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Aula 02 Semiologia do Idoso II

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• Idade cronológica com pouca ou nenhuma relação com as 
condições clínicas e prognóstico do paciente. O grupo dos idosos é 
muito abrangente. 
• Quanto maior a idade, maior o risco de invalidez → maior 
ocorrência de doenças graves. 
• Preconceitos em relação à velhice ─ outras pessoas ou do 
próprio idoso que se acha muito velho. 
• Envelhecer não é tornar-se criança novamente. O idoso é bem 
diferente da criança, então, não devemos tratar ele como uma. 
• Respeitar a opinião do paciente. Se esse idoso tem condições 
cognitivas, cabe a ele decidir. 
• Na maioria das vezes, os sintomas não são explicados por uma 
única doença; Tem que ver todo o contexto, não só a doença, 
mas medicamentos, estilo de vida, etc. 
 
• Tendência a ter múltiplas doenças 
• Tendência a ter doenças crônicas 
• Os sintomas da doença atual podem ser alterados por doenças 
preexistentes 
• As primeiras manifestações de uma doença podem aparecer 
somente em fases avançadas 
• Tendência a ter doenças agudas mais graves e de recuperação 
mais lenta 
• Tendência a ter doenças com apresentação clínica atípica 
• Tendência a ter deficiências funcionais que comprometem a 
capacidade de viver independentemente 
• Maior risco de sofrer iatrogenia. Qualquer alteração causada no 
paciente pela má prática medica 
 
• Pode parecer difícil 
• História geralmente é longa e demanda vários encontros para 
ser completada 
• Algumas vezes a entrevista por si só pode ser terapêutica. 
(Alguns idosos são carentes de atenção.) 
• Ideal é que o idoso seja avaliado por uma equipe multiprofissional 
• Assegurar-se da confiabilidade das informações. 
• Medicamentos usados atualmente e recentemente, e sempre 
perguntar insistentemente sobre automedicação. 
 
 
 
 
 Paciente informa pouco sobre sua doença, 
 causas:
-A doença é aceita como inevitável 
-A doença é considerada uma consequência natural do processo 
de envelhecimento 
-O paciente é intimidado por um médico apressado 
-O paciente nega que esteja doente, porque acha que a doença é 
um sinônimo de fraqueza. 
-O paciente tem medo de fazer grandes gastos caso esteja 
doente 
-O paciente teme as consequências de informar os seus 
sintomas (exames, medicamentos, cirurgias) 
 
Doenças de apresentação atípica 
-Limiar aumentado para dor faz parte do processo de 
envelhecimento, ou seja, ele tolera mais a dor, então quando ele 
reclama de dor já está mais intensa e a doença pode está mais 
grave. 
-O paciente restringe as atividades físicas, por isso não 
apresenta sintomas. 
 
Apresentações inespecíficas das doenças 
agudas 
-Infecções, insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio 
manifestando-se somente com confusão mental, queda ou 
incontinência. 
 
Barreiras de comunicação 
-Desconforto, problemas de linguagem, deficiências sensoriais e 
deficiências cognitivas. 
 
 História extensa e queixas mal 
 caracterizadas
-Múltiplas doenças interagindo, não é só uma queixa, são varias. 
 
 
 
 
Semiologia do idoso 
• Diminuição de memória → quem vai reclamar da falta de 
memória? O que o paciente está esquecendo? Detalhar; O quanto 
isso interfere nas atividades rotineiras do idoso 
(comprometimento funcional); Perguntar se conta a mesma coisa 
toda hora, esquece algo no fogo, etc. 
• Distúrbios de comportamento e deambulação excessiva. 
Começam a andar pelado, por exemplo. 
• Tonturas, alterações de marcha (dificuldade para andar) e 
quedas → tontura ou vertigem? Sensação de que vai desmaiar? 
Tontura rotatória? Tontura com desequilíbrio? Detalhar como é a 
tontura; detalhar como é a alteração de marcha; ele cai mais do 
que 1 vez no ano anterior? o que causou a queda? 
• Perdas sensoriais (sobre os sentidos) dificuldade para enxergar 
(curta ou longa distância?), dificuldade para escutar (presbiacusia 
- escuta, mas não entende) 
• Condições dos dentes e da boca. Perguntar se usa prótese, se 
a dentadura esta normal, se não esta machucando. 
• Perda de peso (> 5% em 1 mês, > 7% em 3 meses, > 10% em 
6 meses) → perda ponderal, é uma perda significativa 
• Modificações do sono 
• Fadiga, cansaço, fraqueza, etc. 
 
3 Ds da Geriatria 
• Delirium 
• Demência 
• Depressão 
 
5 Is da geriatria 
• Iatrogenia 
• Instabilidade postural, que é o que leva a quedas. 
• Insuficiência cognitiva, que é demência. 
• Imobilidade 
• Incontinência urinária/fecal 
Incontinência urinária/fecal 
-Mulheres: IU de esforço por frouxidão da musculatura pélvica. 
Por exemplo, você perde urina quando espirra, ou então tem que 
correr para o banheiro porque senão perde um pouco de urina. 
-Homens: incontinência por transbordamento na HPB (hiperplasia 
prostática benigna) → pode evoluir, nos dois casos, para 
problemas sérios nos rins. Importante perguntar, porque às 
vezes ele esta urinando por transbordamento e está ficando 
urina retida. 
-Incontinência fecal: menos prevalente, geralmente acompanha a 
urinária → consistência das fezes. 
 
 
-Maneira como uma pessoa vivencia e expressa o seu sexo 
-Ato sexual → tabu, mito da velhice assexuada. 
-Alterações por fatores orgânicos, emocionais, sociais e culturais. 
-Orgânicos: problemas hormonais, doenças do aparelho 
geniturinário, doenças cardiovasculares, doenças cerebrais, 
diabetes, DPOC, depressão, medicamentos. São fatores que 
podem diminuir o libido, ou causam disfunção erétil. 
-Socioculturais: viuvez, separação, doença do parceiro, desejo de 
renunciar à vida sexual. 
-4 fases: excitação (mais demorada), platô (melhor controlado), 
orgasmo (orgasmo seco) e resolução (prolongado - dias, até 
semanas) 
 
-Idosos podem apresentar infecção sem febre 
-Mais frequente ser acompanhada de confusão mental, delírios e 
alucinações. 
-Limiar de dor aumenta, ele precisa de um estimulo maior para 
sentir a dor. 
-Quando tem dor, nível de tolerância menor e reação mais 
acentuada. 
-Manifestações atípicas e mal localizadas. 
-Menopausa, aposentadoria, doença ou morte do cônjuge e/ou 
filhos, diagnóstico de doença incapacitante ou terminal e o ‘’ninho 
vazio’’.(Os filhos saem de casa). 
-Período para o ajustamento, o qual ele precisa de um período 
para ele se ajustar a nova fase. Esse tempo é de 6 meses. 
-Fases pós-diagnóstico de doença avançada: negação, raiva, 
barganha e introspecção até aceitação. 
-Estado de saúde dos descendentes. Perguntar doenças 
frequentes na família. 
-Experiências, expectativas e atitudes do paciente em relação às 
doenças e à morte. Como ele age, se ele já pensou em morrer, 
se já pensou em se matar ou pensou como fazer isso. 
-Hábitos alimentares. Perguntar sobre a alimentação, se bebe 
agua. 
-Condições de trabalho 
-Prática de atividade física 
-Vícios. Se fuma, quantos cigarros e se parou quanto tempo faz. 
-Tipo de habitação, existência de escadas, localização dos 
banheiros 
-Paciente reside sozinho ou com familiares 
-Condições financeiras e quem administra as finanças 
-Condições de saúde das pessoas que dão apoio ao idoso → 
estresse do cuidador 
• Acentuação das curvas da coluna 
• Marcha alterada 
• Fácies - algumas fácies típicas podem não ocorrer no idoso 
• Peso - aumento até 60 anos e em seguida redução lenta e 
gradual 
• Altura, reduz 1 cm por deca a partir dos 40 anos 
• IMC - corte < 22 para desnutrição 
• Hidratação, avaliar em baixo da língua. 
-Alterações decorrentes do envelhecimento 
-Lesões sugestivas de maus tratos 
-Úlceras por pressão 
-Condições de higiene 
-Hipertensão sistólica isolada do idoso é comum por causa do 
enrijecimento natural da parede do vaso sanguíneo. Diastólica 
normal. 
-PA em decúbito dorsal após 2 a 3 min de repouso 
-PA com o paciente sentado e após ficar em pé, com intervalo 
de 1 a 3 min. 
-Contar a FC em todas as etapas (normal elevar 6 a 12 bpm na 
posição ereta. Sem alteração - dano SNA, aumento > 20 bpm - 
hipovolemia). 
-Pseudo-hipertensão – paciente piora quando a pressão melhoraExame de cabeça e pescoço 
-Alterações do tamanho do crânio - Paget 
-Condições dos dentes e das próteses (retirar para exame) 
-Pescoço ─ palpar tireóide, palpação e ausculta de pulsos 
arteriais, palpar cadeias ganglionares e parótida. 
Exame do tórax 
-Cifose e aumento do diâmetro anteroposterior 
-Examinar mamas em mulheres 
-Dados do exame pulmonar inalterados, no máximo diminuição do 
MV 
-Palpação do ictus cordis cada vez mais difícil 
-Bulhas cardíacas podem ser hipofonéticas 
-B4 pode surgir sem significado patológico. Ela surge com o 
enrijecimento da musculatura cardíaca. 
-Sopro ejetivo aórtico ou regurgitativo mitral podem surgir sem 
alteração funcional. 
-Sopros diastólicos sempre patológicos 
Exame do abdome 
-Palpar e auscultar trajeto da aorta abdominal 
-Palpação suprapúbica - bexigoma 
-Toque retal - doenças prostáticas, fecalomas, neoplasias de 
reto. 
Exame das extremidades 
-Deformidades, como arqueamento da perna por alteração da 
tíbia - PAGET 
-Nódulos de Heberden e Bouchard 
-Deformidades em pescoço de cisne e casa de botão, desvio 
ulnar dos dedos, atrofia dos músculos interósseos 
-Sinais de inflamação e isquemia 
-Trofismo muscular 
-Palpar pulsos 
-Pesquisar edemas e veias varicosas 
Exame neurológico 
-Deve ser sempre realizado, independente da queixa. 
-Avaliar função mental 
-Examinar nervos cranianos, principalmente motricidade ocular 
(idosos apresentam maior dificuldade com o olhar vertical, 
principalmente para cima) 
-30-40% apresentam rigidez de nuca decorrente de 
osteoartrose da coluna cervical 
-Reflexos profundos podem estar diminuídos 
-Sinais de comprometimento piramidal e extrapiramidal

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