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Atos Administrativos

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1 – Diferencie atos administrativos de atos privados. 
Segundo o conceito Maria Silva Di Pietro, o ato administrativo é toda declaração do Estado, ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público. 
Isso quer dizer que o ato administrativo só pode ser editado pela Administração Pública Direta ou Indireta, Poder Legislativo e Poder Judiciário, ou por quem representa o Estado, que são as concessionárias de serviço público e pessoas que agem por delegação do Poder Público (tem outros também, como por exemplo os titulares de cartório). 
Os atos administrativos também devem produzir efeitos jurídicos imediatos como: adquirir, conceder, transferir, modificar ou extinguir direitos. Pois existem atos da administração que não produzem efeito, como os atos materiais e os enunciativos (atos de simples execução e emissão de certidões, etc). 
O ato administrativo deve obedecer a lei, de acordo com o princípio da legalidade, sob pena de poder ser invalidado pelo Poder Judiciário, pois é o Poder Judiciário que é responsável pelo controle de legalidade dos atos administrativos. 
Dessa forma, existem os atos de direito público, e os atos de direito privado. Os atos de direito público são os atos administrativos regidos pelos conceitos que eu citei de Maria Silva Di Pietro, ou seja, os atos administrativos só podem ser praticados pela Administração e não pelos particulares, pois gozam de prerrogativas concedidas pela lei, possuindo uma posição de superioridade em relação aos particulares, essas prerrogativas são o uso dos Poderes da Administração que já estudamos. Exemplo de ato administrativo de direito público: imposição de multa e apreensão de bem. 
Já os atos privados são aqueles praticados pela Administração e pelos particulares, nesse caso não possui uma posição de superioridade, o Poder Público está igualado aos particulares, diferentemente no que ocorre nos atos de direito público. Exemplo de ato de direito privado: assinatura de um contrato de locação, compra de um automóvel. 
Sendo assim, somente são considerados atos administrativos aqueles derivados do direito público, quando a Administração se coloca em uma posição de superioridade e autoridade em relação aos particulares, através dos poderes da administração. 
2 – Fale sobre os elementos ou requisitos do ato administrativo. 
Os elementos ou requisitos do ato administrativo são 5: sujeito ou competência, objeto ou conteúdo, forma, motivo e finalidade. Todo ato administrativo deve ter esses 5 elementos, e para que cada um deles seja válido, é necessário que esteja de acordo com a legalidade, sendo assim, se um ato possui um vicio na competência, todo o ato será considerado viciado. 
A competência se refere ao sujeito e a competência que o sujeito deve ter para a prática de um ato administrativo. Por isso, o sujeito tem que ter capacidade e competência para realizar um ato administrativo. A competência é toda atribuição dada pela lei as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos, e pode ser adquiria (competência originária, estabelecida por lei) ou repassada por delegação (transferência de uma competência para terceiro). 
O objeto ou conteúdo se refere ao que o ato afirma imediatamente, ou seja, se refere ao que o ato diz, enuncia ou prescreve. Ex: o objeto de uma portaria de nomeação, é justamente a nomeação de alguém para determinado cargo. E para que um objeto do ato administrativo seja válido, ele precisa ser lícito, possível, determinado e moral. 
A forma se refere a exterioridade dos atos administrativos e as formalidades que eles devem percorrer para ser válido. A regra da exteriorização é que o ato seja escrito (decretos, portarias, etc), mas excepcionalmente os atos podem assumir outras formas, como a forma verbal (ordens dadas por um chefe ao seu subordinado), gestual (gestos feitos por um guarda de trânsito em um cruzamento) ou de sinais (placas de trânsito).
O motivo se refere a aquilo que motivou ou aquilo que justificou a criação do ato, ou seja, é o conjunto de fato e de direito que levou a existência do ato administrativo. Os fatos constituem o conjunto de acontecimentos que levou a criação do ato, é basicamente a “história” do ocorrido. E os direitos que são atribuídos ao ato criado é a embasamento legal na qual o ato se baseia. Atualmente é necessário que todo ato seja discricionário, ou seja, vinculados, para que seja verificado se houve ou não um desvio de finalidade, sendo ele controlado pela Administração ou pelo Poder Judiciário. 
A finalidade se refere ao resultado que a Administração pretendo alcançar com a prática daquele específico ato administrativo, sendo que todo ato deve ter como finalidade o atendimento da coletividade ou do interesse social e da Administração, devendo também obedecer ao que está previsto em lei. 
3 – Fale sobre a Teoria dos Motivos Determinantes do Ato Administrativo.
Se refere justamente ao motivo citado nos elementos do ato administrativo. A Teoria dos Motivos Determinantes visa controlar os motivos pelos quais o ato administrativo é criado, a fim de evitar um motivo ilícito ou imoral, pois o principal motivo para a criação de um ato deve ser o atendimento ao interesse público, por isso, a validade do ato, depende do motivo na qual ele foi criado. 
Um exemplo que denota um motivo ilícito e moral é o chamado “exoneração ad nutum”, quando a Administração pratica um ato (exoneração de um funcionário) alegando que a prática foi por falta de verba e depois contrata um novo funcionário para a mesma vaga. 
Nesse caso, o ato será nulo, pois a motivação foi diversa do interesse social e público. E a Teoria dos Motivos Determinantes, serve para mostrar que os atos da administração pública estão sujeitos ao controle da própria administração e do Judiciário. Lembrando também que essa Teoria pode ser usada nos atos discricionários e vinculados. 
4 – Fale sobre os atributos ou características dos atos administrativos. 
Se trata do mnemônico PATI, que significa Presunção de Legitimidade e Veracidade, Autoexecutoriedade, Tipicidade e Imperatividade e Exigibilidade. Os atributos são qualidades aplicadas para diferenciar os atos administrativos dos atos jurídicos praticados pela Administração e pelos particulares. 
Na presunção de Legitimidade ou também chamado presunção de legalidade, é defendido o fato de que os atos feitos pela Administração possuem veracidade, até que se prove o contrário, ou seja, acreditam que os atos estão de acordo com a lei. E a presunção de Veracidade defende que se considera como verdadeiro os motivos alegados pela Administração para a prática do ato. Essas presunções são importantes para que o ato tenha eficácia. 
Na autoexecutoriedade é o atributo que a Administração possui de praticar os atos de forma direta e material sem precisar da anuência do Poder Judiciário. E dá a possibilidade de a Administração Pública utilizar do uso da fora para obrigar os particulares a agir de acordo com as determinações do ato. 
A tipicidade se refere aos tipos existentes de atos, ou seja, tem diversos tipos de ato, e a lei prevê eles. Por isso no momento da prática e execução de um ato, ele tem que estar de acordo com o que a lei prevê sobre o determinado tipo dele, ou seja, a lei prevê os tipos de atos e aborda as consequências de cada tipo de ato. O objetivo é garantir que a Administração não pratique um ato inverso do que está previsto em lei. 
Na imperatividade se refere ao fato de que os sujeitos devem obedecer ao ato administrativo, independente de concordar com ele ou não, se trata da força imperativa que o ato possui sobre os sujeitos. A exigibilidade é a permissão para que ocorra essa imperatividade, podendo trazer o viés da penalidade caso a imperatividade não seja obedecida pelo terceiro. 
Nem todos esses atributos estão presentes em todo ato administrativo. A presunção de legitimidade e veracidade e a tipicidade estão presente em todos os atos administrativos. Porém, a autoexecutoriedade, a imperatividade e exigibilidadenão estão presentes em todos os atos administrativos. Por exemplo no ato de emissão de uma licença para construção não está presente a imperatividade e a exigibilidade. E a autoexecutoriedade só está presente em duas hipóteses, que é aquela expressa em lei ou aquela que se trata de medida urgente, cuja omissão pode trazer prejuízo ao interesse público. 
5 – Fale sobre as espécies de atos administrativos. 
As espécies dos atos administrativos se referem a exteriorização do ato, através do atributo da tipicidade. 
O mnemônico NONEP, cita que as espécies dos atos administrativos são: normativos, ordinários, negociais, enunciativos e punitivos. 
Os normativos possuem características gerais e abstratas, servindo para normatizar situações futuras. Tem como exemplo os decretos, regulamentos, instruções normativas, regimento, resoluções e deliberações. 
Os ordinários são aqueles que visam regular o correto andamento e funcionamento das atividades dos agentes da Administração e da Administração. Tem como exemplo as instruções, circulares, portarias, avisos, ordens se serviço, ofício e despacho. 
Os negociais são aqueles em que ocorre uma vontade comum e igualitária entre a Administração e os particulares. Esses atos podem ser discricionários ou vinculados. Tem como exemplo a licença, autorização, aprovação, admissão, homologação, visto, permissão, renúncia e dispensa. 
Os enunciativos são encarregados de enunciar um fato preexistente, que possui consequências jurídicas. Tem como exemplo as certidões, apostilas, pareceres e atestados.
E os punitivos são aqueles que servem para declarar uma punição para quem descumprir as regras estabelecidas pela Administração, sendo divididos em sanções internas ou externas. Tem como exemplo a multa administrativa, interdição de atividades administrativas, autuação interna e destruição de coisa.
6 – Fale sobre a classificação dos atos administrativos quanto a formação. 
Quanto a formação, os atos administrativos podem ser divididos em: simples, complexos e compostos. 
Os atos simples são aqueles que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, sendo ele singular ou colegiado. Ou seja, somente um sujeito pratica o ato. Exemplo: nomeação de um servidor de confiança pelo Prefeito.
Os atos complexos resultam da declaração de vontade de dois ou ais órgãos, no qual eles se juntam para formar um único ato. Ou seja, dois sujeitos praticam o ato. Exemplo: um decreto assinado pelo Governador de Estado e pelo Secretário de Estado.
Os atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, porém, eles estão separados. Nesse caso, um órgão manifesta sua vontade, mas para que a sua vontade tenha eficácia e seja válida, ele precisa de outro órgão para confirmar essa manifestação de vontade. Ou seja, ocorre uma manifestação principal e depois uma manifestação acessória. Exemplo: Na nomeação do Procurador – Geral da República a indicação é feita pelo Presidente da República, que esse seria o ato ou manifestação principal, e deve ser aprovada pelo Senado Federal, que esse seria o ato ou manifestação acessória. 
7 – Fale da extinção dos atos administrativos. 
Os atos administrativos podem ser extintos de várias formas, algumas são a anulação, a revogação, a cassação e a caducidade. 
A anulação é feita pelo fato de o ato administrativo ser ilegal. A anulação pode ser feita pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Exemplo: quando um servidor pratica um ato com a finalidade contrária a da lei.
A revogação ocorre na extinção do ato por razões de conveniência e oportunidade. A revogação sempre é feita pela Administração Pública. Exemplo: quando a prefeitura revoga a autorização do uso de um espaço pública que foi concedido a uma ONG, para a instalação de um posto de saúde. 
Na cassação a extinção ocorre pois o sujeito que se beneficia de alguma prerrogativa deixa de cumprir o que foi acordado no ato. Exemplo: quando um concessionário de serviço público de transporte não cumpre com as obrigações estabelecidas no contrato de concessão.
A caducidade ocorre por superveniência, onde a nova lei faz com que o efeito jurídico da norma anterior seja sanado. Exemplo: quando a Prefeitura autoriza o uso de um espaço pública para o particular. Porém, três meses é aprovada uma lei que proíbe que o espaço ou bem público seja cedido a particulares. 
Na contraposição ou derrubada o ato é extinto pois, foi editado um novo ato com efeitos contrários daquele ato anterior, ou seja, se trata de dois atos administrativos que se contrapõem. Exemplo: a nomeação e a exoneração de um servidor. 
8 – Fale sobre a convalidação. 
A convalidação, tem a ver com o ato administrativo que é ilegal. Existem atos ilegais que podem ser revistos e se tornar um ato legal. Sendo assim, quando a Administração Pública vir que se torna presente um ato ilegal, ela pode escolher por anular o ato ou corrigir o ato, que é a convalidação.
Sendo assim a convalidação é o instrumento na qual é utilizado para sanar o vício existente do ato ilegal. Ou seja, o ato primeiramente era ilegal, e com a convalidação ele se torna legal. Quando o ato ainda está ilegal, os elementos que estão sendo atingidos são a competência e a forma, e por isso que é permitido a correção do ato, pois na competência e na forma é permitido a ratificação. 
9 – Quem pratica atos administrativos?
Quem pode praticar os atos administrativos é o Estado ou quem representa o Estado. Por isso, a Administração Direta e Indireta, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o 1º, 2º e 3º Setor da Administração são todos passiveis para a edição de atos administrativos. Por isso, qualquer ente que faz parte do Estado Gerencial Brasileiro pode praticar atos administrativos. 
10 – Tema Livre 
Vou falar da relação entre o Motivo do Ato Administrativo, que se caracteriza no elemento e o Atributo da Imperatividade. 
A Administração Pública e todo o Estado Gerencial Brasileiro é conduzido por sujeitos que visam trabalhar em prol do interesse público social, pois um dos principais objetivos do Estado Brasileiro é poder dar um serviço público de qualidade para os cidadãos da sociedade. 
Porém, esses sujeitos, são pessoas comuns, pessoas que estão ali em prol de um objetivo comum, mas que vieram de locais e sem personalidades diferentes. Por isso, todo ser humano é passível de erro, mas, o servidor público em específico, deve se atentar de forma muito intensa para não ocorrer vícios no processo da entrega do seu serviço. Por isso, para garantir que cada sujeito que faz parte da Administração Pública exerça sua função de forma plena com um único e exclusivo objetivo, é criado os atributos e os elementos do Direito Administrativo, a fim de sanar futuras complicações de finalidade.
Como o motivo se caracteriza por aquilo que motiva a realização de um ato administrativo, é interessante citar que o motivo pelo qual ocorre uma realização de serviços públicos é para atender o interesse público, então a motivação para determinados atos, é justamente essa vontade de entrega do serviço público de qualidade a sociedade, que esteja em consonância com a lei. 
Porém, quando um sujeito que está responsável por praticar um ato administrativos em prol do interesse público, pratica um ato diverso com motivação contrária a esse interesse, ele é punido, de acordo com o atributo da Administração. Por isso, um ato quando se tem esse motivo específico, é necessário ser cumprido independente da concordância do servidor público. 
Sendo assim, apesar de os atributos e os elementos dos atos administrativos serem diferentes, eles possuem ligação para que o ato administrativo e o serviço público sejam entregues de forma eficiente.

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