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Tipos de marchas

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1 Semiologia- Tipos de Marchas Daniel Duarte MED79 
A marcha tem como o intuito a locomoção do 
ser humano e ela é um objeto semiológico rico para ser 
investigado, uma vez que ela pode nós fornece 
informações que auxiliam no diagnóstico do paciente. 
Para observar a marcha do paciente devemos 
pedir para ele deambular por 5 metros, de preferência 
descalço, e de olhos abertos e fechados. Cada indivíduo 
vai apresentar sua marcha própria. 
A marcha é importante no estudo de 
problemas neurológicos. 
 
 Marchas Anormais 
Marcha Ceifante (Hemiplégica) 
É caracterizada pela hipertonia dos músculos 
extensores nos MMII, devido à espasticida, ou seja, o 
paciente não realiza a flexão dos membros inferiores. 
Assim, para se locomover, é necessário que 
haja o deslocamento lateral da perna acometida 
promovendo um semicírculo (lembrando o movimento 
de uma foice). É comum em pacientes com Hemiplegia, 
devido a acidentes vasculares cerebrais 
 
Marcha Anserina 
É aquela em que o paciente realiza a 
acentuação da lordose lombar e a inclinação do 
tronco para direita e para a esquerda ao longo da 
deambulação, o que lembra a macha de um pato. 
É comum em pessoas com contraturas 
musculares, traduz como diminuição da força dos 
músculos pélvicos e da coxa. 
 
Marcha Escarvante 
É caracterizada por lesões nos nervos S4 e S5, 
o que promove a não dorso flexão do pé. Assim, o 
paciente deambula arrastando a ponta do pé no chão, 
já que não consegue flexiona-lo. 
Há uma variação dessa marcha, que é a marcha 
esteppage, a qual é provocada pela lesão do nervo 
fibular também. Assim, além da não dorso flexão do pé, 
há um espasmo muscular representado num pequeno 
chute ao deambular. 
 
Marcha Parkinsoniana 
O paciente anda de modo enrijecido com a 
cabeça e parte do tronco inclinado para frente e seus 
passos são curtos e rápidos, a procura do centro de 
gravidade, o que parece que ele vai cair para a frente a 
qualquer momento. Característico de Parkinson. 
 
Marcha Cerebelar ou Ebriosa (Ébrio) 
O paciente apresenta um desequilíbrio e por 
isso anda ziguezagueando, semelhante a uma pessoa 
 
2 Semiologia- Tipos de Marchas Daniel Duarte MED79 
bêbada. Uma característica marcante dessa marcha é 
o alargamento da base, a fim de aumentar a 
estabilidade corporal. 
 
Marcha de pequenos passos 
Caracterizada por passos curtos, ou seja, que 
não passam o comprimento do outro pé, além disso há 
o arrastamento dos pés, o que lembra a patinação, o 
paciente não consegue levantar o pé de modo 
satisfatório para realizar a deambulação normal. 
 
Marcha Tabética 
Caracterizada pela levantamento abrupto e 
explosivo dos membros inferiores e o calcanhar toca 
o chão de modo intenso. Ocorre devido a perda da 
propriocepção, em virtude de lesões no corno 
posterior da medula, como em Tabes dorsales. 
 
Marcha Claudicante 
Pode ser chamada também de marcha 
antálgica e é quando o pacienta ao deambular, ele 
manca (claudinação) em um dos hemicorpo. 
Característico de lesões osteomotores ou de 
insuficiência arterial periférica. 
Marcha em estrela ou Vestibular 
Pacientes com lesões vestibulares (labirinto). 
Pede para o paciente caminhar de olhos fechado e para 
a frente e para a trás, vamos perceber que ele não 
consegue caminha em linha reta, é como se estivesse 
sendo empurrado lateralmente. 
 
Marcha em Tesoura ou espástica 
Caracterizada pelo enrijecimento e 
espasticidade dos dois membros inferiores, os quais 
encontram-se semi-fletidos. Ao andar, percebemos 
que os pés do paciente se cruzam, o que lembra uma 
tesoura. Comum em formas espásticas de paralisia 
cerebral.

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