OVACE pediátrico

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1 Manuela Silvestre Monteiro 
INTRODUÇÃO 
A obstrução de vias aéreas superiores predomina 
em menores de 5 anos, sendo 65% menores de 1 ano. Os 
líquidos são responsáveis pela obstrução na maioria dos 
casos, porém pequenos objetos como balões e alimentos 
(salsichas, castanhas, uvas) podem obstruir a via aérea em 
crianças. 
Deve-se suspeitar de obstrução de vias aéreas por 
corpo estranho quando houver aparecimento abrupto de 
estridor, tosse, cansaço e broncoespasmo na ausência de 
febre ou sintomas prodrômicos. Em geral, os episódios de 
engasgo ocorrem durante a alimentação ou recreação 
RECONHECIMENTO 
 A entrada de um corpo estranho em vias aéreas 
desencadeia tosse imediatamente, na tentativa de expulsá-
lo. Entretanto, se a tosse é silenciosa, o paciente não 
consegue chorar ou falar, o que pode ser indício de 
obstrução completa de via aérea. Nesse caso, estão 
indicadas as manobras de desobstrução de vias aéreas para 
tentar deslocar o corpo estranho sólido. Essas manobras 
dependem do nível de consciência e da faixa etária da 
vítima. 
PACIENTES CONSCIENTES 
 Em menores 1 ano, iniciar as manobras com 5 
golpes nas costas e 5 compressões torácicas até que ocorra 
a desobstrução (choro ou tosse efetiva) ou até que o 
paciente fique inconsciente. Em maiores de 1 ano, realizar 
as compressões abdominais (manobra de Heimlich) na 
região entre a cicatriz umbilical e apêndice xifoide. Essas 
manobras visam a criar uma tosse artificial, aumentando a 
pressão intratorácica para desalojar o corpo estranho sólido 
da via aérea. 
PACIENTE INCONSCIENTE 
Iniciar RCP pelas compressões (sem palpação de 
pulso). Posicionar sobre uma superfície rígida, gritar ou 
enviar alguém para ajuda, iniciar RCP pelas compressões, 
abrir a via aérea e inspecioná-la. Caso o corpo estranho seja 
visível, retirar em movimento de pinça sem realizar 
varredura, pois há risco de mobilizar o objeto. Ao ventilar, 
verificar se ocorre expansão torácica. Se o tórax não 
expandir, reposicionar a via aérea e ventilar novamente. 
Prosseguir com as manobras de desobstrução até que o 
objeto seja desalojado da via aérea