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Medicina veterinária Beatriz Laranjeira de Souza Camila de Souza Sotto Flávio Lustosa Caribé Morais Gabriela da Silva Duarte Giulia Norbim Lobato Isabella Barbosa Duarte Lívia Pomar Ramirez Nicole Moraes Barrio Rafaela Almeida de Sá Tauro Vinicius Andrade ZOOTECNIA DE RUMINANTES: BEM-ESTAR ANIMAL E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE CAPRINOS SANTOS – SP 2021 Beatriz Laranjeira de Souza Camila de Souza Sotto Flávio Lustosa Caribé Morais Gabriela da Silva Duarte Giulia Norbim Lobato Isabella Barbosa Duarte Lívia Pomar Ramirez Nicole Moraes Barrio Rafaela Almeida de Sá Tauro Vinicius Andrade ZOOTECNIA DE RUMINANTES: BEM-ESTAR ANIMAL E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL NA PRODUÇÃO DE CAPRINOS Trabalho de Conclusão de Unidade Curricular apresentado ao Curso de graduação em Medicina Veterinária sob orientação da professora Valéria Aparecida SANTOS – SP 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 1. CRIAÇÃO DE CAPRINOS ................................................................................... 4 2. BOAS PRÁTICAS DE MANEJO SANITÁRIO ..................................................... 6 3. DE BEM-ESTAR ANIMAL NA CAPRINOCULTURA ........................................... 8 4. MANEJO AMBIENTAL ...................................................................................... 10 5. MANEJO NUTRICIONAL E A INFLUÊNCIA NO AUMENTO SIGNIFICATIVO DA PRODUÇÃO ............................................................................................................. 13 6. SUSTENTABILIDADE NA CRIAÇÃO DE CAPRINOS ...................................... 18 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 21 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo trazer à tona uma temática de importância que é o bem-estar animal e a sustentabilidade na criação de pequenos ruminantes, mais especificamente, na criação de caprinos, que tem ganhado cada vez mais espaço em território brasileiro, com bastante variação de raças e sistemas de criação distintos para finalidades distintas. Dito isto, foi feita uma análise pelo grupo, com base em fontes da literatura, e artigos específicos que abrangem sobre a criação de caprinos e os cuidados que o produtor deve ter com essa produção, como devem ser feitos os manejos sanitários, as práticas de enriquecimento ambiental para evitar estresse ou entediar o animal. Além disso, também é citado o manejo nutricional destes animais, práticas de sustentabilidade, manejo ambiental e como isso impacta diretamente na produção de insumo dos mesmos. Por fim, o intuito do trabalho é sempre ressaltar que a saúde e o bem-estar animal associados a práticas sustentáveis na criação, devem ser sempre a prioridade, e visto como investimento pelo produtor, pois esse conjunto de boas práticas sempre farão com que estes animais rendam mais em suas respectivas finalidades, assim como serão mais saudáveis e pouco propensos a desenvolverem doenças, o que geraria mais gasto para o produtor. 4 1. CRIAÇÃO DE CAPRINOS Para iniciar uma criação de caprinos deve-se escolher a raça e qual sistema de criação será destinado; temos, por exemplo, as raças especializadas em produção de carne, produção de leite e produção de lã. Existem 3 tipos de regimes que podem ser adotados por criadores: • Sistema extensivo, onde se divide a área de pastagens em piquetes e se faz a rotação dos animais por um tempo pré-definido nesses piquetes; • Sistema semi-intensivo, onde os caprinos são soltos pela manhã e presos novamente no fim da tarde para passarem a noite fechados; • Sistema intensivo, onde os caprinos ficam confinados, ou seja, permanecem em apriscos com área restrita, em que a água e os alimentos necessários são fornecidos em cochos. Dentre estes, o sistema intensivo é o mais aconselhável para os cabritos em engorda para abate e cabritas para recria. Em uma pesquisa, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi estimado que a caprinocultura brasileira possui um rebanho de 11,3 milhões de cabeças, sendo 10,7 milhões de cabeças (o equivalente a 94,5% do rebanho nacional) da região Nordeste onde se utiliza principalmente o sistema de produção extensivo. As instalações dos animais, independente de qual sistema de produção foi adotado, precisam abrigá-los adequadamente, ser confortáveis, seguros, funcionais, de fácil limpeza, resistentes, duradouras, arejadas, espaçosas, ter comedouros protegidos etc. 5 Pode-se encontrar instalações como: bodil, local onde é mantido os bodes quando não estão em monta; solário, que é uma área anexa ao capril ou bodil e que tem a função de permitir que os animais tomem sol. Existe também o curral de manejo, onde é feito a contenção dos animais para aplicação de medicamento como vermífugos, vacinas, para pesagem e outras atividades e o confinamento local, onde os cabritos são confinados após a desmama e permanecem até a reposição ou comercialização do mesmo. 6 2. BOAS PRÁTICAS DE MANEJO SANITÁRIO A gestão sanitária na produção de caprinos deve priorizar sempre a saúde, a prevenção de doenças, e garantir a segurança e a qualidade dos insumos produzidos. Existem diversas práticas de manejo sanitário que preconizam a relação com o ambiente e os manejos reprodutivos e zootécnicos. Dito isto, a manutenção da saúde animal depende de alguns fatores importantes e considerando o tipo de produção, deve-se pensar em técnicas de manejo específicas, como a temperatura do ambiente em que os animais ficarão, a ventilação local e quantidade máxima de indivíduos nas pastagens e instalações. No geral as técnicas se baseiam em higiene, profilaxias e requer investimento do produtor em planejamentos como, por exemplo, o Planejamento de Saúde Animal (PSA) e o Calendário Zoossanitário, feitos por um profissional da área para que seja possível prevenir o rebanho contra futuras ocorrências indesejadas ou a propensão de enfermidades, tudo de acordo com fatores como ambiente em que os animais vivem, bem como o Calendário Zoossanitário tem como função ter o controle das vermifugações e vacinações em dia, através de fichas de controle individual e coletivas com informações sobre o nascimento, mortalidade, sintomas de doenças, casqueamento e etc. Com relação a higiene do ambiente, se faz necessária a lavagem diária de comedouros e troca dos alimentos para que não acumule bactérias e fungos. Os bebedouros podem ser vaso-comunicantes para prevenir contaminação de restos de alimentos ou até fezes e, de preferência, ambos ficarem do lado de fora do aprisco. As instalações devem ser desinfetadas mensalmente com, por exemplo, desinfetantes, vassoura-de-fogo (espécie de maçarico usado para esterilizar), cal virgem nas paredes e pisos. Existem as medidas mais específicas para os problemas também. Na quarentena, o animal ou um grupo é deixado num lugar isolado por um período para observar se há sinais de doenças, essa técnica pode ser usada para animais recém- chegados. E isolamento se houver algum animal doente no rebanho, ele é separado e isolado para que não contamine os demais animais. 7 O descarte é usado também como uma forma de erradicação de doenças contagiosas e, principalmente, zoonoses. Os indivíduos contaminados com, por exemplo, brucelose, raiva, tuberculose, vão para o abate e, dependendo da doença, são sacrificados e suas carcaças não podem ser aproveitadas. Vacinas são de extrema importância visando não só evitar perdaseconômicas para o produtor, levando em consideração a perda na produção e descarte de rebanhos inteiros, mas também para erradicar certas doenças nas regiões. Vacinas como anti-rábica, contra clostridioses, pasteurelose, e outras doenças como linfadenite caseosa, ectima contagioso etc. Para o controle de helmintos temos a aplicação de vermífugos nos animais, de preferência deixá-los presos após a vermifugação por pelo menos 12 horas, rotação de pastagens e evitar superlotação das mesmas, separar animais jovens dos adultos, desinfecção das instalações uma vez por mês, fazer a manutenção das fezes acumuladas em locais distantes, entre outras técnicas. Controle de ectoparasitas como ácaros e piolhos demandam a separação dos animais acometidos, banhos de carrapaticidas, pulverizadores costais ou caixas de mianto, e, por último o casqueamento, que além de ser necessário eventualmente, serve também para evitar doenças neles. Deve ser feito duas vezes por ano (feito geralmente no início e final do verão) e em animais confinados deve ser feito sempre que necessário. 8 3. DE BEM-ESTAR ANIMAL NA CAPRINOCULTURA No contexto atual, consumidores e produtores vem demonstrando cada vez mais interesse e preocupação com a relação homem, animal e meio ambiente. Seja pela qualidade dos alimentos consumidos, impactos ambientais causados ou questões éticas e econômicas. Segundo as diretrizes da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), foi necessário criar uma definição de bem-estar animal estabelecendo cinco liberdades essenciais, principalmente no que diz respeito aos animais de corte e leite, onde é ainda mais notável a relação bem-estar com a produção desses insumos, sendo diretamente proporcional. Em uma produção de pequenos ruminantes, como caprinos por exemplo, o estresse é associado a engorda desses animais, sendo assim, os que não sofrem estresse ganham peso com mais facilidade e fêmeas podem chegar a aumentar sua produção de leite. 3.1 As 5 Liberdades: • A liberdade fisiológica: Os animais devem ter acesso a alimentos adequados que supram suas necessidades nutricionais de acordo com idade ou fase produtiva, a alimentação não deve conter proteínas originários de mamíferos e aves, com exceção de leite e derivados. As cabras não devem ter escore corporal abaixo de 2 e devem ter livre acesso a água limpa e fresca; • A liberdade ambiental: O local onde as cabras são criadas, seja pelo método intensivo ou semiextensivo, devem ser adaptados as necessidades dos animais. Livres de estresse térmico, piso adequado e ausência de objetos que podem provocar lesões. Os animais devem ter espaço suficiente para andar livremente e descansar; • A liberdade sanitária: 9 Os responsáveis pela administração da criação devem garantir que o local onde as cabras estejam confinadas seja bem higienizado, animais doentes devem ser separados dos sadios e receber atendimento veterinário; • A liberdade comportamental: Os animais devem ter a liberdade de expressar comportamentos característicos de sua espécie sem restrições; • A liberdade psicológica: O proprietário deve garantir que os animais não sintam medo, ansiedade e estresse intenso e prolongado. Ainda segundo a OIE relata, basta apenas desrespeitar um desses princípios para que exista uma chance de causar estresse nesses animais e por isso, também se faz necessário conhecer o comportamento e as características dos mesmos, para evitar ou amenizar sinais de estresse. 10 4. MANEJO AMBIENTAL Um bom manejo ambiental é essencial para as práticas de bem-estar na caprinocultura, tanto na criação semiextensiva quanto na intensiva, pois garantem um aumento na produção na parte do leite, aumento da fertilidade no rebanho (fator fundamental para a produção de leite) e para o escore corporal do animal que, se sentindo bem, vai ter uma boa alimentação, alcançando um peso para o abate ainda cedo. Um bom manejo ambiental consiste em dar conforto, higiene e acesso a alimentação para os caprinos. As instalações devem estar de acordo para isso, na criação semiextensiva é importante oferecer sombreamento ao animal no período em que estão no pasto, seja em dias de sol forte, tanto quanto em dias chuvosos para os animais se protegerem, isso pode ser feito através de um galpão bem aberto que tenha acesso a bebedouros e também a cochos com alimentação (vale ressaltar que tanto os cochos quanto os bebedouros devem ser higienizados com alguma frequência, para evitar a proliferação de bactérias e fungos nesses lugares), o alimento dado aos caprinos não devem conter proteínas derivadas de mamíferos ou aves, exceto leite e derivados. O pasto além de ter que ser de boa qualidade, precisa ser limpo e dedetizado a fim de evitar possíveis infestações parasitárias, por isso a importância do pastejo rotacionado (no qual consiste basicamente em dividir um pasto em diversos outros menores, podendo variar de acordo com o criador), lembrando da importância de cada um desses pastos terem acesso ao sombreamento para não gerar estresse térmico ao animal podendo diminuir sua produção. As alterações nas condições corporais devem ser monitoradas e preservadas conforme o estágio da produção, as cabras não podem ter um escore corporal inferior a 2, pois o animal abaixo disto sofrerá com a desnutrição, sendo muito propício a doenças e a baixa produção. É importante ter um galpão ou um lugar protegido contra o ambiente e que seja limpo para o armazenamento dos alimentos como a forragem e a silagem, para assim serem protegidas contra parasitas, bactérias, fungos, de outros animais (como os roedores) e serem de boa qualidade. 11 Existem algumas normas de bem-estar animal que devem ser observados, como área total do piso, área construída disponível, número de animais em relação à idade, peso e espaço de descanso disponível. Deve-se observar se existem objetos que possam causar ferimentos ou contusões às cabras, como pregos ou parafusos e o arame farpado, por exemplo. As superfícies internas dos currais e alojamentos precisam ser construídas de materiais que possam ser limpos e desinfetados facilmente. Outro fator importante é o tamanho do curral ou qualquer outra área em que os animais ficam por lazer, essas áreas precisam ser "espaçosas" para que os animais tenham liberdade de movimento e permitam que se exercitem. Durante a ordenha as fêmeas não devem permanecer por mais de 2 horas nos currais de espera antes ou depois da ordenha. No final da ordenha, elas devem ser estimuladas a permanecer em pé por aproximadamente uma hora para permitir que o esfíncter dos canais dos úberes se retraia. É importante que o lugar da ordenha seja totalmente higienizado, climatizado, e de preferência silencioso, sem correria e gritaria para não assustar as cabras e prejudicar a produção de leite, isso também vale para o abatedouro, o lugar deve ser silencioso e muito bem higienizado a fim de deixar os animais tranquilos até a hora do abate que deve ser feito de forma rápida e indolor. Toda a fazenda deve ter condições de realizar a eutanásia de animais acidentados ou doentes, o lugar que for realizado tal ação deve ser higienizado posteriormente caso o animal tenha uma doença contagiosa de alto risco ao restante do rebanho. É importante perceber o quanto é necessário conhecer o animal de sua criação. Buscar toda informação possível. Conhecimento abre portas e aumenta as chances de sucesso. O processo de transporte é outro fator importante para garantir que o animal não se estresse, por isso deve ser algo bem planejado (ter em mente que as cabras são animais extremamente ágeis que tem a capacidade de escalar e pular cercas, sendo isso pode acabar se ferindo e causando prejuízos financeiros). Se o animal precisar sair da fazenda transportadopor um veículo é importante que o lugar onde o animal ficará tenha espaço para ficar em pé, virar o corpo e se deitar. 12 Não amarrar os membros das cabras pois isso irá gerar muito estresse e desconforto ao animal. Em geral, desenvolver técnicas, atividades e melhorias nos manejos, acaba promovendo o desenvolvimento sustentável que engloba o crescimento econômico, social, cultural, ambiental, educativo dos mais diversos produtores rurais inseridos nesta criação. Ao ter acesso, e colocar em prática as maneiras corretas de bem-estar animal citadas, o retorno positivo acontecerá, tanto na qualidade, saúde e produtividade do rebanho. Alimentando o rebanho também é preciso cuidar das plantas nativas que são utilizadas nas silagens e fenação. Notamos então um ciclo de cuidados agroecológicos sustentáveis. 13 5. MANEJO NUTRICIONAL E A INFLUÊNCIA NO AUMENTO SIGNIFICATIVO DA PRODUÇÃO Ter um manejo nutricional de qualidade é essencial para a produção. É fundamental que a alimentação seja equilibrada pois a falta de ou excesso de alimentos fazem com que os animais fiquem desnutridos ou obesos podendo afetar assim o desempenho reprodutivo desse animal. Além disso, deficiências de vitaminas e minerais comprometem significativamente a fertilidade. Deve-se, então, evitar a falta ou excesso de alimentos no cocho, evitando assim a perda econômica. Proteínas consumidas em excesso, por exemplo, resultará em uma excreção abundante de nitrogênio por meio da urina gerando um gasto energético para o animal e uma agressão ao meio ambiente. Alguns fatores que influenciam no consumo de alimentos são: a forma com a qual a ração é fornecida, a frequência com que o alimento é oferecido, os tipos de comedouros e bebedouros, a disposição deles no ambiente e o espaçamento disponível por animal. As doenças de origem nutricional são provocadas pelo que foi ingerido pelos animais, se ingeridos de forma incorreta até mesmo alimentos de boa qualidade podem causar esses problemas. Existem dois tipos de problemas nutricionais: • Intoxicações: causadas pelo consumo excessivo de nutrientes. • Deficiências: causadas por falta de nutrientes. Para fornecer alimentos para animais de produção deve-se levar em conta alguns princípios como: ausência de substâncias nocivas ou tóxicas para os animais e humanos, não contaminação do ambiente a formulação de uma dieta de custo mínimo. Para fornecer uma dieta adequada aos animais, deve-se levar em conta suas necessidades nutricionais para que seja capaz de expressar seu potencial genético, ou seja, animais que possuam um potencial genético mais desenvolvido precisará de 14 uma dieta mais elaborada. Sendo assim, uma dieta econômica permite a maior produção com o menor custo possível. A ação da nutrição sobre a saúde não está limitada a deficiências nutricionais, mas também ao surgimento do conceito da imunonutrição onde, por meio da nutrição adequada, é estimulado o desenvolvimento do sistema imunológico no animal. Os caprinos são ruminantes e herbívoros e para nutrir esses animais é necessário fornecer todos os nutrientes que eles precisam, em proporções e quantidades adequadas para que se cumpram suas exigências nutricionais. Deve ser fornecida alimentação com os nutrientes adequados para que os caprinos consigam expressar sua capacidade reprodutiva e produtiva, um dos fatores que podem estimular a ingestão de nutrientes é ser oferecido uma diversidade de alimentos. 5.1 Nutrientes • Água: constitui cerca de 87% do leite e 70% do leite desses animais. Além disso, está intimamente relacionada com a ingestão de matéria seca e com a termorregulação, sendo assim em situações de calor ou estresse deve ser oferecido água. • Carboidratos: são as principais fontes de energia para as atividades que o animal realiza. o Carboidratos fibrosos são a principal fonte de energia para os herbívoros, sendo eles: celulose e hemicelulose, eles são encontrados principalmente em alimentos volumosos que deve constituir a base da alimentação de caprinos. o Carboidratos não fibrosos estão presentes no conteúdo celular dos vegetais como os açúcares e o amido, são encontrados principalmente em concentrados energéticos. • Lipídeos: estão presentes no leite, corpo do animal, plantas forrageiras e em sementes oleaginosas como, por exemplo, algodão, soja e girassol. A suplementação com grãos de oleaginosas ou óleos aumenta a densidade energética 15 da dieta e melhora desempenho de lactação, da produção e facilita a restituição da condição corporal. • Proteínas: são necessárias para a síntese do leite, reparação de células, são fontes de aminoácidos, são constituintes de todas as células corporais. As principais fontes para os animais são: gramíneas novas, concentrados proteicos e as leguminosas. o O termo ‘proteína bruta’ se refere ao total de compostos nitrogenados que estão no alimento, podendo ser proteínas verdadeiras ou compostos nitrogenados não proteicos. Os microrganismos ruminais possuem a habilidade de utilizar os compostos nitrogenados não proteicos para a síntese de proteína microbiana. 5.2 Minerais São relacionados com muitas funções metabólicas e estruturais no corpo do animal. Existem pelo menos quinze que são essenciais na nutrição dos caprinos: cálcio (Ca), fósforo (P), potássio (K), sódio (Na), cloro (Cl), magnésio (Mg) e enxofre (S) e microelementos: cobalto (Co), cobre (Cu), iodo (I), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e zinco (Zn). Deve ser fornecido o sal comum (NaCl) aos caprinos, pois os alimentos volumosos e concentrados já possuem os outros elementos em sua composição. No caso do solo da região ter deficiência de algum mineral deve-se ser oferecido o sal comum mais o mineral deficiente daquela região, ou, se o produtor não souber, pode ser utilizada uma mistura mineral formula especialmente para caprinos. É importante também lembrar que várias fontes de minerais, apesar de permitidas para a produção, são originadas de recursos não renováveis, por isso deve-se procurar alternativas sustentáveis para a utilização desses recursos. 16 5.3 Alimentos • Volumosos: possuem mais de 18% de fibra bruta na matéria seca, devem constituir a maior parte da dieta, para a caprinocultura o produtor deve se atentar as possibilidades de produção e conservação de alimentos volumosos. Práticas como o uso de fogo, preparo inadequado do solo e abertura de pastos em áreas florestais têm levado a degradação ambiental e baixos índices de produtividade. Entre os cuidados que podem ser tomados estão a preservação de fluxos de água, nascentes e encostas. o Principais alimentos volumosos: Pastagem, capim picado, cana de açúcar (pode ser utilizada para animais menos exigentes como cabras “secas” e animais adultos em gera), silagem de milho, silagem de capim, feno, feijão guandu, amoreira, palma forrageira. • Concentrados: possuem menos de 18% de fibra e possuem um alto índice de energia e/ou proteínas. o Principais alimentos concentrados: milho e farelo de soja. • Subprodutos: são gerados pelas agroindústrias e quando descartados de forma inadequada podem causar impactos ambientais, porém existe a alternativa de usar esses subprodutos como alimentos podendo, assim, diminuir os custos de produção. o Principais subprodutos: Polpa cítrica, caroço de algodão (não fornecer caroço de algodão para machos reprodutores, pois possui elevado teor de gossipol, o que pode causar infertilidade e não utilizar por períodos muitos longos para evitar problemas hepáticos), Resíduo de cervejaria (utilização por mais de cinco dias deve ser evitada por perigo de intoxicação). 5.4 Manejo alimentar Os volumosos devemser cortados no dia em que serão oferecidos para minimizar a fermentação sendo cortados em pelo menos 5cm para que o animal possa selecionar qual ele quer e favorecer a ruminação. A pesagem dos alimentos deve ser feita em cada refeição e o controle leiteiro precisa ser feito semanalmente para a monitoração do manejo nutricional. 17 Devem sobrar entre 10 a 20% do alimento oferecido o que significa que os animais estão selecionando seu alimento e comendo a vontade. Isso não é um desperdício pois as sobras enriquecem a adubação orgânica junto com as fezes e urinas. Mudanças nesses aspectos podem indicar algum problema nutricional ou sanitário. As cabras que não se encontram em fase reprodutiva, também chamadas de cabras vazias, possuem exigências nutricionais baixas enquanto as cabras no final da gestação necessitam de condições para armazenar gordura para uma boa produção leiteira e bom desenvolvimento das glândulas mamárias. 18 6. SUSTENTABILIDADE NA CRIAÇÃO DE CAPRINOS A sustentabilidade vem sendo cada vez mais procurada com o intuito de preservar o ambiente e desenvolver meios de garantir um futuro próspero que satisfaça as necessidades tanto atuais como futuras da humanidade. Em se falando da caprinocultura sustentável incluímos fatores ambientais, econômicos e sociais. Já não é mais necessário o desmatamento de áreas para a produção animal no Brasil, pois já existe área o suficiente para uma produção eficiente, sem agredir o ambiente. No Brasil, um dos ambientes que mais se procura um desenvolvimento sustentável são as áreas semiáridas por conta da falta de água e escassez de alimentos, então foram desenvolvidos meios de economia e reutilização de água para os animais, seja para limpeza das instalações ou até para o plantio de alimento para os mesmos. É utilizado a cisterna calçadão, que seria uma cisterna grande para o armazenamento de água da chuva, a barragem trincheira, que a água pluvial por meio de caminhos cai na trincheira, que por conta da sua profundidade e estreitamento, dificilmente é evaporada. Há também as barragens subterrâneas que são barragens feitas no subsolo até uma camada impermeável do solo em uma área desejada para o plantio para fazer um reservatório e não deixar que a água da chuva escoe ficando acumulada na área e nunca falte água, sendo interessante que sejam colocados poços para dar acesso à essa água. Há técnicas que visam o melhoramento animal a fim de que sejam mais produtivos e que aguentam cada vez mais as adversidades locais, então são feitas seleções genéticas entre os caprinos. Como por exemplo os caprinos da raça Boer e Savana que mais se adaptaram na região semiárida. Juntamente com a aplicação de melhores técnicas de manejo como o controle absoluto do desenvolvimento do animal e da alimentação fornecida a partir de ingredientes puramente regionais, aproveitando a área local para o fornecimento de alimentos para a própria produção, e, também, calendários profiláticos e cuidados especiais nas instalações do aprisco. Tudo isso resulta em um manejo mais hábil e reflete na sustentabilidade da produção. Em se falando da reutilização de materiais, podemos utilizar garrafas pet para a produção de mamadeiras para aleitamento artificial, apoiando-as em um suporte de madeira reciclada viradas para baixo para que os cabritos fiquem em posição correta. 19 Podemos também utilizar latas, plásticos e correntes para serem usados como brinquedos, levando em consideração que os caprinos sadios são agitados e é interessante práticas que diminuem o estresse Para o esterco, além de poder ser utilizado como adubo para o plantio na própria fazenda, pode ser usado num processo de energia sustentável por meio de um biodigestor. As fezes, urina ou até restos do plantio, passam por um sistema de canaletas e caem em um tanque revestido por uma manta impermeável, a qual é totalmente vedada, criando um ambiente anaeróbio. Os gases que são produzidos pelas fezes ficam presas e são convertidas em energia. E por coincidência, as fezes dos caprinos são extremamente potentes para esse tipo de uso. 20 CONCLUSÃO Os aspectos acerca da sustentabilidade e do bem-Estar animal são diversos e prioritários, no que diz respeito a investimento por parte do produtor, todo investimento deve ser visto como uma forma de anteceder possíveis falhas, minimizando assim possíveis gastos não previstos no orçamento, e isso nem sempre significa que necessita ser um recuso caro. Há várias possibilidades, ideias acessíveis e sustentáveis que possibilitam a criação de um rebanho que possui qualidade de vida. Todo o resultado de gestão sanitária, manejo nutricional de qualidade, bem-estar animal, e os outros pontos citados, são vistos como eficiência na criação de animais. tudo se baseia na questão do bom planejamento, nos manejos adequados, conhecer os animais do rebanho, sendo possível avaliar suas características individuais, dentre outros detalhes que fazem toda a diferente. Automaticamente isso será refletido no aumento da produção e qualidade dos insumos que este rebanho for capaz de produzir 21 REFERÊNCIAS ARAÚJO, Lúcio Francelino; ZANETTI, Marcus Antonio. Nutrição Animal. Barueri – São Paulo: Manole, 2019. CAMPO, Marcia del; BEM-ESTAR ANIMAL: SISTEMAS DE PRODUÇÃO, PRÁTICAS DE MANEJO E QUALIDADE DA CARNE. Bem-estar animal, Jaboticabal – São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.grupoetco.org.br/arquivos_br/pdf/Bem- estar-animal-como-valoragregado.pdf#page=96, acesso em: 16 de maio de 2021. CASTRO, Fabiana Santos; VASCONCELOS, Priscila Rolim e. ZOOTECNIA E PRODUÇÃO DE RUMINANTES E NÃO RUMINATES. Porto Alegre: SAGAH, 2019. Conheça as cinco liberdades dos animais. Certified Humane Brasil: Bem-estar Animal, Urussanga – SC, fev/2020. Disponível em: https://certifiedhumanebrasil.org/conheca-as-cinco-liberdades-dos-animais/, acesso em: 19 de abril de 2021. Conheça os principais pontos das normas de bem-estar animal para cabras e ovelhas. 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