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Climatério: Fisiologia e Sintomas

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Climatério 
Aula prof + aula medcel 2020 
Climatério é um período de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo. 
Menopausa é a data da ultima menstruação da vida da mulher. A menopausa é definida 
após 12 meses em amenorreia, é um diagnostico retrospectivo. 
Idade mais frequente da menopausa é por volta dos 51 anos, menopausa precoce é com 
menos de 40 anos e menopausa tardia é acima de 55 anos. 
A fisiologia da menopausa consiste na redução da produção de inibina pelos folículos 
ovarianos, de modo que a inibina para de inibir o FSH. Com o aumento do FSH ocorre 
produção de mais aromatase e ligeiro aumento do estradiol. Daí a mulher começa a 
apresentar ciclos mentruais mais curtos. Só que esgota a população de folículos no 
ovário e ai para de produzir estradiol. A mulher para de produzir hormônio feminino e 
masculino também, uma vez que as células da teca produzem androgênios. 
São fatores que afetam menopausa a questão genética (antecedente familiar), o 
tabagismo (antecede a menopausa), histerectomia prévia (pode adiantar), insuficiência 
ovariana primária. 
A insuficiência ovariana primária pode ser idiopática, auto-imune, síndrome de Turner 
(as vezes a mulher tem mosaicismo) ou causada por radioterapia e quimioterapia. 
Clinicamente a mulher terá ciclos espanioamenorreicos (ciclos longos) e amenorreia, 
pode ocorrer também sangramento uterino anormal, por que a mulher ficou muito 
tempo com o endométrio proliferando. 
Principal estrogênio da mulher na pós menopausa é a estrona, uma vez que a adrenal 
produz androstenediona e é metabolizado em estrona na gordura, no tecido hepático e 
cerebral. 
O quadro clinico é em decorrência da diminuição hormonal, o mais comum são 
sintomas vasomotores, como fogacho. Fogacho é m calor súbito toracocefálico que dura 
aproximadamente 2-4 minutos, ocorre várias vezes ao dia, principalmente à noite. 
Outro sintoma é a secura vaginal, que inclusive pode gerar dispareunia e vaginite 
atrófica e aumento de infecção de trato urinário. 
A paciente pode ter ainda irregularidade menstrual, que é sangramento disfuncional 
relacionado ao ciclo anovulatório, menstrua pouco com intervalo grande até chegar na 
menopausa (12 meses em amenorreia) 
Outros sintomas são distúrbios de sono, dificuldade para dormir, depressão, ansiedade, 
prejuízo de memória. A composição corpórea muda, com menos massa muscular e mais 
tecido adiposo, aumenta a chance de hipertensão e DM. Perda óssea também é comum, 
com osteopenia e osteoporose (o estrogênio inibe os osteoclastos, então sem esse 
hormônio pode ocorrer osteoporose). 
Aumenta muito o risco de doenças vasculares, maior risco de IAM e AVC (na pos 
menopausa aumenta muito o risco cardiovascular dela). A perda de estrogênio também 
causa boca seca e torna a mama menos densa e com mais gordura. 
O diagnóstico de menopausa é retrospectivo, basta ver a ultima vez que a mulher 
mensturou após 12 meses em amenorreia (diagnóstico clínico).Ao exame físico, analisar 
mamas, pelve (checar canal vaginal estreito e vulva hiperemiada) e pele (perda de 
elasticidade, fina, seca). 
Pode-se confirmar com a dosagem de FSH (níveis acima de 40 mUI/ML estão 
associados com falência ovariana),TSH, prolactina (ver se tem hiperprolactinemia), beta 
HCG. 
Outros exames solicitados são papanicolau, mamografia ,colonoscopia (aproveita para 
já fazer rastreio), perfil lipídico, glicemia, densitometria óssea (considerando a idade) e 
USG transvaginal. 
O usg não é rotina pelo ministério da saúde, mas se pede muito. 
O estrogênio é mais usado para avaliar resposta a terapia hormonal. 
Outro exame possível é o de índice de maturação estrogênica, em que se colhe uma 
amostra por exame especular da vagina e olha no microscópio a quantidade de células 
superficiais, intermediarias e parabasais. A proporção correta é de 0:40:60, se houver 
desvio a esquerda é diminuição de estrogênio, desvio a esquerda é aumento de 
estrogênio. 
A terapia hormonal consiste na adm de estrogênio, associada ou não a progesterona. É 
possível ainda a reposição de testosterona em casos de mulheres relatando perda da 
libido. Pode-se usar a terapia continua com estrogênio e progesterona, nesse caso a 
mulher entra em amenorreia, ou terapia cíclica (estrogênio por 25 dias, progesterona nos 
últimos 10 e pausa 5 dias) que terá sangramento. Nas mulheres com histerectomia não 
precisa da progesterona.

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