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Bactérias Causadoras de Meningite

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Bactérias causadoras de meningite 
Neisseria meningitidis 
É adquirida na comunidade. O gênero contem 
diplococcus gram negativo, são oxidade positivos e 
algumas espécies desse gênero são comensais. Para os 
humanos, duas são importantes patógenos: Neisseria 
gonorrhaeae (IST, oftalmia neonatal e infecções orais) e 
Neisseria meningitidis (meningites). 
A N. meningitidis pode colonizar a orofaringe de 
indivíduos saudáveis e migrar para as meninges. Ela possi 
vários fatores de virulência, sendo que a maior parte está 
associado a parede da bactéria. A pili, por exemplo, dá 
aderência e possibilita a transmissão de plasmídeos, 
principalmente relacionados a resistência de 
antibióticos. Além disso, possui lipoligossacarídeo (LOS), 
sendo um antígeno que funciona como uma endotoxina, 
sendo responsável pelos efeitos tóxicos da doença 
meningocócica. O LOS também consegue mimetizar as 
estruturas do corpo, possuindo acesso direto ao interior 
das células por conseguirem ser reconhecidos pelos 
receptores. A própria capsula protege contra a 
fagocitose, possibilita a transcriptose. 
O LOS juntamente com a capsula e as proteínas irá dividir 
a N. meningitidis em 13 sorotipos diferentes. 
A meningococemia é a meningite acompanhada de uma 
septicemia. 
Patogênese da doença: (ESCUTAR AUDIO 25 min) 
1. Colonização do epitélio naso-faringe 
2. Atravessam a mucosa nasal 
3. Aderem a camada submucosa 
4. Atingem a corrente sanguínea 
5. Passa pelos diferentes órgãos e possui tropismo 
pelas meninges 
6. Resiste a fagocitose e a ação do sistema 
complemento 
7. Intensa reação inflamatória 
8. Entrada da bactéria no espaço subaracnóideo 
9. Liberação de lipo-oligossacarídeos 
10. Ativação dos sistemas monócito-macrófago 
11. Liberação de mediadores inflamatórios (IL-1 e 
TH1) 
12. Ativação de cascata de prostaglandinas 
13. Liberação de substancias ativas no processo 
inflamatório (leucotrienos, prostaglandinas e 
tromboxanos) 
14. Morte celular 
15. Hipertensão intracraniana 
 
 
Patologia 
A forma meningitite menincocóxica é a mais simples, se 
limitando a sintomas como a cefaleia, febre, rigidez na 
nuca e vômitos em jato. 
Quando ocorre a manifestação mais grave da doença, a 
meningococemia, ou seja, a meningite acompanhada de 
uma septicemia, há um colapso circulatório CID e 
hemorragias petéquias. Quando também ocorre 
insuficiência aguda da supra renal caracteriza a síndrome 
de Waterhouse- Friedrichson. É altamente contagiosa. 
Pode ocorrer a manifestação de pneumonia apenas, 
citando sintomas como muco e tosse. Costuma acometer 
pacientes que já possuem doenças pulmonares de base, 
sendo a manifestação mais branda da doença. O 
sorogrupo Y e W35 está associado a essa forma da 
doença 
Epidemiologia 
Raramente os recém-nascidos apresentam meningite 
por N. meningitidis por causa da imunidade adquirida da 
mãe pelo leite materno, pelo menos até os 3 meses de 
idade. Assim, os patógenos que causam a doença em 
bebes são diferentes das que causam nos adultos. A 
maior incidência é em crianças maiores de 5 anos e 
pacientes imunocomprometidos. 
O período de incubação é de 2 a 10 dias após o contato 
inicial. A transmissão é de pessoa a pessoa pelo contato 
de secreções do trato respiratório nasofaringe, sendo a 
porta d entrada. Os principais sorotipos causadores de 
meningite e meningococemia é a o sorotipo B e C. A 
doença é mais comum em climas secos e frios. 
Diagnostico 
Pode usar o LCR, sangue e secreção nasofaringe como 
materiais de analise. Efetua-se a colocaração gram e 
baciloscopia. Na cultura se utiliza o agar chocolate ou 
agar sangue. Quando se faz a identificação são 
diplococos gram negativos com oxidade positiva, sendo 
consumidora de glicose (+),maltose (+) e não sendo de 
sacarose (-). O ph do meio muda, mudando a coloração 
do meio de vermelho para amarelo. 
As proteínas (albumina e imunoglobulinas) aumenta nas 
meningites bacterianas porque aumenta a 
permeabilidade da barreira hematoencefálica e acaba 
extravasamento essas proteínas. A glicose também 
diminui por causa do aumento da permeabilidade da 
barreira e maior consumo de glicose para tentar conter a 
infecção. 
Os níveos de lactato podem estar associados com a 
destruição do SNC, ou seja, a hipóxia reflete na produção 
de lactato.

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