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O delirium é uma síndrome neuropsiquiátrica transitória e flutuante, com início súbito, que se caracteriza por declínio cognitivo global do nível de consciência e da atenção, atividade psicomotora aumentada ou diminuída, e alteração do ciclo sono-vigília. Estado confusional agudo → confusão mental aguda, insuficiência cerebral aguda, psicose aguda da UTI, encefalopatia aguda. - Alteração cognitiva aguda e de caráter flutuante (ao longo do dia e dos dias); -Déficit de atenção -Desorganização do pensamento -Alteração do nível de consciência -Distúrbios de atividade psicomotora -Prejuízo de memória -Desorientação têmporo-espacial -Alteração de ciclo sono-vigília -Distúrbios sensoriais (dificuldades de escutar, enxergar...) - É considerada uma emergência psiquiátrica -“É um presságio de mal prognóstico” -Mortalidade ─ 25 a 33% -Aumenta o risco de quedas, perda cognitiva e funcional. -Acomete principalmente idosos internados (15 a 50%) -Aumenta a duração e os custos da internação hospitalar -É um medidor de Qualidade de Atendimento Hospitalar -Entre 32-66% dos casos não são identificados -Mecanismo fisiopatológico exato causador de delirium permanece indefinido - Principal hipótese - inflamação dos neurotransmissores Delirium Hipoativo - Letargia - Funcionamento psicomotor reduzido - Sonolência excessiva - Déficit claro de atenção Delirium Hiperativo - Agitação - Funcionamento psicomotor aumentado - Insônia - Alucinações visuais e auditivas - Agressividade, raiva, euforia, ansiedade. • Idade avançada • Sexo masculino • Comprometimento funcional • Mobilidade limitada • História de quedas • Prejuízo sensorial - Deficiência visual - Deficiência auditiva • Medicamentos psicoativos (antidepressivos, etc..) • Polifarmácia • Uso de álcool ou drogas ilícitas • Multimorbidades • Depressão • Doença grave • Doença renal ou hepática • Doença neurológica • História prévia de delirium • Doença que limita a vida • Fatores ambientais: tempo, local, pessoas (que horas são, que dia é hoje, está de dia ou de noite, as pessoas conhecidas estão longe) • Dor • Privação de sono • Infecções • Imobilização • Procedimentos cirúrgicos • Sondas e Drenos • Distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos • Insultos neurológicos • Abstinência • Eventos cardiorrespiratórios agudos • Estresse emocional • Contenção física • Medicamentos de uso inapropriado • Associações de medicamentos • Múltiplos medicamentos Manejo do delirium na enfermaria - Anti-histamínicos - Opióides - Benzodiazepínicos - Anticolinérgicos - Sedativos - Antidepressivos - Corticóides - Relaxantes musculares - Antieméticos Anamnese: - Revisão de medicações Exame físico geral + neurológico breve Exames complementares - Hemograma completo - Creatinina, ureia - Eletrólitos, cálcio - Glicemia capilar - Urina tipo I, urocultura - Radiografia de tórax - Eletrocardiograma - Situações específicas • Orientação adequada no tempo e no espaço • Promoção da interação com familiares mais próximos • Corrigir déficits sensoriais • Evitar desidratação e constipação • Evitar hipóxia • Encorajar mobilização precoce no leito • Avaliar e tratar possíveis infecções • Evitar cateterizações desnecessárias • Avaliar continuamente sinais verbais e não verbais de dor • Iniciar e reavaliar continuamente a analgesia instituída • Suplementação nutricional adequada entre as refeições • Encorajar a presença de familiares durante as refeições • Promover bons padrões de sono • Evitar coleta de sinais vitais, cuidados de enfermagem e principalmente procedimentos invasivos nos períodos de sono. • Reduzir o ruído ambiental para um mínimo possível durante o sono Prevenção é a melhor estratégia de combate ao delirium e essas medidas devem fazer parte do tratamento para reverter o delirium • Reservado aos pacientes cujos sintomas do delirium oferecem perigo à integridade física do paciente ou equipe que o assiste ou que oferece risco de interrupção do tratamento essencial - Agitação intensa - Sintomas psicóticos importantes Pouco consenso Antipsicóticos: “off-label” - fora de bula Qual o melhor ? Haloperidol Quetiapina Risperidona Olanzapina Benzodiazepínicos são utilizados em: - Utilizados apenas em pacientes com delirium tremens: relacionado à abstinência de álcool e drogas - Utilizado em pacientes com delirium causado por abstinência de benzodiazepínicos e barbitúricos - Estudo recente - • Benzodiazepínicos podem cursar com efeito paradoxal, ao invés de sedar vai agitar. • Anti-histamínicos devem ser evitados no tratamento de agitação • Contenção física deve ser instituída como última alternativa -Morte -Maior chance de ser institucionalizado -Maior risco de quedas -Maiores chances de apresentar ulceras por pressão -Distúrbio cognitivo/funcional -Internação -Fragilidade
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