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A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO

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1
A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
 
RESUMO: Este artigo surgiu com o objetivo de destacar a importância da atuação do profissional de psicopedagogia, no tratamento ou educação de crianças com transtornos do espectro do autismo (TEA); oferecendo um diagnóstico preciso e escolhendo um tratamento apropriado.
A psicopedagogia surge como uma nova ciência para identificar as dificuldades, os distúrbios que interferem na assimilação de conteúdos nos processos de aprendizado humano, orientando-os a solucionar as dificuldades de aprendizado.
A pesquisa caracteriza-se como uma revisão de literatura, utilizando bancos de dados eletrônicos, scielo e literatura de outros autores sobre o tema.
Palavras-chave: autismo- aprendizagem -psicopedagogia - transtornos
ABSTRACT: This article appeared with the objective of highlighting the importance of the performance of the professional of psychopedagogy, regarding the treatment or education of children with autism spectrum disorders (ASD); offering an accurate diagnosis and choosing an appropriate treatment.
Psychopedagogy comes as a new science to identify the difficulties, the disorders that interfere in the assimilation of contents in the human learning processes, guiding them to solve the learning difficulties.
The research is characterized as a literature review, using electronic databases, scielo and other authors' literature concerning the topic.
Keywords: autism- learning -psychopedagogy -disorders
* Shirley Gley Aparecida Santos - Graduada em Serviço social e pós-graduanda em psicopedagogia clínica e Institucioal.[footnoteRef:1] [1: ] 
INTRODUÇÃO 
O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito da ciência, divergências e grandes questões por responder. Há dezoito anos, quando surgiu a primeira associação para o autismo no país, o autismo era conhecido por um grupo muito pequeno de pessoas, entre elas poucos médicos, alguns profissionais da área de saúde e alguns pais que haviam sido surpreendidos com o diagnóstico de autismo para seus filhos. Atualmente, embora o autismo seja bem mais conhecido, tendo inclusive sido tema de vários filmes de sucesso, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança que tem autismo ter uma aparência totalmente normal. Ultimamente não só vem aumentando o número de diagnósticos, como também estes vêm sendo concluídos em idades cada vez mais precoces, dando a entender que, por trás da beleza que uma criança com autismo pode ter e do fato de o autismo ser um problema de tantas faces, as suas questões fundamentais vêm sendo cada vez reconhecidas com mais faci11 lidade por um número maior de pessoas. Provavelmente é por isto que o autismo passou mundialmente de um fenômeno aparentemente raro para um muito mais comum do que se pensava. O autismo intriga e angustia as famílias nas quais se impõe, pois a pessoa portadora de autismo, geralmente, tem uma aparência harmoniosa e ao mesmo tempo um perfil irregular de desenvolvimento, com bom funcionamento em algumas áreas enquanto outras se encontram bastante comprometidas.
O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, nos Estados Unidos, pelo médico austríaco Leo Kanner. Em 1944, Hans Asperger, também médico e austríaco, descreveu na Áustria os sintomas de autismo de maneira muito semelhante à de Kanner, mesmo sem ter havido nenhum contato entre eles. Em 18 de outubro de 1961, no Reino Unido, Helen Allison falou ao programa “Women’s Hour” da BBC de Londres sobre Joe, seu filho com autismo. Apesar de o autismo ser praticamente desconhecido na época, a entrevista de Helen provocou um tremendo impacto: ao término do programa seguiu-se um mar de cartas de pais que identificaram, em seus filhos, os mesmos sintomas descritos por Helen. A conscientização gerada pela entrevista fez com que pais se reunissem na casa de um deles e, no início de 1962, fundassem a primeira associação no mundo de pais de crianças com autismo, a National Autistic Society. A NAS começou estabelecendo três objetivos principais: abrir uma escola para crianças com autismo, uma residência para os adultos e criar um serviço de informação e apoio para outros pais. Em 14 de fevereiro de 1963, os pais fundadores da NAS decidiram dar à associação uma marca. Concordaram que a melhor tradução do autismo para a sociedade seria uma peça de quebra-cabeça.
 METODOLOGIA 
A metodologia utilizada para essa pesquisa foi à utilização de livros específicos sobre a psicopedagogia e autismo. Foi feito um estudo de literaturas bibliográficas onde ara obtivemos de respostas para a resolução do problema. Destaca-se como principais teóricos: Nádia Bossa, que aborda especificamente sobre a história da psicopeagogia no Brasil e outros autores que abordam sobre a história e tratamento do autismo.
 A HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
A psicopedagogia no Brasil remete ao seu histórico na Argentina, devido ao acesso fácil à literatura, as idéias argentinas têm influenciado a prática dos brasileiros. Antigamente os problemas de aprendizagem eram considerados como fatores orgânicos e determinava a forma de tratamento, inclusive no Brasil. Só na década de 70 é que foi difundida a idéia de que esses problemas eram causados devido a uma disfunção neurológica não detectável em exame clínico, chamada de disfunção cerebral mínima (DCM). Cypel apud Bossa (2007), relata que em curto espaço de tempo pais e professores adotaram o rótulo DCM para qualquer problema de aprendizado sem antes terem o diagnóstico médico. A autora Nadia Bossa (2007), é uma das grandes historiadoras da Psicopedagogia no Brasil. Vejamos alguns dos principais fatos e descobertas que ela destaca: No início da década de 80, começa a se configurar uma teoria sóciopolítica a respeito do “problema de aprendizagem escolar”, que passou a ser chamado de “problema de ensinagem”. Em 1970, surgiram os primeiros cursos de especialização em psicopedagogia no Brasil, idealizados para complementar a formação dos psicólogos e educadores que buscavam solucionar certos problemas. Eles foram estruturados com base em conhecimentos científicos e dentro de um contexto histórico. Entretanto, antes desses cursos, surgiram alguns grupos de profissionais que atuavam com a problemática de aprendizado no sentido de organizar os núcleos para estudos e aprofundamentos, como o professor Júlio Bernaldo de Quirós, médico e professor de Buenos Aires, dedicou aos estudos de leitura-escrita durante muitos anos e realizou pesquisas na Argentina e publicou-os nas décadas de 50 e 60 e essas foram baseadas em sua experiência. Em 1967, foi desenvolvido pelo CPOE um curso com duração de dois anos para professores especializados no atendimento psicopedagógico 16 das clínicas de leitura, supervisionado por ele, que publicou vários livros e seu objetivo era focar questões relacionados à linguagem e a aprendizagem. E em 70, fez uma conferência pelo Brasil. Tivemos também profissionais de Porto Alegre que organizaram centro de estudos destinados à formação em psicopedagogia. O professor Nilo Fichtner fundou o Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógicos no RS. Essa formação dá-se um quadro de referências baseado em um modelo médico de atuação. Em 1954, foi patrocinado pelo Centro de Pesquisas e Orientação Educacional (CPOE) da Secretaria de Educação e Cultura, o primeiro registro de um curso de orientação psicopedagógica pelas coordenadoras Aracy Tabajara e Dorothy Fossati e foi criado o Departamento de Educação Especial, orientado para o atendimento com crianças excepcionais.
Em 1979, foi criado o primeiro curso de psicopedagogia no Instituto Sedes Sapientiae em SP pela pedagoga e psicodramatista Maria Alice e pela diretora do Instituto Madre Cristina Sodré.O objetivo desse curso era valorizar a ação do educador. Ele começou abordando o tema da reeducação em psicopedagogia, depois assumiu um caráter terapêutico com aprofundamento nos aspectos afetivos da aprendizagem. Daí em diante, as mudanças continuam e com espaço para refletir e praticar a psicopedagogia. 
De acordo com Bossa (2007), a psicopedagogia, enquanto área implica o exercício de uma profissão (que ainda não está registrada legalmente), ou seja, uma forma específica de atuação. Ela surge como compromisso de contribuir para a compreensão do processo de aprendizagem e identificação dos fatores facilitadores e comprometedores do processo. A grande necessidade de uma ação efetiva fica evidenciada no interesse que tem havido pela psicopedagogia no país.
Conforme Scoz apud Bossa (2007), “a psicopedagogia no Brasil é a área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades” (p.56). E em uma ação profissional deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os.
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO
O psicopedagogo é um profissional indispensável,altamente relevante na atuação da vida da criança com TEA. Se pensarmos sem a participação desse profissional, provavelmente estaremos bloqueando a possibilidade dessas crianças terem assegurado um processo de aprendizagem mais significativo e lúdico, sua socialização mais fidedigna, seu desempenho cognitivo reabilitado e a descoberta de seus estímulos assegurada com resultados extraordinários; ou seja, perde-se a qualidade do atendimento multidisciplinar e a oportunidade de otimizar todo processo da aprendizagem e do desenvolvimento desse individuo.
Por ser um profissional de investigação na relação da criança com a aprendizagem e suas dificuldades, ele identifica e atua nas causas que promovem esse insucesso, orientando os profissionais envolvidos com a criança e seus familiares, tornando a vida dessa criança mais saudável. O importante é valorizar todo o conhecimento que essa criança traz do seu mundo, considerando suas experiências, aprendendo com ela, respeitando suas limitações e favorecendo uma relação de confiança e prazer.
Compete ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, para que este tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais.
Conscientizar o profissional e todos envolvidos sobre a grande relevância do psicopedagogo na vida da criança com TEA é em que consiste este artigo.Bossa(1994, p. 66)diz: (…) “a de socializar os conhecimentos disponíveis, promover o desenvolvimento cognitivo e a construção de regras de conduta, dentro de um projeto social mais amplo”(…). Não é colocá-lo em nosso mundo, mas dar a ele o direito de ser inserido de maneira estrutural, contextualizado e organizado, nessa nova visão de vida.
.
OBJETO DE ESTUDO DO PSICOPEDAGOGO
De acordo com BOSSA (2000) A psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, que vem de uma demanda o problema de aprendizagem. Como se preocupa com esse problema, deve ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem, estudando assim as características da mesma. É necessário dizer que a Psicopedagogia é conhecida como a ciência que atende crianças com dificuldades de aprendizagem. É provàvel de que as dificuldades, distúrbios ou patologias podem aparecer em qualquer momento da vida e, portanto, a Psicopedagogia não faz distinção de idade ou sexo para o atendimento.
A aprendizagem deve ser vista como a atividade de indivíduos ou grupos, que mediante a introduções de informações e o desenvolvimento de experiências, promovem modificações estáveis na personalidade e na dinâmica grupal as quais revertem no trabalhar instrumental da realidade. O objeto central de estudo da psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento.
“Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ações diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar em cada ser humano à medida que ele se incorpora a sociedade.”(BOSSA,1994,pág 51)
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ( TEA)
Histórico 
O termo “autismo” foi introduzido na psiquiatria por Plouller, em 1906, como item descritivo do sinal clínico de isolamento (encenado pela repetição da auto-referência) frequente em alguns casos. Em 1943, Kanner reformulou o termo como distúrbio autístico do contato afetivo, descrevendo uma síndrome com o mesmo sinal clínico de isolamento, então observado num grupo de crianças com idades variando entre 2 anos e 4 meses a 11 anos . Ele apresentou as seguintes características, como parte do quadro clínico que justificava a determinação de um transtorno do desenvolvimento: 
1) extrema difi culdade para estabelecer vínculos com pessoas ou situações; 
2) ausência de linguagem ou incapacidade no uso signifi cati vo da linguagem;
 3) boa memória mecânica; 
4) ecolalia1 ; 
5) repetição de pronomes sem reversão; 
6) recusa de comida; 
7) reação de horror a ruídos fortes e movimentos bruscos;
 8) repeti ção de ati tudes; 
9) manipulação de objetos, do ti po incorporação; 
10) fí sico normal; 
11) família normal. 
Em 1956, ele elege dois sinais como básicos para a identificação do quadro: o isolamento e a imutabilidade e confirma a natureza inata do distúrbio. O quadro do autismo passou, desde então, a ser referido por diferentes denominações, tendo sido descrito por diferentes 1 Genericamente, a ecolalia se caracteriza pela repetição sistemática de palavras ou sílabas do enunciado do interlocutor. Ministério da Saúde 14 15 sinais e sintomas dependendo da classificação diagnóstica adotada a partir dos dois sinais básicos estabelecidos por Kanner. O conceito do Autismo Infantil (AI), portanto, se modificou desde sua descrição inicial, passando a ser agrupado em um contí nuo de condições com as quais guarda várias similaridades, que passaram a ser denominadas de Transtornos Globais (ou Invasivos) do Desenvolvimento (TGD). Mais recentemente, denominaram-se os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) para se referir a uma parte dos TGD: o Autismo; a Síndrome de Asperger; e o Transtorno Global do Desenvolvimento sem Outra Especificação, portanto não incluindo Síndrome de Rett e Transtorno Desintegrativo da Infância. O auti smo é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica. Embora uma etiologia específica não tenha sido identificada, estudos sugerem a presença de alguns fatores genéticos e neurobiológicos que podem estar associados ao autismo (anomalia anatômica ou fisiológica do SNC; problemas const tucionais inatos, predeterminados biologicamente). Fatores de risco psicossociais também foram associados.
 Os sistemas internacionalmente utilizados na classificação desse quadro são o Código Internacional das Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e o Código Internacional de Funcionalidades (CIF). O CID-10 tem dois objeti vos determinados: estudos epidemiológicos gerais e avaliação da assistência à saúde. O seu capítulo V trata dos Transtornos Mentais e Comportamentais, tendo uma subparte dedicada aos Transtornos do Desenvolvimento Psicológico e, nesta parte, uma divisão relati va aos Transtornos Globais do Desenvolvimento (F-84), na qual se alocam: o auti smo infanti l (F84-0) , Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) 16 17 o autismo atí pico (F84-1), a síndrome de Rett (F84-2), a síndrome de Aspeger (F84-5), o Transtorno desintegrati vo da Infancia (F84-3) e o Transtorno Geral do desenvolvimento não especificado (F84-9) . Note-se que, nessa mesma subparte, se alocam: problemas no desenvolvimento de fala e linguagem (F-80); no desenvolvimento das habilidades escolares (F-81); e no desenvolvimento motor (F-82), compondo uma classificação geral dos problemas do desenvolvimento.
DiretrizesDiagnósticas dos TEA Toda pessoa com suspeita de apresentar um dos TEA deve ser encaminhada para avaliação diagnóstica. O diagnóstico é essencialmente clínico e, nesse sentido, não deve prescindir da participação do médico especialista (psiquiatra e/ou neurologista), acompanhado de equipe interdisciplinar capacitada para reconhecer clinicamente tais transtornos. A equipe deverá contar com, no mínimo: médico psiquiatra ou neurologista, psicólogo e fonoaudiólogo. Cada profissional, dentro de sua área, fará sua observação clínica.
CAUSAS DO AUTISMO 
As causas do autismo são desconhecidas. Acredita-se que a origem do autismo esteja em anormalidades em alguma parte do cérebro ainda não definida de forma conclusiva e, provavelmente, de origem genética. Além disso, admite-se que possa ser causado por problemas relacionados a fatos ocorridos durante a gestação ou no momento do parto. Já que as causas não são totalmente conhecidas, o que pode ser recomendado em termos de prevenção do autismo são os cuidados gerais a todas as gestantes, especialmente cuidados com ingestão de produtos químicos, tais como remédios, álcool ou fumo.
ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO COM AUTISTAS
O papel do psicopedagogo frente ao diagnóstico de TEA é de tentar prepara a falta de conhecimento dos familiares e contribuir para ajudar na aprendizagem,no desenvolvimento da autoestima,ajudando a criança autista s se sentir pertecente no ambiente escola e familiar e na sociedade.
 O importante é valorizar todo o conhecimento que essa criança traz do seu mundo, considerando suas experiências, aprendendo com ela, respeitando suas limitações efavorecendo uma relação de confiança e prazer.
Compete ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, para que este tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais
POLÍTICA NACIONAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (Lei 12.764 de 27/12/12), sendo esta considerada Pessoa com Defi ciência para todos os efeitos legais. Esse processo é resultado da luta de movimentos sociais, entre os quais enti dades e associações de pais de pessoas com transtornos do espectro do auti smo que, passo a passo, vêm conquistando direitos e, no campo da saúde, ajudando a construir equidade e integralidade nos cuidados das Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo.
Leis, Portarias, Programas do Governo Federal que as associações para pessoas com autismo e familiares devem conhecer
Lei 13.146 de 06/07/2015 – Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm Leis mais gerais para pessoas com deficiência: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/legislacao
 Lei 12.764 de 11/12/20122 - Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm
 Decreto no 8.368, de 02/12/2014 – Regulamenta a Lei 12.764, de 11/12/2012 http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8368.htm 
Notas Técnicas da Diretoria de Educação Especial do Ministério da Educação, em especial as de No 24/2013 MEC/SECADI/DPEE, Nº 20/2015 MEC/SECADI/DPEE, Nº 15/2010 MEC/CGPEE/GAB, SEEESP/GAB 11/2010, Nº 55/2013 MEC/SECADI/DPEE http://seeensinoespecial.educacao.mg.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=172 3&Itemid=100127 
Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) – Lei nº 13.019 de 31/07/2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm 
Decreto nº 8.726 de 27/04/2016 – Regulamenta a Lei nº 13.019 de 31/07/2014 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Decreto/D8726.htm
 Manuais e Cartilhas Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo – Ministério da Saúde (publicado em 2013, passou por consulta pública) http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_image ns-filefield-description%5D_85.pdf 
Linha de cuidado para a Rede Psicossocial do SUS ( versão 2015) http://autismo.org.br/site/images/Downloads/linha_cuidado_atencao_pessoas_transtorno.pdf
AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS 
A criança com necessidades educacionais especiais por apresentar autismo, do nascimento aos três anos de idade, precisa que lhe seja ensinado quase tudo o que uma criança normal aprende espontaneamente por meio da observação, e da experiência.
A inserção dessas crianças na creche deve ser cuidadosamente planejada porque: 
· a criança tem problemas de interação social que não se resolvem simplesmente por estar cercada de outras crianças 
· a criança não aprende por exploração do ambiente ou por observação voluntária, 
· o tempo é um elemento crucial e irreversível.
 MÉTODO TEACCH
O método TEACCH foi desenvolvido na década de sessenta no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, representando, na pr·tica, a resposta do governo ao movimento crescente dos pais que reclamavam da falta de atendimento educacional para as crianças com autismo na Carolina do Norte e nos Estados Unidos. Com o tempo, o TEACCH foi implantado em salas especiais em um n˙mero muito grande de escolas públicas nos Estados Unidos. Essa implantação se deu com tal empenho, tanto dos professores quanto do Centro TEACCH da Carolina do Norte, que permitiu que esse método fosse sendo aperfeiÁoado por meio do interc‚mbio permanente entre a teoria do Centro e a prática nas salas de aula. O ponto de partida foi o estabelecimento de uma vis„o realista dessa criança, a princípio muito inteligente, mas fechada em uma redoma de vidro, isto é, incomunicável por decisão dela própria. Em 1967, quando Alpern começou a testar as crianças a partir de expectativas mais baixas, constatou-se que na maioria dos casos que posteriormente foram identificados como pertencentes ao autismo estavam presentes dificuldades reais de aprendizagem e de comunicão ,o que precisavam ser levadas em conta nas salas de aula. O método TEACCH utiliza uma avaliação, o denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança e determinar seus pontos fortes e de maior interesse, e suas dificuldades, e, a partir desses pontos, montar um programa individualizado. O TEACCH se baseia na adaptação, do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação, ao seu local de trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aluno, o TEACCH visa o desenvolvimento da independência do aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado de atividades novas, mas possibilitando-lhe ocupar grande parte de seu tempo de forma independente. Partindo do ponto de vista de uma compreensão mais aprofundada da criança e das ferramentas de que o professor dispõem para lhe dar apoio, cada professor pode adaptar as idéias gerais que lhe ser„o oferecidas ao espaço de sala de aula e aos recursos disponíveis, e até mesmo as características de sua própria personalidade, desde que, é claro, compreenda e respeite as características próprias de seus alunos.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Este artigo abordou a importância da atuação do Psicopedagogo frente ao tratamento de uma criança com transtorno do espectro autista (TEA), Dentre os vários atendimentos que uma criança autista necessita, é de uma intervenção psicopedagógica, com o intuito de obter um diagnóstico preciso e um tratamento adequado e eficaz em cada caso. Tendo a criança um bom desenvolvimento social,intelectual, e afetivo . 
A psicopedagogia chegou ao Brasil,na década de 70, cujas dificuldades de aprendizagem nesta época eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção cerebral mínima , que neste período, serviu para esconder problemas sociopedagógicos.
 Ela surge para contribuir na compreensão do processo de aprendizagem e identificação das dificuldades..A Psicopedagogia é uma área de estudos e de aplicação específica, uma vez que busca conhecimentos em outros campos, mas cria seu próprio objeto de estudo e delimita seu campo de atuação.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica,com a intenção de se construir uma reflexão da atuação do psicopedagogo frente ao tratamento de crianças com autismo.
Compete ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, para que este tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir as necessidades e os aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais. Discorremos sobre o objeto central de estudo da psicopedagogia que é estruturado em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos e a influência do meio (família, escola, sociedade) em seu desenvolvimento. O histórico e surgimento do autismo suas causas desconhecidas , as características da sindrome e métodos usados para um tratamento mais eficaz. Em 2012 foi instituída a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (Lei 12.764 de 27/12/12), sendo esta considerada Pessoa com Deficiência para todos os efeitos legais, ajudando a construir com equidade e integralidade os cuidados das Pessoas com Transtornos do Espectro do Autismo. 
Portanto, a intervenção psicopedagógica, atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinada criança, viabilizando recursos para atender às suas necessidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAGRÁFICAS
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Mello, Ana Maria S. Ros de;Andrade, Maria América; Chen Ho, Helena; Souza Dias, Inês de Retratos do autismo no Brasil
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáti cas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Auti smo / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáti cas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 
Fonte: http://www.utilitaonline.com.br/2015/07/15/o-papel-psicopedagogo-frente-ao-autismo/
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Lei n°. 9394 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Congresso Nacional, 1996. Acesso em: 28 de Junho de 2016.
GASPARIAN, Maria Cecília Castro. Contribuições do modelo relacional sistêmico para a psicopedagogia institucional, -São Paulo: Lemos Editorial, 1997.
http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_codigo_etica.html >Acesso em: 28 de Junho de 2016.
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BARBOSA, Laura Monte Serrat. A História da Psicopedagogia contou também com       Visca, in Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.

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