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resumo Direitos Humanos- trabalho luiz henrique teixeira

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Conceitos iniciais 
 
Direitos humanos são um conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, 
concretizam as exigências de dignidade, liberdade e igualdade humanas, as quais devem ser reconhecidas 
positivamente pelos ordenamentos jurídicos em nível nacional e internacional. 
Assim, pode-se dizer que os Direitos Humanos são um conjunto de normas jurídicas que regem 
relações entre indivíduos e instituições e entre os indivíduos em si considerados. Por se tratar de relações 
jurídicas, cada um dos direitos corresponde a obrigações: sua positivação implica obrigações ao Estado tanto 
em garantir o seu exercício quanto em impedir que outrem os viole. 
Nesse sentido, é importante diferenciar as seguintes expressões: 
 
 
DIREITOS DO HOMEM 
Expressão de cunho naturalista - jusnaturalismo. 
 
Direitos naturais do homem, não positivados. 
 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS 
Proteção constitucional. 
Direitos previstos nas Constituições. 
Proteção interna. 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Direitos inscritos e positivados em tratados, ou até mesmo previstos em 
costumes internacionais. 
Proteção internacional da pessoa. 
 
 
 
 
DIREITO HUMANITÁRIO 
Conjunto de normas e medidas que objetivam proteger os Direitos Humanos 
dos envolvidos em tempos de conflitos armados ou de guerra. 
Dentro desta proteção estão abarcados os soldados, os prisioneiros de guerra 
e a população civil. 
O movimento da Cruz Vermelha é um exemplo de organismo ligado ao 
Direito Humanitário. 
Introdução 
EVOLUÇÃO HISTÓR ICA DOS DIREITOS HUMANOS 
 
 
Em razão da interação entre direitos fundamentais e direitos humanos, levando em conta a proteção 
interna daqueles e internacional destes, essas distinções têm cada vez menor significância, emergindo assim 
a denominação "direitos humanos fundamentais". Tal formulação foi historicamente construída e adotada 
com a finalidade de se manter um mínimo ético irredutível, que é a dignidade da pessoa humana. 
Nesse contexto, faz-se necessária a diferenciação, ainda, dos Direitos e Garantias fundamentais: 
 
 
DIREITOS 
São bens e vantagens que podem ser usufruídos pelo indivíduo. 
 
Estão previstos em normas declaratórias. 
 
 
 
GARANTIAS 
São os meios usados para assegurar os direitos. 
 
Estão previstas em normas assecuratórias e podem ser: 
 
o Gerais: quando vedam abusos. 
o Especiais: quando usadas para fazer valer os direitos ou as próprias garantias gerais. 
 
Marcos históricos 
 
 
Para entender a evolução histórica dos direitos humanos, é necessário fixar três marcos 
fundamentais: o Iluminismo, a Revolução Francesa e o término da Segunda Guerra Mundial. Vejamos: 
 
 
 
ILUMINISMO 
 
No Iluminismo foi ressaltada a razão, o espírito crítico e a fé na ciência. Esse movimento 
procurou compreender a essência das coisas e das pessoas, observar o homem natural, e, 
desse modo, chegar às origens da humanidade. 
REVOLUÇÃO 
FRANCESA 
A Revolução Francesa fez nascer os ideais representativos dos Direitos Individuais e Humanos, 
quais sejam, a igualdade, a liberdade e a fraternidade. 
 
 
2ª GUERRA MUNDIAL 
Por fim, com o final da Segunda Guerra Mundial, os homens se conscientizaram da necessidade 
de não se permitir que seres humanos sofressem as atrocidades cometidas pelos nazistas 
contra os judeus e outros grupos de pessoas. 
Assim, houve a criação da Organização das Nações Unidas – ONU e a confecção de inúmeros 
Documentos Internacionais de Direitos Humanos, como "A Declaração Universal de Direitos Humanos", o 
"Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos", o "Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e 
Culturais", entre outros. 
 
 
Atualmente, o termo mais aceito pela doutrina é “dimensões”, uma vez que este carrega a ideia de que os direitos não 
se substituem, mas se agregam. Assim, enquanto “geração” dá a ideia de substituição, “dimensão” denota soma. 
Há que se destacar que, atualmente, entende-se já não ser suficiente à garantia dos direitos civis e políticos a mera 
abstenção estatal, devendo o poder público empreender ações que visem garantir seu efetivo exercício. 
 
 
Para fins didáticos, os Direitos Humanos são sistematizados em grupos organizados a partir do critério 
do momento histórico e político em que foram demandados e incorporados ao ordenamento jurídico. 
Esses grupos são denominados gerações (ou dimensões) de Direitos. 
 
 
Nesse sentido, a divisão entre gerações (ou dimensões) é feita apenas para facilitar o estudo e a 
compreensão do processo histórico de construção dos Direitos Humanos., não havendo superação de uma 
por outra, nem hierarquia entre os direitos. 
 
1 ª d imensão 
 
A 1ª dimensão é a dos direitos civis (direitos do cidadão) e políticos (direitos dos cidadãos de participar 
da ingerência do poder político sobre suas vidas). Essa nova configuração social e política baseada no 
reconhecimento da igualdade entre indivíduos permite ao cidadão definir por quem e como será governado. 
A Declaração de Direitos da Virgínia (EUA, 1776) e a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão 
(França, 1789), produzidas no contexto das revoluções liberais dos séculos XVII e XVIII, são os primeiros 
documentos jurídicos a proclamar que todos os homens nascem livres e iguais, declarando que a liberdade 
e a igualdade são direitos universais extensivos a todos os homens (sem a delimitação da nacionalidade, 
como a Magna Carta fazia com os ingleses). 
Assim, tais documentos delimitaram o que se convencionou chamar LIBERDADES NEGATIVAS, ou 
seja, as liberdades do cidadão exercidas dentro dos limites delineados por abstenções estatais. 
 
Os direitos de 1ª geração integram um contexto político mais amplo, que é o da formação do 
liberalismo, que defende a mínima intervenção do Estado na esfera privada. 
Dimensões de Direitos 
 
 
 
 
2ª dimensão 
 
As intensas desigualdades sociais da época fizeram com que as relações de igualdade meramente 
formal do sistema capitalista industrial liberal, e a demanda por igualdade material originassem os direitos de 
2ª dimensão, quais sejam, os direitos econômicos, sociais e culturais. Tais direitos são associados ao direito 
à igualdade em sua dimensão material com base no princípio da isonomia, segundo o qual deve-se tratar 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades. 
Assim, dos documentos produzidos nesta geração constavam não somente previsões dos direitos 
de 1ª geração decorrentes de deveres de abstenção do Estado, mas também previsões de PRESTAÇÕES 
POSITIVAS do Estado no sentido de assegurar, sempre que necessário, tratamento desigual para os 
desiguais, sempre com o escopo de reduzir tais desigualdades. 
 
3ª dimensão 
 
No final do século XX surge a demanda pelo reconhecimento dos direitos que passariam a ser 
chamados de 3ª dimensão. São os direitos difusos. Assim como os direitos de 1ª dimensão são identificados 
como os direitos de liberdade, e os de 2ª dimensão, direitos de igualdade, os de 3ª dimensão vêm sendo 
denominados direitos de solidariedade ou de fraternidade. 
São exemplos desses direitos o direito à paz, ao desenvolvimento social, ao meio ambiente sadio, 
ao patrimônio comum da humanidade, à autodeterminação dos povos e à comunicação. 
 
Outras dimensões 
 
Direitos de 4ª dimensão: a primeira corrente diz que são os direitos relacionados com a democracia, 
informação e pluralismo político das minorias; a segunda corrente diz que são direitos relacionados com a 
genética, envolvendo a preocupação com a gênese do ser humano, como questões relacionadas à 
clonagem e ao estudo de células-tronco. 
Direitos de 5ª dimensão: são os direitos relacionados com a cibernética; a preocupação com o 
mundo virtual e o futuro da humanidade. 
 
 
Internacional ização dos Direitos Humanos 
 
 
 
Após as violações aos direitos humanos ocorridas na Segunda Guerra Mundial, o ambientepolítico 
se torna propício para a criação de sistemas internacionais de proteção, que correspondem à articulação 
de órgãos e instituições nas esferas nacional e internacional que possibilita a demanda jurídica no caso de 
violação de direitos humanos. 
No âmbito global, a ONU foi fundada em 1948, e nas décadas seguintes foram formados sistemas 
internacionais regionais (europeu, interamericano e africano). Esse processo histórico é conhecido como 
internacionalização dos Direitos Humanos, que tem como consequência a relativização do conceito de 
soberania e a transformação dos indivíduos em sujeitos de Direito Internacional. 
Os tratados internacionais (também chamados de pacto ou convenção) constituem principal fonte 
de obrigações do Direito Internacional e têm suas regras gerais definidas pela Convenção de Viena sobre 
o Direito dos Tratados (1969). Ao ratificar o tratado, o país se compromete internacionalmente a adequar 
sua política e ordem jurídica internas aos termos do pacto.

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