Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMAGINOLOGIA Aula 1- Semiologia Torácica e Anatomia Radiológica Para se pedir um exame de imagem, deve-se primeiramente analisar a necessidade ou não do exame. Ex: doutor estou com dor no abdome. Deve-se analisar, onde é a dor, a intensidade, se houve fatores que desencadeavam essa dor... A quantidade de raios que passa, depende da quantidade de tecido (tecidos mais densos – fica branco, tecidos menos denso, fica preto) • Preto (radioluscente ou radiotransparente ex: ar) • Branco (radiopaco ex: metal) As cores intermediárias (cinza) As cores intermediárias como em C e D, depende comparado a algo. Ex: D em relação a A é radiopaca, C em comparação a D é mais radioluscente; D em comparação a B é mais radioluscente. - A tomografia foi inventada e diferente do Raio X vc “fatia ‘o indivíduo, e o computador reconstrói a imagem podendo ver em várias dimensões, em quanto o raio X é bidimensional. Dessa forma TC dá muito mais detalhes que o RX, mas o nível de incidência de radiação liberada é de 10- 100X maior que do RX, sem contar que esse é mais disponível nas redes de saúde. - Em crianças usa-se preferencialmente o RX, uma vez que não é indicado expô-la no início de sua vida a uma radiação tão alta. Densidade – Tomogafia Na tomografia Preto – hiperatenuante Branco – hipoatenuante Radiologia de Tórax: - Na avaliação pneumológica, é imprescindível contar com um estudo radiológico do tórax - Saúde ocupacional, pré operatório, diagnóstico, controle de tratamento, UTI É feito de duas formas: • PA (póstero-anterior) entra por trás e sai pela frente, feito em inspiração máxima • Perfil: raio entra lateral e sai lateral, também em inspiração máximo. • Pode-se fazer raio X AP (antero-posterior), principalmente em pacientes acamados Ideal fazer a PA, pois consegue tirar a escápula e por causa da posição do coração (mais anterior) e o coração está no mediastino médio, que é mais anterior, distanciando o coração do tubo e aproximando do filme, tamanho do coração fica mais real - É importante fazer duas dimensões para identificar tanto os lados e profundidade da lesão Incidência complementar: - Decúbito lateral com raios horizontais (usado em derrame pleural) Olhar sempre o nome do paciente O lado (sempre tem escrito o lado) Posicionamento do raio X, como se estivesse de frente para você. ICT(índice cardio- torácico): pego o maior diâmetro do coração dividido pelo maior diâmetro do tórax ICT< 0,5 Estruturas do mediastino: 1) Veia cava superior 2) Átrio direito 3) Ventrículo direito 4) Arco aórtico 5) Tronco da pulmonar 6) E 7 VE O brônquio, as veias e as artérias no hilo possuem uma ordem; Direito: brônquio, artéria e veia (BAV) Esquerdo: artéria(fica em cima do brônquio, ela “cavalga”), brônquio e veia (ABV) No RX conseguimos ver melhor a artéria Importante pois do lado esquerdo a artéria fica um pouco mais alta, pq a artéria está cavalgando o brônquio Técnica radiológica; 1) Olhar a simetria, paciente tem que estar simétrico 2) Inspiração (tem que ser em pausa inspiratória) para saber se foi uma boa inspiração se conta os arcos costais posteriores, tem que ter pelo menos 9 arcos acima do diafragma Aula 2: Alterações radiográficas: 1. Lesões do espaço aéreo: Espaço onde há as trocas gasosas, dento dos alvéolos - Consolidação: espaço aéreo está sendo preenchido (muco, sangue...), provocam uma opacidade homogênea, fica mais branco (radiopaca) • Lesão radiopaca • Broncogramas aéreo: Os brônquios não são usualmente visíveis, quando eles estão preenchidos, eles se tornam visíveis (ficam mais radioluscente) • Sinal da silhueta: perda do contorno mediastinal e diafragmática. Pulmão Direito: São 3 lobos - Superior - Médio ( Segmento 5 está em contato com o coração) -Inferior (único segmento que não está em contato com o diafragma é o 6) Pulmão esquerdo: São 2 lobos - Superior ( segmentos 4 e 5 em contato com o coração) - Inferior Lobo inferior Consolidação do lobo superior esquerdo Consolidação de lobo médio direito (não se especifica o direito, pq lobo médio só tem o lado direito) perdeu a borda cardíaca direita tendo o sinal da silhueta Na maioria das vez os casos de consolidação são de pneumonia Causas mais comuns: - Pneumonias lobares e segmentares - tuberculose - Infarto Pulmonar - SARA - Edema agudo de pulmão Atelectasia: colabamento do espaço aéreo. - O ar é absorvido (não substituído como na consolidação) - Tipos: • Obstrutivo( ou por absorção, pode ser causado por tumor, corpo estranho) • Por compressão (edema, pneumotórax) • Do RN- Adesiva (deficiência de surfactante) Sinais Radiológicos da atelectasia obstrutiva: - Direto: • Deslocamento das fissuras - Indiretos: • Desvio ipsilateral do mediastino • Elevação do diafragma • Estreitamento dos espaços intercostais A atelectasia é melhor vista no raio RX na posição de PA, só a média que é melhor na lateral Nesse caso teve acometimento dos segmentos lingulares e basilares do lado esquerdo e também acometimento do lado direito do lobo médio, e tem também o sinal da silhueta, pois perdemos a visão da borda cardíaca Atelectasia do Lobo superior direito, para compensar o colabamento desse os outros lobos hiperinsuflam Colabamento do lobo superior do pulmão esquerdo, podemos perceber o desvio da traqueia para a direita, a elevação do diafragma, aproximação dos arcos costais Atelectasia do lobo médio, “forma de panqueca” e é melhor vista no RX de perfil Hemitórax direito opaco com desvio da traqueia ipsilateral. Atlectasia total do pulmão direito, ou retirada do pulmão direito Com sinal da silhueta, perda da silhueta cardíaca direita Hemitórax esquerdo opaco, com desvio ipsilateral da traqueia, Sinal da silhueta (perda da borda silhueta do coração do lado esquerdo) Cefalização do hilo pulmonar direito (normalmente o hilo direito é mais baixo que o esquerdo, mas como houve a atelectasia o hilo direito se deslocou em direção cefálica) Lesões Retículo nodulares (acometem o interstício pulmonar – onde tem tecidos conjuntivos que dão sustentação do pulmão) 1) Lesões Nodulares: • Nódulos de lesões de 1 mm até 30 mm • Miliares: até 2 mm (EX: tuberculose miliar) • Micronodulares; de 2-7 mm • Nódulos: 7-30 mm Maior que 3 cm é chamado de massa Diagnóstico diferencial: • Tuberculose (miliar) • Sarcoidose (doença idiopática) acomete o tecido conjuntivo dos pulmões • Silicose: causada pela sílica • Metástase Tuberculose miliar Lesão fica no parênquima pulmonar 2) Lesões Reticulares - Espessamento da rede de tecidos conjuntivos intersticial (Característica de linhas) - Diagnóstico diferencial: Fibrose pulmonar idiopática - Prognóstico normalmente reservado, não reagem muito em aos corticoides 3) Lesões reticulosnodulares - Padrão misto, com presença de padrão reticular e nodular - Diagnostico diferencial; • Linfagite carcinomatosa • Abestose (amianto) – Acomete mais os canto inferiores dos pulmões 4) Nódulo Pulmonar: - Opacidade redonda ou oval, menor que 3 cm completamente envolta por parênquima pulmonar - Pode ser granuloma (decorrente de processo infamatório), hamartoma (lesão benigna de tecido conjuntivo e às vezes de tecido adiposo) ou câncer - Nódulo pulmonar solitário, observar: tamanho*, localização, calcificação*, gordura, margens, cavitação, tempo de crescimento* Calcificação: - Característicamais importante - Central, difusa, laminada ou em pipoca – probabilidade de benignidade de quase 100% - Apenas 2% dos NPS com calcificação são cânceres Tempo de Crescimento: - A falta de crescimento em um período de 2 anos ou mais sugere benignidade - Maioria dos nódulos malignos – dobra de tamanho em 30 – 400 dias 5) Tuberculose - Contato primário normalmente ocorre na infância, quando ela não é vacinada(BCG). - Após esse primeiro contato a pessoa fica com uma “cicatriz” - 95% das pessoas evoluem para cura - 5% das pessoas que não tiveram a cura podem ter a reativação de o foco de uma infecção latente, ou então uma nova infecção e assim irá desenvolver a doença pós-primária. - PPD: teste tuberculínico - RX pode ser completamente normal, ou então ter uma cicatriz (granuloma) - Normalmente calcificação difusa Nódulo suspeito, pois não apresenta o padrão de calcificação e apresenta espícula Achados na Tuberculose primária • Consolidação parenquimatosa (70%) • Linfadenopatia hilar mediastinal (90%) • Derrame pleural • Cavitação é rara na tuberculose primária Tuberculose pós primária (por reativação ou secundária) - Disseminação broncogênica - Ocorre e indivíduos já imunizados – adultos em sua maioria - Resultado da reativação de focos, ou então uma reinfecção Achados tuberculose secundária • Tendência a localiza-se no segmento apical ou o seguimento do lobo inferior (85%) • Cavitações: destruição do parênquima pulmonar e forma uma lesão com espessura maior que 1 mm (pensar também em tumor por causa da necrose, abcesso, paracocidimiose)(20-45%) • Consolidação focal (50-70%) Tuberculose Miliar: - Ocorre por disseminação hematogênica do bacilo - Mais comum em imunossuprimidos - Pode permanecer por longo período assintomático - Achados: múltiplos pequenos nódulos distribuídos difusamente pelo pulmão TEP- tromboembolia pulmonar - Embolo é tudo que sai de um lugar e para em outro - tromboembolia pulmonar vai ser um trombo que se formará, principalmente nas veias (veias iliofemorais) dos MMII, que se solta e aloja no pulmão - Pode ser causada por pacientes que passaram por cirurgias, pacientes acamados, pacientes com obesidade, tabagismo, gestação e pós-parto, história de tep anterior - Nas necropsias: êmbolos em 3-5% (¨8% foi a causa do óbito, o que mostra que ela é subnotificado) - letalidade embolia não tratada: 30% - manifestações clínicas: Sintomas: dispneia, dor ventilatório-depenente, tosse Sinais: taquipneia, estertores, taquicardia Paciente com pontuação maior que 6, alta chance de ter TEP 2-6 pontos chance intermediário <2 baixas chances RX de Tórax - Alteração apenas 12%, serve mais para excluir que o paciente não tem outras patologias do que para confirmação de TEP - Algumas alterações clássicas: • Corcova de Hampton(um triangulo, com ápice voltado pro hilo, área radiopaca, que identifica uma área de infarto pulmonar), • Sinal de “Westermark”(área de oligoemia, redução da vascularização distal de onde o embolo impactou) Dímero D, vamos avaliar o produto de degradação da fibrina, teste de triagem, alta sensibilidade, irá ajudar a excluir a doença, se vem negativo, descarta a TEP Derrame pleural: - Geralmente o paciente já tem uma quantidade pequena entre a pleura visceral e pleura parietal (2-10ml), mas existem alguns motivos que podem levar ao aumento da quantidade desse liquido (IC, IR, cirrose, Lúpus, pneumonia – derrame para pneumônico) Em vermelho temos os seios costofrênico lateral, e da para ver os posteriores tmb que são mais baixos que os laterais Apresentação radiológica: 1) Obliteração (velamento) seio costofrênico posterior o Possui ângulos agudos, perde o angulo o Quando ocorre o derrame pleural é o primeiro a sofrer velamento o A partir de 100ml é visível, se aumentar muito, vai começar a velar o lateral tmb(acima de 175 ml) Perca do ângulo no pulmão direito 2) Sinal do menisco o Liquido que vai se acumulando no seio costofrênico e vai dando o aspecto de parábola o Vai comprimindo o pulmão e vai deslocando o diafragma o O líquido pode ocupar todo o hemitórax, levando ao hemitórax opaco, desviando a traqueia, e mediastino desviado contra lateralmente 3) Derrame Loculado o Líquido fica muito exudativo, viscoso, por isso fica mais loculado, ficando em locais mais específicos, principalmente em pacientes acamados o Povo chama de tumor fantasma, pq ele pode desaparecer, por absorção OBS: Faz o RAIOX em decúbito lateral, para ver se o líquido escorre, e serve para observar se este ou não derrame pleural 4) Pneumotórax: o Ar no espaço pleural o Pode ser por lesão externa, como uma facada, pode ser uma lesão que perfurou ou pulmão, ou uma lesão iatrogênica (que ocorre devido à uma má conduta) Pneumotórax, pode ir aumentando Pulmão sofre atlectasia por compressão Radiografia de abdome Rotina: Antero posterior – decúbito dorsal e ortostatimo Observar: - Padrão de distribuição gasosa, ossos , tecidos moles órgãos abdominais Nos ossos devemos procurar lesões blásticas ou líticas (que podem indicar várias doenças entre elas a metástase), sinais de fraturas ou, ainda, de artrite Nos órgãos abdominais: - Fígado: Só se é possível ver a boda posterior do fígado devido á existência da cordura no compartimento pararrenal posterior. Caso haja o apagamento da margem hepática inferior, em raios X feitos em decúbito dorsal, pode-se sugerir em presença de líquido livre na cavidade abdominal - No estômago: quase sempre vai ver ar - Intestino delgado: tem ar em pouca alças de delgado devido à rápida absorção do ar deglutido - Intestino grosso: quase sempre tem ar porque tem bactéria que produz gases, principalmente reto e sigmoide Normalmente não vemos ar no cólon Sinal de Chilaiditi: interposição temporária ou permanente do cólon ou intestino delgado no espaço hepatodiafragmático, causando sintomas. Sua causa é desconhecida. Em indivíduos sadios esse sinal é sugestivo de aumento do comprimento e mobilidade do cólon Abdome agudo obstrutivo: - Dor abdominal aguda, podendo vir acompanhada de vômitos, distensão abdominal, rigidez muscular ou colapso, que pode ter desfecho cirúrgico - O RX é utilizado como a 1ª etapa na avaliação abdominal pois é barata e rápida - A TC é o método de escolha para suspeitas de pancreatite aguda e diverticulite - A US é importante para avaliação das vias biliares, emergências ginecológicas e apendicite Pode ser dividido em: 1. Funcional - Íleo funcional (íleo paralítico/adinâmico) o Caracteriza-se por distensão abdominal, ausência de eliminação de gases e fezes, naúseas e vômitos SEM QUE HAJA OBSTRUÇÃO MECÂNICA DO INTESTINO o O distúrbio ocorre na peristalse o Muito comum no período pós cirúrgico (24-48 hrs após) o No RX vemos a presença das alças intestinais dilatadas tanto no intestino grosso quanto no delgado 2. Mecânica: Ocorre quando existe um obstáculo físico que impede a passagem do bolo alimentar. Em alguns casos pode ocorrer um comprometimento vascular (obstrução estrangulada) que causa isquemia e necrose da área acometida - Obstruções em alça fechada: o São obstruções em que a alça se encontra ocluída em um ponto distal e em um proximal. o Ocorre uma maior dilatação pois há um acúmulo progressivo de líquido e ar nas alças sem a possibilidadedesse conteúdo refluir para segmentos proximais - Obstrução do delgado o 60-80% dos abdomes agudos são causados por obstrução do delgado o Adesões ou bridas (60%) as alças se aderem por causa de uma fibrose, por uma cirurgia prévia o Hérnias: hérnia inguinal é a que mais leva à obstrução o Mudança do hábito intestinal (obstrução colônica baixa) o Quando o paciente tem obstrução no delgado, ele tem um quadro de náusea e vômito mais acentuado, mais comum o Quadro clínico: - Dor abdominal em cólica na região medial do abdome - Borborigmo audível, devido ao aumento do peristaltismo - Vômitos - Constipação e não eliminação dos gases na obstrução completa o No RX: - Distensão das alças (Distensão no mesogástrio, com presença de pregas do intestino delgado (padrão de pilha de moedas, sinônimo de obstrução de alça jejuno-ileal de intestino delgado ) - Obstrução Intestino grosso: • Tumor: - Carcinoma mais comum TGI (adenocarcinoma) - Obstrução mais comum descendente, reto, sigmoide - Vôlvulo ou volvo : alça torce sobre ela mesmo • Sigmoide, ceco, cólon transverso Alça dilatada, sem o padrão de pilha de moeda. A válvula íleo cecal, não deixa voltar conteúdo para o delgado, mas se ela for incompetente volta conteúdo podendo dilatar também o delgado. - Abdome Agudo perfurativo (Pneumoperitônio) o Pode ser causado por apendicite, tumor, úlcera (h.pilory), D.Crohn e diverticulite o Ruptura de vísceras ocas o Pós-operatório CVL 5-7 dias (principalmente em cirurgias por vídeo laparoscopia para retirada por exemplo de cálculos biliares) Aparece debaixo do diafragma e se for do lado esquerdo tomar cuidado para não confundir com bulha gástrica Abdome agudo inflamatório 1) Apendicite • É a causa mais comum de abdome agudo inflamatório em indivíduos jovens • Acontece por obstrução aguda do lúmen apendicular (apendicolito) → acúmulo de muco + estase → facilita a proliferação bacteriana com secreção de toxinas → ocorre uma maior ulceração da mucosa permitindo penetração nas camadas musculares → Ocorre a Inflamação • Causa mais comum de crianças • Possui aproximadamente 0,5cm • Quadro clínico: dor abdominal, localizada na fossa ilíaca direita com sinal de Blumberg positivo, pode vir acompanhada de vômitos, naúseas e diarreia, na ausculta teremos os sons diminuídos, pode apresentar febre. • Imagem: - RX: não é o padrão ouro, mas é utilizado na avaliação inicial o Melhor indício diagnóstico é o apendicolito na fossa ilíaca direita (presente em 5-10% dos casos) - US: possui uma grande sensibilidade mas uma baixa especificidade (padrão ouro para as gestantes) o Diagnóstico é feito ao identificar uma imagem tubular de fundo cego, sem peristaltismo, com diâmetro transverso > 6mm Melhor método diagnóstico para apendicite é a TC com contraste, mas como a grande parte dos casos ocorre em crianças é recomendado expor elas ao mínimo de radiação possível, sendo assim utilizados outros métodos de imagem 2) Colecistite: impactação permanente de um cálculo no ducto cístico, que leva a uma inflamação do órgão • Geralmente acontece em indivíduos que tem cálculos biliares, que pode levar à obstrução e assim a inflamação • 75% são de colesterol, por isso normalmente não aparece no RX • 95% ocorre por causa de obstrução do ducto cístico • Detectado principalmente por US (96%) e TC (80%) • Inflamação da vesícula biliar, tipicamente por obstrução do ducto cístico • Apresentação típica: dor hipocôndrio direito(em cólica, pós prandial, desencadeado por alimentos gordurosos) +febre +leucocitose • Indicação cirúrgica, mesmo em pacientes assintomáticos • Na colecistite aguda, trata-se primeiro a inflamação e depois opera. • Vesícula em porcelana -parede calcificada (em quadros crônicos) US- Exame de escolha para detecção de litíase SINAIS: - Aumento do diâmetro transverso do fundo da vesícula - Colelitíase: imagens hiperecóicas (brancas) com sombra acústica posterior e móveis - Espessamento da parde da vesicula >3mm - Sinal de Murphy ultrassonográfico Na RM também podemos fazer o diagnóstico, mas a RM é um método caro. 3) Pancreatite aguda: inflamação causada por ativação intracelular e extravasamento inapropriado de enzimas proteolíticas que provocam destruição do parênquima e dos tecidos peripancreáticos • 80% causa biliar ou álcool • Quando o cálculo bloqueia a ampola de vater no pâncreas • A medida de um pâncreas normal é cerca de 3 cm, esse apresentado na imagem possui aproximadamente 7 cm, pois ele apresenta um edema, isto é uma pancreatite edematosa ❖ Quadro clínico: - Vômitos - Dor em faixa no andar superior do abdome, que irradia para as costas (dorso) - Hiporexia - Abdome distendido e doloroso Diagnóstico: 2 dos 3 critérios o Dor abdominal fortemente sugestiva de PA o Elevação dos níveis séricos de amilase em pelo menos 3x o VR o Achados característicos no exame de imagem Usado tanto US, como TC (deve ser realizada em 48-72hrs após o início do quadro) 4) Diverticulite • Aparece divertículos principalmente no colo sigmoide • Incialmente paciente assintomático, quando inflama dor em cólica na fossa ilíaca esquerda +massa+febre • Exame de enema opaco, mas está entrando em desuso, porque com a colonoscopia, consegue-se visualizar e realizar o diagnóstico • Exame de escolha TC de abdome e pelve com contraste • Padrão ouro para doença diverticular é a COLONOSCOPIA Aula 6 – Critérios de adequação trato urinário • Infecção no Tu baixo da mulher – cistite; disúria, polaciúria, emergência para urinar (não há indicação de fazer nenhum tipo de exame) • TU alta – pilonefreite – sinais e sintomas sistêmico (na aguda, não tem recomendação de exames) se o paciente tem fatores de risco como diabetes, pedimos uma TC com contraste ou então US • Se o paciente tem uma nefrite por cálculo, não se deve pedir exame, mas a partir do momento que o paciente apresenta dor e mais complicações pedimos uma tomografia com contraste (primeira escolha), se n tiver Tc pedimos US Ultrassonografia Abdominal Total: • Órgãos avaliados: fígado, vesícula biliar, vias biliares, pâncreas, baço, rins, aorta abdominal, bexiga • Preparo: jejum de 6 horas • Indicações: - Suspeitas de aneurisma - Suspeita de Colecistolitíase - Suspeita de nefrolitíase - Investigação de dor abdominal - Investigação de icterícia colestática - Hepatoesplenomegalia (hipertensão portal) - Orientar biópsia para punção de lesões tumorais Ultrassonografia de abdome superior: • Órgãos avaliados: fígado, vesícula biliar, vias biliares, pâncreas, baço • Preparo: jejum de 6 horas • Indicações: - Suspeita de Colecístolitíase - Investigação d dor abdominal - Investigação de icterícia colestática - hepatoesplenomegalia Ultrassonografia de parede abdominal: • Indicações: - Suspeitas de hérnias (inguinal, linha alba, umbilical, spiegel, incisional) - Suspeitas de coleções na parede abdominal Ultrassonografia pélvica masculina e próstata transretal (biópsia) • Órgãos avaliados: próstata, vesículas seminais, bexiga pré e pós miccionais • Preparo: bexiga cheia • Indicações: - Câncer prostático (suspeita) - Hipertropia prostática benigna - Prostatite - Prostatismo - Avaliação de bexiga neurogênica/bexiga de esforço (avaliação do volume pós miccional) Neurorradiologia Na TC, falamos se a lesão é hipo, hiper ou isso atenuante Hipoatenuante: tudo aquilo que é mais escuro que o parênquima encefálico Hiperatenuante: mais clara que o parênquima Isoatenuante: da mesmacor do parênquima Calcificação da pineal (fisiológica) e dos plexos coroides (não vistas nesse corte Vemos os núcleos da base (putamen e glóbo palidum ) o Joelho Cabeça do caudado Neuroanatomia pela RM: Corte axial, na região da medula (Ponte, bulbo e tronco encefálico) Trauma crânioencefalico (TCE) - Escala de gasglow - Pode ser grave (3-8), médio (9-13), leve (14-15) Tipos: • Hematoma epidural/ extradural • Hematoma subdural • AVC • Hemorragia subaracnoide • Hemorragia intraparenquimatosa TRAUMAS CRÂNIO ENCEÁLICOS Hematoma Epidural/Extradural - Normalmente acontece uma lesão arterial da artéria meníngea média - Geralmente antes de ter a perda da consciência ele tem um intervalo lúcido - Muitas vezes associado à fratura do ossos temporal e temporo-parietal. (85-90%) - Dura -máter pregada na calota craniana em alguns pontos então o hematoma não espalha muito - Aspecto biconvexo - Pode ultrapassar a linha média Hematoma Subdural: Hematomas subdurais agudo são resultado da laceração da veias corticais ou avulsão das pontes das veias entre córtex e seios durais. Ocorre entra a dura-máter e a aracnoide. • Hematomas subdurais agudos ocorrem frequentemente nos pacientes com: - Traumatismo craniano causado por quedas ou acidentes com veículos motorizados - Contusões cerebrais subjacentes - Hematoma epidural contralateral • Abaixo da dura-máter tem mais espaço livre, com isso o hematoma tem tendência a se espalhar mais com isso gerando um efeito de massa. • Idosos costumam ter mais esse tipo de lesão pois, o tamanho da calota continua o mesmo e o parênquima encefálico reduz. Quando o idoso cai da própria altura, o parênquima sofre um “sacode” levando a ruptura das veias em ponte presentes nesse espaço. • Mais efeito de massa comparada com a extra, porque a dura-máter é “colada” na calota, enquanto na subdural não, por isso se espalha mais. Maior mortalidade • Forma de crescente • Imagem da direita hematoma crônico (mais hipodenso) • Da esquerda é mais aguda sendo hiperdenso O Hematoma subdural respeita a linha média. Já o extradural, ele não respeita a linha média pois ele está acima da dura- máter. Hemorragia Subaracnóide Traumática (HSAT) - Extravasamento sanguíneo para o espaço subaracnóide devido à lesão vascular - Trauma: causa mais comum de hemorragia subaracnóide - Geralmente associado à contusões e hematomas extra-axiais - Quantidade da HSAT se correlaciona com o prognóstico - Não traumática HSAT ( menor quantidade de sangue no espaço subaracnoide, tendo assim melhor prognóstico) - HSAE – hemorragia subaracnoide espontânea - Biconvexa- Hiperatenunante -Em Laranja temos os sulcos entre os giros (em casos normais ele devia ser um pouco mais hipodenso, mas nesse caso ele tem sangue, estando hiperdenso, tendo uma hemorragia subaracnóideo traumático) Contusão Cerebral - Lesões intra-axiais (dentro do parênquima, dentro do neuro-eixo) – Aproximadamente 40% - Acontece geralmente por um choque do parênquima, contra alguma irregularidade óssea. - Lobos frontais e temporais são os mais acometidos, porque geralmente as lesões são frontais. - Partes menos acometidas: tronco e cerebelo - Caracteriza-se por lesões de “golpe” e “contra-golpe” - Em laranja: área de sangramento - Em verde: área de edema, está mais hipodenso (mais escuro) - Contusão(teremos sangramento, edema, alteração morfológica do parênquima) x Concussão (não tem alteração morfológica do parênquima) - Quando temos um trauma severo é indicado com grau de adequação 9 + o RX de coluna cervical (adequação 8) - Em traumas leve o grau de adequação para TC de crânio nível Acidente Vascular Encefálico (AVC/ AVE) - Terceira causa de morte no mundo - Síndrome clínica > sinais focais ou globais de distúrbios neurológicos durando mais de 24 horas ou levando à morte, sem outra causa aparente a não ser a de origem vascular. - Dividido em AVC isquêmico e AVC hemorrágico (pode ser Intraparenquimatoso – HIP o subaracnóide HSA) AVC isquêmico: É uma lesão permante do tecido nervoso, devido a uma redução da perfusão local (pode ser um embolo ou uma placa de ateroma que ocluiu uma artéria ou veia) ou então generalizada. Essa redução da perfusão deve ocorrer em um tepo suficiente para causar uma necrose. - Área de penumbra: zona periférica de comprometimento sanguíneo, onde há fluxo colateral - Core: onde aconteceu a necrose e área de penumbra é a área isquêmica que circunda a área necrosada. Tecido cerebral que sofreu necrose não se regenera. Em AVC isquêmico, o tecido cerebral ainda não sofreu necrose, então pode se recuperar Neuroplasticidade: capacidade de outra área do cérebro realizar as funções da parte que necrosou Há três subtipos principais de AVCI, quanto à causa: • Por trombose arterial decorrente de doenças da parede arterial por arteriosclerose, dissecção ou displasia fibromuscular; • Por êmbolo, em que partículas provenientes de diversas partes do organismo migram para alguma região do cérebro; porém, como não é um processo restrito a uma área definida, terapia local só resolve o problema temporariamente; • Por hipoperfusão orgânica, ocasionado por déficit sanguíneo sistêmico, privando, por conseguinte, o tecido encefálico de sangue. AVALIAÇÃO: Primeiro sinal de um AVC isquêmico: hiperdensidade da artéria, que surge após 4 horas do início do quadro isquêmico (presente de 35-50% dos casos) - A janela terapêutica para a realização e trombólise venosa é de 4,5 horas e para trombólise intra-arterial é de 6 horas - O método mais utilizado na fase aguda de um AVC isquêmico é a TC de crânio, apesar de nas primeiras 4 horas, não apresentar nenhuma alteração no exame, mas descarta a possibilidade por exemplo de um AVC hemorrágico - Menos de 4,5 horas, a escolha do exame é TC sem contraste (Fase Hiperaguda do AVC isquêmico - Para pacientes com AVC isquêmico, damos um trombolítico (TPA)- tomar cuidado para não evoluir para hemorrágico - Se não está na fase hiperaguda (depois de 4,5hrs) pode-se fazer tanto a TC quanto a ressonância (mesmo nível de adequação – 8) - Exame que melhor avalia o AVC isquêmico --- Ressonância (não é o exame de escolha, pois demora muito tempo Nas primeiras 12-24 horas Sinal da fita insular: - Inicialmente as alterações do parênquima são muito sutis, percebemos uma perda da diferenciação cortico-medular (substancia cinzenta e branca), causada por um edema da área (em rosa) Após 24 hrs até o 7° dia , vemos uma área de hipodensidade em uma distribuição vascular em (70%), devido a um edema citotóxico, podendo, inclusive, gerar um efeito de massa com compressão total ou parcial de ventrículos e cisternas. A transformação hemorrágica pode ocorrer e demonstra-se, em 70% dos casos, entre o 2° e 4° dia. Na seta vermelha: área de sequela de um AVC (encefalomalacia- perda do parênquima, com sulcamento e alargamento ventricular) AVC hemorrágico: corresponde a 15% de todos os AVCs, com uma maior mortalidade comparado aos isquêmicos - Atinge principalmente homens, hipertensos, usuários de trombolíticos e anticoagulantes, cocaína e anfetaminas, além e tabagistase diabéticos. - A localização da hemorragia prognostica o quadro clínico pressuposto. 1) Hemorragia intraparenquimatosa - Etiologias principais em idosos: hipertensão, angiopatia amidalóide cerebral e coagulopatias. - Etilogias principais em jovens (<45 anos): malformações vasculares o Hipertensiva: - É a causa mais comum de hemorragia intraparenquimatosa, e ocorre tipicamente nos núcleos da base, sendo putâmen (35-50%) e capsula externa os locais mais comuns (juntos correspondem a 2/3 dos casos) - Tálamo 15-25% o Malformação arteriovenosa: - São menos frequentes , mas devem ser excluídas principalmente em pacientes jovens - Acontece principalmente na porção supratentorial do encéfalo (80-90%), levando a maioria dos pacientes a quadro hemorrágicos e/ou convulsivos. o Drogas o Angiopatia amidalóide: - Caracteriza-se pelo depósito amidalóide na camada media e na adventícia das artérias leptomeníngeas. o Tumores hemorrágicos 2) Hemorragia Subaracnóide - A causa mais comum de hemorragia subaracnóide é o trauma - Hemorragia subaracnóide espontânea (HSAE) maioria é secundária à ruptura de aneurismas (normalmente são formados na área do polígono de Willis, 85% do compartimento anterior e 15% do compartimento posterior) - Quadro clínico: cefaleia de início súbito e com características não habituais (pior dor de cabeça da vida, com evolução para rebaixamento do nível da consciência) - TC sem contrate é o método de imagem de escolha na avaliação da HSA (95% de sensibilidade) - Apresentações Clássicas: • Paralisia do 3° nervo craniano ipsilateral (oculomotor) no caso de aneurisma da a. comunicante posterior • Síndrome do seio cavernoso no aneurisma da a. carótida interna • Síndrome do quiasma óptico (hemianopsia bitemporal ou heterônima latral) no aneurisma da a. comunicante anterior (ABC...para tomada de decisões, Revista Brasileira de Radiologia, 2015) A hemorragia aparece como região hiperatenuante no espaço subaracnóideo. Na imagem a esquerda podemos ver uma hiperatenuação no espaço aracnoide das cisternas basais, enquanto na imagem a direita vemos uma hiperatenuação entre os giros, ou seja nos sulcos, do lado esquerdo e um hematoma extradural do lado direito. Hemorragia Intraparenquimatosa Em A nota-se hiperdensidade na cisterna suprasselar (setapreta), fissura inter-hemisférica (setabranca maior), cisterna cerebelopon-tina (cabeça de seta preta) e fissurasylviana (seta branca menor). Observa- se, ainda, hidrocefalia secundáriano ventrículo lateral (cabeça de setabranca). Em B visualiza-se hiperdensidade moderada nos espaços suprasselares (seta menor) e cisternasperimesencefálicas (seta maior). Obs: a TC é superior à RM na fase aguda da HSAE, pois o sinal do sangramento à RM é similar ao sinal do parênquima cerebral normal. Já nas fases subaguda e crônica, a hemorragia torna-se mais rapidamente hipoatenuante em relação ao liquor na TC, fazendo da RM o melhor método diagnóstico RED FLAGS – Cefaleia • Primeira crise com início repentino – “pior dor da vida” • Mudança do padrão da cefaleia nos pacientes com cefaleia recorrentes. • Cefaléia com início de idades incomuns – menores que 5 anos e maiores que 50 anos • Associada à sintomas sistêmicos (febre, prdade peso) • Início da dor associada à síncope, esforços, atividade sexual, valsalva • Cefaleia que acorda o paciente • Sintomas neurológicos (ex: confusão, alteração consciência), sinais de irritação meníngea ou dor ocular. A escala de Fischer é utilizada em hemorragias subaracnóideas para prever o risco de vasoespasmo Propedêutica em Ginecologia Mama: Na mama temos um tecido glandular que fica apoiado no músculo peitoral maior. Todo o tecido glandular tem seus lóbulos e esses se confluem em ductos lactíferos que se abrem na região do mamilo Fazemos a mamografia em duas incidências: • a MLO (médio-lateral-obliqua) • a CC (crânio caudal.) Importante lembrar que homem também apresenta mama, mas elas não possuem desenvolvimento pleno no homem, pois ela não sofre o estímulo hormonal durante a puberdade; O homem possui mamas, mas ela não se desenvolve, quando isso acontece chamamos de ginecomastia. Então falamos para o homem que tem esse distúrbio para a fazer a mamografia para ver se tem tecido glandular ou se tem só tem tecido adiposo. A causa mais comum de ginecomastia é de causa medicamentosa, mas pode ser causada por outros fatores, como causas genéticas. Fazemos a mamografia em qualquer grau, mas não é com objetivo de ver rastrear CA de mama e sim, analisar a composição da mama. A partir do momento que se desenvolve a ginecomastia o tratamento é cirúrgico. Na seta vemos a presença de glândula na mama esquerda, mostrando ginecomastia unilateral. Vemos ginecomastia unilateral. Incidência Craniocaudal: - Feixe perpendicular à mama - Tubo fica vertical - L (lateral); M (medial) Médio Lateral Oblíqua Músculo peitoral maior tem que ser visto claramente nessa incidência, é uma região de muitos linfonodos Traçamos uma linha perpendicular no mamilo até o músculo. Temos que observar o ângulo mamário - Na ponta da seta branca, temos a gordura retro mamária, que fica em contato com o músculo peitoral maior (lâmina de Chassaignac) - Em azul temos o músculo peitoral maior - Em vermelho temos o mamilo (é importante que o mamilo esteja bem alinhado para que não se confunda com nódulo) Músculo peitoral Maior. É importante ter uma boa visão dessa região (cavum axilar) pois tem muitos linfonodos. O ângulo inframamário deve ser visualizado também. Dessa forma a mama é dividida em 4 quadrantes: - Súperolateral - Ínfero-lateral - Supra-medial - Ínfero-medial As doenças da mama, serão detectadas através de exames complementares e exames clínicos. A mamografia NÃO previne o câncer de mama, ela apenas permite fazer um diagnóstico precoce, isto é fazer o rastreamento. É questionável o autoexame da mama Auto- exame das mamas: Vantagens: • Baixo custo • 70% dos tumores são descobertos pela paciente • Conhecimento da imagem corporal Desvantagem: • Não tem impacto na redução da mortalidade • Aumento da ansiedade e medo pela consciência da possibilidade da doença. Por causa disso em 2015, o CONITEC (órgão ligado ao ministério da saúde, que faz algumas recomendações baseadas em evidências) é contra o autoexame como rastreio do câncer de mama, por causa dessa ansiedade gerada nas mulheres. Fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama - Não modificáveis: • Idade: geralmente as mulheres tem o risco aumentado para CA entre 65 anos até 80 anos, por isso o rastreio é feito ou depois do 40 ou depois dos 50 anos a mamografia. • Genética (BRCA1 – gene protetor, conta o CA de mama, quando a mulher tem uma deleção desse oncogene, ela tem risco aumentado de CA de mama e CA de ovário; BRCA2 também) • Dois ou mais parentes de primeiro grau com diagnóstico de CA de mama precocemente. • História prévia de CA de mama. • Mulheres com densidade mamária muito alta. • Biópsia que confirmou alguma hiperplasia atípica. A mamografia é o método principal de rastreamento, para ser rastreio a mulher tem que estar assintomática. Rastreamento do câncer de mama: - Alguns trabalhos apontam que o rastreamento do CA de mama reduz a mortalidade em aproximadamente 20% - Mas alguns outros trabalhos mostram também que a mamografia acarreta um sobrediagnóstico e a supertratamento em aproximadamente 30% dos casos. Então ao mesmo tempo que se diagnostica precocemente um grande númerode mulheres, também temos um sobrediagnóstico o que trás um sofrimento psicológico para as mulheres. Em vermelho temos o diagnóstico de CA, que aumenta muito a partir de 60 anos, comparado as outras alterações fibrocísticas em mulheres mais jovens Recomendação das sociedades: ACS: - Rastreio a partir dos 45 anos anualmente e depois dos 55 anos fazer a cada 2 anos USPSTF: - A partir dos 40 anos a cada ano e a partir dos 50 anos fazer a cada 2 anos NICE: - A partir dos 50 anos a cada 3 anos No Brasil temos 2 protocolos vigentes, o INCA e o Ministério da saúde recomendam fazer a mamografia a partir dos 50 anos a cada 2 anos. Já na Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendado fazer a mamografia anual a partir dos 40 anos Achados Mamográficos: Sinais primários: • Nódulos • Microcalcificações Sinais secundários: • Espessamento de pele • Retração do complexo areolo-papilar • Linfadenomegalia (axilares) Sinais Indiretos: • Distorção da arquitetura mamária • Densidade assimétrica e neodensidades Tipos de calcificação: Nessa imagem temos os tipos de nódulos, que podem sugerir um caráter benigno ou maligno. Os nódulos redondos, ovais, circunscritos, microlobulados e obscurecidos, são mais característicos de benignidade. Os da esquerda em relação à forma e o da direito quanto as margens. Já os nódulos irregulares e espiculados, são muito sugestivos de um nódulo maligno Quanto mais grosseira a calcificação, maior a chance de benignidade (1-10) – falam a favor de benignidade (11 e 12) - sugerem malignidade, as menores e as pleomórficas (formatos diferentes) Ultrassom de mama: Indicações: • Método complementar a uma mamografia inconclusiva (BIRADS 0) • Diagnóstico diferencial de conteúdo cístico (normalmente mais benigno) ou sólido (normalmente mais maligno) • Avaliação das massas palpáveis Ressonância Magnética: A RM é boa para avaliar próteses mamárias Calcificações benignas (grandes e grosseiras) - Aglomerados: adenose, papilomas de ductos periféricos, hiperplasia atípica, câncer - Segmentares: carcinoma intraductal extenso e patologias benignas - Regionais e difusas: geralmente processos benignos BIRADS: é bom pois padroniza as condutas. Obstetrícia A realização precoce permite melhor determinação de idade gestacional, gestações, múltiplas e malformações Quantas US devem ser realizadas durante a gestação? É muito controverso. Segundo o MS, a não realização do ultrassom não constitui omissão nem diminui a qualidade do pré- natal. Mas sua realização precoce permite melhor determinação da idade gestacional, gestações múltiplas e malformações. A US não reduz a morbidade e mortalidade materna - Primeira consulta (não obrigatório) • Determinar a idade gestacional (entre 6-12 semanas) - Entre 11 e 14 semanas • Realização de transluscência nucal (espessamento da nuca pode ser indicativo de malformações) - Entre 18 e 20 semanas • Exame morfológico fetal É recomendado fazer pelo menos 3 US No primeiro trimestre da gestação fazemos o US endovaginal Correlação entre os valores dee Beta – hcg e estruturas à ecografia O Beta – hcg é liberado pelas células trofoblásticas e aumenta proporcionalmente com a gravidez. É importante analisar a curva do aumento do beta-hcg pois quando temos uma gestação anaembrionada (ovo cego), o beta hcg não vai subir proporcionalmente. Agora se ele estiver muito elevado, devemos pensar em doenças trofoblásticas. Pela via endovaginal Já pode ser pela via abdominal Se tem vesícula vitelina tem embrião. Ela serve para nutrir o embrião até a formação da placenta Tanto pela via endovaginal quanto pela a abdominal Os BCF variam entre 140-160 bpm Da origem ao encéfalo Vesícula vitelina (VV), vai reduzindo seu tamanho até desaparecer Investigação não invasivas para anomalias congênitas: - Medida da translucência nucal (mede a espessura da nuca, em algumas anomalias há um linfaedema subcutâneo na região cervical) • Rastreio de anomalias cromossomais (aneuploidias), principalmente trissomia 21 e 18 • Realizado entre 11 e 14 semanas • Alterado TN >/= 2,5 mm Marcadores de doença cromossômica: Trissomia 21 e 18 1) Nuca 2) Osso nasal 3) Ducto venoso Investigação Invasiva para anomalias congênitas É a mais precoce para diagnóstico de anomalias congênitas À direita vemos um espessamento nucal, a esquerda vemos uma nuca normal Uma outra possibilidade de pensar em doença cromossômica, analisar o osso nasal(ausente ou hipoplásico) e o ducto venoso (reverso ou ausente) Os casos de trissomias aumentam muito com o aumento da idade materna.
Compartilhar