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Cultura popular e cultura erudita O termo “popular” faz oposição ao termo “erudito”. Na cultura popular, as tradições são realizadas pelo povo, que participa de forma orgânica e ativa, sendo, portanto, formadas de maneira espontânea. Já a cultura erudita, considerada “superior”, é eleita como a mais “culta”. Ou seja, ela é produzida e apreciada por indivíduos que possuem maior poder aquisitivo (elite) e por isso, é mais restrita. A cultura erudita, diferentemente da cultura popular (que se forma pela convivência das pessoas), é elitizada e demanda estudos. Ela é associada aos museus, bibliotecas, teatros, centros culturais, apresentações de música erudita e de música clássica, como, por exemplo, as óperas. Devemos lembrar que nenhuma cultura é superior à outra. Cada uma carrega suas heranças culturais e sociais, que se desenvolvem segundo diversos fatores que envolvem a diversidade cultural. Cultura popular e cultura de massa A cultura de massa, também chamada de “cultura pop” corresponde àquela realizada pela indústria cultural e veiculada nos meios de comunicação de massa. Ambas estão associadas à sociedade contemporânea industrializada, ou seja, à produção industrial capitalista. Nesse sentido, a arte e a cultura são produzidas de modo “artificial” para atrair as massas, e com o intuito principal de gerar lucro. Assim, na cultura de massa os produtos culturais e artísticos são mercantilizados, diferentemente do que acontece na cultura popular, que surge da interação do povo e não é imposta pela indústria cultural. Pop Art Pop Art é um movimento artístico que se caracteriza pela reprodução de temas relacionados ao consumo, publicidade e estilo de vida americano (american way of life). O termo em inglês significa "arte popular" e surgiu durante a década de 1950, na Inglaterra. A expressão foi criada pelo crítico Lawrence Alloway durante encontros de um grupo de artistas, o "Grupo Independente". Depois, espalhou-se durante os anos de 1960, atingindo seu auge em Nova York. A pop art não deve ser considerada um fenômeno de cultura popular (apesar de estar muito interligada a ela), mas uma interpretação de seus artistas da cultura dita popular e de massas. Este fenômeno baseou-se, em grande medida, na estética da cultura de massas, a mesma criticada pela Escola de Frankfurt. O movimento influenciou muito o grafismo e os desenhos relacionados à moda. Características da pop art · Aproximação da arte com a vida cotidiana; · Utilização de cores intensas e vibrantes; · Reproduções de peças publicitárias; · Inspiração na cultura de massa; · Uso da serigrafia; · Imitação da estética industrial; · Reproduções em série do mesmo tema; · Uso da imagem de celebridades; · Inspiração no universo das histórias em quadrinhos. In the Car, de Roy Lichtenstein, é um óleo sobre tela de 1963. Junto com Andy Warhol, esse artista é destaque na pop art Os artistas dessa corrente trabalhavam com cores vivas, inusitadas e usadas na publicidade. Eles escolhiam as imagens e os símbolos populares como material de criação. Esses símbolos eram ironizados para fazer uma crítica ao excesso de consumo da sociedade capitalista. Isso porque o capitalismo é muito incentivado pela publicidade, cinema e etc. Entretanto, de certa forma, a pop arte se alimentava e se confundia com essa indústria cultural. Apesar de se diferenciarem, os artistas, de modo geral, mantinham as temáticas, os desenhos simplificados e as cores saturadas. A Pop Art buscava evidenciar a crise da arte do século XX através de um retorno à arte figurativa. Fazia um bom contraponto ao expressionismo abstrato e à complexidade da arte moderna. Ela recusa a separação entre arte e vida. Por isso a arte pop é capaz de se ligar ao seu público a partir de signos e símbolos tirados da cultura de massa e da vida cotidiana. Isso ocorreu quando os artistas utilizaram na arte a linguagem do design comercial. Com isso, diminuíram as diferenças que separavam arte erudita da arte popular.
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