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1 Níveis de Biossegurança e Grupos de Risco Profª.Dra. Mayra Kassawara Martins Email: maykmartin@yahoo.com.br Biossegurança – é um conjunto de medidas voltadas para evitar, minimizar ou eliminar os riscos para o homem, animais e meio ambiente. Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio Classificação dos Laboratórios - NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA (NB) Avaliação dos riscos das práticas realizadas em cada laboratório: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, crescentes, grau de contenção e complexidade do nível de proteção; Determinação do nível de biossegurança: conhecer o potencial patogênico organismo; Potencial patogênico organismo desconhecido - análise detalhada e criteriosa de todas as condições experimentais. Nível de Biossegurança 1 (NB1) Níveis de Biossegurança NB-1: - Envolve lab. educacionais ou treinamento de técnicos laboratoriais; - Microrganismos (MO) – não causam doenças ao homem sadio e ao meio ambiente. - Nível básico de contenção – pia para higienização; Poucos EPIs exigidos; - Procedimento para descarte (autoclavar). - Trabalho pode ser realizado na bancada; - Acesso limitado ou não. Níveis de Biossegurança 1 (NB1) Níveis de Biossegurança Nível de Biossegurança 2 (NB2) Níveis de Biossegurança NB-2: - Envolve lab. de análises, pesquisa, produção, diagnóstico; - MO podem apresentar grau de risco moderado; – podem causar doenças ao homem mas existem vacinas para cura; - Nível básico de contenção – Cabines de segurança, utilização de EP; - Procedimento para descarte (autoclavar); - Acesso limitado ou restrito; - Sistema de portas com trancas no local que são mantidos os agentes restritos; - Símbolo “ Risco Biológico” na entrada do Lab. Nível de Biossegurança 2 (NB2) Níveis de Biossegurança Nível de Biossegurança 2 e maiores Níveis de Biossegurança Autoclaves Dispositivos de Contenção Aerossóis Cuidados Nível de Biossegurança 3 (NB3) Níveis de Biossegurança NB-3: - Envolve laboratórios de análises clínicas, pesquisa, produção, diagnóstico; - Cepas podem causar infecções sérias e serem até fatais; - Nível de contenção – Todos os ensaios -Cabines de segurança, e a utilização de EP obrigatória; - Acesso restrito, selamento de entrada de ar; - Procedimento para descarte (autoclavar); - Sistema de portas com trancas no local que são mantidos os agentes restritos; - Símbolo “ Risco Biológico” na entrada do Lab. Nível de Biossegurança 3 (NB3) Níveis de Biossegurança Nível de Biossegurança 4 (NB4) Níveis de Biossegurança - NB-4: - Relacionado a lab. de análises clínicas; - Agentes perigosos que apresentam alto risco por provocar doenças fatais nos indivíduos; - Nível de contenção, Cab. de segurança Classe III, instalação separada; Formas de Veiculação de Riscos Biológicos Classificação de Agentes Biológicos Infecciosos por Grupo de Risco: Classificação de agentes biológicos por grupo de risco: No Brasil adota a classificação estabelecida pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Classificação de Agentes Etiológicos Humanos e Animais com Base no Risco - Anexo I da lei 8.974/95, Apêndice 2, Instrução Normativa nº 7, de 06 de junho de 1997, Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, CTNBio. Biossegurança Biossegurança Os Grupos de riscos biológicos se caracterizam pelo: • O grau de patogenicidade; • A virulência e a capacidade mutagênica; • O poder de transmissão; • A resistência a processos de esterilização; - Grupo de risco 1: Microrganismo cuja manipulação acarreta baixo ou nulo risco de exposição profissional e de contaminação ambiental Ex.: Laboratórios de ensino. Microrganismos usados na produção de cerveja, vinho pão, queijo (Lactobacillus casei, Penicillium camembertii, Saccharomyces cerevisiae, Aspergillus nidulans, etc. Classificação dos Agentes Classificação dos Agentes - Grupo de risco 2: - Microrganismo que pode causar doença humana ou animal. Existem medidas efetivas de tratamento e/ou prevenção e o risco de disseminação da infecção para a comunidade é baixo. Ex.: Postos de saúde e hospitais. Staphylococcus aureus, Salmonella enteriditis, Ascaris sp., Candida albicans, Rotavírus, Escherichia coli, etc... Toda a equipe deve ter o treinamento específico para o manejo de patógenos; O acesso ao setor deve ser limitado durante procedimentos operacionais; Exige equipamentos de contenção física; Todo o lixo deve ser adequadamente descontaminado antes de ser descartado. - Grupo de risco 2: Classificação dos Agentes Classificação dos Agentes - Grupo de risco 3: - Microrganismo que geralmente causa doença humana ou animal grave podendo propagar-se de uma pessoa infectada para outra, entretanto, existe profilaxia e ou tratamento. Ex.:Laboratórios especializados. Mycobacterium tuberculosis, HIV, Brucella suis, etc. Grupo de risco 4 Microrganismo que geralmente causa doença humana ou animal grave, o risco de transmissão de uma pessoa para outra é alta e as medidas efetivas de tratamento ou prevenção não estão disponíveis. Ex.: Institutos de Pesquisas Viróticas Vírus de febres hemorrágicas, Ebola, Arenaviros e certos Arbovirus (Vírus da Febre amarela e Vírus da Dengue), Varíola caprina. Classificação dos Agentes Profissionais com treinamento específico para o manejo de patógenos letais; Supervisão feita por cientistas com vasta experiência com estes agentes; Manipulação de material infeccioso feito dentro de cabines de segurança biológica de alta eficiência. Grupo de risco 4 Classificação dos Agentes Classificação dos Agentes Condutas Seguras O Símbolo Internacional de Biossegurança deve estar fixado na entrada dos laboratórios que manipulam microrganismos de Risco 2 ou maior; Manter o laboratório limpo, organizado e livre de materiais não pertinentes ao trabalho; Os analistas devem lavar suas mãos após manipular material infectante antes de sair do laboratório; Nao permitir a entrada de pessoas que desconheçam riscos potenciais de exposição, crianças e animais; Manter portas do laboratório fechadas durante o trabalho. Classificação dos Agentes Condutas Seguras Não fumar, comer, beber, mascar chicletes, guardar alimentos ou aplicar cosméticos dentro do laboratório; Não colocar qualquer material na boca (Canetas); Aventais devem ter seu uso restrito ao laboratório. Não devem ser usados em áreas não laboratoriais tais como áreas administrativas, bibliotecas, cantina, etc; Não guardar aventais em armários onde estão guardadas roupas de rua; Não usar sandálias. Classificação dos Agentes Condutas Seguras Não pipetar com a boca; Desinfecção de bancadas de trabalho sempre que houver contaminação com material infectante e no final do dia de trabalho; Usar óculos de sempre que houver risco de espirrar material infectantes; Usar luvas em todos procedimentos com risco de exposição ao material infectantes; Não descartar luvas em lixeiras de áreas administrativass; Comunicar imediatamente qualquer acidente ocorrido. Problemas que frequentemente observados : Pouco conhecimento dos profissionais em relação a patogenicidade e virulência dos agentes manipulados, levando à exposição desnecessária do profissional; A falta de um programa de biossegurança com as principais técnicas de prevenção; A adoção das boas práticas no laboratório; O controle da qualidade, notificação dos acidentes, sistema de monitoramento da saúde dos trabalhadores; Biossegurança Medidas Preventivas: Controle de microrganismos Em laboratórios; No lar; Nos hospitais; Na indústria; Métodos antigos de controle microbiano: Secagem; Salinização de alimentos; Cozimento; Biossegurança Biossegurança Mo sai pela janela Mo infecta paciente Contaminação de equipamento Contaminação de visitantes Ductos de ventilaçãoMo de outros pacientesElevador Esterilização e desinfecção: • Termos empregados: Descontaminação: Conjuntode operações de limpeza, de desinfecção e/ou esterilização de superfícies contaminadas por agentes potencialmente patogênicos. Podem ser classificados em três grupos = nível de exigência: limpeza, desinfecção ou esterilização. Limpeza: Procedimento usado para remover materiais estranhos: pó, matéria orgânica, matéria inorgânica e grande número de microrganismos. Ex: Uso de: sabões, água e ação mecânica Biossegurança Desinfecção: Destruição dos microrganismos por meios físicos e químicos, na forma vegetativa, sem a destruição de esporos. Ex: aplicação de meios físicos (T°) ou químicos. • Esterilização: Processos físicos ou químicos utilizados para eliminar as formas vegetativas e esporuladas de instrumentos e outros materiais. Biossegurança Ex: aplicação de meios físicos (T°, radiação) ou químicos. Antissepsia: • Procedimento através do qual os microrganismos presentes em tecidos são destruídos após a aplicação de agentes antimicrobianos. Assepsia: É o meio usado para impedir a penetração de patógenos em locais que não o contenham. É considerado método profilático; Biossegurança Propriedades Antimicrobianas de Agentes Químicos Desinfetantes: Desinfetante BACTÉRIAS VÍRUS FUNGOS ESPOROS BACTÉRIA ETANOL 70% + + veg - FORMALDEÍDO + + + + GLUTARALDEÍDO + + + + CLORO + + + + FENÓIS + + + + IODÓFOROS + + + - Biossegurança Fatores que Influenciam o Crescimento Microbiano: 1. Temperatura; 2. Umidade; 3. O2; 4. Atividade de Agua; 5. pH (6,5 e 7,5); 6. Tolerância a Sais (Halófilos). Biossegurança CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO Métodos Físicos e Químicos: CALOR: Aplicado a determinada temperatura (121- 123 °C): MATA BACTÉRIAS FRIO: Não mata os microganismos, apenas adormecem. Biossegurança AGENTES ANTIMICROBIANOS QUÍMICOS: 1- Álcool a 70% (etanol ou isopropílico): Etanol a 95°.........................73,7 mL Água destilada.....................100 mL 2- Formol a 10%: 3- Hipoclorito de sódio a 3%: Biossegurança PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA Biossegurança Medidas Preventivas: 1. Identificação dos organismos; 2. Localização de áreas de risco; 3. Identificação do pessoal de risco; 4. Identificação dos responsáveis; 5. Telefones de Emergências; 6. Lista de obtenção de soro ou vacinas; PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA INGESTÃO ACIDENTAL 1. Retirar as roupas de proteção; 2. Dirigir-se à sala de pronto-socorro; 3. Protocolar o fato na CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) com o CAT Comunicação de Acidente do Trabalho). 4. Adotar medidas necessárias. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA FORMAÇÃO DE AEROSSÓIS: 1. Abandonar o local calmamente; 2. Proibir a entrada no local; 3. Proceder a descontaminação adequada. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA DERRAMAMENTO DE CULTURAS: 1. Cobrir o sítio contaminado com papel absorvente; 2. Derramar desinfetante apropriado sobre o papel; 3. Recolher o material após 30 minutos; 4. Higienizar o local de trabalho. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA QUEBRA DE TUBOS NA CENTRÍFUGA: • Desligar o aparelho; • Manter o aparelho fechado por 30 minutos; • Retirar os estilhaços; • Descontaminar o aparelho e a região de trabalho. PLANOS DE CONTINGÊNCIA E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA Quebra de Frasco e Derrame de Líquidos Desconhecidos: 1. Jogar granulado absorvente; 2. Juntar todo o resíduo em saco plástico especial; 3. Autoclavar; 4. Solicitar a presença de serviço de segurança para providenciar o descarte. Biossegurança Laboratório sem Biossegurança é uma fria! https://www.google.com.br/url?q=http://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-gua-de-gelo-bebendo-do-pinguim-image6007984&sa=U&ei=9hEjU-fOCsiTkQeTyIBQ&ved=0CF0Q9QEwGA&usg=AFQjCNE05o_3m8jNTLN638qnUyInY83Ifg
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