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• Idade cronológica com pouca ou nenhuma relação com as condições clínicas e prognóstico do paciente. O grupo dos idosos é muito abrangente. • Quanto maior a idade, maior o risco de invalidez → maior ocorrência de doenças graves. • Preconceitos em relação à velhice ─ outras pessoas ou do próprio idoso que se acha muito velho. • Envelhecer não é tornar-se criança novamente. O idoso é bem diferente da criança, então, não devemos tratar ele como uma. • Respeitar a opinião do paciente. Se esse idoso tem condições cognitivas, cabe a ele decidir. • Na maioria das vezes, os sintomas não são explicados por uma única doença; Tem que ver todo o contexto, não só a doença, mas medicamentos, estilo de vida, etc. • Tendência a ter múltiplas doenças • Tendência a ter doenças crônicas • Os sintomas da doença atual podem ser alterados por doenças preexistentes • As primeiras manifestações de uma doença podem aparecer somente em fases avançadas • Tendência a ter doenças agudas mais graves e de recuperação mais lenta • Tendência a ter doenças com apresentação clínica atípica • Tendência a ter deficiências funcionais que comprometem a capacidade de viver independentemente • Maior risco de sofrer iatrogenia. Qualquer alteração causada no paciente pela má prática medica • Pode parecer difícil • História geralmente é longa e demanda vários encontros para ser completada • Algumas vezes a entrevista por si só pode ser terapêutica. (Alguns idosos são carentes de atenção.) • Ideal é que o idoso seja avaliado por uma equipe multiprofissional • Assegurar-se da confiabilidade das informações. • Medicamentos usados atualmente e recentemente, e sempre perguntar insistentemente sobre automedicação. Paciente informa pouco sobre sua doença, causas: -A doença é aceita como inevitável -A doença é considerada uma consequência natural do processo de envelhecimento -O paciente é intimidado por um médico apressado -O paciente nega que esteja doente, porque acha que a doença é um sinônimo de fraqueza. -O paciente tem medo de fazer grandes gastos caso esteja doente -O paciente teme as consequências de informar os seus sintomas (exames, medicamentos, cirurgias) Doenças de apresentação atípica -Limiar aumentado para dor faz parte do processo de envelhecimento, ou seja, ele tolera mais a dor, então quando ele reclama de dor já está mais intensa e a doença pode está mais grave. -O paciente restringe as atividades físicas, por isso não apresenta sintomas. Apresentações inespecíficas das doenças agudas -Infecções, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio manifestando-se somente com confusão mental, queda ou incontinência. Barreiras de comunicação -Desconforto, problemas de linguagem, deficiências sensoriais e deficiências cognitivas. História extensa e queixas mal caracterizadas -Múltiplas doenças interagindo, não é só uma queixa, são varias. Semiologia do idoso • Diminuição de memória → quem vai reclamar da falta de memória? O que o paciente está esquecendo? Detalhar; O quanto isso interfere nas atividades rotineiras do idoso (comprometimento funcional); Perguntar se conta a mesma coisa toda hora, esquece algo no fogo, etc. • Distúrbios de comportamento e deambulação excessiva. Começam a andar pelado, por exemplo. • Tonturas, alterações de marcha (dificuldade para andar) e quedas → tontura ou vertigem? Sensação de que vai desmaiar? Tontura rotatória? Tontura com desequilíbrio? Detalhar como é a tontura; detalhar como é a alteração de marcha; ele cai mais do que 1 vez no ano anterior? o que causou a queda? • Perdas sensoriais (sobre os sentidos) dificuldade para enxergar (curta ou longa distância?), dificuldade para escutar (presbiacusia - escuta, mas não entende) • Condições dos dentes e da boca. Perguntar se usa prótese, se a dentadura esta normal, se não esta machucando. • Perda de peso (> 5% em 1 mês, > 7% em 3 meses, > 10% em 6 meses) → perda ponderal, é uma perda significativa • Modificações do sono • Fadiga, cansaço, fraqueza, etc. 3 Ds da Geriatria • Delirium • Demência • Depressão 5 Is da geriatria • Iatrogenia • Instabilidade postural, que é o que leva a quedas. • Insuficiência cognitiva, que é demência. • Imobilidade • Incontinência urinária/fecal Incontinência urinária/fecal -Mulheres: IU de esforço por frouxidão da musculatura pélvica. Por exemplo, você perde urina quando espirra, ou então tem que correr para o banheiro porque senão perde um pouco de urina. -Homens: incontinência por transbordamento na HPB (hiperplasia prostática benigna) → pode evoluir, nos dois casos, para problemas sérios nos rins. Importante perguntar, porque às vezes ele esta urinando por transbordamento e está ficando urina retida. -Incontinência fecal: menos prevalente, geralmente acompanha a urinária → consistência das fezes. -Maneira como uma pessoa vivencia e expressa o seu sexo -Ato sexual → tabu, mito da velhice assexuada. -Alterações por fatores orgânicos, emocionais, sociais e culturais. -Orgânicos: problemas hormonais, doenças do aparelho geniturinário, doenças cardiovasculares, doenças cerebrais, diabetes, DPOC, depressão, medicamentos. São fatores que podem diminuir o libido, ou causam disfunção erétil. -Socioculturais: viuvez, separação, doença do parceiro, desejo de renunciar à vida sexual. -4 fases: excitação (mais demorada), platô (melhor controlado), orgasmo (orgasmo seco) e resolução (prolongado - dias, até semanas) -Idosos podem apresentar infecção sem febre -Mais frequente ser acompanhada de confusão mental, delírios e alucinações. -Limiar de dor aumenta, ele precisa de um estimulo maior para sentir a dor. -Quando tem dor, nível de tolerância menor e reação mais acentuada. -Manifestações atípicas e mal localizadas. -Menopausa, aposentadoria, doença ou morte do cônjuge e/ou filhos, diagnóstico de doença incapacitante ou terminal e o ‘’ninho vazio’’.(Os filhos saem de casa). -Período para o ajustamento, o qual ele precisa de um período para ele se ajustar a nova fase. Esse tempo é de 6 meses. -Fases pós-diagnóstico de doença avançada: negação, raiva, barganha e introspecção até aceitação. -Estado de saúde dos descendentes. Perguntar doenças frequentes na família. -Experiências, expectativas e atitudes do paciente em relação às doenças e à morte. Como ele age, se ele já pensou em morrer, se já pensou em se matar ou pensou como fazer isso. -Hábitos alimentares. Perguntar sobre a alimentação, se bebe agua. -Condições de trabalho -Prática de atividade física -Vícios. Se fuma, quantos cigarros e se parou quanto tempo faz. -Tipo de habitação, existência de escadas, localização dos banheiros -Paciente reside sozinho ou com familiares -Condições financeiras e quem administra as finanças -Condições de saúde das pessoas que dão apoio ao idoso → estresse do cuidador • Acentuação das curvas da coluna • Marcha alterada • Fácies - algumas fácies típicas podem não ocorrer no idoso • Peso - aumento até 60 anos e em seguida redução lenta e gradual • Altura, reduz 1 cm por deca a partir dos 40 anos • IMC - corte < 22 para desnutrição • Hidratação, avaliar em baixo da língua. -Alterações decorrentes do envelhecimento -Lesões sugestivas de maus tratos -Úlceras por pressão -Condições de higiene -Hipertensão sistólica isolada do idoso é comum por causa do enrijecimento natural da parede do vaso sanguíneo. Diastólica normal. -PA em decúbito dorsal após 2 a 3 min de repouso -PA com o paciente sentado e após ficar em pé, com intervalo de 1 a 3 min. -Contar a FC em todas as etapas (normal elevar 6 a 12 bpm na posição ereta. Sem alteração - dano SNA, aumento > 20 bpm - hipovolemia). -Pseudo-hipertensão – paciente piora quando a pressão melhoraExame de cabeça e pescoço -Alterações do tamanho do crânio - Paget -Condições dos dentes e das próteses (retirar para exame) -Pescoço ─ palpar tireóide, palpação e ausculta de pulsos arteriais, palpar cadeias ganglionares e parótida. Exame do tórax -Cifose e aumento do diâmetro anteroposterior -Examinar mamas em mulheres -Dados do exame pulmonar inalterados, no máximo diminuição do MV -Palpação do ictus cordis cada vez mais difícil -Bulhas cardíacas podem ser hipofonéticas -B4 pode surgir sem significado patológico. Ela surge com o enrijecimento da musculatura cardíaca. -Sopro ejetivo aórtico ou regurgitativo mitral podem surgir sem alteração funcional. -Sopros diastólicos sempre patológicos Exame do abdome -Palpar e auscultar trajeto da aorta abdominal -Palpação suprapúbica - bexigoma -Toque retal - doenças prostáticas, fecalomas, neoplasias de reto. Exame das extremidades -Deformidades, como arqueamento da perna por alteração da tíbia - PAGET -Nódulos de Heberden e Bouchard -Deformidades em pescoço de cisne e casa de botão, desvio ulnar dos dedos, atrofia dos músculos interósseos -Sinais de inflamação e isquemia -Trofismo muscular -Palpar pulsos -Pesquisar edemas e veias varicosas Exame neurológico -Deve ser sempre realizado, independente da queixa. -Avaliar função mental -Examinar nervos cranianos, principalmente motricidade ocular (idosos apresentam maior dificuldade com o olhar vertical, principalmente para cima) -30-40% apresentam rigidez de nuca decorrente de osteoartrose da coluna cervical -Reflexos profundos podem estar diminuídos -Sinais de comprometimento piramidal e extrapiramidal
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