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Digestão de nutrientes 
Carboidratos 
Principal fonte de energia do corpo humano, na alimentação humana usamos principalmente 3 
formas de carboidrato que são amido (Várias glicoses), sacarose (Glicose + Frutose) e lactose 
(Glicose + galactose) 
Amido com cadeias de glicose reta (Ligações alfa1,4) = Amilose 
Amido com cadeias de glicose ramificada (Ligações alfa1,6) = Amilopectina 
O amido começa a digestão na boca pela amilase salivar que só quebra alfa1,4 internas (não 
conseguindo converter em glicose diretamente) quando a amilase chega no estomago ela é 
inativada se não tiver ligada no substrato, por isso a amilase pode digerir até 70% dos 
carboidratos porque quando ele está ligado ao substrato ela não é desativada. Os outros 30% 
são processados pela amilase pancreática que tem os mesmos efeitos. A digestão dos 
carboidratos é finalizada nas bordas em escova do intestino delgado por enzimas 
(Glicoamilase, Sacarase e Isomaltase (essa quebra alfa1,6) todas essas quebram alfa1,4 
terminais; além disso também a lactase, mas ela só faz a digestão de lactose) 
Observação: todas as enzimas de borda citadas, menos a lactase (visto que 
somos geneticamente programados para não tomar leite depois de 
deixarmos de ser lactentes) são produzidas em excesso para poder garantir 
o processo de digestão. 
Absorção da glicose: a absorção 
de glicose e galactose é 
acoplada ao sódio e acontece 
nas bordas em escova e se 
baseia no gradiente formado por uma bomba de 
sódio e potássio (3Na/k) basolateral que cria o 
gradiente para a SGLT1 que é um simporte de 
sódio e glicose/galactose que ao ser absorvido sai 
pela basolateral num GLUT2 que também leva 
frutose 
A frutose entra na apical pelo glut5 e só consegue 
esse fato se ela estiver saturada no lúmen visto 
que é absorvido por transporte facilitado (passivo por canal) 
Proteínas 
As proteínas são formadas de aminoácidos que são divididos em neutro (divididos em 
alifáticos, aromáticos, hidroxilados, sulfurados e iminos), básicos e ácidos; também podem ser 
classificados como essenciais e não essenciais 
O processo de digestão das proteínas é um pouco mais complexo e demorado 
 
A digestão das proteínas começa no estomago pela pepsina (age preferencialmente nos 
aminoácidos neutros e com preferência aos alifáticos e aromáticos os quais não são tão 
presentes na nossa dieta; considera-se dispensável visto a existência de outras enzimas 
degradadoras de proteína no intestino, no entanto a prof diz que é importante para sinalização 
[CCK e secretina] que libera o suco pancreático) que vem do pepsinogênio liberado pelas 
células principais do estomago, alguns autores dizem que o ácido também faz parte da 
digestão das proteínas visto que esse ajuda a desfazer a estrutura da proteína para que ela 
seja digerida. Depois da ação das enzimas e do ácido as proteínas e aminoácidos viram 
peptídeos que sofrem ação das enzimas do líquido pancreático 
Enzimas do suco pancreático 
Amido: 
-amilase pancreática 
Lipases: 
-Lipase pancreática 
-Fosfolipase A2 (inativa, antes de cair no duodeno) 
-Colesterol esterase 
Proteína: 
Endopeptidases (quebram ligações internas): 
-tripsinogênio 
-quimiotripsinogênio 
-proelastase 
Exopeptidases (quebram ligações terminais): 
-procarboxipeptidase A e B 
A Tripsinogenio é transformado pela enteroquinase em tripsina quando cai no duodeno então 
ela ativa todas as outras enzimas de proteína, ela é a única que tem regulação 
 
ERRO de digitação na parte do procarboxipeptidase, na vdd é carboxipeptidase. 
A tripsina tem predileção por quebrar aminoácidos básicos 
Já a quimiotripsina (mais importante) e a elastase (mais específico para elastina) agem em 
aminoácidos neutros quebrando ligações internas 
As ligações terminais vão ser quebradas pelas carboxipeptidadeses A (quebra neutros) e B (B 
de quebrar básicos) 
Os aminoácidos ácidos não sofrem digestão das nossas enzimas do suco pancreático nem do 
gástrico, eles sofrem na borda em escova (amino-peptidases, dipeptidil aminopeptidase, 
amino-oligopeptidase) 
Alguns aminoácidos ainda não conseguem sofrer ação enzimática para virarem aminoácidos, 
então eles vão ser absorvidos como di e tripeptideos e então vão ser quebrados dentro dos 
enterócitos por peptidases citoplasmáticas (prolidase, dipeptidase, tripeptidase) e então vão 
virar aminoácidos 
Já os aminoácidos que conseguiram ser formados pelas enzimas sejam pancreáticas, gástricas 
ou da borda em escova vão ser absorvidos por canais transportadores de aminoácidos. 
 
Tipos de transporte para a absorção da proteína 
Maior frequência → acoplado a sódio, dependente de bomba de sódio e potássio basolateral 
pode também ter por transporte passivo, em menor quantidade 
Os di e tripeptideos (estudos mostram que é mais vantagem trazer nessa forma visto que gasta 
um transporte e traz 2-3 aa. para dentro do enterócito, também tem uma questão de 
competição pelos transportadores de aa. Simples; esses transportadores também são uteis 
para ajudar a prevenir problemas absortivos de proteína) são absorvidos pelo PEPT1 que é um 
simporte de transporte ativo terciário (ele usa o gradiente de uma bomba de sódio e 
hidrogênio que usa o gradiente de uma bomba de sódio e potássio) 
O aa. sai do enterócito pelo sangue por transportadores também acoplados a sódio, antiporte 
ou simportes. 
Lipídios 
Tipos de lipídios: Colesterol (hormônios, produção endógena), fosfolipideos (membranas), 
triglicerídeos (energia, aquecimento, proteção), 
Vitaminas lipossolúveis → A, D, E, K 
Lipases (hidrolases, para degradar precisa estar na água) 
-Lingual 
-Gástrica 
-Pancreática 
-Esterase inespecífica ou Colesterol esterase → digestão de colesterol 
-Fosfolipase A2 → digestão de fosfolipideos, forma inativa no pâncreas para não degradar as 
membranas 
As 3 primeiras fazem digestão de Triglicerídeos 
A digestão dos lipídeos em tese começa na boca (pouco efeito, por pouco tempo), mas na 
prática ela começa no estomago com a lipase gástrica produzida nas células principais 
Triglicerídeos são mais solúveis em agua do que todos os lipídeos, o que ajuda na 
emulsificação e na degradação deles para absorção na boca e no estomago onde não há bile. 
O estomago pode emulsificar pela motilidade também podendo ajudar as enzimas 
A lipase lingual e gástrica quebra a ligação 1 dos triglicerídeos, formando um acido graxo livre e 
um diacilglicerol 
Se for um acido graxo de cadeia curta ele pode ser absorvido no estomago 
Os ácidos graxos parcialmente quebrados no duodeno causam a liberação de suco pancreático 
com as enzimas lipase pancreática (quebra ligação 1 e 3 dos TAG), colesterol esterase (pode 
quebrar a ligação 2 dos TAG) e fosfolipase 2 
Os ácidos biliares emulsificam as gotículas lipídicas para que as enzimas tenham melhor efeito 
Os ácidos biliares afastam a lipase da gotícula de TAG e obstruem o sitio de ligação, 
prejudicando a atividade da lipase, mas no suco pancreático vem também a procolipase que 
vira colipase e ajuda a lipase a se ancorar na gotícula de lipídeo, auxiliando na atuação da 
lipase junto com os ácidos biliares 
Mesmo sem ácidos biliares ainda é possível digerir TAG, mas não fosfolipideos e colesterol 
Os ácidos biliares protegem a parte hidrofóbica dos lipídeos digeridos e os levam até a borda 
em escova no intestino, nessa borda em escova eles podem ser absorvidos por via paracelular 
(cadeia curta ou média) se for maior tem que ir por dentro do enterócito (transportadores de 
ácidos graxos [MVM-FABP], colesterol [NPCL1] e etc) e então vão sofrer reesterificação 
(remontar para a estrutura original, ácidos graxos → TAG, esteres de vitaminas e etc) e 
compor o quilomícron. 
Se for acido graxo pequeno ou médio vai pela veia porta, se for maior vai pelos quilomícrons 
pelo sistema linfático até a cisterna do quilo depois para o ducto torácico para veia cava 
superior e então para o fígado pela artéria hepática

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