, bradipneia ou 
taquipneia, taquicardia ou 
bradicardia, tremores e espasmos 
musculares (monitoramento 
intensivo. 
 
Não há soro específico disponível para 
medicina veterinária. O tratamento é 
sintomático: analgésicos, diuréticos, 
fluidoterapia e anti-hipertensivos, 
principalmente β bloqueadores, bloqueando 
a ação da noradrenalina. 
 
As aranhas peçonhentas mais comuns são a 
Armadeira e a Aranha Marrom. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seu veneno apresenta neurotoxinas e 
cardiotoxinas sendo similar ao veneno do 
escorpião. Logo, os quadros podem evoluir 
para insuficiência cardíaca 
 
 
Seu veneno costuma causar necrose 
tecidual na área de inoculação. 
 
 
O tecido onde está o 
ferimento acaba 
necrosando e 
devemos esperar que 
os bordos da ferida 
acabem cicatrizando. 
Após isso, é 
 
Farmacologia e Toxicologia Veterinária – Jennifer Reis da Silva (@jenniferreis_vet) – É PROIBIDA A COMERCIALIZAÇÃO DESTE CONTEÚDO 
 
necessária uma raspagem da borda da 
ferida para que haja proliferação de tecido 
novo. Isso deve ser feito quantas vezes 
forem necessárias para que haja 
fechamento da ferida por um tecido 
saudável. 
 
No veneno da Armadeira há enzimas 
fosfolipases, proteases, colagenases e 
hialuronidase. Além disso há também a 
esfingomielinase causando destruição de 
plaquetas e hemácias gerando hemorragia 
e diminuição da oxigenação dos tecidos 
gerando um quadro necrótico. Há também 
quimiotaxia de neutrófilos e ativação do 
sistema complemento desencadeando um 
processo inflamatório. 
Por conta da inflamação haverá edema no 
lugar da picada, hemorragias e necrose. A 
ação hemolítica irá prejudicar as funções 
renais podendo desencadear uma 
insuficiência renal aguda. 
 
 
 ARMADEIRA: O tratamento é 
sintomático e consiste em analgésicos e 
AINEs além de beta bloqueadores para 
reverter o quadro cardíaco. Não há soro 
contra o veneno desta aranha. 
 ARANHA MARROM: analgésicos, AINEs, 
diuréticos e fluidoterapia, transfusão 
sanguínea. O Soro antiloxoscélico está 
restrito a hospitais de saúde humana.

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