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XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 ABEPRO 1 Alinhamento estratégico: estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento. Um estudo exploratório Juaceli Araújo de Lima (UFCG) juaceli@zipmail.com.br Lucia Santana de Freitas (UFCG) lucia196565@hotmail.com Resumo Considerando o relevante papel que representam a formulação e implementação de estratégias no contexto empresarial e a necessidade de que estas estratégias estejam alinhadas entre si, o presente trabalho teve como objetivo verificar o alinhamento estratégico existente entre a estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento em uma empresa manufatureira. Neste estudo tomou-se como referencial teórico o modelo de alinhamento proposto por Chopra e Mendel (2003). A contrastação empírica deu-se através de um estudo de caso de uma indústria de papel e celulose, cujos resultados evidenciaram a existência do alinhamento entre a estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento. Palavras-chave: alinhamento estratégico, estratégia, cadeia de suprimento. 1. Introdução No atual contexto empresarial as organizações enfrentam com maior freqüência ambientes cada vez mais dinâmicos e complexos nos quais a globalização dos mercados, o aparecimento e disseminação de novas tecnologias e a crescente importância da informação e do conhecimento, impõem novos desafios aos administradores, que devem responder mediante a formulação e implementação de estratégias, nos âmbito corporativo, competitivo e funcional. As interfaces das organizações com o ambiente e a capacidade de resposta a suas demandas, são fatores importantes a serem considerados no processo de formulação e implementação de estratégias. Entretanto, para que as estratégias contribuam para o êxito das organizações no processo de intercâmbio com o ambiente, torna-se imprescindível que estas estejam alinhadas entre si. Portanto, dada à relevância do alinhamento entre as estratégias e considerando os vários tipos de estratégias nos diferentes âmbitos, o presente trabalho teve como objetivo verificar o alinhamento estratégico existente entre a estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento, na empresa alvo. 2. Marco teórico As pesquisas que tratam sobre alinhamento estratégico e suas implicações organizacionais são relativamente restritas e recentes. A maior parte dos modelos surgiu a partir da década de noventa. Neste sentido, podemos destacar os estudos de Reich (1992), Walton (1993), Henderson e Venkatraman (1992), Teo (1994) e Chopra e Mendel (2003). O modelo de Reich (1992), está focado nos aspectos do processamento do alinhamento e não nos resultados deste, tratando a perspectiva intelectual, dada pela metodologia de formulação mailto:juaceli@zipmail.com.br mailto:lucia196565@hotmail.com XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 ABEPRO 2 dos componentes estratégicos e compreensão das atividades de planejamento, e a perspectiva social, dada pelo conhecimento dos participantes no processo de planejamento. Portanto, o modelo de alinhamento verifica a consistência entre os objetivos do negócio e os objetivos de tecnologia de informação (Reich, 1992 apud Freitag, 2001) Entretanto, o modelo teórico proposto por Walton (1993) trata do alinhamento entre a estratégia de negócio, estratégia de tecnologia de informação e a estratégia de organização, justificado pela interdependência e influência mútua dessas estratégias. Deste modo, as estratégias de negócio estão imbuídas de aspectos tecnológicos. Estes aspectos e as estratégias de tecnologia de informação utilizadas impactam sobre os negócios, e, ambas estratégias demandam alterações na estrutura e processos organizacionais. Tratando-se do estudo realizado por Henderson e Venkatraman (1992), verifica-se o alinhamento entre as estratégias de negócio e as estratégias de tecnologia de informação, tratado a partir de uma perspectiva de adaptação e mudança contínua. Deste modo, alem de considerar a infra-estrutura de processos da tecnologia de informação e organizacional, os autores incluem dois novos elementos para análise: a adequação estratégica e a integração funcional. O nível de integração entre o planejamento de negócios e o planejamento de sistemas de informações foi estudado por Teo (1994), tratado a partir de uma perspectiva evolucionária, que considera a direção do alinhamento em uma-duas mãos e os níveis de integração ocorridos nas organizações (pré, isolado e integrado), e de uma perspectiva contingencial, dividida em duas partes: organizacional e de sistemas de informações (Reich, 1992 apud Freitag, 2001). Por último, apresenta-se o modelo apresentado por Chopra e Mendel (2003) que trata do alinhamento entre a estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento, no qual estão sentadas as bases teóricas deste trabalho. Segundos esses autores, a estratégia competitiva de uma empresa é definida com base nas prioridades dos clientes, que devem ser satisfeitas por meio dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa, portanto, os clientes tornam-se componentes essenciais da estratégia competitiva. Neste sentido, os aspectos relacionados, direto ou indiretamente, ao atendimento de um pedido de um cliente, são relevantes e de responsabilidade da cadeia de suprimento. Deste modo, a atividade da cadeia de suprimento inicia-se com o pedido do cliente e termina com a satisfação deste. Para tanto, está composta de vários estágios: clientes, varejistas, atacadistas, fabricantes, fornecedores etc. O tipo de cadeia de suprimento a ser adotada vai depender das especificidades de cada empresa assim como as estratégias para cada estágio. Portanto, a estratégia de cadeia de suprimento inclui: estratégia de fornecedor, estratégia de operações e estratégia de logística, assim como, decisões a respeito de estoques, transporte, instalações, fluxo de informação etc. Ressalta-se portanto, a necessidade da compatibilidade entre as prioridades do cliente, satisfeitas pela estratégia competitiva, e as habilidades da cadeia de suprimento, proporcionadas pelas estratégias da cadeia, o que torna imprescindível o alinhamento entre a estratégia competitiva e estratégias da cadeia de suprimento. O alinhamento estratégico se dá quando de ambas estratégias possuem os mesmos objetivos. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 Deste modo, para verificar o alinhamento estratégico, os autores tomam como referência duas variáveis: a primeira, refere-se à incerteza implícita da demanda, dada pela busca do entendimento das várias categorias de clientes e suas diferentes necessidades, portanto, tais necessidades ajudam a empresa a definir o custo desejado e os serviços exigidos, assim como, impactam na incerteza implícita da demanda, uma vez que esta, é afetada pelos atributos desejados pelos clientes. A segunda variável, refere-se a responsividade da cadeia de suprimento, que representa a maneira que uma empresa atende a sua demanda, que vem determinada pela habilidade da cadeia de suprimento para desenvolver suas atividades, tais como: responder a amplos escopos de quantidade exigida, atender com lead times curtos, manejar uma grande variedade de produtos, produzir produtos inovadores, atender a um nível de serviço muito alto,etc. Essas variáveis são medidas por espectros, por um lado o espectro da incerteza implícita da demanda, que aborda quatro diferentes tipos de demanda, onde para cada tipo são consideradas a incerteza da demanda do produto e as diferentes necessidades dos clientes. Assim, em um extremo do espectro se encontra a baixa incerteza implícita da demanda, em seguida, a razoável certeza da demanda, posteriormente, a razoável incertezada demanda, e no outro extremo do espectro a alta incerteza implícita da demanda. Por outro lado, estrutura-se o espectro da responsividade, que procura identificar o grau de responsividade ou eficiência utilizada pelos diferentes tipos de cadeia de suprimento, tomando como referência às implicações dos custos na busca da eficiência e da responsividade. Neste sentido, a eficiência da cadeia de suprimento é vista como o custo de fabricação e entrega do produto ao cliente, de modo que, o aumento dos custos leva a uma redução da eficiência, assim como, o aumento da responsividade incorre em custos adicionais. Portanto, ao longo do espectro se encontram quatro tipos de cadeia de suprimento: muito eficiente, razoavelmente eficiente, razoavelmente responsiva e muito responsiva. Para verificar o alinhamento estratégico entre a estratégia competitiva e as estratégias da cadeia de suprimento é preciso ver a combinação existente entre a responsividade da cadeia e a incerteza implícita da demanda, verificando se está dentro da zona de alinhamento, como mostra o Mapa da Incerteza/Responsividade (Fig.1) exposto abaixo. Muito ABEPRO 3 Muito eficiente Razoavelmente eficiente Razoavelmente responsiva responsiva Baixa incerteza implícita da demanda Razoável certeza da demanda Razoável incerteza da demanda Alta incerteza implícita da demanda Figura I: Mapa da Incerteza/Responsividade Fonte: Chopra e Mendel ( 2003) XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 ABEPRO 4 3. Metodologia O presente estudo é de caráter exploratório (VERGARA, 2000)., tendo em vista que, há pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre alinhamento estratégico, especificamente, o tipo de alinhamento tratado nesta pesquisa Quanto aos meios, o método utilizado foi o estudo de caso, considerando que este método de investigação qualitativa tem sido utilizado na literatura sobre administração de empresas (BONACHE, 1999) e se revelado como um instrumento necessário no processo de experimentação requerido em toda investigação sobre gestão (PRIETO, 1998). Neste sentido, torna-se difícil imaginar que se possa comprovar teorias no campo da administração, se a prova não se realiza dentro do contexto organizacional. Essas provas hão de servir não só para descrever a existência ou não de determinados procedimentos, como também para deduzir e contrastar como e porque certas práticas tem que ser implantadas (KAPLAN, 1986 apud FREITAS, 2001). Portanto, para a contrastação empírica, o caso escolhido foi a Industria de Celulose e Papel da Paraíba S/A - IPELSA, As informações foram obtidas através de entrevistas semi- estruturadas, com os responsáveis pelas atividades da cadeia de suprimento realizadas por esta empresa: suprimentos, produção e transportes, bem como, com a administração geral, além de análise documental e observação direta. A busca das informações concentrou-se nos dados relativos aos clientes: tipos, características, sensibilidades (preço, qualidade, embalagem etc.) oscilações da demanda, entre outros, e, nos dados relativos à cadeia de suprimentos, tomando como referência à proposta de Fischer (1997) adaptada por Chopra e Mendel (2003), a qual permite identificar se a cadeia de suprimentos é responsiva ou eficiente, tomando como referência oito itens: objetivo principal, estratégia de criação do produto, estratégia de preços, estratégia de fabricação, estratégia de estoques, estratégia de lead time, estratégia de fornecedores e estratégia de transportes. 3. Análise dos dados A IPELSA foi fundada em 1960, dedicando seus primeiros dezesseis anos de funcionamento a fabricação de produtos de papéis para embrulhos e embalagens. Entretanto, a partir de 1976, tendo em vista os altos custos do processo de fabricação, devido ao tipo de matéria prima usada (cana-de-açúcar, soda caustica, cal e água) a empresa opta pela fabricação de papel higiênico, utilizando matéria prima reciclada. A partir do início da década de oitenta, com o desenvolvimento da industria dos derivados do petróleo, surgiram as embalagens de sacolas plásticas, muito mais versáteis e com custos inferior as embalagens de papel, o que implicou no declínio da demanda por esse tipo de embalagens. Entretanto, neste mesmo período cresce a demanda regional por papel higiênico. A empresa continuamente tem modernizado seu processo produtivo e incorporadas novas tecnologias ao longo dos anos, o que a levou a manter-se líder do segmento na região nordeste na última década. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 ABEPRO 5 Com base nas informações obtidas e de acordo com o modelo proposto por Chopra e Mendel (2003), pode-se constatar que, por um lado, quanto à perspectiva dos clientes, focada na estratégia competitiva da empresa, a localização desta, no espectro da incerteza implícita da demanda dá-se como razoável certeza da demanda, ressaltando que o papel higiênico é um produto tido como consagrado, pertencente ao do grupo de gênero de primeira necessidade, não podendo faltar como item da cesta básica. Por outro lado, quanto às estratégias utilizadas pela cadeia de suprimento, considerando os estágios realizados na empresa: suprimentos, produção e transporte e tendo em vista o grau de eficiência e responsividade tratado no espectro da responsividade, esta se encontra como razoavelmente eficiente. Entretanto, cabe ressaltar que dos oito itens analisados todos se apresentaram como eficientes, excetuando-se as estratégias de estoque e transporte, que se apresentaram como responsivas. Desta maneira, objetivo principal da empresa (item um) é suprir a demanda com o menor custo possível, uma vez que, a produção de papel higiênico dá-se por escala, isto é, quanto maior o volume de produção maior será a lucratividade, considerando-se que a demanda por esse tipo de produto é relativamente alta. Na estratégia de criação do produto (item dois) a empresa busca maximizar seu desempenho através de constante inovação tecnológica da linha de produção e de um controle intensivo da redução de custos, o que tem levado a redução do custo por produto. Quanto à estratégia de preço (item três) para esse tipo de produto o preço é o impulsionador do cliente, portanto, essa sensibilidade ao preço não permite margens altas de lucratividade, o aumento desta torna-se possível em decorrência de economia de escala. Tratando-se da estratégia de fabricação (item quatro) a prioridade da empresa é reduzir custos e maximizar a utilização da capacidade produtiva, incluindo sua transformação de matéria prima de segunda qualidade para o nível de primeira qualidade, controle da eficiência das máquinas, a reciclagem das sobras de matéria-prima, entre outras. Com relação à estratégia de estoques (item cinco) a empresa mantém estoques reguladores para atender à demanda inesperada ao invés de minimizar os estoques para reduzir os custos. A estratégia de lead time (item seis) está focada na redução deste sem aumentar os custos. Entretanto, a estratégia de fornecedores (item sete) concentra-se na seleção de fornecedores tendo como critérios baixo custo e qualidade. E por último, a estratégia de transporte (item nove) verifica-se que a empresa conta com uma frota de treze caminhões, responsável pela entrega dos produtos e pelo transporte da matéria-prima. Manter uma frota própria, segundo as informações obtidas, torna-se mais barato, tendo em vista, que proporciona maior autonomia, flexibilidade e sinergia das atividades, em relação à contratação de terceiros. Por fim, uma vez localizado os pontos em que a empresa se encontra nos dois espectros, foi possível elaborar o Mapa da Incerteza/Responsividade (Fig. 2), onde se constatou que a estratégia competitiva da empresa está alinhada com asestratégias da cadeia de suprimento, tendo em vista que, o encontro dos dois espectros dá-se dentro da zona de alinhamento. XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 4. Considerações Tomando como bas as estratégias da cad existindo o alinham devem ser revistos, produção, a busca compra. Foi possível tamb perceber os compon de barreiras intraor apud OLIVEIRA e Desta forma, mesm suporte, este trabal tendo em vista o re atual. Porém, os res um estudo de caso. estudo de novos cas Referências bibliog BONACHE, J. (1999) defensas. Cuadernos de CHOPRA S.; MENDE operações. Prentice Hal Muito F ABEPRO 6 finais e o caso estudado, verificou-se que a estratégia competitiva da empresa e eia de suprimentos estão alinhadas. Entretanto, cabe ressaltar, que mesmo ento estratégico, alguns aspectos da cadeia de suprimento desta empresa tais como, aspectos relacionados com a manutenção preventiva da área de de sinergia nas rotas de transporte e maior sincronia nos pedidos de ém confirmar empiricamente que o alinhamento estratégico permite entes de um sistema, a maneira como se conectam, possibilita a redução ganizacionais e melhora a performance da empresa (WALTON, 1993, MINEU, 2002). o considerando algumas limitações do modelo teórico utilizado como ho vem contribuir para ampliar o debate sobre alinhamento estratégico, duzido número de trabalhos na área e a relevância do tema no contexto ultados aqui apresentados não podem ser generalizados, por se tratar de Entretanto, podem servir de fonte para futuras investigações, através do os ou através da ampliação do modelo utilizado. ráficas – El estudio de caso como estrategia de construcción teórica: características,, críticas e Economía y Dirección de la Empresa, n.1, p. 123-140. L, P. (2003) – Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e l, Sao Paulo. Muito eficiente Razoavelmente eficiente Razoavelmente responsiva responsiva Baixa incerteza implícita da demanda Razoável certeza da demanda Razoável incerteza da demanda Alta incerteza implícita da demanda igura II: Verificando o alinhamento no Mapa da Incerteza/Responsividade XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003 ENEGEP 2003 ABEPRO 7 FISHER, M. L. (1997) – What is right supply chain for your product? Harvard Business Review, março-abril, p. 83-93. FREITAG, B.A. (2001) – Alinhamento estratégico entre plano de negócio e tecnologia da informação: um modelo operacional para implementação. Programa de pós-graduação em Administração, Curso de Doutorado em Administração, tese de doutorado, UFRG. FREITAS, L.S. (2001) – Factores determinantes en la evolución de los acuerdos de cooperación. 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