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aula 3 - Níveis de atenção à saúde

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Políticas de saúde – Níveis de atenção à saúde
 
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Forma de articulação de ações e serviços com diferentes densidades tecnológicas para atendimento e necessidades da população. No SUS, são três os principais níveis de atenção:
1. Atenção básica (atenção primária à saúde);
2. Média complexidade;
3. Alta complexidade;
Essa ideia de conformação de sistemas de saúde, ou seja, um conjunto de ações e serviços necessários para cuidar da saúde das populações é impulsionada, a partir dos anos 70 com o lançamento de um slogan pela OMS quase que como uma meta de “saúde para todos nos anos 2000”. Então, a OMS propõe a construção e universalização de sistemas universais de saúde com base na atenção primária. 
Essa aposta de que um conjunto de ações de baixo nível de densidade tecnológica oferecidos de forma contínua com formação de vínculo de cuidado entre profissionais da saúde à população seria capaz de universalizar o cuidado, aproximando as populações dos diferentes estados-membros dos cuidados profissionais em saúde e por meio dessa formação de vínculo, favoreceria a estruturação do sistema de saúde, a resolução de problemas de saúde das pessoas e abriria o sistema de saúde para receber as pessoas. Uma vez no sistema de saúde, outras ações de maior nível de densidade tecnológica poderiam ser também oferecidas, como ações de média e alta complexidade.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
A mais recente foi regulamentada pela portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017, que define a atenção básica como um conjunto de ações que são individuais e coletivas. Isso é importante ao nível de atenção básica, as ações de promoção, proteção e prevenção de agravos são tanto individuais ou coletivas, ou seja, as ações curativas e preventivas no âmbito da atenção primária, são planejadas tanto para uma oferta individualizada do cuidado quanto planejada para ações coletivas, como por exemplo: ações de prevenção, como imunizações e ações de promoção, como educação e saúde, prática de exercícios físicos. Como também, atividades individuais: consultas médicas, atendimento pela equipe de enfermagem, atendimento pelos farmacêuticos, contato com o agente comunitário de saúde. Então as ações individuais e coletivas são articuladas para que tem o objetivo que vai da promoção à recuperação da saúde.
É importante para atenção primária, a inserção do sujeito em sua complexidade, reconhecendo como o usuário do SUS não é simplesmente um portador de uma doença, ou de um problema de saúde, mas quem tem necessidades complexas e que precisa ser entendida para que se respeite o princípio da integralidade. Forma-se, então, na atenção primária um primeiro vínculo de contato entre usuários e o sistema de saúde.
A atenção básica é vista como primeiro ponto de atenção à saúde e deveria ser a porta de entrada preferencial dos usuários e usuárias no sistema de saúde. A partir do primeiro contato, uma das características que se deseja para atenção primária é um contato regular com as equipes de saúde, o contato regular usuários-profissionais de saúde montando um plano de cuidado que se estenda no tempo, identificando necessidades formando um vínculo, uma parceria de cuidado, que aumenta a confiabilidade que a população tem no sistema de saúde e oferece oportunidade de melhorias para condição de saúde da população. A atenção básica também deveria funcionar como centro de comunicação e organização das redes de atenção à saúde.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
É considerada uma das principais estratégias para consolidação da atenção básica no Brasil. Nos anos 90, o modelo de saúde era com base na atenção hospitalar, ou seja, um cuidado que não era continuado e era oferecido com cuidado em intensidade, pontual para situações de agravos e doenças. A partir da universalização do cuidado, houve uma maior articulação entre os diferentes níveis de atenção necessária. Também nos anos 90, começam a entrar em ação os agentes comunitários da saúde, mudando a perspectiva do sistema de saúde para de forma que esse sistema busque a formação do vínculo e cuidado. 
Port. 2436/2017: estratégia prioritária para expansão e consolidação da atenção básica.
NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA – NASF
Tem como objetivo apoiar a consolidação da atenção básica no Brasil e ampliar as ofertas de saúde na rede de serviços de saúde aumentando a resolutividade das ações.
Esses núcleos funcionarão através de:
	Apoio matricial, com a criação de espaços coletivos de discussões e planejamento;
	Atendimento compartilhado entre profissionais, tanto na unidade de saúde, como nas visitas domiciliares;
	Intervenções específicas dos profissionais do NASF com usuários e famílias;
	Ações comuns nos territórios de sua responsabilidade;
	Ações intersetoriais na prevenção e promoção da saúde;
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA – PNAB
Portaria nº2.436, de setembro de 2017.
Mudança nos padrões de financiamento da política nacional da atenção básica no Brasil. Essa PM AB de 2017, em comparação as anteriores, flexibiliza a composição das equipes de saúde da família e reduz os requisitos mínimos de profissionais para atender a população em um território. A partir dessa flexibilização, cabe aos gestores a definição dessas composições, porque até então havia uma prescrição feita pelo Ministério da Saúde. Mais recentemente, em 2019, houve mudanças no padrão de financiamento da atenção básica, até então era feito com base em um piso estabelecido para tal. Esse piso foi definido em 1998 e foi considerado um grande avanço. Esses valores eram fixos ou variados, o fixo definia-se um valor mínimo a ser investido por habitante, já o valor variável era utilizado para induzir mudanças e um aumento na oferta na composição física da atenção básica. A partir de 2019, o cálculo não será mais feito de maneira per capita, mas sim, para a população cadastrada, ou seja, a captação efetiva de quantas pessoas estão cadastradas junto as equipes de saúde da família junto a unidade de atenção básica.
ATENÇÃO ESPECIALIZADA (MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE)
Ela não tem a ideia de vínculo permanente, porque depende da necessidade de recursos de maior nível de intensidade tecnológica. Elas são organizadas a partir de linhas de cuidados, estabelecidas em portarias específicas.
	Média complexidade: é definida como ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos da população, cuja complexidade de assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para apoio diagnóstico e tratamento.
	Alta complexidade: é definida como o procedimento no qual envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços qualificados, integrando-o aos demais níveis de atenção à saúde.

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