Buscar

Sócrates: Patrono da Filosofia Ocidental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE CRATEÚS-FAEC
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
MARIA ISABELE BEZERRA DE SOUSA
TRABALHO DE FILOSOFIA: SÓCRATES 
CRATEÚS-CE
2020
Não pertencente à nenhuma família aristocrática, filho de um escultor e de uma parteira, Sócrates nasceu no ano de 470 a.C, em Atenas, na Grécia. Apesar de não ser o primeiro filósofo, é considerado o patrono da Filosofia por conta de suas importantes contribuições para o pensamento filosófico clássico ocidental. Sócrates não registrou seus pensamentos, tudo o que dele sabemos, decorre dos escritos de seu mais importante discípulo: Platão, que escreveu diálogos sobre sua vida - que retratam desde o seu processo, até sua condenação e morte - dentre os quais se pode mencionar: "O Êutifron", "Apologia de Sócrates", "O Críton" e "O Fédon". 
Tirando o foco do Cosmo enquanto objeto de estudo, Sócrates voltou os olhos da Filosofia para as questões socias que faziam parte do cotidiano da pólis grega, como é o caso da ética e da política. Defendia ainda, a construção de um saber verdadeiro, absoluto - diferente do que pregavam os sofistas, veemente combatidos por ele - e a busca por a essência das coisas, em primeira instância, a essência do homem - sua "alma", "consciência de si" - de modo que sua filosofia, pauta-se no autoconhecimento (cada um deve conhecer primeiro a si, para só então conhecer a verdade acerca do mundo ao seu redor), conforme estava proclamado no pórtico de entrada do templo de Apolo em Delfos, por ele visitado: " Conhece-te a ti mesmo".
Descontente com as opiniões e preconceitos estabelecidos por sua sociedade, Sócrates costumava dizer ser impelido por um espírito interior que o levava a desconfiar das aparências e procurar a realidade verdadeira das coisas. Percorrendo as ruas de Atenas, ele questionava as pessoas acerca de assuntos corriqueiros, sobre os quais, elas costumavam tratar. Diferente de seus interlocutores - que julgavam saber do que falavam - Sócrates sabia, que não sabia, e isso segundo a mensagem do oráculo supracitado, o fazia o mais sábio de todos os homens, pois ele era o único que reconhecia seu estado de ignorância. 
Através do diálogo - sucessivas perguntas - Sócrates atestava que as pessoas eram guiadas por uma aparência do saber, haja vista que aquilo que elas julgavam saber, de fato não sabiam, apenas achavam que sabiam, detinha apenas meras opiniões a seu respeito. 
Como principais constituintes de expressão de seu método dialético, podemos destacar a ironia e a maiêutica. A ironia consiste nesse jogo constante de perguntas e respostas. Sócrates questionava seu interlocutor, por intermédio da pergunta "o que é" (isso a que você se refere), exigindo-lhe uma definição, um conceito, o qual era respondido sempre com uma resposta pautada no senso comum, que por sua vez, era refutada - por ser insatisfatória - (elenchos), de modo que Sócrates formulava sempre uma nova pergunta (epagôge), e sucessivas novas desconstruções de resposta, até levar seu interlocutor a um estado de ignorância, no qual pudesse purificar seu pensamento - abandonando preconceitos e opiniões alheias - para que só então, a partir da reflexão, chegasse a uma conclusão/resposta (maiêutica - arte de partenejar).
 Esse era o trabalho de Sócrates - sendo sua mãe, parteira, e na Grécia, a parteira, era uma mulher que não podia procriar, por ser estéril, por isso dava a luz aos corpos de outras maneiras - ele também se considerava um parteiro, mas não um parteiro de corpos, mas um parteiro de almas, que dava luz as ideias - não tinha saber algum, apenas perguntava, mostrando contradições e levando as pessoas a produzir um juízo verdadeiro acerca do mundo e das coisas que compõe, segundo a reflexão.

Outros materiais