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Planejamento Familiar e Contracepção

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CONTRACEPÇÃO 
INTRODUÇÃO 
• A anticoncepção é um conjunto de métodos e técnicas utilizadas com o intuito de impedir a gravidez. 
• A partir da década de 1996 pela lei 9263, o planejamento familiar foi oficialmente empregado no Brasil. 
• O planejamento familiar corresponde ao recurso que permite ao casal a decisão do número de filhos 
e intervalo entre as gestações que desejam, de maneira programada e consciente. 
• Acredita-se que no Brasil, cerca de 55% das gestações não são planejadas. Esse número é ainda maior entre 
os adolescentes, chegando a 90% das gestações. 
• Hoje em dia, há uma ampla gama de métodos contraceptivos disponíveis, possibilitando ao casal escolher o 
que mais atende as suas necessidades. A maioria desses métodos são oferecidos pelo sistema único de 
saúde (SUS), difundindo assim o emprego planejamento familiar. 
• Os métodos contraceptivos podem ser agrupados de diferentes maneiras, como o tipo de método, o 
potencial de reversibilidade e de acordo com a sua efetividade. 
• Quando se considera a efetividade do método, podemos dividi-los em: métodos de primeira linha que são 
mais efetivos, no qual não é necessário a motivação de uso pela paciente; métodos de segunda linha, 
muito efetivos, no qual precisam de atenção da paciente em relação ao uso correto; métodos de terceira 
linha que são efetivos e incluem os métodos de barreira e percepção das mudanças corporais e os 
métodos de quarta linha que são menos efetivos, onde se encontram os espermicidas e o coito 
interrompido. 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA 
• A eficácia de um método contraceptivo diz respeito a capacidade que desse método de evitar 
gestações em um período de tempo, geralmente no decorrer de um ano. 
• O escore mais utilizado para identificar a eficácia é o índice de Pearl. O índice de Pearl é calculado dividindo 
o número de falhas ocorridas em 12 meses em 100 mulheres pelo número total de meses de exposição. 
Portanto, quanto menor o Índice de Pearl, maior é a efetividade do método. 
Obs: Não confunda o conceito de eficácia com efetividade! A eficácia de um método está relacionada ao 
resultado obtido quando o uso é correto. Já a efetividade é o resultado obtido pelo uso rotineiro, ou 
seja, correto e incorreto. 
• A eficácia e efetividade varia entre os estudos, pois são influenciadas pela adesão ao método em cada 
população estudada. 
 
ESCOLHA DO MÉTODO 
• A escolha do método contraceptivo ideal é fundamental para garantir a aderência e continuidade do 
uso, impactando no seu grau de efetividade. 
• Para isso, é fundamental que a paciente conheça cada tipo de método, seu modo de uso, benéficos e 
efeitos adversos. Essa escolha é individual e deve ser orientada pelo profissional de saúde, pois leva 
em conta aspectos clínicos, incluindo idade, fatores de risco e doenças associadas e aspectos 
socioeconômicos. 
• Por isso, é fundamental que o médico avalie através da anamnese e exame físico, fatores que contraindique 
o uso do método naquela paciente. 
• Algumas questões como o tabagismo, presença de hipertensão arterial, amamentação, problemas 
cardiovasculares, histórico de câncer de mama, problemas hepáticos, uso de medicações e enxaqueca, 
devem ser levantadas durante a consulta, visto que são essenciais para a definição do método contraceptivo. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
• Os critérios de elegibilidade são orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a prescrição 
de métodos contraceptivos levando em consideração o risco-benefício para a saúde de cada paciente. 
• Dessa forma, a partir de critérios como comorbidades, medicações em uso e antecedentes médicos, o método 
pode ser ou não indicado para a paciente. 
 
 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
• Os métodos anticoncepcionais comportamentais se baseiam na identificação do período fértil por 
meio da observação de sinais e sintomas, durante o qual as relações sexuais devem ser evitadas. 
• Esses métodos possuem a vantagem se serem baratos, naturais, sem efeitos adversos e é bem aceito 
quando as crenças religiosas do casal não permitem outros métodos. 
• No entanto, possuem altas taxas de falhas, pois requerem longos períodos de abstinência sexual e estão 
susceptíveis à irregularidade menstrual. 
• Além disso, esses métodos não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). 
• O período fértil da mulher pode ser identificado por meio da observação da curva de temperatura corporal, 
das características do muco cervical e duração e fisiologia do ciclo menstrual. 
 
TABELINHA OU MÉTODO DE OGINO -KNAUS 
• Para usar esse método, a mulher deve registrar 
o número de dias de cada ciclo menstrual por, 
pelo menos, seis meses. 
• O ciclo menstrual começa no primeiro dia da 
menstruação e termina no último dia antes da 
menstruação seguinte. 
• Caso a mulher tenha diferença de dias entre os 
ciclos maior que 10 dias, esse método NÃO pode 
ser usado (ciclos irregulares). 
• Para calcular o período em que se deve adotar a abstinência sexual, basta subtrair 18 da duração do seu 
ciclo mais curto para saber o primeiro dia de seu período fértil e subtrair 11 dias do ciclo mais longo, que 
corresponde ao último dia de seu período fértil. 
• Por exemplo, a paciente que teve o seu ciclo mais curto de 25 dias e o mais longo de 30 dias, deverá ficar 
em abstinência sexual no 7° ao 19° dias do ciclo. Veja bem, subtraindo 18 do ciclo mais curto (25 dias) temos 
7. Já subtraindo 11 do ciclo mais longo (30 dias) temos 19. 
 
MÉTODO DA CURVA DE TEMPERATURA BASAL 
• Nesse método a mulher deve-se 
observar as variações da 
temperatura corporal basal, 
buscando identificar o provável 
dia de ovulação. 
• O princípio se baseia no fato de que 
após a ovulação, o aumento da 
progesterona liberada pelo corpo 
lúteo atinge o centro 
termorregulador do hipotálamo, 
levando ao aumento da 
temperatura corporal em 0,2 a 0,5 
graus. 
• Para utilizar este método, a mulher 
precisa verificar sua temperatura 
diariamente, de preferência com o 
mesmo termômetro, no mesmo 
local do corpo e no mesmo 
horário, preferencialmente pela manhã antes de sair da cama. 
• O período de abstinência deve ser desde o primeiro dia do ciclo menstrual até três dias após a 
elevação da temperatura basal. 
• O problema desse método é que necessita de grande disciplina da mulher, além de ter um longo período 
de abstinência. 
• Outra questão que limita o seu uso é que nem todas as pacientes possui esse efeito termorregulador com a 
liberação da progesterona, não formando um gráfico bifásico. 
 
MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU DE BILLINGS 
• Durante o ciclo menstrual, o colo 
cervical sofre influência hormonal. 
Nesse método, busca-se observar as 
características do muco cervical sob 
ação estrogênica, durante período 
ovulatório. 
• Nessa fase, o muco cervical torna-se 
filante, como clara de ovo, 
permitindo ao espermatozoide a 
sobrevivência e locomoção. 
• Após a ovulação, sob ação 
progestágena o muco fica espesso e 
escasso. 
• Para ouso deste método, a mulher 
precisa observar as características 
do muco, examinando diariamente 
sua secreção. 
• O período de abstinência vai do primeiro dia de percepção do muco até o quarto dia de percepção 
máxima da umidade. 
 
• Vale lembrar que o sêmen e produtos vaginais como lubrificantes e pomadas prejudicam a observação do 
muco. 
 
SINTOTÉRMICO 
• O método sintotérmico combina o método da temperatura basal com o método do muco cervical, 
associado a sinais e sintomas que podem ocorrer durante a ovulação, como sensibilidade mamária, 
dor pélvica e mudanças de humor. 
• Nesse caso, o período de abstinência sexual vai desde o primeiro dia do ciclo até o quarto dia após o 
pico das secreções cervicais ou o terceiro dia após a elevação da temperatura. Sendo que na ocorrência 
do primeiro fator, deve-se o segundo para ter relação sexual. 
COITO INTERROMPIDO 
• Esse método se baseia na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Por isso, requer grandeatenção do homem durante o ato sexual. 
• Além disso, apesar de incomum, o fluido seminal que precede a ejaculação, pode conter espermatozoides, 
levando a uma possível gestação indesejada. Dessa forma, esse método possui altas taxas de falhas, 25% 
ao ano. 
LACTAÇÃO 
• Durante o aleitamento materno ocorre alterações hormonais no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, 
levando à anovulação. 
• Esse método além de não ter custos, promove inúmeros benefícios para a mulher e para o bebê. 
• Além disso, o método não tem contraindicações, desde que a amamentação seja exclusiva. No entanto, sabe-
se que parte das mulheres ovulam em torno do terceiro mês de pós-parto, mesmo amamentando. Esse fato 
pode gerar risco de gravidez não planejada. 
MÉTODOS DE BARREIRA 
• São métodos que formam uma barreira entre os espermatozoides e a cavidade uterina, impedindo a 
fecundação. 
• O nível de eficiência desses métodos varia entre 2 a 6%, a depender se seu uso é correto. 
• Todos os métodos de barreira, além do efeito contraceptivo, também reduzem a transmissão de IST’s. 
PRESERVATIVOS (CAMISINHA) 
• Dentre os métodos de barreira os preservativos são os mais utilizados. 
• Existem preservativos masculinos e femininos que podem ser feitos de látex ou poliuretrano. 
• Sua taxa de falha geralmente está ligada ao uso incorreto. Além do efeito contraceptivo, é o método 
mais eficaz de prevenção de IST’s. 
• Além disso, está associado a redução de neoplasias do colo do útero pela diminuição da transmissão 
do papilomavírus humano (HPV). Sendo por isso, indicado o seu uso em associação com outros 
métodos. 
• O preservativo feminino é feito de poliuretano ou látex sintético e tem um anel flexível em cada extremidade. 
O anel aberto fica fora do canal vaginal e o anel fechado interno é colocado no espaço entre a sínfise e o colo 
uterino. 
• Possui o benefício de poder ser inserido até 8 horas 
antes da relação e não necessita da retirada imediata 
após a ejaculação. Contudo, tem baixa taxa de adesão. 
 
• Já o preservativo masculino, geralmente é feito de 
látex e amplamente difundido. Possui baixo índice de 
falha, todavia, para melhor eficácia, é necessário o uso 
correto. 
• Os preservativos masculinos não devem ser usados por homens que apresentam perda de ereção durante o 
intercurso sexual. Além disso, não devem ser usados junto com o feminino, pois aumenta o risco de 
rompimento ou deslocamento. 
 
DIAFRAGMA 
• O diafragma é um disco de borracha ou látex, 
colocado na vagina, recobrindo colo do útero 
para impedir a entrada de espermatozoides. 
 
• Possui vários tamanhos, por isso, antes do início 
do uso, é necessária uma consulta com o 
ginecologista para ser indicado o tamanho mais 
adequado para a paciente. 
• Geralmente é usado em associação aos 
espermicidas, adquirindo em conjunto um bom 
índice de efetividade. O espermicida é colocado 
no centro do dispositivo e mantido em contato com 
o colo do útero. 
• Caso o ato sexual demore mais de 2 horas para 
ocorrer, o espermicida deve ser aplicado na parte 
superior da vagina, visando garantir maior 
proteção. 
• O diafragma é colocado na vagina até no 
máximo 1 hora antes da relação sexual, deve 
ser retirado no mínimo 6 horas depois e nunca deve ultrapassar 24 horas. Sua colocação requer certa 
habilidade, sendo seu mau posicionamento pode resultar em falha do método. 
• O diafragma não deve ser usado em pacientes com infecções geniturinárias em curso, histórico de Síndrome 
do choque tóxico ou doença valvar complicada. 
ESPERMICIDA 
• Os espermicidas são substâncias em forma de tabletes de espuma, geleia ou creme que provocam a ruptura 
da membrana das células dos espermatozoides, matando-os ou retardando sua passagem pelo canal 
cervical. 
• A substância mais utilizada é o nonoxinol-9, mas também existe no mercado o octoxinol-9 e o menfegol. 
• É recomendado o seu uso apenas em associação com outros métodos contraceptivos, como o diafragma. 
• No entanto, não deve ser usada com preservativos masculinos, pois pode aumentar o risco de contaminação 
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS (DIUS) 
• Os DIUs, junto com o implante de etonogestrel, faz parte dos LARCs (Long acting reversible contraceptives) 
que são os contraceptivos de longa duração. 
• Consistem em um objeto de formato variável que é inserido na cavidade uterina. Eles são amplamente 
difundidos como métodos contraceptivos reversível, possuem pequenas taxas de falha e 
descontinuidade, poucas contraindicações e tem um ótimo custo-benefício. 
• No Brasil, os dois DIUs utilizados são o dispositivo intrauterino de cobre (DIU-Cu) e o sistema intrauterino 
liberador de levonogestrel (SIU de levonogestrel). 
• DIU não é abortivo. A fertilidade revertida imediatamente após retirada. Pode ser inserido em mulheres 
menstruadas ou com teste de gravidez negativo, no parto ou até 48h depois e no puerpério 4 semanas 
pós-parto. 
 
 
 
 
 
 
DIU DE COBRE 
• O DIU-Cu é o dispositivo mais utilizado no Brasil, 
sendo o único LARC fornecido pelo SUS no Brasil. 
• Tem formato de T, é feito de um fio de prata corado 
com cobre e pode ser eficaz de 10 a 12 anos a 
depender da literatura. 
• O DIU-Cu age por meio da indução de uma reação 
de corpo estranho, levando a inflamação, visto que 
o cobre induz a liberação de interleucinas e 
citocinas que tem ação espermicida. Além disso, 
leva a mudanças bioquímicas e morfológicas no 
endométrio, além de produzir modificações no 
muco cervical e alterar a espermomigração e 
transporte do óvulo. 
 
 
• Em relação ao risco de infecção existem divergências na literatura. Novo estudos indicam que os DIU de 
cobre têm efeito protetor para a DIP, porque deixa o útero do colo hostil aos germes que habitam essa região 
como clamídia e gonococo. 
• Apesar dos inúmeros benefícios, esse método também está relacionado a alguns efeitos adversos como 
aumento da dismenorreia e aumento do sangramento uterino. 
• Além disso, apesar de raro, existe o risco de perfuração uterina e expulsão do DIU. O DIU de cobre não 
está relacionado ao aumento de gravidez ectópica. (em aula a prof falou que na falha do DIU é possível o 
favorecimento de gestação ectópica, já que ele alterara o transporte do óvulo, favorecendo seu implante em 
local inadequado). 
SIU DE LEVONOGESTREL (SIU- LNG) 
• O SIU- LNG, também conhecido pelo nome comercial 
Mirena, é um dispositivo de poliuretrano em forma de T que 
libera 20mcg levonorgestrel por dia. 
 
• Tem validade de cerca de 5 anos, apesar de alguns estudos 
admitirem até 7 anos. 
• Funciona levando a ao efeito a atrofia do endométrio, 
tornando o muco cervical espesso e dificultando a 
espermomigração e motilidade tubária. 
• Além disso, provoca a reação inflamatória de corpo 
estranho, como o DIU de cobre. 
• Possui o benefício de reduzir a dismenorreia e causar 
amenorreia em alguns casos. 
• No entanto, em algumas pacientes pode levar a cefaleia, 
mastalgia, acne, depressão, cisto ovarianos funcionais e spotting 
(sangramento uterino irregular). 
• Além de ter as mesmas contraindicações do DIU de cobre, o 
SIU-LNG não é recomendado em mulheres com câncer de 
mama atual ou prévio, tumor hepático, trombose venosa 
profunda ou tromboembolismo pulmonar atual, lúpus 
eritematoso sistêmico com anticorpo antifosfolipídeo positivo 
ou desconhecido. 
• Além disso, não é indicado a continuidade do uso em pacientes que iniciaram quadro de enxaqueca com 
aura. Apesar de raro, pode levar a expulsão, dor ou sangramento, perfuração uterina, infecção e gravidez 
ectópica. 
• Para a inserção dos DIU’s, deve ser realizada uma anamnese e exame físico minucioso, buscando 
identificar contraindicações ao método. O melhor momento para ser inserido é durante a menstruação, 
pois nesse período o colo do útero está mais pérvio, facilitando a inserção. 
• A contracepção é imediata e pode ser colocado em qualquer idade, inclusive em pacientes sem proleconstituída. 
• Pacientes com imunidade comprometida como em mulheres com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) 
e usuárias de corticoide em altas doses, presença de câncer ovário, doença trofoblástica benigna, IST’s e 
tuberculose pélvica tem contraindicação relativa ao uso de dispositivos intrauterinos. 
• No em 48 horas a quatro semanas após o parto, não é indicado a colocação do DIU, pois o risco de expulsão 
é maior. 
• Usuárias de DIU que apresentam sinais clínicos ou culturas sugestivas de infecção por clamídia ou 
gonococo deve ser tratada com antibióticos, mas não é necessário a remoção do DIU. 
• Por outro lado, na presença de sinais de ascensão endometrial ou tubária, deve-se instituir terapia 
antibiótica e retirar o DIU prontamente. 
CONTRACEPÇÃO HORMONAL 
• Os contraceptivos hormonais são métodos extremamente difundidos e eficazes. No entanto, seu 
índice de sucesso depende fundamentalmente da paciente. 
• Com isso, na prática seu índice de falhas aumenta consideravelmente decorrente do uso incorreto, 
chegando a taxas de gravidez no primeiro ano de uso entre 3 e 9 por 100 usuárias. 
• Dentre esses contraceptivos os mais conhecidos são: contraceptivos orais combinados (COCs), 
contraceptivos contendo apenas progestogênio (COPs) e contraceptivos com estrogênios e/ou 
progestogênios de uso sistêmico por injeção, adesivo transdérmico ou anel intravaginal. 
• Contraceptivos hormonais combinados (CHCs): Os CHCs possuem a combinação de um estrogênio 
e um progestogênio no mesmo método. 
• Desse grupo fazem parte as pílulas contraceptivas de uso oral, o injetável mensal, o adesivo transdérmico 
e o anel intravaginal. Apresentam bons níveis de efetividade e continuidade do uso do método. 
 
• O mecanismo de ação dos CHCs ocorre pela inibição da ovulação. 
• Vamos relembrar, no ciclo menstrual o hormônio folículo estimulante (FSH) é responsável pelo recrutamento 
e desenvolvimento folicular. Já o hormônio luteinizante (LH) é o responsável pela ovulação. 
• O componente de estrogênio dos CHCs inibe o FSH, enquanto que o progestogênio age inibindo o LH. 
• Ora, se esses dois hormônios estão bloqueados, não pode ocorrer recrutamento folicular, 
amadurecimento do folículo dominante e nem ovulação. 
• Além disso, a progesterona presente nesses contraceptivos torna o muco cervical espesso, 
dificultando a espermomigração, reduz a motilidade tubária e ainda tem efeito a antiproliferativo no 
endométrio. 
• Já o estrogênio contido na formulação estabiliza o endométrio, reduzindo os sangramentos e aumenta 
a produção hepática da globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG), reduzindo a fração livre 
de testosterona. 
 
• Possuem alguns efeitos adversos 
relacionados aos hormônios utilizados. 
• Além disso, devido aos hormônios utilizados 
os CHCs possuem inúmeras contraindicações 
relativas e absolutas. 
 
CONTRACEPTIVO ORAL COMBINADO (COCS) 
• Também são conhecidos como pílulas 
anticoncepcionais. O principal estrogênio 
utilizado é o etinilestradiol. 
• Mas novas formulações podem conter o 
estradiol e o valerato de estradiol que são 
estrogênios naturais. 
• Os COCs que possuem etinilestradiol em sua 
composição podem ser classificados pela dose 
estrogênica, em pílulas de alta ou baixa dose. As 
pílulas que contêm doses abaixo de 50 mcg de 
etinilestradiol são as de baixa dose, aquelas com 
quantidade superior a 50mcg são as de alta dose. 
 
• De acordo com o tipo de progestagênios 
contido, os COCs podem ser classificados em 
primeira, segunda, terceira geração e quarta 
geração. 
1. Os COCs de PRIMEIRA GERAÇÃO são os 
que possuem levonorgestrel (progestágeno) 
associado a 50 mcg de etinilestradiol (esse ponto n 
se refere ao primeiro disponível no mercado, por 
isso difere do que a prof falou, mas deixei os slides). 
 
2. Já as de SEGUNDA GERAÇÃO , contém o etinilestradiol em doses menores, associado ao levonorgestrel. 
 
 
 
3. Se a pílula tiver desogestrel ou gestodeno associado ao estrógeno, são denominadas de TERCEIRA 
GERAÇÃO. 
 
 
 
 
• Pode ser utilizado de maneira contínua ou estendida. No uso contínuo, não há interrupção das pílulas e no 
uso estendido, as pausas acontecem 3 a 4 vezes por ano, dependendo do produto. 
• As pílulas devem ser iniciadas no primeiro dia do ciclo menstrual. As cartelas a depender do tipo esquema 
utilizado, indicam pausas mensais que podem variar de quatro a sete dias. Nestes casos, após a primeira 
cartela inicia-se a segunda no quinto ou oitavo dia, respectivamente. 
• Alguns anticoncepcionais de 28 dias podem ser utilizados sem pausa. O importante é utilizar diariamente para 
evitar falhas. 
• No caso de esquecimento, deve se fazer o uso da pílula esquecida mais a pílula do dia para evitar 
sangramento por colapso endometrial. Já o restante da cartela deve ser consumido com uma pílula por dia. 
Em caso de mais de um dia esquecido, deve-se utilizar um contraceptivo de barreira por pelo menos 7 dias 
para evitar gestação. 
• Alguns medicamentos como anticonvulsivantes, antibióticos, antifúngicos e antirretrovirais estão 
associados a redução da concentração dos anticoncepcionais orais, afetando a sua eficácia. Os 
principais são Rifampicina, Griseofluvina, Nelfinavir, Lopinavir, Ritonavir, Nevirapina, Barbitúricos 
(fenobarbital e primidona), Carbamazepina, Oxcarbamazepina, Felbamato, Fenitoína e Topiramato. 
Contraceptivos apenas de progestogênio (COPs) (n foi trabalhado pelo prof, pode pular) 
• Esses contraceptivos possuem como hormônio apenas a progesterona. Dentro desse grupo está a pílula de 
progesterona isolada, o injetável trimestral, o implante subdérmico e o SIU de levonogestrel (discutido no 
tópico de dispositivos intrauterinos). 
 
• Pílula de progesterona isolada: Esses contraceptivos podem ser compostos por desogestrel, acetato de 
noretindrona e levonorgestrel. 
• Minipílula: Os contraceptivos compostos por acetato de noretindrona e levonorgestrel são também 
conhecidos como minipílulas e podem ser utilizados em pacientes em aleitamento e na perimenopausa. 
• Essas medicações promovem efeito contraceptivo através do espessamento do muco cervical e 
inibição da implantação do embrião no endométrio. 
• Não possuindo efeitos anovulatórios. Nesse caso, o uso de minipílulas é contínuo e devem ser prescritas 
no puerpério de mulheres que amamentam seis semanas após o parto. 
• O seu uso deve ser rigoroso, pois após 27 horas da injesta do último comprimido já pode perder o seu efeito. 
• Uma contraindicação relativa ao uso de anticoncepcionais com progestágeno isolado é o diabetes mellitus 
gestacional prévio, pois está relacionado ao desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 nos primeiros dois 
anos após o parto. 
CONTRACEPÇÃO CIRÚRGICA 
• A contracepção cirúrgica consiste em método considerado irreversível ou definitivo, podendo ser 
masculina com a vasectomia ou feminina com a ligadura tubária (LT). 
• Tem grande efetividade com índice de Pearl variando de 0,1 a 0,3 por 100 mulheres/ano. 
• A Lei 9263 de 12/01/1996, também conhecida como Lei do planejamento familiar, regulamenta o seu uso no 
Brasil, sendo indicado somente nas seguintes situações: 
1. Homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos de idade OU, pelo menos, com 
dois filhos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato 
cirúrgico. 
2. Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, desde que tenha relatório escrito e assinado 
por dois médicos. 
• Além disso, é vedado a esterilização cirúrgica durante o parto, aborto ou até 42 dias após o parto (ou 
aborto), exceto nos casos de comprovada necessidade, como: 
1. Cesárias sucessivas anteriores (no mínimo 2); 
2. Doença de base com risco à saúde. 
• Para fazer a esterilização é necessário o registro da expressa manifestação da vontade da paciente em 
documento escrito e firmado. 
• Caso seja casada, deve também ter o consentimento do cônjuge e se for incapaz,deve ter a autorização 
judicial. 
• Na vasectomia se faz a ligadura do ducto deferente, podendo ser realizado apenas com anestesia 
local. 
 
• Lembrem-se que esse procedimento não altera o aspecto do sêmen e não afeta o desempenho sexual. 
• Na ligadura tubária realiza-se a obstrução do lúmen tubário, principalmente o istmo, seja com fio cirúrgico 
e/ou secção da trompa, eletrocoagulação ou obstrução mecânica com clips ou anéis. 
 
• Com isso, se impede o transporte do óvulo e o encontro dos gametas femininos e masculinos. Pode ser 
realizado tanto por via laparotômica, laparoscópica, vaginal ou histeroscópica. 
• É vedada ao médico realizar histerectomia, ooforectomia ou cesária para fins exclusivos de 
esterilização. 
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
• Em todo o mundo, apesar da disponibilidade de métodos contraceptivos, o número de gravidezes indesejadas 
é muito elevado. 
• A contracepção de emergência é um método que visa prevenir uma gestação inoportuna após relação 
sexual. 
• Pode ser indicada no ato sexual desprotegido, falha ou uso inadequado do método contraceptivo em 
uso ou violência sexual. 
• Os contraceptivos de emergência atuais geralmente são efetivos e seguros, apresentando poucos efeitos 
adversos. Com isso, reduz a quantidade de abortamentos inseguros e garante o planejamento familiar. 
• O mecanismo de ação desses métodos varia de acordo com o período do ciclo menstrual no qual é 
utilizado. 
• Se o uso ocorre na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hormônio luteinizante), ele altera o 
desenvolvimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação. 
• Já quando é usado na segunda fase do ciclo menstrual, ou seja, após a ovulação, ele modifica as 
características do muco cervical, deixando-o mais viscoso e com isso alteração o transporte dos 
espermatozoides. 
• Atualmente estão disponíveis vários métodos contraceptivos de emergência. 
• Os mais utilizados são o método Yuzpe e o contraceptivo de levonogestrel isolado, ambos são igualmente 
eficazes, podendo ser utilizado até 5 dias após o ato sexual desprotegido. 
• Entretanto, sua eficácia é inversamente proporcional ao tempo decorrido desde a atividade sexual, 
sendo recomendado o uso até 72 horas após o ato. 
• Pela comodidade posológica e menos efeitos colaterais, o método de levonogestrel é o mais indicado. 
• Método Yuzpe: É um contraceptivo combinado que consiste no uso de duas doses de 100 mcg de 
etinilestradiol e 500 mcg de levonorgestrel, com intervalo de 12 horas; sendo que a primeira deve tomada o 
mais próximo possível da atividade sexual desprotegida e até 72 horas depois. 
• Contraceptivo de levonogestrel isolado: Nesse método deve-se ingerir o levonorgestrel na dose de 1,5 mg 
em dose única ou fracionada em duas tomadas, com intervalo de 12 horas. Sendo ambas as formas de uso 
igualmente eficaz. 
• Os contraceptivos de emergência possuem pouco efeito nas menstruações posteriores, sendo que cerca de 
60% das pacientes terão a menstruação no período habitual. 
• Além disso, a única contraindicação do uso é a gravidez documentada, apesar de estudos não 
demonstrarem efeitos teratogênicos para o feto. 
• Pode ocorrer alguns efeitos adversos como náuseas, vômitos, cefaleia e aumento da sensibilidade mamária. 
No entanto, não há nenhuma evidência de que os contraceptivos de emergência exerçam abortamento. 
• O uso repetido desses métodos pode estar relacionado a diminuição da sua eficácia e acentuar distúrbios 
menstruais.

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