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→ As glândulas salivares são responsáveis pela produção da saliva e dividem-se em maiores e menores, em função do tamanho que assumem; → As glândulas salivares maiores são em números pares e estão representadas pelas glândulas parótidas, submandibular e sublingual; → Nas parótidas, a secreção é predominantemente serosa, as submandibulares, mista, e as sublinguais que produzem saliva mucosa.; → As glândulas salivares menores variam entre 450 e 750 espalhadas pela mucosa bucal, concentrando-se na face interna do lábio inferior e limite do palato duro e mole.; → A saliva exerce ações anticariogênicas e imunológicas e participa da digestão dos alimentos e da fonação. → Surgem como cavidades salientes do estomodo, que começa na 4ª semana. Normalmente, as parótidas aparecem primeiro (semana 4), seguidas da glândula submaxilar (semana 6), da glândula sublingual e glândula salivar menor (semana 9). → Parótida: São as maiores em tamanho, possuem secreção serosa e 50% do fluxo estimulado; → Submandibular: Secreção mista, serosa e mucosa. Constituem 60% do fluxo não estimulado; → Sublingual: Predomínio mucoso; → Menores: Produzem secreção serosa em menor quantidade. Incluem as tonsilares, os molares ou as retromolares e três grupos de glândulas salivares linguais: a inferior apical, a média, de ácinos puramente serosos e a posterior, de secreção mucosa. • Proteção e lubrificação das mucosas; • Favorece a deglutição e a fala; • Ação antibacteriana; • Digestiva; • Auxilia na percepção do paladar; • Capacidade tampão; • Remineralização do esmalte; • Limpeza da boca; • Retenção de próteses. → Sabe-se que cerca de 47% da saliva excretada se dá por meio das glândulas salivares maiores, sendo a submandibular a que mais contribui para isso; → A média por minuto fica em torno de 0,85 mL.; → A variação circadiana do fluxo salivar é também considerável, sendo maior no período da tarde e menor à noite; → Menor estimulação nos idosos devido o processo de envelhecimento ou efeito medicamentoso; → Alguns fatores como dieta, hábitos (fumo, álcool, goma de mascar), tipo de trabalho, estado emocional, temperatura ambiente, umidade relativa do ar, dose de radiação e medicamentos podem alterar a produção qualitativa e quantitativa de saliva → A presença de uma lesão na boca (especialmente as ulcerações), dor, mastigação, visão de alimentos, estímulos olfativos e gustativos; → A saliva consiste em uma complexa mistura de substâncias orgânicas e inorgânicas.; → Os principais eletrólitos são o sódio, potássio, cálcio, cloro, bicarbonato, fosfato inorgânico e tiocianato, com pequenas quantidades de fluoretos, compostos iodados e magnésio; → Os principais constituintes orgânicos da saliva são: amilase, albumina, lisozima, gamaglobulinas e ureia. → Na sua grande maioria de natureza proteica, são potentes agentes antimicrobianos e incluem a lisozima, lactoperoxidase, imunoglobulinas, lactoferrina, histatinas e os fluoretos; →Na boca, a lisozima tem sido caracterizada principalmente contra estreptococos, embora pareça apresentar um papel na proteção contra a candidose bucal; → A histamina apresenta atividades antimicrobianas e sua eficácia é extremamente elevada contra as leveduras bucais, particularmente a Candida albicans. Além desta ação, antifúngica, as histatinas induzem efeitos bactericidas ou inibidores do crescimento das bactérias bucais. → O pH da saliva mista em indivíduos normais varia consideravelmente – de 5,6 a 7 com média de 6,6; → Apesar de o bicarbonato ser a principal substância tampão, parece que os fosfatos têm pequena participação nessa função. A proteção que ambos proporcionam à mucosa é vista de duas formas: a) os microrganismos precisam de um pH específico para garantir seu máximo; b) os microrganismos antagonistas e os agentes antimicrobianos salivares têm sua máxima atividade em um pH entre 6 e 7. → A coagulação se processa com muita rapidez, provavelmente devido a fatores intrínsecos da coagulação na saliva; → Contudo, a solidez máxima do coágulo fica reduzida em decorrência da presença na saliva de substâncias ativadoras da fibrinólise; → Uma consequência prática deste fato é que o coágulo na boca se forma mais rapidamente, porém sua solidez se reduz com o tempo, podendo ser desfeito. → A história clínica das lesões das glândulas salivares frequentemente auxilia na determinação de sua natureza.; → Lesão antiga com história de remissão e exacerbação provavelmente indica que a lesão é de natureza inflamatória. → Lesão antiga, de crescimento contínuo e evolução lenta, usualmente é um indício de neoplasia benigna ou maligna de baixo grau de agressividade.; → Lesão de desenvolvimento recente que apresenta sintomatologia inflamatória aguda sugere inflamação ou infecção.; → Lesão de crescimento rápido e indolor é um indicativo de lesão maligna precoce. Início da lesão: os tumores costumam apresentar desenvolvimento gradual, indolor e contínuo; → Os tumores costumam apresentar desenvolvimento gradual, indolor e contínuo → Se o desenvolvimento é rápido e doloroso, o diagnóstico de processo inflamatório é mais apropriado; → No entanto, deve-se lembrar que muitos tumores que crescem rapidamente estão associados à infecção secundária e podem mascarar o diagnóstico; → A presença de dor, exsudação, inflamação, febre, alteração no hemograma com desvio à esquerda são indicativos de quadros infecciosos; → Muitos tumores têm crescimento insidioso e não apresentam sintomatologia até invadirem estruturas sensitivas próximas ou tornarem-se infectados quando, então, simulam o quadro anterior; → Histórias de outras condições associadas à queixa principal podem oferecer sugestão ou mesmo explicação do fenômeno presente; → Tuberculose em indivíduos da família pode explicar a ocorrência de corpos calcificados na região das glândulas salivares; → Anestesias gerais de longa duração (usualmente com emprego de antisialogogo) são pertinentes ao desenvolvimento de processos infecciosos das glândulas salivares. Ocorrência semelhante pode estar associada a estados caquéticos ou desidratantes; → Infecções ou tumores nas áreas de drenagem das glândulas parótidas e submandibulares frequentemente produzem aumento de volume que pode sugerir processos primários nas glândulas. → Para a realização desta manobra semiotécnica, o cirurgiãodentista deverá realizar o exame sempre de forma bidigital ou digitopalmar; → Este recurso permite a identificação de sialolitos e de nódulos tumorais. → Estimulação bimanual da glândula ou ducto, seguida da observação da salivação, permite que o clínico investigue que tipo de conteúdo está sendo produzido; → Desta forma, para a realização deste exame, o operador deverá realizar a seguinte sequência de manobras: (a) identificar a abertura do ducto excretor, (b) secálo com uma compressa de gaze, (c) massagear a glândula salivar que está sendo examinada; (d) observar se está havendo a saída de secreção. →Este é um excelente recurso semiotécnico para auxiliar o cirurgião-dentista diante de uma suspeita de sialoadenite bacteriana, pois o conteúdo excretado pela glândula será de uma secreção purulenta. → Os abscessos costumam denotar flutuação; → Os cistos são moles e flexíveis; → Os cálculos são duros ou densos, podendo apresentar irregularidades; → As glândulas infectadas ou obstruídas, firmes e tensas; → O endurecimento é típico das lesões malignas invasivas. → As inflamatórias costumam ser dolorosas e essa sensibilidade aumenta com a mastigação; → Os tumores podem envolver estruturas sensitivas e tornarem-se dolorosos, mas a dor é um sinal tardio; → Tumores benignos, malignos de baixo grau precoces são insensíveis a nãoser que a manipulação se estenda por longo tempo produzindo “formigamento’’; → A sensação de parestesia é um sinal precoce que pode denunciar quando um tumor, especialmente os malignos, envolve o nervo facial. → A hipossalivação representa uma baixa produção e secreção salivar; → A xerostomia é um termo empregado para o sintoma ou sensação subjetiva de boca seca e que quase sempre é uma consequência da hipossalivação. Muitas vezes, a xerostomia pode anunciar a presença de uma doença sistêmica importante; → A hipossalivação pode ser dividida em três categorias amplas: (1) induzida por radiação; (2) farmacologicamente induzida; (3) associada a condições sistêmicas. → As consequências de um quadro severo e crônico de hipossalivação são numerosas e variam desde uma dificuldade para falar ou engolir os alimentos mais secos até um elevado risco para lesões de cáries e infecções bucais. → Diversas doenças podem comprometer a fisiologia das glândulas salivares e, consequentemente, alterar a constituição salivar. Dentre essas enfermidades, podemos citar: a síndrome de Sjögren, as doenças reumatoides, a doença do hospedeiro versus enxerto, a sarcoidose, a fibrose cística, a infecção pelo HIV, a hiperlipidemia, a cirrose alcoólica, os quadros de má nutrição, as disfunções hormonais (diabetes, pancreatite, doenças adrenocorticais, tireoidite e acromegalia) e algumas enfermidades neurológica (mal de Parkinson, paralisia de Bell e a paralisia cerebral); → A análise química da saliva, denominada de análise sialoquímica, já pode ser empregada para diagnosticar alguns problemas clínicos, tais como: toxicidade por digitálicos (cálcio e potássio), desordens emocionais (prostaglandinas), imunodeficiências (IgA secretoras), estomatite por quimioterapia (albumina), tabagismo (cotinina), câncer gástrico (nitritos e nitratos), medicina forense substâncias do grupo sanguíneo), doença celíaca (gliadina anti-IgA) e síndrome de Sjögren. → O termo sialometria é usado quando se objetiva a medição de quantidade de saliva produzida por uma determinada glândula ou por todas as glândulas em função do tempo; → A velocidade do fluxo é o parâmetro mais importante da saliva em se tratando de suscetibilidade às lesões de cárie. → O fluxo salivar pode ser avaliado sem estímulo ou sob estimulação química (ácido cítrico) ou mecânica (látex ou goma de mascar). → Este volume é dividido pelo tempo de coleta (5 minutos) e, assim, se obtém a velocidade do fluxo de saliva total estimulada. → A sialometria está indicada nas seguintes situações: (a) como parte do exame inicial de um paciente novo que será submetido ao tratamento da cárie; (b) durante a avaliação de um determinado tratamento profilático e terapêutico da cárie; (c) como parte dos procedimentos de diagnóstico de suspeita de hipossalivação causada, por exemplo, pela síndrome de Sjögren ou por irradiação na região de cabeça e pescoço. → Efeito de fármacos: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, anticolinérgicos específicos, anti- histamínicos, antieméticos, antihipertensivos de açãocentral e asdrogasantiparksonianas. → Uma prova clínica útil para comprovar se um paciente apresenta ressecamento das mucosas é a de colocar a face de vidro do espelho odontológico contra a mucosa jugal; → Este deverá sair facilmente caso a lubrificação da mucosa pela saliva esteja normal; → A dificuldade para se retirar o espelho da mucosa do paciente é forte indicativo de que a produção da saliva se encontra severamente reduzida. → Sialogogos farmacológicos: cloridrato de pilocarpina (muitos efeitos colaterais); → Saliva artificial e ingestão de água para o umedecimento periódico da boca são úteis, mas de ação temporária. → Estudo radiológico por meio de contraste iodado das glândulas salivares, parótidas e submandibulares; → Está indicada na investigação de possíveis processos inflamatórios, estenoses, obstrução do ducto por cálculos, tumores e outras situações; → A principal característica sialográfica em tumores, sejam benignos ou malignos, é o efeito de pressão sobre pequenos ductos e defeito de preenchimento acinar. Os benignos tendem a deslocar os ductos sem destruí-los, enquanto os malignos costumam fazê-lo. O emprego da tomografia computadorizada e da ressonância magnética no diagnóstico das enfermidades que envolvem as glândulas salivares são: • Nódulos confinados ao lobo profundo da glândula parótida.; • Tumores com desenvolvimento de ambos os lobos profundos da glândula parótida.; • Tumores da parótida associados às alterações faciais, outras alterações neurológicas ou ainda com suspeita de malignidade; • Nódulos congênitos da parótida.; • Tumores de glândula submandibular associados às alterações neurológicas ou fixação à mandíbula; • Tumores do palato com envolvimentos das fossas nasais ou seio maxilar; • Qualquer tumor cujas margens estejam clinicamente indefinidas; • Quadros patológicos recorrentes. → Estas lesões compreendem 3-10% de todas as neoplasias da cabeça e pescoço.; → Os tumores benignos mais frequentes são representados pelas seguintes entidades: adenoma pleomórfico (67.8%) e o tumor de Warthin (6.3%).; → Os tumores malignos representam 21,7% de todos os tumores de glândula salivar. Entre os tumores malignos, o carcinoma adenoide cístico costuma ser o mais comum, representando 6,6% dos casos, seguido pelo adenocarcinoma (5,9%) e pelo carcinoma mucoepidermoide (5,0%). → É a neoplasia benigna mais comum de tecido de glândula salivar; → Na parótida, desenvolve-se geralmente na região da cauda abaixo e adiante do lóbulo da orelha; → É uma lesão composta por uma mistura de epitélio glandular e células mioepiteliais no interior de um tecido semelhante ao mesênquima. → Se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento; → É mais comum em adultos jovens e em adultos de meia-idade entre as idades de 30 e 60 anos; → O adenoma pleomórfico é também o tumor de glândula salivar menor primário mais comum que se desenvolve na infância; → Há uma discreta predileção pelo sexo feminino; → Inicialmente, o tumor é móvel, mas torna-se menos móvel com seu crescimento; → O palato é a localização mais comum dos tumores mistos de glândula salivar, representando aproximadamente 50% dos exemplos intraorais; → Esta localização é seguida pelo lábio superior (27%) e pela mucosa jugal (17%); → Os tumores de palato quase sempre são encontrados na região lateral posterior do palato, apresentando-se como um aumento de volume de formato arredondado e de superfície lisa; → Os adenomas pleomórficos são mais bem tratados pela excisão cirúrgica; → Para lesões localizadas no lobo superficial da glândula parótida é recomendada a parotidectomia superficial, com a identificação e preservação do nervo facial; → Para tumores localizados no lobo profundo da parótida, a parotidectomia total geralmente é necessária; → Neoplasia benigna; → Variação do adenoma pleomórfico; → Proliferação de células mioepiteliais; → Palato - superfície lisa normocorada firme; → Acomete principalmente a glândula parótida e submandibular; → Bem circunscrita e indolor; → Terceira e sétima década de vida; → Excisão conservadora; → Paratidectomia superficial. → É uma neoplasia benigna que ocorre quase exclusivamente na glândula parótida; → É uma neoplasia benigna que ocorre quase exclusivamente na glândula parótida; → A hipótese tradicional sugere que estes tumores podem originar-se do tecido glandular heterotrópico encontrado dentro dos linfonodos da glândula parótida; → Se apresenta como uma massa nodular indolor e de crescimento lento na glândula parótida; → As lesões podem ser firmes ou flutuantes à palpação; → O tumor ocorremais frequentemente na cauda da parótida, próximo ao ângulo da mandíbula; → Tendência de ocorrer bilateralmente; → Observa-se uma menor frequência deste tumor em negros quando comparados com indivíduos brancos; → Prevalência no sexo masculino; → Ocorre em adultos idosos, com um pico de prevalência entre a sexta e a sétima décadas de vida → O tratamento de escolha para os pacientes com tumor de Warthin é a remoção cirúrgica. O procedimento é geralmente realizado com facilidade devido à localização superficial da lesão; → Tem sido relatada uma taxa de recorrência de 6% a 12%; → Processos inflamatórios que acometem as glândulas salivares e que podem ser deflagrados após infecções (virais e bacterianas), induzidos por agentes traumáticos (p. ex., sialolitos, radiações ionizantes) e nas doenças de natureza autoimune; → A maioria das infecções bacterianas surge como resultado da obstrução ductal ou da diminuição do fluxo salivar, permitindo a disseminação retrógada das bactérias através do sistema ductal; → A maioria dos casos de sialadenite bacteriana aguda é causada pelo Staphylococcus aureus, mas podem ser causadas pelos estreptococos. → Aguda: antibioticoterapia e reidratação; → Crônica: antibióticos, analgésicos, massagem na área, remoção cirúrgica da glândula. → Os sialólitos são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema ductal salivar; → Decorrente de um trauma, infecção, penetração de um corpo estranho ou pela formação de um êmbolo constituído de matéria orgânica; → Coloração amarelada ou marrom-amarelada; → Palpação: depende da localização do cálculo; → O longo, tortuoso e ascendente ducto da glândula submandibular, bem como a sua secreção mucóide e espessa, podem ser responsáveis pela maior tendência de formação de cálculo salivar; → As pedras na porção terminal do ducto submandibular são mais bem demonstradas com radiografias oclusais; → Os sialólitos pequenos das glândulas maiores podem, algumas vezes ser tratados de forma conservadora com massagens na glândula e esforço para expelir a pedra através do orifício do ducto; → Os sialólitos grandes usualmente necessitam de remoção cirúrgica → A caxumba é uma virose predominantemente infantil, aguda, contagiosa e que se caracteriza pelo comprometimento das glândulas parótidas; → Ocasionalmente, ela pode acometer outras glândulas como as submandibulares, as gônadas, o pâncreas e, raramente, provocando meningites; → O agente etiológico é um mixovírus, sendo transmitido por gotículas de saliva contaminada, levadas pelo ar ou por contato direto da boca; → O período de incubação é de 12 a 26 dias; → A grande maioria dos doentes encontra-se na faixa etária de 5 a 15 anos; → Pode ocorrer no adulto, quando assume um caráter mais grave; → Sintomatologia: febre, cefaleia e perda do apetite. → É uma infecção aguda da parótida que se inicia a partir dos ductos excretores por invasão de bactérias provenientes da boca; → Fatores predisponentes: desidratação, má higiene bucal e baixa resistência, cirurgia prévia; → O microrganismo mais frequentemente implicado é o Staphylococcus aureus resistente à penicilina. No entanto, várias espécies de Estreptococcus podem estar envolvidas; → Ocorre predominantemente na sexta e sétimas décadas de vida; → Redução temporária ou permanente do fluxo salivar favorece tremendamente a infecção ascendente da glândula salivar; → O desenvolvimento é rápido, com nítido aumento de volume da glândula, dor intensa à palpação, mal-estar geral, febre, leucocitose e, ocasionalmente, trismo; → Percebe-se a presença de uma secreção purulenta drenando através da abertura do ducto excretor, muitas vezes contendo flocos esbranquiçados que representam massas de bactérias mortas, leucócitos e células epiteliais. : A aplicação imediata de antibióticos de largo espectro é plenamente justificável → A mucocele é uma lesão comum da mucosa oral resultante da ruptura de um ducto de glândula salivar e o extravasamento da mucina para dentro dos tecidos moles adjacentes; → Este extravasamento geralmente é resultante de um trauma local; → A mucina extravasada abaixo da superfície mucosa geralmente confere uma coloração azulada à lesão, embora mucoceles profundas possam ser normocrômicas; → O lábio inferior é o sítio mais comum de envolvimento; → Algumas mucoceles são lesões autolimitantes que se rompem e cicatrizam sozinhas; → Entretanto, muitas dessas lesões são de natureza crônica, e a excisão cirúrgica local é necessária. → É uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum; → O tumor ocorre quase frequentemente numa ampla variação etária, estendendo-se da segunda até a sétima década de vida; → Raramente esta lesão é vista na primeira década de vida. Entretanto, o carcinoma mucoepidermoide é a neoplasia maligna de glândula salivar mais comum em crianças; → Correspondem a aproximadamente 20% das malignidades de glândula submandibular, 30% das malignidades de glândula salivar menor e 34% das malignidades de parótida, sendo está o seu sítio mais comum, onde 60% a90% de tais lesões são encontradas; → Esse tipo de carcinoma pode ser classificado em três tipos, de baixo grau, intermediário e de alto grau; essa classificação dar-se a partir da quantidade de formação cística, proporção de cada tipo célula e grau de atipia citológica; → Todos são capazes de causar metástases → O carcinoma mucoepidermóide apresenta etiologia desconhecida, no entanto pode estar associado a fatores genéticos, ao tabaco ou a exposição à radiação → O carcinoma mucoepidermoide é mais comum na glândula parótida e usualmente se apresenta como um aumento de volume assintomático; → Pode se desenvolver dor ou paralisia do nervo facial, geralmente associadas a tumores de alto grau; → Os tumores de glândula salivar menor também se apresentam como aumentos de volume assintomáticos, que algumas vezes são flutuantes e têm coloração azulada ou vermelha, que podem ser confundidos clinicamente com uma mucocele; → Embora o lábio inferior, o soalho de boca, a língua e a região retromolar sejam localizações incomuns para as neoplasias de glândula salivar, o carcinoma mucoepidermoide é o tumor de glândula salivar mais comum em cada uma destas localizações; → Tumores intraósseos também podem se desenvolver nos ossos maxilares. → É uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum e mais bem reconhecida. Características Clínicas → Pode ocorrer em qualquer glândula salivar, mas aproximadamente 50% a 60% originam-se nas glândulas salivares menores; → O palato é a localização mais comum para as lesões de glândula salivar menor; → Se apresenta como um aumento de volume de crescimento lento.; → A dor é o achado clínico mais comum e mais importante; → Os pacientes geralmente se queixam de uma dor inespecífica, constante e de baixo grau, que aumenta de intensidade gradativamente; → Esta lesão é mais comum em adultos de meia- idade e é raro nos indivíduos com idade abaixo dos 20 anos de idade; → A glândula parótida, o carcinoma adenóide cístico é relativamente raro, representando somente 2% a 3% de todos os tumores; → Na glândula submandibular, este tumor representa 12% a 17% de todos os tumores e é a neoplasia maligna mais comum; → A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha, e a radioterapia adjuvante pode melhorar a sobrevida do paciente em alguns casos; → Os tumores no palato ou no seio maxilar eventualmente podem invadir a base do crânio e se disseminar para o cérebro; → As metástases ocorrem em aproximadamente 35% dos pacientes, frequentemente envolvendo os pulmões e os ossos. → Os tecidos primários que atuam como alvo desta enfermidade são as glândulas exócrinas,em particular, as glândulas salivares e lacrimais; → Outras glândulas que podem ser comprometidas incluem as glândulas exócrinas da vagina, pele, pâncreas e dos sistemas respiratório e gastrintestinal; → A sua manifestação clínica clássica é representada por olhos ressecados (ceratoconjuntivite sicca), sensação de boca seca (xerostomia) e artrite reumatoide. → É a segunda doença reumática autoimune mais comum ficando atrás somente da artrite reumatoide; → O pico de sua incidência ocorra nas quartas e quintas décadas de vida; → Observa-se uma predileção pelas mulheres; → É definida pela xerostomia e a xeroftalmia (olho seco, também conhecida como ceratoconjuntivite seca), muitas vezes com manifestações extra glandulares, mas sem uma doença autoimune adicional reumática; → Ocorre em associação com a artrite reumatoide, lúpus sistêmicos ou outra doença reumática autoimune → Xerostomia; → Dificuldade para falar, mastigar ou engolir alimentos; → Língua ressecada ou com os sulcos e fissuras bem marcadas; → Sensação de queimação ou ressecamento da garganta; → Ressecamento dos lábios com ou sem descamação; → Lesões de cárie; → Dor nas articulações; → Ressecamento da pele e vaginal; → Problemas digestivos; → Ressecamento da mucosa nasal; → Fadiga; → Alteração na percepção do paladar ou do olfato. → Baseado na história, no exame clínico do paciente e alguns exames complementares; → Anticorpo antinuclear (ANA): Os anticorpos antinucleares são um grupo de anticorpos que reagem contra os componentes normais de um núcleo de célula. Cerca de 70% dos pacientes com a síndrome de Sjögren podem ter um resultado positivo no teste ANA; → Fator Reumatoide: Altos níveis de fator reumatoide são indicativos de artrite reumatoide (presente em 80%) e síndrome de Sjögren; → SS-A (ou Ro) e SS-B (ou La): Estes são os anticorpos para marcadores de Sjögren; → Velocidade de hemossedimentação (VHS):. Frequentemente o primeiro indicador de doença quando outros sinais químicos e físicos estão normais. O VHS de modo geral aumenta significativamente em doenças inflamatórias disseminadas. É o exame que poderá ser usado para monitorar os pacientes portador da síndrome de Sjögren; → Teste de Schirmer: Recurso usado para determinar se um olho produz quantidade suficiente de lágrima para mantê-lo lubrificado; → Rosa Bengala e Lissamina verde: Colírios contendo corantes que o oftalmologista usa para examinar a superfície do olho para os pontos secos; → Avaliação do fluxo salivar: Mede a quantidade de saliva produzida ao longo de certo período; → Cintilografia salivar: Um teste da medicina nuclear que mede a função da glândula salivar; → Biópsia de glândula salivar (lábio inferior): Investiga a presença da infiltração de células inflamatórias (linfocítica) nas glândulas salivares menores. Associadas ao quadro de Hipossalivação: →Infecções bucais especialmente a candidose; → Aumento do incremento de lesões de cárie; → Tumefação das glândulas salivares e sialoadenites supurativas. → Prescrição de lágrima artificial alivia o desconforto ocular; → Uso de salivas artificiais e a ingestão de líquidos várias vezes ao dia, auxiliam na manutenção da saúde dos tecidos moles e dentários da boca; → Estimular a produção de saliva por meio do uso de gomas de mascar sem açúcar ou ainda com a ingestão de alimentos mais fibrosos; → Uso dos fluoretos também se faz importante para prevenir o surgimento de lesões de cárie; → Acompanhamento Reumatológico risco aumentado para linfomas.
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