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NEGÓCIO JURÍDICO - DIREITO CIVIL

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Aulas 5, 6, 7 
jurídico 
a) Fato jurídico: fato + Direito 
- é um fato que interessa ao Direito, podendo ser natural (stricto 
sensu) ou humano (fato jurígeno) 
 
b) Ato jurídico: fato + Direito + vontade + licitude 
- é um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito. 
 
c) Negócio jurídico: fato + Direito + vontade + licitude + composição 
de interesses com finalidade específica 
 
d) Ato jurídico “stricto sensu”: fato + Direito + vontade + licitude + 
efeitos meramente legais 
- trata-se de ato jurídico em que os efeitos são meramente legais, não 
havendo a busca de uma finalidade específica como no negócio 
jurídico. (ex: ocupação de um imóvel, reconhecimento de filho) 
- art. 185, CC: aplicam-se aos atos jurídicos em sentido estrito, no que 
couber, as mesmas regras dos negócios jurídicos. (ex: vícios do negócio 
jurídico – é possível anular o reconhecimento de filho por erro). 
 
e) Ato-fato jurídico ou ato real (Pontes de Miranda) 
- trata-se de um fato jurídico qualificado por uma vontade não 
relevante juridicamente em um primeiro momento, mas que se revela 
relevante por seus efeitos. (ex: achado de um tesouro sem querer; 
criança que compra o lanche na escola) 
 
 Aulas 5, 6, 7 
- “Escada Ponteana”: Pontes de Miranda dividiu o negócio jurídico em 3 
planos 
 
 
 
 para que o negócio jurídico seja válido, deve ele existir. Para que ele 
gere efeitos, deve existir e ser válido, em regra. 
 excepcionalmente, o negócio jurídico pode existir, ser inválido e estar 
gerando efeitos, sendo possível, inclusive, sua convalidação. 
↳ a convalidação pode ocorrer pela: confirmação das partes; cura pelo 
tempo; conversão. 
 
a) plano da existência 
- aqui estão os elementos mínimos do NJ que formam o seu suporte 
fático (pressupostos de existência). São substantivos sem adjetivos: 
 Partes 
 Vontade 
 Objeto 
 Forma 
 
b) plano da validade 
- aqui os substantivos recebem adjetivos, surgindo os requisitos de 
validade: 
 Partes capazes 
 Vontade livre 
 Objeto lícito, possível e determinado/determinável 
 Forma prescrita ou não defesa em lei 
eficácia 
validade 
existência 
 Aulas 5, 6, 7 
- se o NJ apresentar vício quanto a esses elementos, será inválido 
(nulidade absoluta/nulidade relativa ou anulabilidade) 
 
c) plano da eficácia 
- aqui estão as consequências do NJ, relacionadas à modificação ou 
extinção de direitos, como os elementos acidentais do NJ. 
 
 Classificações: 
 Quanto à licitude 
- lícitas: não contrariam a lei, a ordem pública ou os bons costumes. 
- ilícitas: contrariam os parâmetros acima. Geram nulidade absoluta do 
NJ. 
 ↳ Condições perplexas/contraditórias: privam o NJ de efeitos. 
 Condições puramente potestativas: que se sujeitam ao livre 
arbítrio de uma das partes. 
 
 Quanto à possibilidade 
- possíveis: podem ser cumpridas fática e juridicamente. 
- impossíveis: não podem ocorrer, por razão fática ou jurídica. Geram 
nulidade absoluta do NJ quando suspensivas. 
 
 Quanto à origem 
- causais ou casuais: têm origem em fato natural (ex: chuva) 
1) Condição: é o elemento acidental do NJ que subordina sua eficácia 
a evento futuro e incerto. Decorre da vontade das partes. Conjunções: 
“se” (suspensiva) ou “enquanto” (resolutiva). 
 Aulas 5, 6, 7 
- (simplesmente) potestativas: têm origem na vontade das partes 
- mistas: têm origem em fato natural e na vontade 
 
 Quanto aos efeitos 
- suspensivas (“se”): quando não verificadas, suspendem a aquisição e o 
exercício do direito. Apenas com o implemento da condição se adquire 
o direito. 
- resolutivas (“enquanto”): enquanto não verificadas vigorará o NJ, 
cabendo o exercício de direitos (há direito adquirido). Sobrevindo a 
condição, o NJ é extinto para todos os efeitos. 
 
- termo inicial/a quo/suspensivo: não suspende a aquisição do direito, 
mas apenas o seu exercício. Há direito adquirido. 
- termo final/ad quem/resolutivo: coloca fim a produção de efeitos. 
 
Ex: doação de terreno para a construção de um asilo. O donatário já recebe o 
terreno, e caso não construa o asilo no prazo fixado pelo doador, caberá 
revogação da doação. 
* não suspende a aquisição nem o exercício do direito: há direito 
adquirido 
* se o encargo for ilícito ou impossível, em regra, é considerado como 
não escrito. 
2) Termo: elemento acidental do NJ que subordina seus efeitos ou o 
fim de seus efeitos a evento futuro e certo. Pode decorrer da 
vontade das partes ou da lei; pode ser determinado ou 
indeterminado. Conjunção: “quando”. 
3) Encargo ou modo: é um ônus introduzido em um ato de 
liberalidade (doação, testamento). Conjunções: “para que”, “a fim de”. 
 Aulas 5, 6, 7 
 
Erro/ignorância 
Dolo 
Coação moral 
Estado de perigo 
Lesão 
 
Simulação 
Fraude contra credores 
 
* fraude à execução, vícios redibitórios e vícios do produto não são 
defeitos do NJ 
 
a) Erro/ignorância (arts. 138 ao 144) 
- o erro é a falta de noção; a ignorância é o desconhecimento total. 
São equiparados pela lei. 
- nos dois casos, há um “engano solitário”, ou seja, a pessoa se equivoca 
sozinha. 
- consequência: nulidade relativa/anulabilidade do NJ 
- o erro que anula o NJ deve ser substancial (essencial) e podendo ser 
percebido por pessoa de diligência normal 
- é irrelevante ser ou não escusável (justificável), pois o CC/02 adotou 
o princípio da confiança (boa-fé) – Enunciado 12 
 hipóteses de erro substancial: 
 “error in corpore”/”in substantia”: relacionado à natureza do 
negócio, ao objeto da declaração ou a alguma de suas qualidades 
essenciais. 
 
 “error in persona”: relacionado à identidade ou qualidade 
essencial da pessoa 
Vontade ou 
consentimento 
Sociais 
anulável 
nulo 
anulável 
 Aulas 5, 6, 7 
 “error in iuris”: relacionado a um direito e não implicando recusa 
à aplicação da lei, sendo o único ou principal motivo do NJ. 
(exceção ao princípio da obrigatoriedade do art. 3º da LINDB) 
↳ o falso motivo não gera a anulação do NJ por erro, em regra 
- causa: razão de ser do NJ. É imutável; 
- motivo: aspecto pessoal ou subjetivo da causa. É variável. 
 hipóteses de erro acidental (não geram anulação do NJ): 
 Erro de cálculo: cabe apenas a retificação da vontade; 
 Erro sanável: presente quando a parte se oferece para corrigir o 
NJ 
 
b) Dolo (arts. 145 a 150) 
- é o artifício malicioso utilizado pelo negociante ou por terceiro em 
face do outro negociante. 
- gera nulidade relativa do NJ se for a sua casa (dolo essencial ou 
“dolus causam”) 
- o dolo acidental (não essencial) não gera anulação do NJ, mas apenas 
perdas e danos, pois não é causa do NJ. 
 quanto à conduta das partes: 
 Dolo ativo: decorre de uma atuação positiva do agente 
 Dolo passivo/omissão dolosa: decorre de omissão 
 Dolo bilateral: ambas as partes agem com dolo, de modo que 
nenhuma poderá alegá-lo 
 quanto ao seu conteúdo: 
 “dolos bonus": é a exaltação exagerada da coisa, não prejudicando 
o NJ. Não anula nem gera perdas e danos. 
 
 “dolos malus”: traz prejuízos. Gera anulação ou perdas e danos. 
 
 dolo de terceiro: também pode anular o NJ. 
 se uma das partes sabia ou deveria saber do dolo de terceiro: NJ 
anulável e responsabilidade solidária por perdas e danos. 
 Aulas 5, 6, 7 
 se não sabia nem deveria saber: o NJ subsiste e o 3º responde por 
perdas e danos (princípio da conservação do NJ). 
 
c) Coação (arts. 151 a 155) 
- trata-se da pressão física ou psicológica exercida pelo negociante ou 
por terceiro em face do outro negociante. 
 
 Coação física (“vis absoluta”): retira totalmente a vontade do 
coagido. Não é tratada pelo CC porque ele não trata do plano da 
existência do NJ. 
 
 Coação moral (“vis compulsiva”): gera no coagido um fundado 
temor de mal considerável e iminente à sua pessoa, à pessoa de 
sua família, pessoa próxima ou aos seus bens. Gera anulação do 
NJ. 
- ao apreciar a coação o juiz deve levar em conta as características 
gerais do coagido como sexo, idade, condição, saúde etemperamento. 
- não constituem coação: exercício regular de um direito; mero temor 
reverencial. 
 a coação de terceiro também anula o NJ nos mesmos moldes do 
dolo de terceiro. 
 
d) Estado de perigo (art. 156) 
- situação de perigo que atinge o próprio negociante, pessoa de sua 
família ou pessoa próxima, que é conhecida pela outra parte (dolo de 
aproveitamento) + onerosidade excessiva (desproporção negocial) 
- consequência: NJ anulável. (aplica-se por analogia o disposto no §2º 
do art. 157) 
 
e) Lesão (art. 157) 
- premente necessidade ou inexperiência + onerosidade excessiva 
 Aulas 5, 6, 7 
- aprecia-se a desproporção com base nos valores vigentes ao tempo 
em que foi celebrado o NJ 
- a regra é a revisão e não a anulação 
- o lesionado pode ingressar diretamente com a ação de revisão contra 
o lesionador (também se aplica por analogia ao estado de perigo) 
 prazo decadencial para anulação: 4 anos 
 prazo decadencial para revisão: 10 anos 
↳ lesão usurária: presente quando há cobrança de juros abusivos, acima 
do dobro da taxa legal (1% ao mês) – gera nulidade absoluta; exige dolo 
de aproveitamento. 
* a lesão do art. 157 não exige dolo de aproveitamento 
 
f) Simulação (art. 167) 
 - é um vício social do NJ em que há uma discrepância entre a 
vontade interna e a vontade manifestada: aparência  essência 
- toda simulação, inclusive a inocente, gera a nulidade absoluta do NJ, 
pois envolve ordem pública 
- uma parte do NJ simulado pode alegar simulação contra a outra 
 Simulação absoluta: na aparência há um determinado NJ, mas na 
essência não há NJ algum. Não são buscados os efeitos do ato 
praticado. O negócio é nulo. 
 
 Simulação relativa: na aparência há um determinado NJ 
(simulado) e na essência há outro negócio (dissimulado). São 
buscados os efeitos do ato praticado. 
↳ NJ simulado: nulo 
↳ NJ dissimulado: válido, se apresentar os mínimos requisitos de 
validade 
Ex: contrato de comodato de imóvel (simulado – nulo) celebrado 
para encobrir locação (dissimulado – válido) 
 
 Aulas 5, 6, 7 
 subclassificação da simulação relativa: 
 Simulação relativa objetiva: o problema está no conteúdo ou 
objeto do negócio, que é praticado para encobrir outro. 
 
 Simulação relativa subjetiva: a pessoa com quem se negocia não 
é a verdadeira; ocorre por interposição. 
 reserva mental (art. 110): emissão intencional de uma declaração não 
querida em seu conteúdo. Se conhecida pela parte, equipara-se à 
simulação e o NJ é nulo. Se não conhecida, o NJ é válido. 
 art. 167, §2º: consagra a inoponibilidade do ato simulado frente a 
terceiros de boa-fé. 
 
g) Fraude contra credores (arts. 158 a 165) 
- é um vício social do NJ, presente quando o devedor insolvente ou que 
beira a insolvência realiza atos de disposição onerosa ou gratuita de 
seu patrimônio com o intuito de prejudicar credores. 
a) disposição onerosa – requisitos: 
* conluio fraudulento (“consilium fraudis”) 
* prejuízo ao credor (“eventus damni”) 
↳ presume-se o conluio fraudulento quando a insolvência do devedor 
for notória ou houver motivo para ser conhecida pela outra parte (art. 
159) 
b) disposição gratuita – requisito: 
* basta o prejuízo ao credor 
Ex: doação ou remissão de dívida 
- os atos de disposição em fraude contra credores são anuláveis 
(nulidade relativa). A ação anulatória recebe o nome de ação pauliana 
(ação revocatória). 
↳ a ação pauliana poderá ser proposta pelo credor quirografário (que 
não tem garantias), ou pelo credor titular de garantia, se esta se tornar 
 Aulas 5, 6, 7 
insuficiente. Deverá ser proposta contra o devedor insolvente, a pessoa 
com quem ele celebrou o NJ fraudulento e contra terceiros 
adquirentes de má fé. O litisconsórcio é necessário. 
- fraude não ultimada é a fraude não aperfeiçoada (art. 160): o 
adquirente dos bens do devedor insolvente que não tiver pagado o 
preço dos bens poderá fazê-lo nos autos da ação pauliana, afastando a 
configuração da fraude contra credores. 
- art. 164: prevê o afastamento da fraude contra credores quanto aos 
atos indispensáveis à manutenção da empresa ou à subsistência da 
família. Há uma presunção relativa de boa-fé pela teoria do estatuto 
jurídico do patrimônio mínimo. 
 
 Fraude à execução  Fraude contra credores 
 na fraude à execução a pessoa tem ações judiciais propostas, 
penhoras ou ações averbadas na matrícula do imóvel e aliena o 
patrimônio. 
 
Fraude contra credores Fraude à execução 
Instituto de Direito Civil Instituto de Processo Civil 
Vício social do NJ Instituto de responsabilidade 
patrimonial 
Atentado à parte (ordem privada) Atentado ao processo (ordem pública) 
Há necessidade de ação específica Não há necessidade, pois a ação já 
existe 
O ato praticado é anulável (plano da 
validade) 
O ato praticado é ineficaz (plano da 
eficácia) 
Ação constitutiva negativa anulatória A decisão que a reconhece é 
declaratória 
 
 
 
 Aulas 5, 6, 7 
4.1 Nulidade absoluta (negócio jurídico nulo) – art. 166 
 
a) NJ celebrado por absolutamente incapaz sem a devida 
representação; 
b) quando o objeto do NJ for ilícito, impossível, indeterminado ou 
indeterminável: a indeterminação ou impossibilidade inicial do objeto 
não invalida o NJ se for relativa (art. 106); 
c) quando o motivo comum, a ambas as partes, for ilícito: o NJ pode 
ter objeto lícito, mas motivo ilícito; 
d) quando houver desrespeito à forma ou à solenidade: 
- forma (gênero): qualquer formalidade (ex: forma escrita) 
- solenidade (espécie): ato público (ex: escritura pública) 
- de acordo com o art. 107, os NJ, em regra, são informais e não 
solenes pelo princípio da liberdade das formas; 
e) quando houver no NJ um objetivo de fraude à lei imperativa 
(desrespeito a uma norma de ordem pública); 
f) quando a lei prevê expressamente que o NJ é nulo (nulidade 
textual) ou proibir-lhe a prática sem cominar sanção (nulidade virtual) 
- ex. nulidade textual: simulação 
- ex. nulidade virtual: herança de pessoa viva 
 
4.1.1 Efeitos e procedimentos da nulidade absoluta 
 nome da ação: ação declaratória de nulidade 
 prazo (correntes): 
- a ação é imprescritível (art. 169), pois a nulidade não cura pelo tempo 
- prazo geral de 10 anos com fundamento na segurança jurídica (art. 
205) 
 Aulas 5, 6, 7 
* a nulidade absoluta envolve ordem pública, por isso pode ser arguida 
por qualquer interessado ou pelo MP (art. 168). Além disso, cabe 
conhecimento de ofício pelo juiz. 
↳ antes de conhecer de ofício, o juiz deve ouvir as partes (art. 10, 
CPC) 
↳ nos contratos bancários é vedado ao julgador 
conhecer de ofício da abusividade das cláusulas. 
* nulidade absoluta, em regra, não admite convalidação. Não cabem; 
cura pelo tempo e confirmação pelas partes. 
↳ exceção: conversão substancial (art. 170), se as partes quiserem, de 
forma expressa ou implícita, e se o NJ tiver os mínimos requisitos de 
validade do outro. 
 efeitos da sentença declaratória de nulidade: erga omnes e ex tunc. 
 
4.2 Nulidade relativa (negócio jurídico anulável) – art. 171 
 
a) NJ celebrado por relativamente incapaz sem a devida assistência; 
b) vícios ou defeitos do NJ; 
c) quando a lei prevê a anulabilidade. 
 nome da ação: ação anulatória (constitutiva negativa) 
 prazo decadencial: 
- 4 anos para defeitos do NJ e incapacidade relativa (art. 178) 
- 2 anos quando a lei prevê que o NJ é anulável sem estabelecer prazo 
(art. 179) 
* nulidade relativa envolve ordem privada (interesse particular). Assim, 
só pode ser pleiteada pelo interessado e não pelo MP. Além disso, não 
cabe conhecimento de ofício pelo juiz (art. 177). 
* anulabilidade admite convalidação livre, cabendo cura pelo tempo, 
confirmação pelas partes e conversão substancial. 
 Aulas 5, 6, 7 
 efeitos da sentença: inter partes, salvo casos de solidariedade ou 
indivisibilidade. 
↳ debate: ex nunc (art. 177) ou ex tunc (art. 182 – volta ao estado 
primitivo). Segundo o STJ, a 2ª corrente é majoritária.

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